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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: MINERALOGIA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 5/62 Professor: Sérgio Alves dos Reis – sergio.ead.unec@gmail.com CAPÍTULO 2 – CRISTALOGRAFIA 2.1. DEFINIÇÃO DE CRISTALOGRAFIA A cristalografia é definida como a ciência experimental que objetiva estudar a disposição dos átomos em sólidos. Outra definição pode ser dada como sendo a ciência experimental que estuda o cristal, ou cristais (EEEP. 2015). Gomes (2004) afirma ainda que, cristalografia é a ciência que estuda a forma, simetria e estrutura cristalina dos minerais, relacionando sua estrutura cristalina com sua forma externa. 2.2. SISTEMAS CRISTALINOS Sendo os minerais ditos cristalinos, de grande diversidade, coube a cristalo- grafia classificar os cristais em grupos conforme o seu padrão de cristalização. Esse procedimento de classificação compõe os chamados sistemas cristalinos, que para melhor entendimento cabe o esclarecimento de alguns conceitos prévios (NETO. 2014). 2.3. SIMETRIA EXTERNA DOS MINERAIS Um cristal em sua forma externa pode apresentar a presença ou não de sime- tria. Essa simetria de forma é conhecida como simetria por ponto, que representa como uma forma se repete em torno de um ponto de referen- cia ao centro do cristal, sendo esse ponto fixo. Ao aspecto geométrico que expressa a simetria de uma arranjo orde- nado é dado o nome de ele- mento de simetria. Os elemen- tos de simetria são os eixos, planos, centros de simetria e os eixos de rotoinversão. A figura mostra exemplo de cada um dos elementos de simetria, parte de um cristal Figura 1 – Elementos de simetria Fonte: (KLEIN; DUTROW. 2012) CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: MINERALOGIA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 6/62 Professor: Sérgio Alves dos Reis – sergio.ead.unec@gmail.com bem formado, onde (a) Eixo de rotação senário, (b) plano de reflexão especular, (c) centro de simetria (C), (d) eixo de rotoinversão (KLEIN; DUTROW. 2012). Segundo Neto (2014) apud Dana (1981), Os elementos de simetria são orga- nizados em trinta e dois arranjos possíveis, dando origem a trinta e dois grupos de cristais, que serão reunidos em aproximadamente seis sistemas cristalinos. CAPÍTULO 3 – PROPRIEDADES DOS MINERAIS 3.1. PROPRIEDADES FÍSICAS De acordo com Gomes (2004), as propriedades físicas de um mineral se rela- cionam diretamente com sua estrutura e composição química. Assim, dentro das limitações relativas à variação estrutural e química, amostras de um mesmo mineral devem apresentar propriedades físicas semelhantes. As propriedades físicas de um mineral estabelece a base da identificação dos minerais em amostra de mão. A se- guir serão listadas as principais propriedades físicas dos minerais. 3.1.1. HÁBITO Para Clemente (2004), hábito é a forma externa de ocorrência mais frequente de um mineral. O hábito depende da velocidade e forma de crescimento desse mine- ral que por sua vez depende da influencia direta da temperatura, pressão, impurezas etc. Ainda segundo Clemente (2004), um mesmo mineral em situações genéticas dis- tintas pode apresentar hábitos não seme- lhantes, sendo que essa propriedade nem sempre será a que diferencia um mineral de outro, o hábito pode ser observado em cris- tais isolados ou em agregados de minerais. Quando o mineral apresenta cristais isola- dos, considera-se as seguintes formas: Figura 1 – Principais Hábito dos minerais Fonte: Mayer, 2010 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: MINERALOGIA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 7/62 Professor: Sérgio Alves dos Reis – sergio.ead.unec@gmail.com a) Tabular - Apresentando um maior desenvolvimento de duas faces paralelas. Ex.: barita b) Prismático – Apresenta um maior desenvolvimento do cristal segundo uma direção. Ex.: quartzo. c) Piramidal – Quando ocorre o maior desenvolvimento das faces formando pi- râmides, podendo apresentar-se também como bipiramidal. Ex.: zirconita. d) Acicular – Devido a forma de cristais finos, como agulhas. Ex.: actinolita. Quando a ocorrência dos minerais não se da na forma de cristais bem indivi- dualizados, esses podem assumir formas variadas, como as citadas a seguir: a) Granular - massa ou agregado formado por grânulos: pequenos elementos cristalinos de forma irregular. Ex.: olivina, enxofre. b) Maciço – apresentando massas homogêneas e aparente cristalinidade, ou seja, a individualização dos elementos que a constitui não pode ser realizada a olho nu. Ex.: calcedônia. c) Fibroso – Formação e massas aciculares finíssimas, onde as não se pode distinguir formas e geometria dos elementos isolados. Ex.: asbestos. d) Estalactítico – apresenta-se em forma de concreções de semelhança cônica. Ex.: calcita e) Lamelar ou Placóide - o material é constituído por um conjunto de lamelas ou placas empacotadas. Ex.: talco, muscovita, sericita, lepdolita. f) Escamoso - constituí um conjunto de cristais empacotadas com forma seme- lhante a pequenas escamas. Sua diferença em relação ao placóide é dada pelo tamanho reduzido. Ex.: biotita, fucksita. g) Concrecionário – apresenta forma de concreções, em formato arredondado e alongado formado por material cristalino e/ou amorfo. Ex.: concreções de hematita, goethita.
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