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AV1 - Proc III - Camila Portella (1)

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ORIENTAÇÕES PARA SUA AV1 
Prof. Camila Portella 
Prezado aluno, 
 
Esta atividade é composta de 5 (cinco) questões e valerá 8,0 (oito) pontos para 
integrar a nota da AV1 deste semestre. Lançada a atividade em forma de TAREFA, no app 
TEAMS, você poderá ler, analisar e responder pelo mesmo canal, ou seja, igualmente pelo 
TEAMS. 
 
Sua avaliação deve ser respondida pelo TEAMS. 
 
Não serão recebidas atividades encaminhadas por outros 
meios/plataformas (ex.: e-mail, Teams, etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As avaliações deste semestre serão realizadas em casa, com uso de 
computador e consulta aos materiais didáticos e outros meios de 
apoio por conta da pandemia do coronavírus. 
 
Por este motivo, no intuito de avaliar e diferenciar a competência 
do aluno, é necessário que o discente fundamente suas respostas 
com base no entendimento legal, doutrinário e/ou jurisprudencial 
estudado em sala de aula. 
 
As respostas que contiverem apenas “sim” ou “não” ou ainda a 
simples transcrição do nome do instituto legal e similares não serão 
pontuadas. O aluno deve fundamentar suas respostas. 
 
NOME: ____________________________________________________________________________ 
DISCIPLINA: Direito Processual Civil III MATRÍCULA: __________________________ 
PERÍODO: 2020.2 / AV1 
DOCENTE: Prof. MsC. Camila Portella. 
Onde 
serão 
postadas 
as 
atividades? 
Atente a 
este critério 
de 
avaliação! 
Não serão recebidas atividades 
encaminhadas por outros 
meios/plataformas (ex.: e-mail, 
SIA/SAVA, chat do Teams, etc.). 
https://support.microsoft.com/pt-br/office/entregar-uma-tarefa-no-microsoft-teams-e25f383a-b747-4a0b-b6d5-a2845a52092b
https://support.microsoft.com/pt-br/office/entregar-uma-tarefa-no-microsoft-teams-e25f383a-b747-4a0b-b6d5-a2845a52092b
https://support.microsoft.com/pt-br/office/entregar-uma-tarefa-no-microsoft-teams-e25f383a-b747-4a0b-b6d5-a2845a52092b
Assim, para atingir a totalidade da pontuação atribuída à questão, 
deve o aluno: 
a. Ler a questão, identificando o que se pede; 
b. Pesquisar o tema no material disponibilizado pela docente e/ou em seu 
material de estudo; 
c. Analisar e separar o conteúdo necessário à resposta; 
d. Elaborar fundamentação acerca de seu entendimento do tema, devendo-se 
atentar para não fugir do que foi questionado (para mais ou para menos); 
e. Ilustrar os seus comentários com os artigos da lei (não é necessário copiar o 
conteúdo), doutrinas (com a devida citação) e/ou julgados. 
f. Não é necessário colacionar os três elementos, mas deve o aluno 
apresentar, ao menos, fundamentação doutrinária ou jurisprudencial. 
 
À atividade escrita copiada (no todo, ou em parte), de 
websites, livros ou afins será atribuída a nota zero (0,0). 
Para citações, utilize as normas de referência e 
formatação de texto; 
 
As citações sem a devida referência serão consideradas 
PLÁGIO. À tal prática, a Legislação Pátria prevê 
penalidades nas esferas civis (art. 186 e 927, CC c/c Lei 
9610/98, art. 29, 108...), administrativas e criminais (art. 
184, CP). 
 
As atividades similares/idênticas (no todo, ou em parte) 
de colegas de classe ou de turmas serão desconsideradas 
ou não contarão para título de avaliação (ambos os alunos 
ganharão a nota zero); 
 
 
Além disso, para que seja atribuída a integralidade da pontuação ao aluno, 
é INDISPENSÁVEL que sejam observados os critérios que passa a expor: 
 
1. A atividade que não for entregue na data/prazo estipulado pela docente não será 
sequer recebida e, consequentemente, não será avaliada/corrigida. 
2. O objetivo da atividade é aprimorar a escrita e argumentação do discente, 
identificando obras e julgados relacionados à temática, de modo que o aluno possa 
conhecer seu conteúdo, analisar o material, fixar os dados que contém, elaborar uma 
crítica e separar citações. Portanto, conforme já delineado, devem as respostas conter 
citações neste sentido. 
3. Quando for o caso de anexo, as respostas devem ser encaminhadas em arquivo de 
word (.doc) ou em Adobe (.pdf). 
4. Para a sua avaliação, serão levados em consideração os seguintes critérios: 
 
Para 
garantir 
a nota! 
 
Desejo a você uma ótima prova! 
Att., Profª. Camila Portella. 
 
QUESTÃO CRITÉRIOS AVALIATIVOS PONTUAÇÃO 
ATRIBUÍDA 
01ª 
Responder corretamente o que se questiona na primeira questão, de 
acordo com o estudado em Teoria Geral dos Recursos 
0,75 pts. 
Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre 
acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial 
devidamente referenciados. 
0,75 pts. 
02ª 
Ter a habilidade de identificar e explicar o(s) recurso(s) cabível(is) para 
as hipóteses elencadas na questão. 
0,75 pts. 
Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre 
acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial 
devidamente referenciados. 
0,75 pts. 
03ª 
Tratar sobre o julgamento de Apelação na ocasião de divergência de 
votos. 
0,75 pts. 
Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre 
acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial 
devidamente referenciados. 
0,75 pts. 
04ª 
Apontar e identificar o recurso cabível para se opor à decisão descrita 
na questão e descrever o passo a passo de sua tramitação (do 
protocolo à publicação do acórdão). 
0,75 pts. 
Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre 
acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial 
devidamente referenciados. 
0,75 pts. 
05ª 
Registrar a relação entre o Princípio da Celeridade Processual e a 
limitação das hipóteses de cabimento do Agravo de Instrumento. 
0,75 pts. 
Fundamentar a questão com base no entendimento legal, sempre 
acrescido de fundamentação doutrinária e/ou jurisprudencial 
devidamente referenciados. 
0,75 pts. 
A todas 
Organização, clareza e coerência na expressão verbal, observância à 
linguagem acadêmica e enquadramento às normas da Língua 
Portuguesa e de formatação de texto. 
Atinência ao tema debatido, de modo que a argumentação seja clara e 
objetiva, sem fuga do tema. 
0,5 pt. 
TOTAL 8,0 pts. 
 
01. 
Nos autos do Processo nº 0000572-04.2019.8.16.0184 (TJPR - 0000572-
04.2019.8.16.0184 - Curitiba - J. 17.07.2020), a Relatora, Dra. Fernanda Karam de Chueiri 
Sanches discorre, em seu voto que: 
 
“Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c indenização por dano moral, em que 
pretendeu a autora a retirada da sua foto e dados pessoais da página, bem como, a 
desvinculação do seu nome às pesquisas na www.vadiagemdiária.blogspot.com, 
plataforma relacionadas ao site mencionado, Google. 
A sentença julgou como parcialmente procedentes os pedidos iniciais. Condenou a parte 
ré à obrigação de fazer consistente em efetuar baixa definitiva da publicação do site 
“vadiagemdiaria.blogspot.com”, onde aparecem as fotos da autora como “gata da 
semana”, assim como, desvincular o seu nome das pesquisas relativas ao site. Com 
relação ao pedido de indenização por danos morais foi este julgado improcedente. 
Recorreu a parte ré almejando a reforma da sentença a fim de julgar como 
improcedentes os pedidos iniciais”. 
Ao receber o recurso, o Tribunal conheceu e negou provimento ao recurso 
determinando para manter a sentença no tocante à obrigação de efetuar baixa 
definitiva da publicação do site. Contudo, estabeleceu ainda a reformar a sentença 
proferida pelo juízo a quo para condenar a parte recorrente/ré ao pagamento de 
indenização por danos morais. 
 
Diante do exposto e com base no entendimento legal, doutrinário e jurisprudencial 
estudado em sala de aula, questiona-se: agiu corretamente o Tribunal? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02. 
Leia o trecho do julgado colacionado abaixo para responder à questão: 
 
“G. M. da S. propôs a presente ação mediante a alegação de que abriu uma conta 
corrente junto ao banco ora demandado com o objetivo de receber seu benefício 
previdenciário, tendo sido lhe sido prometida a entrega de um cartão magnético em sua 
residência. 
Noentanto, antes do recebimento do referido cartão, fora vítima de uma fraude que 
resultara na contratação de dois empréstimos indevidos em seu nome, (...) conduta 
resultante da falha na prestação de serviço da instituição financeira, a qual permitiu ou 
não cuidou para impedir o vazamento dos dados pessoais de seus clientes 
oportunizando, assim, a atuação ilícita de terceiros fraudadores. 
Por consequência, afirma que sofreu danos de ordem material e extrapatrimonial, 
pugnando, assim, pelo reconhecimento da nulidade dos contratos de empréstimo feitos 
em seu nome, com o ressarcimento dos danos materiais e morais sofridos”. 
(TJMG - Apelação Cível 1.0471.16.012594-7/001, Relator(a): Des.(a) Juliana Campos 
Horta, 12ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 31/07/2019, publicação da súmula em 
08/08/2019) 
 
Recebida a Petição Inicial, o magistrado se pronunciou, reconhecendo a prescrição do 
pleito indenizatório (material e moral), mas determinou o prosseguimento da demanda 
em relação ao pedido de nulidade dos contratos de empréstimo feitos em nome do 
autor, inclusive designando audiência de instrução e julgamento para oitiva das partes. 
 
Neste sentido, você, como advogado(a) de G.M. da S. e sabendo que o STJ já entendeu 
que: 
- Configura dano moral in re ipsa a ausência de comunicação acerca da disponibilização/ 
comercialização de informações pessoais em bancos de dados do consumidor (REsp 
1.758.799-MG, DJe 19/11/2019) e 
- O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos 
serviços, nos termos do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor; 
 
Portanto, com base no entendimento legal, doutrinário e jurisprudencial estudado em 
sala de aula, responda: qual seria o recurso cabível para a decisão que reconheceu 
liminarmente a prescrição, julgando o mérito deste ponto da demanda? E ainda, qual 
seria o recurso cabível caso você desejasse impugnar ao conteúdo decisório que 
designou dia e hora para realização de audiência de instrução e julgamento para oitiva 
das partes a respeito do pedido autoral de nulidade contratual? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03. 
Leia o trecho do julgado a seguir destacado para responder à questão: 
 
“Cuida-se de ação indenizatória em que o autor afirma ter sido ofendido pela ré em 
mensagens enviadas em grupo fechado de “WhatsApp” denominado “Amigos do 
Tarumã”, criado por moradores do Condomínio em questão do qual o autor era síndico 
para discutir questões relacionadas ao local. Narra que a ré injuriou o autor, chamando-
o de “crápula em pele de cordeiro”, “sínico”, “mentiroso” e falando que o autor “não 
vale nada” e, ainda, imputando a responsabilidade pelo desvio de valores do fundo de 
reserva do condomínio, além de responder 9 acusações de furto de carros. 
A ré, por sua vez, afirma que jamais teve a intenção de denegrir a honra do autor, mas 
apenas não concordava com a gestão do autor como síndico, afirmando que ele estava 
envolvido com uma série de irregularidades que levaram à retirada do cargo. Narra que 
não foi a única a criticar o autor no referido grupo de “WhatsApp”. 
A sentença julgou “improcedente o pedido autoral, condenando o autor, em razão da 
sucumbência, ao pagamento das respectivas verbas processuais”. 
(TJSP - Apelação Cível 1012221-49.2015.8.26.0009; Relator (a): Marcia Dalla Déa Barone; 
Órgão Julgador: 2ª Câmara de Direito Privado; Data do Julgamento: 16/05/2018; Data 
de Registro: 16/05/2018) 
 
Irresignado, o autor propôs Recurso de Apelação, pugnando pela reforma da sentença 
para que o feito seja julgado procedente. Chegando ao julgamento do recurso em 
colegiado, o relator procedeu seu voto no sentido e conhecer, mas negar provimento 
ao recurso, mantendo os termos da sentença. 
Ocorre que houve divergência entre os outros dois desembargadores que compunham 
o julgamento, visto que ambos entenderam justa a reforma da sentença para condenar 
a ré/recorrida ao pagamento de indenização por danos morais decorrentes da ofensa 
proferida ao autor/recorrente. 
 
Diante do caso analisado e com base no entendimento legal, doutrinário e 
jurisprudencial estudado em sala de aula, responda: como deve proceder o Tribunal 
de Justiça diante do impasse no julgamento do Recurso de Apelação? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04. 
Edgard P. ajuizou ação de indenização por danos morais, cumulada com obrigação de 
fazer, com pedido de tutela de urgência fundamentada no “princípio do esquecimento” 
objetivando a retirada de matérias ofensivas à sua imagem veiculadas em sites de 
notícias. 
Aduziu, em Petição Inicial, que é de fácil acesso a qualquer um a sistemática de busca 
em websites mantida pela ré, Google Brasil Internet LTDA. Neste sentido, ao se procurar 
pelo nome do autor, são veiculadas notícias capazes de macular a sua imagem. 
O autor segue afirmando que tais links de notícias se referem a supostos crimes já 
esclarecidos pelo Poder Judiciário, pelos quais não se identificou qualquer necessidade 
de condenação, já que a punibilidade foi extinta pela prescrição. 
Contudo, ao finalizar o pedido, requereu que os sistemas de busca em websites da ré, 
Google Brasil Internet LTDA fossem mantidos, postulando pela intimação da ré 
(provedor) para fornecimento dos dados pessoais dos responsáveis pelos websites que 
mantinham as notícias. 
A demanda foi distribuída para a 6ª Vara Cível da Capital. Ao receber a petição, a 
Magistrada, Dra. Luiza A., indeferiu a Petição Inicial, com fundamento na inépcia, por 
entender que da narração dos fatos não decorreu uma conclusão lógica, já que o pedido 
não foi compatível com os acontecimentos. 
 
Diante da situação narrada acima, Edgard, seu cliente, lhe procurou bastante nervoso 
ao tomar conhecimento da decisão. Acostumado com as pesquisas na internet, já 
tentou fazer um estudo preliminar do que poderá ocorrer com sua ação. 
Contudo, deseja saber se é possível interpor recurso contra a decisão proferida pela 
Juíza Luiza (se sim, qual?) e quer entender, passo a passo, a respeito de sua tramitação. 
Como advogado(a), instrua seu cliente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
05. 
Segundo o relatório “Justiça em Números 2020: ano-base 2019”, elaborado pelo 
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mesmo com investimento de R$100,2 bilhões (R$ 
90.774.807.341 bi somente em recursos humanos), o Poder Judiciário enfrenta desafios 
para suprir a litigiosidade. 
Os dados apontam que, em 2019, o Judiciário finalizou o ano de 2019 com 77,1 milhões 
de processos em tramitação, aguardando alguma solução definitiva. Constata-se que o 
volume de processos pendentes, somados às novas lides, são maiores do que a vasão 
de casos julgados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por conta deste volume de processos, o prazo para julgamento também aumenta. 
Assim, o relatório indica que, a média temporal para julgamento, em primeira e segunda 
instâncias, na Justiça Comum, atinge quase 5 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-
Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf> 
 
Assim, há vários anos e desde muito antes da entrada em vigor do atual Código de 
Processo Civil, o Recurso de Agravo de Instrumento é indicado como um dos grandes 
responsáveis pela morosidade nos tribunais de segundo grau. Neste sentido, com o 
intenso volume de Agravos de Instrumento, o julgamento das Apelações 
consequentemente fica prejudicado. 
Por conta deste cenário, o atual sistema processual civil extinguiu o antigo Agravo Retido 
e limitou as hipóteses de Agravo de Instrumento. Aliás, desde a Exposição de Motivos 
do Anteprojeto do atual CPC, lê-se acerca da redução dos casos e interposição de Agravo 
de Instrumento. 
 
Com base no exposto e no entendimento legal, doutrinário e jurisprudencial estudado 
em sala de aula, responda: O princípioda celeridade processual pode ser interpretado 
a favor da limitação de hipóteses de cabimento de agravo de instrumento e/ou a favor 
de sua ampliação? Mencione pelo menos um exemplo concreto de 
restrição/ampliação que possa ser usado para sustentar seu ponto de vista.

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