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1ª QUESTÃO: (1,0)João Pedro promoveu contra Luiza ação de separação judicial litigiosa, imputando-lhe a culpa pela ruptura do casamento. Luiza contestou o feito e, além de defender- se, apresentou reconvenção, imputando a culpa pelo término do casamento a João Pedro. A contestação e a reconvenção foram apresentadas no prazo legal. Intimado, na pessoa de seu procurador, a contestar a reconvenção, João Pedro não apresentou contestação, limitando-se a manifestar-se sobre a contestação apresentada por Luiza. Com base nessas informações, é correto afirmar que João Pedro (A) não será considerado revel uma vez que a citação é sempre pessoal, sendo impossível a intimação por meio de advogado, mesmo no caso de reconvenção. (B) será considerado revel, por não contestar a ação reconvencional, reputando-se verdadeiros os fatos afirmados por Luiza na reconvenção. (C) será considerado revel devendo ser desentranhada dos autos sua manifestação sobre a contestação apresentada por Luiza à ação de separação judicial. (D) não será considerado revel já que se manifestou sobre a contestação apresentada por Luíza. 2ª QUESTÃO: (1,0) Assinale a alternativa correta. I Partes, causa de pedir e pedido são os elementos identificadores da demanda. II São causas que geram a extinção do processo sem julgamento do mérito: perempção, litispendência e prescrição. III A ausência de contestação leva invariavelmente a que seja julgada antecipadamente a lide. (A) Apenas I é correta. (B) Apenas II é correta. (C) Apenas III é correta. (D) Todas são incorretas. 3ª QUESTÃO: (1,0) É INCORRETO afirmar que a revelia Universidade Estácio de Sá – Campus Nova Iguaçu Curso Direito Disciplina Direito Processual Civil II Cód. DPU 0295 Turma Data da prova 26/11/2020 Professor (a) Marcio Egypto Prova AV-2 Semestre 2020.2 A ser preenchido pelo (a) Aluno (a) Nome do Aluno (a) Thais da Silva Barros Nº da matrícula 201703072235 -- (A) é a situação em que se coloca o réu que não contesta ou não se utiliza de qualquer dos outros modos de defesa. (B) não implica supressão no princípio do contraditório, já que com a citação válida o réu tem a oportunidade de exercer seu direito de defesa. (C) pressupõe citação válida. Se nula ou inexistente a citação, o vício alcança todos os atos processuais subseqüentes, por isso não se falará em revelia. (D) é a situação em que se coloca o réu que não contesta ou que não impugna especificamente os fatos narrados pelo autor na petição inicial. 4ª QUESTÃO: (1,0) - Assinale a opção correta com relação aos limites objetivos da coisa julgada. (a) Fazem coisa julgada as questões prejudiciais, apenas quando requeridas pelas partes. (b) Fazem coisa julgada a motivação, a verdade dos fatos e a fundamentação utilizada no julgamento da causa. (c) Somente a parte dispositiva da sentença é imutável, razão por que faz coisa julgada. (d) A coisa julgada atinge a parte dispositiva da sentença bem como a motivação utilizada no respectivo julgamento. 5ª QUESTÃO: (1,0) A ação movida por Caio contra Tício baseava-se nos fatos “A”, “B” e “C”, constitutivos do direito de Caio. Em contestação, Tício negou a ocorrência do fato “A” e alegou a ocorrência do fato “D”, impeditivo da existência do fato “B”, mas nada disse quanto ao fato “C”, cuja ocorrência a defesa implicitamente admitia. Em réplica, Caio reiterou terem ocorrido os fatos “A” e “B”. De acordo com as regras gerais aplicáveis à matéria, sobre qual das partes recai o ônus da prova, relativamente ao fato “C”? (a) A Caio, pois trata-se de fato constitutivo de seu direito. (b) A Caio, pois trata-se de fato alegado por ele em sua petição inicial. (c) A Ticio, em virtude do dever de impugnar especificamente cada fato narrado pelo autor. (d) Nenhuma prova deverá ser produzida relativamente ao fato C, pois ele é incontroverso (e) A Caio, pois trata-se de fato controvertido por Ticio. 6ª QUESTÃO: (1,0) Em ação movida por Tulio em face de Andre, objetivando o exercício de um direito potestativo, o magistrado, ao receber a petição inicial, verifica, desde logo, que ocorrera a decadência do direito do autor, inviabilizando a causa, decidindo então, sem nem mesmo determinar a citação do réu, extinguir o processo. A referida extinção do processo (a) É inválida, pois violou o princípio processual constitucional do contraditório. (b) Acarreta a prolação de sentença terminativa. (c) É inválida, pois violou o devido processo legal. (d) Acarreta a prolação de sentença definitiva. (e) Não poderia ser pronunciada pelo magistrado, que só poderia declarar a decadência após a devida instrução do processo. 7ª QUESTÃO: (1,0) Para caracterizar a coisa julgada (art. 337, § 4º e art. 485, §3º NCPC), a ação anterior deve ter sido julgada por sentença de mérito, ou pode ter sido julgada por sentença terminativa? Justifique. Pode ter sido julgada por sentença terminativa, mas apenas de coisa julgada formal, que corresponde à impossibilidade de se discutir a matéria no mesmo processo em que foi proferida, podendo ser discutida em outro processo. 8ª QUESTÃO: (1,0) JOÃO VICTOR, menor impúbere, promove ação de alimentos em face de FERNANDO ALBUQUERQUE, devidamente assistido por sua mãe, MARIA LEONOR. Citado, o réu oferece contestação à ação, sustentando, primeiramente, a ilegitimidade de MARIA LEONOR. Outrossim, afirma que o instrumento de mandato não observou os preceitos legais, o que importa dizer que o magistrado deveria extinguir o feito sem a apreciação do mérito, conforme a redação do art. 485, IV do CPC. O juiz afasta a alegada ilegitimidade, ao argumento de que o direito aos alimentos, enquanto direito indisponível, permite que o juiz de ofício retifique a autuação. Porém, acolhendo a afirmada irregularidade da representação, julga extinto o feito sem apreciar-lhe o mérito. A decisão judicial foi correta? Por quê? Há, no problema, incorreções de ordem processual? Quais? A decisão judicial não foi correta. Pois em respeito ao princípio da colaboração (art. 6º), Ao constatar qualquer irregularidade relativa à capacidade processual ou à representação das partes, o juiz deve suspender o processo, indicar precisamente às partes qual é o defeito existente no processo, e marcar um prazo razoável para que ele possa ser sanado. Em razão da gravidade desses vícios, que comprometem a regularidade do procedimento em contraditório, o juiz pode conhecê-los de ofício, independentemente de requerimento da parte interessada, desde que respeitado, como dito, o princípio da colaboração e os deveres dele decorrentes que visam a evitar a emissão de decisões-surpresa (art. 10). não foi conferida às partes a oportunidade de se manifestar a respeito. Decisões-surpresa violam o contraditório, porque fazem menoscabo da participação das partes no processo e criam um estado de incerteza jurídica, já que, em um sistema em que tais decisões proliferam, não se pode antever o resultado de qualquer decisão. Assim, ao invés de extinguir o processo em virtude de um vício de capacidade ou representação, a fim de privilegiar o julgamento do mérito, deve o juiz oportunizar às partes a possibilidade de saná-lo. Se o defeito indicado pelo juiz não for sanado no prazo estabelecido, três são as possíveis consequências: se o defeito disser respeito ao autor, i) o juiz extinguirá o processo; ii) se disser respeito ao réu, este será reputado revel; iii) e se disser respeito ao terceiro, este será excluído do processo ou será considerado revel a depender da posição que ocupa no processo.
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