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Princípio da Unidade da Jurisdição

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Prévia do material em texto

@PROFANDREQUEIROZ 
 
JURISDIÇÃO 
 
A respeito do princípio da unidade da jurisdição, assinale a alternativa correta. 
a) Ele assegura às partes um julgamento coeso, sem divergências entre a prova dos 
autos e a decisão de mérito. 
b) Esse é o princípio segundo o qual a jurisdição, como função do poder soberano do 
Estado de aplicar a lei ao caso, é única em si e nos seus fins. 
c) Conforme o referido princípio, somente o órgão jurisdicional, constitucionalmente 
competente, pode processar e julgar uma causa. 
d) Segundo esse princípio, não há pena sem processo. 
e) Ele visa a assegurar que as partes sejam julgadas por um juiz imparcial e 
independente. 
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO: 
1- princípio da investidura: a jurisdição somente é exercida por quem tenha sido regularmente e 
legitimamente investido na autoridade de juiz, em regra por concurso público; 
2- princípio da aderência ao território: os magistrados somente têm autoridade nos limites 
territoriais do Estado; 
3- princípio da indelegabilidade: é vedado ao juiz, que exerce atividade pública, delegar as suas 
funções a outra pessoa ou mesmo a outro Poder estatal; 
4- princípio da inevitabilidade: significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo 
emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesma, independentemente da 
vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo (posição de 
sujeição/submissão); 
5- princípio da inafastabilidade: segundo o qual a todos é possibilitado o acesso ao Judiciário em 
busca da solução de suas situações litigiosas e conflitos de interesses em geral, bem assim para a 
administração de interesses privados pela jurisdição voluntária (artigo 5º, inciso XXXV da CF/1988); 
6- princípio do juiz natural: assegura que ninguém pode ser privado do julgamento por juiz 
independente e imparcial, indicado pelas normas constitucionais e legais, proibidos os 
juízos/tribunais de exceção (artigo 5º, inciso XXXVII, da CF/1988); 
7- princípio da inércia: em regra, as partes têm que tomar a iniciativa de pleitear a tutela 
jurisdicional; 
8 - princípio da unidade: a jurisdição é uma só, ou seja, exercida com a finalidade de aplicação 
do direito objetivo ao caso concreto. 
A referida classificação do sistema brasileiro como um sistema acusatório, desvinculador dos 
papéis dos agentes processuais e das funções no processo judicial, mostra-se contraditória quando 
confrontada com uma série de elementos existentes no processo.” (FERREIRA. Marco Aurélio 
Gonçalves. A Presunção da Inocência e a Construção da Verdade: Contrastes e Confrontos em 
perspectiva comparada (Brasil e Canadá). EDITORA LUMEN JURIS, Rio de Janeiro, 2013). Leia o 
caso hipotético descrito a seguir. 
 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
O Ministro OMJ, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido da Procuradoria-Geral da 
República (PGR), de arquivamento do inquérito aberto para apurar ofensas a integrantes do STF e 
da suspensão dos atos praticados no âmbito dessa investigação, como buscas e apreensões e a 
censura a sites. Assinale a alternativa INCORRETA quanto a noção de sistema acusatório. 
a) Inquérito administrativo instaurado no âmbito da administração pública. 
b) A determinação de ofício de instauração de inquérito policial pelo juiz. 
c) A Instauração de inquérito policial pelo Delegado de Polícia. 
d) A requisição de instauração de inquérito policial pelo Ministério Público. 
e) Inquérito instaurado por comissões parlamentares. 
 
ANTES DA VIGÊNCIA da Lei 13964 já havia um debate doutrinário com relação a 
constitucionalidade do art.156 do CPP o qual possibilita a atuação do juiz de ofício determinar a 
instauração de Inquérito na fase pré-processual dessa forma existem duas correntes: 
1ª corrente- A iniciativa probatória é compatível com o sistema acusatório e com a garantia da 
imparcialidade. (ANTONIO SCARANCE FERNANDES E GUSTAVO BADARÓ). 
2ªCorrente- Mesmo antes da Lei 13.964/2016, essa corrente já afirmava que a iniciativa probatória 
é inconstitucional. (GERALDO PRAZO/AURY LOPES). 
No entanto, com a introdução do art.3ª A do CPP, embora suspenso, ressalta segunda doutrina 
atual (2020) que o art. 156,inciso I estaria tacitamente revogado ,em observância as alterações 
realizadas pela referida lei. 
Desta forma, não se pode mais admitir a iniciativa probatória do magistrado na fase pré processual. 
Também há debate com relação ao inciso II do art. 156 (se o magistrado também poderia agir 
durante a fase processual). Contudo, em razão da novidade da lei não há consenso. 
Vejam o dispositivo: 
CPP art.3º-A "O processo penal terá estrutura acusatória, vedada a iniciativa do juiz na fase 
de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. 
No que concerne à interpretação da norma processual penal, é INCORRETO afirmar: 
a) é possível que uma determinada regra tenha seu campo de incidência ampliado, pela 
interpretação de resultado extensivo; 
b) é possível integrar a norma, estendendo sua aplicação para casos não previstos pelo 
legislador; 
c) leis processuais penais que limitem a liberdade do acusado ou o exercício do direito 
de defesa podem receber interpretação ampliativa; 
d) há proeminência do favor rei como fator de integração das normas processuais; 
e) o favor rei é aplicável como critério de solução de dúvida sobre questões de direito. 
 
PRINCÍPIO DO FAVOR REI, também conhecido como princípio do in dubio pro reo, favor libertatis 
ou favor inocentiae. Decorre do princípio da presunção de inocência. Baseia-se na predominância 
do direito de liberdade do acusado quando colocado em confronto com o direito de punir do Estado, 
ou seja, na dúvida, sempre prevalece o interesse do réu. O mencionado princípio deve orientar, 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
inclusive, as regras de interpretação, de forma que, diante da existência de duas interpretações 
antagônicas, deve-se escolher aquela que se apresenta mais favorável ao acusado. 
1. Princípios da Jurisdição 
Princípio do Juiz Natural 
Em um Estado Democrático de Direito é vedado a utilização dos tribunais de exceções, ou seja, 
uma corte criada para o julgamento de um determinado caso específico. 
Nesse sentido, surge o Princípio do juiz natural que veda a criação de tribunal de exceção, bem 
como, determina que o juiz deve ser competente para julgar, ou seja, ele deve ter a atribuição 
legal para julgar aquela matéria e pessoa naquele local. 
Princípio da investidura 
Para a jurisdição ser exercida é necessário que alguém seja investido na função. A investidura 
ocorre através de concurso público de provas e títulos, em observância a CF/88. 
Contudo essa regra não é absoluta tendo algumas exceções, por exemplo, a escolha dos 
Ministros do STF ou ingresso nos tribunais pelo quinto constitucional[1], feitos que independem 
de concurso público. 
Princípio da indelegabilidade 
A atividade jurisdicional é indelegável, somente podendo ser exercida, pelo órgão que CF/88 
estabeleceu como competente. 
Assim sendo após o processo ser recebido por um Juiz, ele não poderá delegar o julgamento a 
terceiro ou outro juiz. 
Princípio da inevitabilidade 
A lide, uma vez levada ao judiciário, não poderá às partes impedir a decisão do juiz. Existindo 
uma decisão as partes devem cumpri-la, independente da satisfação das partes sobre ela. 
Princípio da inafastabilidade 
Princípio de origem constitucional, previsto no art. 5º, XXXV, da CF/88, que determina que toda 
lesão ou ameaça de direito não poderá ser afastada do conhecimento do Poder Judiciário. 
Entretanto existe uma exceção a qual se refere às questões da justiça desportivas, onde há a 
necessidade do esgotamento das vias administrativas desportivas para a lide seja levada ao 
Judiciário. 
Princípio da inércia 
As partes devem provocar a jurisdição, pois ela não age de oficio. Exceção: inventário, previsto 
no artigo 989 do CPC. Esse princípio é considerado também uma característica da jurisdição. 
Princípio da aderência ao territóriohttps://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729607/inciso-xxxv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
@PROFANDREQUEIROZ 
 
A jurisdição aderirá uma base territorial e será aplicada nessa base. Atenção, existem tribunais 
que sua aderência será em todo o território nacional como o STF. 
Características da Jurisdição 
Substitutividade 
O magistrado (de forma imparcial), substituirá as vontades das partes, aplicando o bom direito, 
ou seja, a vontade Estatal que foi positivado (transformado em normas), através da lei que 
emana do povo. 
Imparcialidade 
O poder jurisdicional e decorrente da lei e não de critérios subjetivos, assim sendo, para a 
perfeita aplicação do direito é necessário que os membros pertencentes do Poder Judiciário 
atuem com imparcialidade, desprovidos de qualquer interesse particular sobre a lide. 
Lide 
Trata-se do conflito de interesse. Uma das partes tem uma pretensão, ou seja, um desejo, que é 
resistido por outra parte, nascendo um conflito de interesse. 
Monopólio 
Somente, um órgão no Brasil possui o poder jurisdicional, o Poder Judiciário. Essa regra não é 
absoluta, existem varias exceções como a arbitragem (Lei 9.307/96). 
Inércia 
A jurisdição deve ser provocada pelas partes para que ela se manifeste, ou seja, não se move 
por si só, de ofício. Entretanto temos exceções, por exemplo, o inventário (art. 989 do CPC). 
Unidade 
Apesar do amplo território brasileiro, a jurisdição é una. Isso quer disser que o mesmo direito é 
aplicado de forma uniforme em todo o Brasil. 
As divisões especificas por matéria ou território (Justiça Federal, Justiça do Trabalho), são 
separações administrativas, feitas de cunho organizacional. 
Definitividade 
As decisões que surgem em decorrência do poder jurisdicional, tem uma capacidade tornarem 
imutáveis, o que é chamado de coisa julgada. 
Tal fato, ocorre somente após o transcurso de toda fase recursal respeitando o princípio do 
duplo grau de jurisdição. 
Legislação 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103445/lei-de-arbitragem-lei-9307-96
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887715/artigo-989-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
@PROFANDREQUEIROZ 
 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do 
Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 
86, 89, § 2o, e 100); 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. Vide ADPF nº 130 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que 
os regulam não dispuserem de modo diverso. 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei 
anterior. 
Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos 
princípios gerais de direito. 
Comentários 
Noções básicas 
No estudo do direito processual penal pode-se elencar como fontes principais, além da doutrina e da jurisprudência, a 
Constituição Federal, o CPP, as leis processuais esparsas e os tratados internacionais em matéria criminal. 
A importância do direito internacional no estudo do processo penal tem ficado evidente, mormente após a edição da 
emenda 45/2004 que provocou verdadeira releitura na hierarquia das normas. Tal tendência foi confirmada recentemente 
pelo Supremo Tribunal Federal. Desse modo se pode visualizar a hierarquia das normas e a nova pirâmide jurídica na visão 
do STF da seguinte forma: 
 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
 
 
No topo da pirâmide que hierarquiza o ordenamento jurídico brasileiro está a Constituição Federal (CF), as Emendas 
Constitucionais (EC) e os Tratados Internacionais que tratam de Direitos Humando (TIDH) que passaram pelo 
procedimento das emendas constitucionais (Art. 5°, § 3° da CF). 
No segundo patamar estão os Tratados Internacionais de Direito Humanos (TIDH) que não passaram pelo procedimento 
de Emenda Constitucional, pois, segundo o Supremo Tribunal Federal, atualmente, os mesmos tem o status de norma 
supralegal (estão acima das Leis e abaixo da Constituição). Exemplo importante de Tratado internacional de direitos 
humanos que interessa ao processo penal é o Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos 
Humanos). 
No terceiro patamar estão as Leis Ordinárias, Leis Complementares, Leis Delegadas, Resoluções, Decretos Legislativos, 
Tratados Internacionais que não tratem de direitos humanos, Medidas Provisórias. 
Na base da pirâmide estão os Decretos, Portarias e demais atos infralegais. 
 O CPP é Lei Ordinária Federal. 
- Finalidade do Direito: Pacificar as relações e conflitos sociais. 
- Finalidade do Direito Penal: Proteção dos bens jurídicos mais relevantes por ser o mais violento ramo do direito. 
- Finalidade do Processo Penal: Aplicar o direito material nos conflitos penais. Conceito de lide é problemático. 
 O que seria um Processo Penal Justo? 
 É aquele que consegue conciliar o Princípio Instrumental Punitivo com o Princípio Instrumental Garantista. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Princípio Instrumental Punitivo = reconhecimento de que o processo é um instrumento de punição. "Você só perde a 
liberdade através do processo". 
Princípio Instrumental Garantista = processo faz com que a punição seja proporcional. Garante os direitos do réu por já 
deixar expresso na legislação a punição prevista para cada crime (caráter, inclusive, informativo). 
 
Pilares do Garantismo no Processo Penal: 
1) Jurisdicionalidade: 
 "Não existe culpa sem jurisdição". Jurisdição é a única função que tem o poder de decidir o caso concreto com 
definitividade. 
2) Acusatoriedade: 
 "Não há jurisdição sem ação (sem acusação)". 
3) Ônus da prova: 
 "Não há acusação sem prova". 
4) Contraditório e Defesa: 
 "Não há prova sem contraditório e ampla defesa". 
 3. Princípios do Processo Penal 
 
Princípio do Devido Processo Legal (art. 5º, LIV, CF). 
 Art. 5º, LIV, CF: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. 
significados: 
 - o do art. 5º no inciso transcrito acima; e 
 - Segurança Jurídica ("Fair Trail") = "saber a regra antes do jogo". 
 Aplicação da lei processual é IMEDIATA (não retroagindo mesmo que beneficie o réu - diferentemente da lei penal). 
 Normas que regulam recurso => Majoritariamente de natureza processual, tendo aplicação imediata, logo, a lei que regula 
o recurso é a que está em vigor na data da publicação da sentença. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Minoritariamente => Defende-se que a natureza é híbrida, podendo retroagir para benefício do réu. Outro raciocínio 
ainda possível sustenta que pelo princípio do Devido Processo Legal e pelo "Fair Trail", a data a ser considerada para 
questões de recurso é a data do fato (protegendo, portanto, a segurança jurídica). 
 
Princípio da Igualdade ou da Paridade de Armas: 
As partes que formam a relação triangular podem usar todos os recursos disponíveis para assegurar a igualdade processual. 
 
Sendo que o autor pode ser o MP, nas ações penais públicas, ou o ofendido, nas ações penais privadas. 
Às partes deve ser assegurada a igualdade material, além da formal. 
Defluidesse princípio a idéia do "Favor rei" = "In dubio pro reo" processual. A doutrina costuma relacionar o presente 
princípio com o Contraditório. 
Princípio do "Favor rei" (a favor do réu; art. 386, VI, CPP e art. 615, par. 1º, CPP). 
 “VI - Se estiver comprovada a inexistência do crime ou quando HOUVER FUNDADA DÚVIDA SOBRE SUA 
EXISTÊNCIA” (acrescentada pela reforma a relação com o Princípio da Presunção de Inocência). 
 Art. 386, “caput”, CPP: “O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:” 
 “VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do 
Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência”. 
 Art. 615, § 1º, CPP: “Art. 615. O tribunal decidirá por maioria de votos:” 
 “§1º: Havendo empate de votos no julgamento de recursos, se o presidente do tribunal, câmara ou turma, não tiver tomado 
parte na votação, proferirá o voto de desempate; no caso contrário, prevalecerá a decisão mais favorável ao réu”. 
Princípio da Demanda: 
 Um juiz não pode iniciar o processo penal "ex officio", porque cabe ao MP, privativamente, propor a ação penal. Tem 
relação com o PILAR DA ACUSATORIEDADE. 
Princípio Acusatório (Sistema processual): 
Distribui as funções do processo em sujeitos diversos (diferentemente do Princípio Inquisitório, onde se reunia em uma só 
pessoa todas as funções do processo). Tem como fundamento constitucional a Separação dos Poderes (art. 60, §4º, CF). 
Finalidade do Acusatório é garantir a imparcialidade do julgador. 
 Art. 129, I, CF -> compete privativamente ao MP iniciar a ação penal (o que é dito contraditoriamente no art. 26, CPP; 
dessa forma, percebe-se que, apesar do art. 26 ser vigente, não é válido). Alguns dizem que não foi recepcionado pela nova 
CF, outros dizem que foi revogado. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
 Art. 26 = INCONSTITUCIONAL. 
 Art. 129, “caput”, CF: “São funções institucionais do Ministério Público:” 
 “I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei”. 
 Art. 26, CPP: “A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria 
expedida pela autoridade judiciária ou policial”. 
 Sistema acusatório no Brasil é flexível, pois o juiz brasileiro tem o poder de iniciativa complementar de produção de 
provas (art. 156, I e II, CPP). O inciso I veio a reforçar a idéia de acusatório FLEXÍVEL (iniciativa originária). O juiz deve ficar 
o mais distante possível das partes, mas pode, diante da desídia das partes, ter iniciativa probatória. Entendimento 
majoritário. 
 Art. 156, I e II, CPP: “A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:” 
 “I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, 
observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida”; 
 “II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre 
ponto relevante”. 
 Sistema processual adotado no Brasil => Sistema Acusatório. 
Princípio da Oficialidade da Ação Penal Pública: 
A ação penal pública só pode ser promovida por órgãos oficiais (MP – art. 129, I, CF). 
A oficialidade também se aplica na fase preliminar de investigação => assim, a investigação será promovida por órgãos 
oficiais (polícias judiciárias). Sabemos que, geralmente, quem faz a investigação são as Polícias Judiciárias (civis e 
federais), sendo que as polícias administrativas não detêm tal atribuição (com exceção do Inquérito Policial Militar). 
Tecnicamente, a investigação particular é ilegal, constituindo Usurpação da Função Pública, crime previsto no CP 
(Hidejalma Muccio). 
Nesse assunto é possível sustentar que, com base no art. 144, §1º, IV, CF, SOMENTE A POLÍCIA JUDICIÁRIA poderia 
investigar. 
Entretanto, há quem sustente que esse inciso, juntamente com o §4º, denota que há diferença entre POLÍCIA 
JUDICIÁRIA e INVESTIGATIVA, sendo que, somente aquela, seria uma função EXCLUSIVA da polícia, tendo em vista que 
a CF não utiliza palavras inúteis. Tal distinção se torna relevante para o debate a respeito da (im)possibilidade do Ministério 
Público presidir investigação criminal. 
O entendimento que tende a prevalecer é o de que o MP pode investigar por causa da: TEORIA DOS PODERES 
IMPLÍCITOS, uma vez que se o MP tem o poder de exercer o controle externo da atividade policial, pode também 
investigar, já que as atividades de controle envolvem a realização de atos de investigação. 
Ainda segundo o art. 129, CF, se indaga: Se o MP pode averiguar atos de improbidade administrativa, presidindo o inquérito 
civil, por que não poderia investigar? 
Por outro lado, se entende que é justamente porque o MP realiza o controle externo, investigando a polícia, que ele não 
poderia realizar a investigação, em respeito à Separação dos Poderes (evitando a concentração de poder nas mãos de um 
único órgão – Montesquieu). 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Inquérito policial não é a única forma de investigação. É o único expresso no CPP. 
Princípio da Oficiosidade da Ação Penal Pública: 
MP e polícia devem atuar independentemente de requerimento. 
 “Ex officio” => em razão do ofício. 
Princípio da Obrigatoriedade da Ação Penal Pública (Princípio da Compulsoriedade) art. 24, CPP: 
 O MP quando se depara com um crime de Ação Penal Pública é OBRIGADO a instaurar Ação Penal desde que tenha: 
 
Não pode fazer um acordo com o autor do delito deixando de promover a ação penal. No Brasil, NÃO é aplicado o sistema 
do “Plea Bargaing”. 
Exceção: Transação Penal (Juizados Especiais Criminais). Uma das formas alternativas que o MP tem para agir. MP propõe 
uma aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. Caso haja descumprimento da Transação Penal, o MP oferece 
a denúncia. 
Transação é uma mitigação. Alguns autores chamam de exceção. Dessa forma, o Princípio da Obrigatoriedade não é 
absoluto, pois a exceção ou mitigação seria a transação penal. 
Princípio da Indisponibilidade da Ação Penal Pública: 
Uma vez proposta a Ação Penal, o MP não pode desistir da mesma. Art. 42. 
Se o MP perceber que o réu não é autor do crime, não desiste da Ação Penal. Prossegue, mas pede ABSOLVIÇÃO do réu. 
É mitigada na possibilidade da Suspensão Condicional do Processo (art. 89, 9099/95). 
Princípio da Inadmissibilidade da Persecução Penal Múltipla (princípio do “Ne bis in idem” processual): 
Ninguém pode ser processado duas vezes pelo mesmo fato. 
Quem prevê este princípio não é a CF, mas sim o pacto de São José da Costa Rica (cláusula 8ª, item 4, do decreto 678/92). 
Princípio da Ampla Defesa (art. 5º, LV, CF): 
 Art. 5°, LV, CF: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:” 
 LV: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. 
 Seria a soma de duas defesas: Da Auto Defesa e da Defesa Técnica. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
 Auto defesa: realizada pelo próprio réu. Ex: interrogatório. 
 Defesa técnica: realizada por pessoa que tem capacidade postulatória. Exs: Advogado e Defensor Público. 
 A única defesa DISPONÍVEL é a AUTO DEFESA, pois o réu pode confessar ou permanecer em silêncio. 
 Existe revelia (ausência do réu em juízo) no Processo Penal? Existe. 
 PORÉM, a revelia no processo penal somente produz o efeito processual. 
 Lembre-se que a revelia, modo geral, produziria os seguintes efeitos: 
 Material: juiz considerar os fatos alegados pelo autor como verdadeiros. No Processo Penal NÃO há produção desse 
efeito. 
 Processual: O réu não será mais intimado dos demais atos processuais(o processo segue sem a presença do réu, mas 
sempre com o advogado). 
 Direitos decorrentes da ampla defesa: 
Direito de a defesa falar por ÚLTIMO. 
Direito de não auto-incriminar-se (“nemo tenetur se detegere” ou “nemo tenetur se ipsum accusare”). 
 
Direito ao silêncio decorre da ampla defesa. 
Direito de não confessar; 
art. 577, CPP. Permite ao RÉU recorrer (reforço da auto defesa). Se juiz entender cabível irá intimar o advogado para 
apresentar razões. 
Como se resolve o conflito entre a vontade decorrente da defesa técnica e vontade decorrente da auto defesa? São duas 
as posições referentes ao tema: 
 1ª) Por ser a defesa técnica a única indisponível, deve prevalecer a vontade do advogado (é a que prevalece). Súmula 705, 
STF. 
 2ª) Quem sofre os eventuais prejuízos da condenação é o réu. Logo, a vontade dele deveria prevalecer (minoritário). 
 A melhor interpretação seria no seguinte sentido: Prevalece a vontade que favorecer o recurso (Pró-recurso -> garante, 
de forma mais eficiente, a AMPLA DEFESA). 
 Súmula 523, STF: “No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se 
houver prova de prejuízo para o réu”. 
Princípio do Contraditório: 
 Conceito de Aury Lopes Jr.: “Contraditório é o direito de participar, de manter uma contraposição em relação à acusação e de 
estar informado de todos os atos do processo”. 
 Dinamarco afirma que o Contraditório deve ser enxergado no seguinte binômio: 
 Informação 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
 + 
 Reação 
 
 CONTRADITÓRIO: 
 • Garante o direito de participação (enquanto a Ampla Defesa requer que essa participação seja efetiva, sob pena de 
nulidade); 
 • Busca o equilíbrio; 
 • Demanda a paridade de armas (Pacelli) – deve-se analisar as duas partes envolvidas, porque sempre há ponderação a 
ser realizada entre SEGURANÇA PÚBLICA e LIBERDADE. 
 
Processo: Finalidade punitiva. 
 Procedimento: Finalidade apuratória. 
 Sendo assim, pode-se perceber que o Inquérito Policial é procedimento administrativo e, em sendo um 
procedimento, não há contraditório e ampla defesa (a pessoa ainda não é acusada, mas sim, indiciada). 
 Diante desse contexto, pergunta-se: A Súmula vinculante 14 trouxe o contraditório para o Inquérito Policial? Resposta: 
NÃO! 
 A Súmula só ratificou o direito à INFORMAÇÃO aos autos do inquérito policial (que já estava previsto no Estatuto da OAB) 
e não o de REAÇÃO. Dessa forma, estar-se-ia garantindo uma parte do binômio estabelecido por Dinamarco como 
estruturante do contraditório. 
 Súmula Vinculante 14: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter amplo acesso aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao 
direito de defesa”. 
Espécies de contraditório: 
1) Contraditório imediato (ou direto): Aquele que ocorre no ato. É a regra. Ex: Prova testemunhal. 
2) Contraditório mediato (diferido, postergado ou protelado): Ocorre mais à frente. Ex: Prova pericial (só é concedido 
durante o processo e não no inquérito, onde a prova foi produzida). 
 Como se justifica a condenação de alguém com base na prova pericial, produzida no inquérito, já que não existe ali 
contraditório? Nesse caso, o CONTRADITÓRIO existe, mas ele é MEDIATO. 
Princípio da Verdade Real (ou verdade material): 
 O princípio da verdade real afirma o dever do magistrado de superar a desidiosa (descuidada, desatenta) iniciativa das 
partes na colheita do material probatório, visando alcançar a verdade das alegações das partes. 
 Juiz pode ir atrás das provas se as partes não as trouxerem (confronta o princípio do acusatório – baseado na separação 
dos poderes, para garantir a imparcialidade do magistrado). 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
 É permitido porque o bem jurídico tutelado é a liberdade e somente quando houver dúvida de ponto relevante de prova 
apresentada. 
 Obs: Cuidado com o novo art. 156, I, CPP, que inclui a possibilidade de o juiz ordenar a produção antecipada de provas 
consideradas urgentes e relevantes, observando a NECESSIDADE, ADEQUAÇÃO E PROPORCIONALIDADE DA MEDIDA 
(basicamente, o Princípio da Proporcionalidade). Pacelli defende a inconstitucionalidade desse artigo: 
 Art. 156, I, CPP: “A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: 
 I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, 
observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; 
 II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto 
relevante.” 
Princípio da Presunção de Inocência (ou da não culpabilidade ou do estado de inocência): 
 1ª regra: Probatória (provoca uma releitura do ônus da prova, colocando uma carga maior nos “ombros do MP”). 
Fatos incontroversos no Processo Penal PRECISAM ser provados. 
Não se operam, no Processo Penal, os efeitos materiais da revelia (ou seja, não se presumirão como verdadeiros os fatos 
alegados pelo MP). 
 Existe confissão ficta (quando o réu fica calado) no Processo Penal? NÃO! Confissão tem que ser expressa, clara e concisa. 
 2ª regra: Tratamento. Réu não pode ser tratado como culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
Porém, presunção de inocência (direito de ser tratado como inocente) como qualquer outro direito fundamental não é 
absoluto. Assim, em alguns casos excepcionais, podem ocorrer as prisões cautelares. 
 Obs: O art. 393, CPP foi revogado em virtude da violação que provocava no princípio da Presunção de Inocência. 
 Art. 393, I e II, CPP: “São efeitos da sentença condenatória recorrível:” 
 “I - ser o réu preso ou conservado na prisão, assim nas infrações inafiançáveis, como nas afiançáveis enquanto não prestar 
fiança”; 
 “II - ser o nome do réu lançado no rol dos culpados”. 
 O Inquérito Policial, por si só, gera maus antecedentes? Teoricamente não, já que é procedimento administrativo. Súmula 
444, STJ: “É vedada a utilização de Inquéritos Policiais e Ações Penais em curso para agravar a pena base”. 
Acerca de princípios processuais constitucionais, assinale a opção correta. 
a) Em razão do princípio da inocência, caso o crime seja um fato típico, antijurídico e culpável, caberá à 
acusação provar a inexistência da causa de exclusão da antijuridicidade alegada pelo réu. 
b) Em razão do princípio in dubio pro reo, a qualificadora do crime de roubo pelo uso de arma será excluída 
se o réu alegar ter utilizado um simulacro de arma de fogo que tenha sido confundido pela vítima. 
c) Fere os princípios do contraditório e da ampla defesa a não intimação da defesa acerca da expedição de 
carta precatória para oitiva de testemunha arrolada residente em outra comarca 
d) O princípio do juiz natural impede o desaforamento de julgamentos do tribunal do júri para comarca que 
não seja circunvizinha de local que gere dúvida acerca da imparcialidade dos jurados. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
e) Fere o princípio da vedação de provas ilícitas a apreensão, sem prévia autorização judicial de busca, de 
substância entorpecente na residência de investigado por associação criminosa para o tráfico ilícito de 
drogas. 
A. INCORRETA. Cabe à defesa provar a inexistência da causa de exclusão da antijuridicidade alegada pelo réu. 
B. INCORRETA. Não basta o réu alegar ter utilizado um simulacro de arma de fogo que tenha sido confundido pela 
vítima, ele deve comprovar. 
C. CORRETA. Fere os princípios do contraditório e da ampla defesa a não intimação da defesa acerca da expedição de 
carta precatória para oitiva de testemunha arrolada residente em outra comarca. (súmula 273 STJ) 
Caso a defesa não tivesse sido intimada da expedição da carta precatória, haveria nulidade? 
SIM. No entanto, trata-se de nulidade relativa. Veja o que diz o STF: 
Súmula 155-STF: É relativa a nulidadedo processo criminal por falta de intimação da expedição de carta precatória para 
inquirição de testemunha. 
D. INCORRETA. Não viola o princípio do juiz natural o desaforamento de julgamentos do tribunal do júri para comarca 
que não seja circunvizinha de local que gere dúvida acerca da imparcialidade dos jurados. 
E. INCORRETA. Não fere, o princípio da vedação de provas ilícitas a apreensão, sem prévia autorização judicial de busca, 
de substância entorpecente na residência de investigado por associação criminosa para o tráfico ilícito de drogas. 
Dispensa-se o mandado, em caso de flagrante de crime permanente. 
Sobre as disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Processual Penal, analise os itens a seguir: 
 
I. Costuma-se falar que o princípio da individualização da pena tem caráter meramente relativo, já que não foi contemplado 
na Constituição Federal. 
II. Na seara processual penal, o princípio da razoável duração do processo deve ser harmonizado com outros princípios 
constitucionais, não podendo ser considerado de maneira isolada e descontextualizada do caso concreto, a pretexto de 
acelerar a condenação do acusado. 
III. O princípio da não autoincriminação garante o pleno direito ao silêncio do acusado, mas não impede que o mesmo seja 
investigado pelos fatos sobre os quais não se pronunciou. 
Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que: 
a) Apenas o item I está correto. 
b) Apenas o item II está correto. 
c) Apenas o item III está correto. 
d) Apenas os itens I e II estão corretos. 
e) Apenas os itens II e III estão corretos. 
Sobre o princípio de vedação de autoincriminação, passemos a analisar as seguintes assertivas: 
 
I. O direito ao silêncio se aplica a testemunha, ante a indagação de autoridade pública de cuja resposta possa advir 
imputação da prática de crime ao declarante. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
II. O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser compelido pela autoridade a fornecer 
padrões vocais para a realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência. 
III. O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não importará 
em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu. 
IV. O STF já pacificou entendimento de que é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado, utilizando como justificativa o 
fato do réu ter mentido em juízo, dada a reprovabilidade de sua conduta. 
 
Assinale: 
a) Se apenas as afirmativas I e II estiverem correta. 
b) Se apenas as afirmativas II e III estiverem correta. 
c) Se apenas as afirmativas I e IV estiverem correta. 
d) Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem correta. 
e) Se apenas a afirmativa I estiver correta. 
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação 
do convencimento do juiz. 
NÃO constitui característica do sistema processual acusatório: 
a) separação de funções de acusar e julgar; 
b) contraditório na atividade das partes; 
c) publicidade dos atos processuais, como regra; 
d) poderes investigatórios iniciais do juiz; 
e) liberdade probatória. 
Imagine que, no curso de uma ação penal, nova lei processual extinga com um recurso que era exclusivo 
da defesa, antes da prolação da decisão anteriormente recorrível. A esse respeito, é correto afirmar que 
a) poderá ser manejado o recurso, por se tratar de possibilidade exclusiva da defesa. 
b) não será possível manejar o recurso, pois a lei processual penal aplicar-se-á desde logo. 
c) poderá ser manejado o recurso, pois o fato criminoso foi cometido sob a vigência da regra 
estabelecida pela lei anterior. 
d) não será possível manejar o recurso, pois a nova lei busca a igualdade processual (paridade de 
armas). 
e) poderá ser manejado o recurso, pois o processo se iniciou sob a vigência da regra estabelecida 
pela lei anterior. 
 Quanto à aplicação da lei processual penal no espaço, é correto afirmar: 
a) orienta-se pelas mesmas regras da aplicação da lei penal no espaço; 
b) aplica-se o princípio da extraterritorialidade no processo penal, quando o crime ocorre no exterior; 
c) quando a autoridade judiciária brasileira cumpre uma carta rogatória, aplica lei do Estado rogante; 
d) orienta-se pelo princípio da territorialidade, que determina a exclusão da lei processual penal 
estrangeira em território brasileiro; 
e) vige a regra do local do crime, adotando-se a norma processual do local onde a infração se 
consumou. 
INQUÉRITO POLICIAL 
Funções do IP 
Colheita de elementos informativos acerca da materialidade e autoria da infração penal. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Identificação da fonte de prova. Documentação destes elementos de informação. 
 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não 
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas 
as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
 
Não é obrigatório o contraditório e ampla defesa. 
O juiz deve intervir apenas quando for provocado e necessário, já que pode contaminar sua imparcialidade. Juiz não 
pode agir de iniciativa na fase investigatória. 
São uteis para o deferimento de medidas cautelares e auxiliam a formação da opinio delicti. 
Elementos informativos podem se somar a prova produzida em juízo para auxiliar na convicção do magistrado. STF. 
HC 83.348, RE 287.658. 
 
Prova, em regra e produzida na fase judicial. 
Obrigatória a presença do contraditório e ampla defesa, bem como a presença direta do magistrado na sua 
produção. O CPP adotou a identidade física do juiz. 
 
Art. 399 § 2o – O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. 
 
Durante a fase processual o magistrado tem certa capacidade de iniciativa, a ser exercida de forma residual. Deve 
ser observada uma ponderação entre a busca da verdade real e imparcialidade do juízo. 
 
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que 
puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. 
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição. 
 
Abolido o sistema presidencialista para agora adotar o sistema direto e cruzado (cross examination). 
 
a) Provas cautelares – risco de desaparecimento do objeto da prova, em razão do decurso do tempo. Caso de 
contraditório diferido ou postergado. 
b) Prova não repetível – aquela que uma vez produzida, não se consegue produzir novamente. Não dependem 
de autorização judicial. E seu contraditório será diferido. 
c) Provas antecipadas – situação de urgência e relevância. O contraditório ocorre em momento distinto, com 
autorização judicial e contraditório real. 
 
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que 
ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, 
tomar-lhe antecipadamente o depoimento. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Depoimento ad perpetuam rei memorium. 
Resolução CNJ no 213/2015 – Audiência de custódia. 
Art. 1º Determinar que toda pessoa presa em flagrante delito, independentemente da motivação ou 
natureza do ato, seja obrigatoriamente apresentada, em até 24 horas da comunicação do flagrante, à 
autoridade judicial competente, e ouvida sobre as circunstâncias em que se realizou sua prisão ou 
apreensão. 
§ 1º A comunicação da prisão em flagrante à autoridade judicial, que se dará por meio do 
encaminhamento do auto de prisão em flagrante, de acordo com as rotinas previstas em cada Estado da 
Federação, não supre a apresentação pessoal determinada no caput. 
§ 2º Entende-se por autoridade judicial competente aquela assim disposta pelas leis de organização 
judiciária locais, ou, salvo omissão, definida por ato normativo do Tribunalde Justiça ou Tribunal Federal 
local que instituir as audiências de apresentação, incluído o juiz plantonista. 
§ 3º No caso de prisão em flagrante delito da competência originária de Tribunal, a apresentação do preso 
poderá ser feita ao juiz que o Presidente do Tribunal ou Relator designar para esse fim. 
§ 4º Estando a pessoa presa acometida de grave enfermidade, ou havendo circunstância 
comprovadamente excepcional que a impossibilite de ser apresentada ao juiz no prazo do caput, deverá 
ser assegurada a realização da audiência no local em que ela se encontre e, nos casos em que o 
deslocamento se mostre inviável, deverá ser providenciada a condução para a audiência de custódia 
imediatamente após restabelecida sua condição de saúde ou de apresentação. 
§ 5º O CNJ, ouvidos os órgãos jurisdicionais locais, editará ato complementar a esta Resolução, 
regulamentando, em caráter excepcional, os prazos para apresentação à autoridade judicial da pessoa 
presa em Municípios ou sedes regionais a serem especificados, em que o juiz competente ou plantonista 
esteja impossibilitado de cumprir o prazo estabelecido no caput. 
Natureza do crime e atribuição para investigação: 
1. Crime militar – justiça Militar da União, isto é, as Forças Armadas. 
2. Crime militar estadual – justiça Militar Estadual. PM e Corpo de Bombeiros. 
3. Crime eleitoral – Policia Federal. TSE entende que se na localidade não tiver policia federal, nada impede que 
as investigações sejam feitas pela Polícia Civil. 
4. Crime federal – Polícia Federal. 
5. Crime estadual – em regra a Polícia Civil. Não há correlação direta com a competência do crime para 
julgamento. A PF tem atribuição mais ampla. 
 
Art. 144 § 1º CR. 
A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se a: 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União 
ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão 
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; 
 
Art. 1o Lei 10.446/02 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interestadual ou internacional 
que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo da 
responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição Federal, em especial das 
Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das seguintes infrações penais: 
I – sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro (arts. 148 e 159 do Código Penal), se o agente foi 
impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função pública exercida pela vítima; 
II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990); e 
III – relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em 
decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e 
IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas em operação interestadual ou 
internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou bando em mais de um Estado da Federação. 
V - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e venda, 
inclusive pela internet, depósito ou distribuição do produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado (art. 273 
do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal). 
VI - furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências bancárias ou caixas eletrônicos, quando 
houver indícios da atuação de associação criminosa em mais de um Estado da Federação. 
VII – quaisquer crimes praticados por meio da rede mundial de computadores que difundam conteúdo misógino, 
definidos como aqueles que propagam o ódio ou a aversão às mulheres. 
 
Parágrafo único. Atendidos os pressupostos do caput, o Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de 
outros casos, desde que tal providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça. 
 
Características do IP 
 
ESCRITO 
Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste 
caso, rubricadas pela autoridade. 
 
Art. 405 § 1o Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas 
será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive 
audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações. 
 
DISPENSÁVEL 
Art. 4o Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem 
por lei seja cometida a mesma função. 
 
Art. 39 § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos 
elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
 
SIGILOSO 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da 
sociedade. 
 
Publicidade pode ser favorável às investigações. Ex. retrato falado, foto publicada para captura de indiciado por 
estupro, etc. 
 
Acesso aos autos do IP: 
a) Juiz; 
b) MP 
c) Advogado 
 
Art. 5o, LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada 
a assistência da família e de advogado; 
Preso ou qualquer pessoa. 
 
Art. 7º São direitos do advogado: 
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de 
flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, 
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; 
Informações com acesso ao advogado do investigado: 
a) Tem relação com a vida privada – só com procuração. 
b) Não tem vida privada envolvida – não precisa de procuração. 
 
SV 14 STF - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de “prova” que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com “competência” de polícia judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa. 
 
Advogado não tem acesso às diligencias investigatórias em andamento. HC 82.354 STF. 
Em caso de negativa de acesso aos autos do IP, cabe reclamação constitucional (art. 103-A§3o CR). 
Cabe também MS, em nome do advogado, em razão da celeridade e por violação ao direito liquido e certo 
fundamentado no EOAB. 
Cabe ainda o HC em nome de terceiro (investigado). 
 
Em caso de organização criminosa, o advogado devera ter previa autorização judicial para ter acesso aos autos do IP. 
 
Lei 12.850/13 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade judicial competente, para garantia da 
celeridade e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado, 
amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido 
de autorização judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento. 
 
Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado, seu defensor terá assegurada a prévia vista dos autos, 
ainda que classificados como sigilosos, no prazo mínimo de 3 (três) dias que antecedem ao ato, podendo ser 
ampliado, a critério da autoridade responsável pela investigação. 
 
INQUISITORIAL 
Durante o curso do IP não é obrigatório o contraditório e ampla defesa. Observância da eficácia nas investigações. 
Para alguns, a ampla defesa deve ocorrer, de forma: 
 
1. Exógeno– efetivado fora dos autos do IP. Vitima de constrangimento e possibilidade de HC para trancar o IP. 
2. Endógeno – efetivado dentro do IP. Pedido ao delegado para oitiva de testemunha. 
 
Art. 7o, XXI EOAB. Assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade 
absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e 
probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva 
apuração: 
a) apresentar razões e quesitos 
 
§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o 
inciso XIV. 
 
§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos 
elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver 
risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. 
 
§ 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o 
fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará 
responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado 
com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso 
aos autos ao juiz competente. 
 
Inquérito para expulsão de estrangeiro tem que ter contraditório e ampla defesa. 
 
DISCRICIONÁRIO 
Não há sequencia de diligencias preestabelecidas pelo legislador, mas tão somente um rol exemplificativo. 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Discricionariedade é a liberdade dentro da legalidade, diferente da arbitrariedade. 
Discricionariedade não é absoluta, com inclusive controle externo do MP, bem como seus poderes requisitórios de 
diligencias. Além disso, tal órgão pode requisitar a instauração de IP. 
Requisição não é ordem, já que não há hierarquia entre o delegado e MP. Trata-se de uma exigência fundamentada 
na CR, já que o delegado também está sujeito ao princípio da obrigatoriedade. 
Sendo ilegal tal requisição, pode a autoridade policial se recusar. Comunicação aos órgãos correicionais ou ao PG de 
justiça. 
Delegado não tem independência funcional em suas atribuições, porem deve respeitar os princípios da moralidade 
impessoalidade. 
 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será 
realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
 
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos 
peritos criminais; 
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV – ouvir o ofendido; 
V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, 
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; 
VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha 
de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição 
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que 
contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o 
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
 
Lei 12.830/13 
Art. 2o § 2o Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, 
documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. 
 
Diligencias e produção de provas de natureza obrigatória. HC 69.405 STJ 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não 
podendo supri-lo a confissão do acusado. 
 
INDISPONIBILIDADE 
Autos de IP não pode ser arquivado de oficio. 
 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
 
TEMPORÁRIO 
Duração razoável, com fundamento no art. 5o. 
LXXVIII CR. A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios 
que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: SEAP-GO Prova: IADES - 2019 - SEAP-GO - Agente de Segurança Prisional 
A partir do momento em que determinado delito é praticado, surge para o Estado o poder-dever de punir o suposto autor 
do ilícito. Assim, para que o Estado possa deflagrar a persecução criminal em juízo, é indispensável a presença de 
elementos de informação quanto à autoria e quanto à materialidade da infração penal. Diferencia-se o inquérito policial 
da instrução processual por esse motivo. Acerca do valor probatório do inquérito policial, assinale a alternativa correta. 
a) Os elementos de informação, em que pese sejam colhidos na fase de investigação, possuem valor 
probatório absoluto no processo penal, quando inexistir outro elemento de prova que possa servir de 
convicção ao juízo. 
b) Os elementos de informação, colhidos na fase inquisitorial, jamais serão admitidos como base de 
convicção jurisdicional. 
c) Levando-se em consideração que os elementos de informação quanto à autoria e à materialidade do 
delito não são colhidos sob a égide do contraditório e da ampla defesa, deduz-se que o inquérito policial 
tem valor probatório relativo. 
d) Os elementos do inquérito não podem influir na formação do livre convencimento do juiz para a decisão 
da causa, mesmo quando complementam outros indícios e provas que passam pelo crivo do 
contraditório em juízo. 
e) Não há o que se falar em produção de elementos de informação em inquérito policial, sem que haja 
irrestrito respeito à ampla defesa e ao contraditório. 
Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: EBSERH Prova: VUNESP - 2020 - EBSERH - Advogado 
Assinale a alternativa cujas informações preenchem, correta e respectivamente, as lacunas, nos termos do caput do art. 4° 
do CPP. 
“A polícia judiciária será exercida _________ no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração 
__________ ”. 
a) pelos Delegados de Polícia ... dos fatos que impliquem em crime de ação pública incondicionada 
b) pelos Delegados de Polícia ... das infrações penais, mediante autorização judicial 
c) pelas autoridades policiais ... das infrações penais e da sua autoria 
d) pelas autoridades policiais ... das infrações penais, mediante autorização judicial 
e) pelos Juízes Corregedores ... das infrações penais e da sua autoria 
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@PROFANDREQUEIROZ 
 
 
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2019 - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Processual 
Em matéria Penal, através das provas, as partes pretendem influenciar o convencimento do julgador, além de 
demonstrar a veracidade de determinado fato.O Código de Processo Penal disciplina o tema, trazendo previsões gerais e regras próprias para as provas em espécie. 
Sobre o tema, de acordo com as previsões do Código de Processo Penal, é correto afirmar que: 
a) em razão do livre convencimento motivado, ao Ministério Público, assim como ao acusado, é facultado 
apresentar quesitos e indicar assistente técnico por ocasião da prova pericial, mas o laudo elaborado não 
vincula o juiz, que poderá aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte; 
b) em razão do direito de presença do acusado, o Código de Processo Penal não admite o interrogatório 
por videoconferência com fundamento no risco para segurança pública com fundada suspeita de fuga do 
preso durante o deslocamento para audiência; 
c) no procedimento do Tribunal do Júri, durante o interrogatório do réu em sessão plenária, as perguntas 
deverão ser feitas diretamente pelas partes e pelos jurados, cabendo ao juiz apenas complementá-las; 
d) com base no princípio da inércia, o sistema a ser observado quando da oitiva das testemunhas é o cross 
examination, não podendo o magistrado complementar as perguntas das partes; 
e) diante do caráter inquisitório do inquérito policial, os elementos informativos não poderão ser 
mencionados na sentença, nem mesmo para corroborar a decisão do juiz fundamentada em provas. 
TÍTULO II 
DO INQUÉRITO POLICIAL 
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas 
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. (Redação dada pela 
Lei nº 9.043, de 9.5.1995) 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades 
administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I - de ofício; 
 II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento 
do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou 
de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para 
o chefe de Polícia. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fgv
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2019-mpe-rj-analista-do-ministerio-publico-processual
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9043.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9043.htm#art1
@PROFANDREQUEIROZ 
 
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em 
que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e 
esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. 
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá 
sem ela ser iniciado. 
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito 
a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a 
chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação 
dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do 
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe 
tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer 
outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, 
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e 
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o 
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado 
modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta 
não contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX 
deste Livro. 
Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito 
ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloviicapituloiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloviicapituloiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art41
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art41
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloixcapituloii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloixcapituloii
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em 
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em 
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança 
ou sem ela. 
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz 
competente. 
§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, 
mencionando o lugar onde possam ser encontradas. 
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá 
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo 
marcado pelo juiz. 
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, 
acompanharão os autos do inquérito. 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a 
uma ou outra. 
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: 
 I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento 
dos processos; 
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; 
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; 
IV - representar acerca da prisão preventiva. 
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da 
Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado depolícia poderá requisitar, de quaisquer 
órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de 
suspeitos. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, 
conterá: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
I - o nome da autoridade requisitante; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
II - o número do inquérito policial; e (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação. (Incluído pela Lei nº 
13.344, de 2016) (Vigência) 
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro 
do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas 
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos 
adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito 
em curso. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e 
intensidade de radiofrequência. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art148
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art149
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art149a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art158%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art159
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art159
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art239
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art239
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
@PROFANDREQUEIROZ 
 
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização 
judicial, conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias, 
renovável por uma única vez, por igual período; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem 
judicial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 
(setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 
2016) (Vigência) 
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às 
empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios 
técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do 
delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer 
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição 
Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos 
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício 
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do 
procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do 
recebimento da citação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a 
autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da 
ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do 
investigado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições 
dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a 
Garantia da Lei e da Ordem. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial. 
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade 
policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta 
de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras 
provas tiver notícia. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art11http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos 
ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou 
serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou 
exigido pelo interesse da sociedade. 
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá 
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. (Redação dada 
pela Lei nº 12.681, de 2012) 
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e 
somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o 
exigir. 
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho 
fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em 
qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 
27 de abril de 1963) (Redação dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966) 
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição 
policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja 
procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou 
requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre 
qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição. 
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial 
oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a 
que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. 
Súmula Vinculante 14 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, 
já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia 
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
Súmula Vinculante 11 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à 
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade 
por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do 
Estado. 
AÇÃO PENAL 
Estado exerce a jurisdição. Necessidade de o Estado conferir ao cidadão a esta tutela. 
Direito de se pedir ao Estado-juiz a aplicação da lei ao caso concreto. 
Art. 5o, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, 
quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver 
qualidade para representá-lo. 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da 
lei anterior. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12681.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12681.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4215.htm#aret89iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4215.htm#aret89iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5010.htm#art69
@PROFANDREQUEIROZ 
 
AÇÕES PENAIS PÚBLICAS: 
a) Ação penal pública incondicionada 
b) Ação penal pública condicionada 
c) Ação penal pública subsidiária da pública 
 
a) DL 201/67 – Crimes dos prefeitos. 
 
Art. 2o O processo dos crimes definidos no artigo anterior é o comum do juízo singular, estabelecido pelo Código de 
Processo Penal, com as seguintes modificações: 
 
§ 2o Se as providências para a abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas pela 
autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da República. 
 
Não se aplica já que lei ordinária não poderia ampliar a competência constitucional da justiça federal, além de 
atentar contra a autonomia do MP. 
 
b) Crimes eleitorais 
 
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias. 
 
§ 3o Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal representará contra ele a autoridade 
judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal. 
 
§ 4o Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior o juiz solicitará ao Procurador Regional a designação de 
outro promotor, que, no mesmo prazo, oferecerá a denúncia. 
 
Uns entendem que esta hipótese seria a saída do MPE para MPF. No entanto, como trata-se de atribuição eleitoral, 
que cabe ao MPF, alguns sustentam não ser caso de ação subsidiaria. 
 
c) Incidente de deslocamento de competência ou federalização dos crimes contra direitos humanos. 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5o deste artigo; 
 
§ 5o Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de 
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o 
@PROFANDREQUEIROZ 
 
Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, 
incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
 
AÇÃO PENAL (de iniciativa) PRIVADA 
 
Ofendido ou seu representante legal. 
Queixa-crime. 
 
1. Personalíssima – não é possível a sucessão processual. 
2. Exclusiva privada – possível a sucessão processual. 
3. Privada subsidiária da publica – caso de inércia do aparato estatal. Caso de controle social do principio da 
obrigatoriedade.

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