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Modificações no organismo materno

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Modificações no Organismo Materno 
Taxa Metabólica Basal 
A partir do 3º mês de gestação a um aumento 
de 30% devido a demanda. A um custo 
relacionando a gestação, sendo eles de maior 
consumo de oxigênio, maior produção 
hormonal e aumento das funções renais e 
cardíacas. 
- Metabolismo Proteico: Fornece 20% das 
calorias para o feto. A insulina estimula a síntese 
tecidual fetal e dos tecidos maternos. Ocorrer 
uma redução das proteínas plasmáticas da 
mãe, principalmente albumina, que pode 
favorecer a ocorrência de edema. 
- Metabolismo dos Carboidratos: No último 
trimestre entre 50 a 70% das calorias são 
destinadas para o feto, principalmente os 
derivados de glicose. Ocorre a redução da 
glicemia materna por conta do consumo 
contínuo de glicose pelo feto. A gestante tem 
menor sensibilidade a insulina e menor 
utilização de glicose periférica. A insulina tem 
menor eficácia devido à presença dor 
hormônios contrarreguladores. O feto produz 
sua insulina a partir da 14a semana, já a mãe 
produz um hormônio proteico que exerce 
função semelhante à da insulina. 
- Metabolismo dos Lipídios: 30% das calorias são 
destinadas para o feto. Quando ocorrer 
diminuição da transferência de glicose para o 
feto, os ácidos graxos tronam-se a principal 
fonte de energia. No final da gestação existe 
um maior acúmulo de gordura em forma de 
triacilglicerol para servir de reserva imediata de 
energia em períodos de jejum prolongado. Os 
lipídios também têm objetivo de conservar 
glicose para o feto e para o tecido nervoso 
materno. 
Sistema Circulatório 
Entre a 10 e 12a semana ocorre um aumento do 
débito cardíaco de 30 a 40%. A causa disso é 
por conta da circulação placentária de 625 
ml/min que aumenta a perfusão e irrigação 
dos tecidos e levando a um melhor 
desempenho dos órgãos. A pressão arterial cai 
no início e retorna aos níveis normais pré-
gravídicos no 3º trimestre. 
Com relação ao fluxo sanguíneo, o cerebral e 
hepático ficam inalterados, o renal aumenta 
50% no 1º trimestre, já no parto se tem 1 a 2 L de 
sangue extra. 
Sistema Circulatório 
Entre a 6 até a 34a semanas de gestação há um 
aumento no volume plasmático, onde o seu 
pico é entre a 28 e 32ª semanas. O volume 
globular (conteúdo de hemoglobina e 
eritrócitos) aumenta de 20 a 25% a partir do 6º 
mês, sendo o pico no parto. Caso apresente 
baixa taxa de hematócrito e hemoglobina 
pode ser classificado como anemia fisiológica. 
- Equilíbrio Hidroeletrolítico: acréscimo de 7,5 
litro de água no organismo, sendo está nos 
tecidos. 70% do peso ganho corresponde a 
ganho hídrico. 
Sódio (Na) é essencial par manter esse volume, 
no entanto a progesterona tem efeito 
natriurético e ocorre aumento de 50% da 
filtração glomerular, pois o sistema renina-
angiotensina-aldosterona é ativado. A renina 
estimula a secreção de aldosterona 
aumentando a reabsorção de Na. 
Sistema Urinário 
Na gravidez com maior ingestão de líquidos e 
consequentemente mais urina e maior carga 
de solutos. Ocorre aumento da filtração 
glomerular em 50 % no 2º mês e na velocidade 
do sangue pelos rins devido a diluição da 
albumina, assim facilitando a excreção de 
creatina, ureia, e ácido úrico. 
O fluxo de urina é retardado devido a pressão 
das veias ovarianas nos ureteres pelo útero 
podendo acarretar infeções urinarias. A 
glicosúria fisiológica aumenta em 50% da 
glicose filtrada e capacidade máxima de 
reabsorvê-la. 
 
Sistema Respiratório 
Com o aumento do útero ocorre a diminuição 
do diafragma, aumentando a frequência 
cárdica por conta da maior movimentação 
com menor profundidade. Acontece também 
o aumento da ventilação pulmonar devido um 
aumento de 10 a 20% na demanda de 
oxigênio. Ocorrem maiores trocas gasosas 
tendo aumento no pO2 no sangue materno e a 
progesterona aumenta a sensibilidade 
materna ao gás carbônico. 
Sistema Digestivo 
No 1 º trimestre ocorrem náuseas, enjoos e 
vômitos matinais gerando perda de peso, 
ocorre também aumento dos “desejos”. 
Há o aparecimento de gengivas 
edemaciadas, hiperêmicas, sangram com 
facilidade. A higiene bucal inadequada 
propicia o desenvolvimento de microrganismos 
causadores da caries dentaria. Gera também 
a diminuição do pH salivar, mas essa questão 
ainda não foi totalmente elucidada. 
Ocorre menor secreção gástrica de ácidos 
gerando uma menor incidência de úlceras. 
O ptialismo ou sialorreia que é a produção de 
saliva excessiva é causada pelo estímulo do 
nervo trigêmeo, hipertonia vagal ou ingestão 
de amido. 
Na grande maioria das gestantes ocorre 
mudanças no olfato, paladar e preferencias 
alimentares. O paladar alterado, geralmente 
associado a diminuição da sensibilidade ao sal, 
podendo causar aumento no consumo, outra 
característica dessas mudanças é aumento na 
capacidade de sentir sabor amargo, levando 
a desejos, enjoos e vômitos. 
O olfato fica mais sensível e desenvolvido, 
causando náuseas e vômitos. 
Modificações Posturais 
A lordose lombar é a principal mudança 
postural visível na gestante, onde devido a 
alteração do centro de gravidade, também 
pela expansão do volume uterino, a postura 
adotada, lembra a de alguém carregando um 
objeto pesado e para manter o equilíbrio a 
gestante empina o ventre e surge a lordose da 
coluna lombar. 
Modificações Psicológicas 
Fatores hormonais como a progesterona tem 
efeito depressivo sobre o sistema nervoso 
central, causando um efeito introspectivo, as 
catecolaminas tem papel regulador das 
emoções, principalmente depressão e euforia 
e o corticosteroides fazem com que haja 
variações emocionais, depressão, euforia, 
paranoia e alterações de cognição. 
Ocorrem também mudanças relacionadas aos 
fatores socioculturais onde há conflitos internos 
entre o status de mulher e de mãe, gerando 
hiperêmese, bulimia, ganho de peso excessivo 
ou insuficiente e ansiedade. Também há 
conflitos com o companheiro, principalmente 
insegurança com a aparência, outro ponto é 
tratar a gravidez como “evento social e 
familiar”.

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