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Teoria Antropológica: Boas, Radcliffe-Brown e Estruturalismo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA
 ALESSANDRA VIVIANE VASCONCELOS BEZERRA
PROFESSOR: FLÁVIO SILVEIRA
RELATÓRIO DE TEORIA ANTROPOLÓGICA 1
-02/2020- Belém/PA 2021
Alessandra Viviane Vasconcelos Bezerra
 Matrícula..........................202014770001
BELÉM PARÁ
2021
RELATÓRIO
ENCONTRO 3 (28/10): Franz Boas; 
ENCONTRO 6 (18/11): Alfred Reginald Radcliffe-Brown;
ENCONTRO 13 (27/01): Alguns devires do Estruturalismo - Dumont
Contextualização:
 Primeiramente é necessário que nós enquanto alunos e futuros profissionais acadêmicos, pesquisadores, é imprescindível apreendermos os clássicos da antropologia, para que tenhamos um arcabouço teórico de uma perspectiva social antropológica, como teoria como metodologia/epstemologias na busca das histórias das relações sociais entre os povos originários ou “primeiros povos”. Contudo compreender qual o valor da antropologia para a história da humanidade, para nosso passado como sociedade e para o que seremos na contemporaneidade, fazer um caminho por essas buscas das relações sociais, das interações entre civilizações, teria como objetivo um olhar futuro para nosso próprio mundo, moderno ou pós-moderno, e o que tem de moderno nele, a grande questão levanta nossas indagações mais profundas se ao olharmos os povos remotos, somos de fato esse mundo civilizado e eles estão ou foram ou vivem atrasados?
 Logo, para mergulhar e saber pensar como um antropólogo, é necessário compreender a disciplina, é necessário o caminho de suas teorias e de seus métodos ou como essa área estava atrelada a sociologia, do evolucionismo ao estruturalismo, a antropologia é uma disciplina do” fazer e da prática”, quando vimos que o evolucionismo de Morgan Fraser e Taylor, nos ensinou o caminho para vários questionamentos das sociedade ditas primitivas, era necessário conhecer essas civilizações, como também interagir, aprender compreender, observar e conviver, e descobrir as diferenças e as semelhanças entre elas, e compara-las ou nos assemelharmos a elas, mas um olhar mais de perto, mudou os rumos da Antropologia como disciplina, como profissão, como pesquisadores.
 Enfim, iremos expor três teóricos que apresentamos nas aulas, os quais deixaram seus legados, contribuições e sua importância para a antropologia, o que mudou após suas análises e pesquisas de campo.
ENCONTRO 3 (28/10): Franz Boas:
 É importante salientar que com Franz Boaz (1858-1942), ocorre uma ruptura significante no pensamento antropológico da época como o evolucionismo cultural e o difusionismo, acreditavam e difundiam, ele deixa um legado e sua contribuição é relevante para seus posteriores ainda que não tenham lhe dado os devidos créditos como afirma George Stoking. Logo podemos afirmar que Franz Boaz fez antropologia de fato, nos ensinou os primeiros passos da etnografia, e sua trajetória pessoal e acadêmica, influencia consideravelmente em suas pesquisas, fato que se deu a provar que as raças não são conceitos biológicos, sendo ele um alemão que tem raízes em sua tradição intelectual, acaba sendo importante “força individual” como afirma Stoking, é importante para a Antropologia americana na primeira metade do século XX. que é de formação psicofísico, muda para a geografia e tem o objetivo de fazer expedições, sem dinheiro consegue patrocínio de um dono de um grande jornal em Berlim com a promessa de publicar os artigos no então jornal, ao mudar para Berlim, conhece o pai da antropologia alemã, fica provisoriamente no museu como diretor, trabalha temporiamente no museu, mas acaba por alimentar sua grande ambição de fazer expedições. Sem grandes perspectivas em Berlim, ele almeja o plano de ir a Baffim (Canadá), para estudar os esquimós. Celso Castro (2005) vai nos dizer “que o que ele fez não deve ser encarada como uma súbita conversão antropológica, mas um longo ritual de passagem que o levaria da geografia a antropologia”. Ao voltar a sua terra natal, e com a Alemanha de Bismark, sendo ele um judeu, volta aos Estados Unidos e continua suas pesquisas de campo. Suas contribuições são tão relevantes para a antropologia, capaz de se mudar a forma de pensa e fazer antropologia. Ao observar os esquimós ele vai mudar o conceito de Cultura que se tinha, e vai dizer que existem culturas e cada povo, tribo tem a sua cultura, raça e linguagem elas não estão interdependentes. , George Stoking vai dizer que pode existir uma escola Bousiana e as pertinentes críticas de Franz Boaz não foi ao pensamento evolucionista histórico, mas a ortogênese (modificação individual, proveniente de causa interna, que sofre um organismo vivo, sem que entre em jogo a adaptação), pensamento dominante nesse momento Boaz causa essa ruptura no pensamento determinista que a história é linear e desvinculou-se do rígido determinismo em face do meio ambiente e das características biológicas dos componentes das diversas sociedades. A crítica dele aos pressupostos do desenvolvimento histórico foi um dos estudos mais relevantes, onde o surgimento dos povos foi independente, ele alegava que não houve contato cultural entre os povos. Sua metodologia trouxe aos estudos antropológicos uma nova era de se fazer a antropologia, a imersão na cultura como a observação participativa, foi necessária para desmitificar muitos pressupostos estabelecidos durante todo o século XX. Sem dúvidas as contribuições de Franz Boaz, por muitos considerado o pai da Antropologia americana, precursor da antropologia moderna é relevante, é imprescindível. Sua vida foi considerada exótica até sua morte em público
ENCONTRO 6 (18/11): Alfred Reginald Radcliffe-Brown – Função, Estrutura e Organização Social.
Contemporâneo de Malinowski, o antropólogo inglês Alfred Reginald Radcliffe-Brown(1881-1955) nasceu em Birmingham e bacharelou-se em Ciências Mentais e Morais na Universidade de Cambridge em 1905, onde também estudou antropologia com Rives e Haddon, com o incentivo de seus mestres, partiu para o oceano Índico a fim de realizar estudos entre os ilhéus de Andamam(1906-1908), como também na Austrália Ocidental(1910-1912). Foi como professor teórico que ele realmente se destacou aponto de Lowie (1920-1925) o chamar de “antropólogo de gabinete”, uma vez que essa tradição evolucionista já tinha sido refutada desde Franz Boaz que foi a campo. Radcliff-Brown dedicou-se unicamente a docência: leciono na África do Sul, em Sidney, Chicago, Oxford, sendo também ser professor visitante na Yenching na China e na Universidade de São Paulo. Seu currículo intercontinental vai contribuir para difundir a Antropologia Social como disciplina universitária nos quatro continentes. Sendo um evolucionista se converte à teoria Durkheimiana, e difundi a escola francesa nos Estados Unidos, sua contribuição para antropologia é relevante apesar de fazer poucos trabalhos etnográficos, escreve duas importantes obras “Os Ilhéus Adameses” em 1922 e “A Organização Social das tribos Australianas” em (1930-1931), como precisava de interpretes em campo, sua contribuição é no campo da sistematização teórica, graças a clareza com que escrevia publicou suas ideias, com transparência e brilhantismo seus temas foram o totemismo, a função do ritual, o controle social, e principalmente o parentesco. Sua contribuição para a metodologia e para a antropologia se dá nos seguintes aspectos, ele se recusou ser enquadrado na escola funcionalista, mas em suas teorias o conceitos de função está ligado as condições necessárias de existência da estrutura social, ele acredita que as funções estão para atender a necessidade da coletividade em detrimento do individuo sua unidade de análise e a estrutura social. Defendeu que os fatos naturais deveriam ser tratados como fatos sociais(influencia durkheimiana) , encarava a antropologia como ciência “teórico natural da sociedade humana”, que deveria investigar os fenômenos sociais por métodos semelhantes aos empregados nas ciências físicas e biológicas, afirmava que a antropologia social seria uma “sociologia comparada”,e como ciência social natural da sociedade humana ela deveria buscar a classificação sistemática dos tipos sociais e o estabelecimento de generalizações válidas sobre a natureza das sociedades através de formulações de leis sociológicas, como um ramo das ciências naturais a antropologia social deveria ser compreendida por dois conceitos-chaves: estrutura e função, daí Radcliff-Brown foi um dos primeiros antropólogos a definir o conceito de estrutura social deixando seu legado à antropologia sua contribuição acaba também rompendo velhos conceitos ultrapassados, para ele a cultura não era importante era abstrata, pois importava a estrutura com que a sociedade se estabelece. Para ele estrutura era constituída pelas relações sociais estabelecidas entre as pessoas e grupos e a função seria o resultado operacional dessa estrutura, na qual cada parte cumpre uma função específica para a manutenção da estrutura. Sua análise é marcante e devido suas contribuições têm seu nome entre os clássicos da antropologia.
“A estrutura social seria uma realidade concreta existente em dado lapso de tempo, cujos componentes seriam os seres humanos vivendo em grupos que se articulam através de 
relações sociais” (Radcliff-Brown).
ENCONTRO 13 (27/01): Alguns devires do Estruturalismo - Dumont 
Louis Dumont foi um antropólogo francês, discípulo de Marcel Mauss. Foi professor da Universidade de Oxford e diretor de estudos da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais francesa, membro da Academia Britânica e da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos. A inserção de Louis Dumont (1911-1998) é de suma importância para as análises antropológicas modernas a qual estamos nela inseridos, e, contudo, muitas vezes, não conseguimos fazer uma leitura crítica de onde estamos de onde partimos, seus códigos e símbolos em que estamos inseridos, em realidades semelhantes, sempre colocamos o ocidente em um lugar privilegiado no espaço e no tempo. A metodologia em Louis Dumont, a escolha de categorias o como os estudos do parentesco e da religião, a interpretação da configuração cultural indiana, a teoria da “hierarquia” e o “holismo metodológico”, a história e a sociologia da “ideologia do individualismo”, o estatuto da noção de “totalidade”, a dinâmica da mudança cultural, a dimensão ética da noção de “valor”, são relevantes e bem específicas em sua obra e nos expõe o indivíduo na sociedade moderna, e como esse indivíduo ganhou ou conquistou direitos individuais. Em sua célebre obra “O individualismo: Uma perspectiva antropológica da ideologia moderna”, um trabalho profundo complexo bastante esclarecedor do individualismo na sociedade moderna, logo ao iniciar o livro ele afirma sua inspiração em Mauss, e Durkheimiano logo, busca o fato social total para exemplificar suas teorias e metodologias. Não somente a obra do Individualismo como também o “Homem Hierachircus: o sistema das castas e suas implicações, trouxeram grandes contribuições ao pensamento antropológico e como estudar e observar as sociedades modernas, e suas proposições nos ensinam e nos instigam a pensar e a questionar a sociedade em que vivemos, nos relacionamos, lidamos de fato com os processos democráticos somos livres de fato? Para Louis Dumont (1911-1998), observar a própria sociedade moderna, um caminho diferentemente dos clássicos que estudavam as sociedades remotas, creio eu ele dá início a antropologia urbana, das cidades, da economia, da política, das desigualdades em que nós estamos vivendo na contemporaneidade.
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
PARÁ
 
PROGRAMA DE PÓS
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GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGI
A
 
E ANTROPOLOGIA
 
 
ALESSANDRA VIVIANE VASCONCELOS BEZERRA
 
PROFESSOR
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LÁVIO SILVEIRA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO D
E TEORIA ANTROPOLÓGICA 1
 
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Alessandra Viviane
 
Vasconcelos Bezerra
 
 
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202014770001
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA 
 ALESSANDRA VIVIANE VASCONCELOS BEZERRA 
PROFESSOR: FLÁVIO SILVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE TEORIA ANTROPOLÓGICA 1 
-02/2020- Belém/PA 2021 
 
 
 
 
Alessandra Viviane Vasconcelos Bezerra 
 Matrícula..........................202014770001

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