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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO HOSPITALAR Resenha Crítica de Caso Éder Lucas de Souza Oliveira Trabalho da disciplina: Bioética e Ética em Auditoria Tutor: Prof. Fátima Cristina Cunha Penso Campo Grande, MS 2020 http://portal.estacio.br/ 2 Children’s Hospital and Clinics Referências: Emy Edmomdson, Michael A. Roberto e Anita Tucker, Children’s Hospital and Clinics, Harvard Business School, rev: 31 de maio de 2005. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/PHORTE/Bib lioteca_47138/Biblioteca_47138.pdf - Último acesso: 24/08/2020. O artigo proposto em estudo de caso nos traz logo no início uma narrativa de um erro operacional envolvendo dois enfermeiros (O’Reilly e Chen), que poderia ter causado sérios danos a vida do paciente Matthew e consequentemente uma possível fatalidade. Após todos os cuidados realizados para solucionar esse problema, o diretor de assuntos médicos organizou uma reunião para com todos os envolvidos com o intuito de principalmente analisar o erro e observar a oportunidade de realizar importantes correções com base na ótica dos próprios responsáveis. No dia subsequente a reunião, Julie Morath, diretora operacional do hospital lia o relatório resultante da reunião passada, e discutindo sobre o ocorrido juntamente com seu chefe e o Dr. Robinson, três foram as problemáticas encontradas: as falhas e como evita-las, o que deveria ou não dizer aos familiares de Mtthew e finalmente a responsabilidade diante do fato. Formado em 1994 na união do Children’s Hospital com o Children’s Medical Center de Mineápolis, esse já mostrava sua excelência em apenas sete anos após a junção, onde em 2001 já fornecia assistência médica em um total de seis prédios espalhados por toda a área da metrópole. No ano de 1999, Julie Morath assumiu o cargo de diretora operacional agregando seus vastos conhecimentos obtidos em Harvad sobre os erros médicos e a segurança do paciente. http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/PHORTE/Biblioteca_47138/Biblioteca_47138.pdf http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/PHORTE/Biblioteca_47138/Biblioteca_47138.pdf 3 Entusiasmada e pronta para aplicar suas técnicas e conhecimentos no cargo, Julie começou a apontar enfaticamente a segurança do paciente como sua maior prioridade e deu início a nova cultura organizacional, um novo conceito totalmente explícito em uma conversa com os colaboradores do hospital expondo a eles sua visão e ideias sem que as pessoas ficassem na defensiva apenas por abordar o assunto da segurança. Juntando-se a Nelson (CEO), Dr. Robinson, e auxiliada por um time especializado, Morath se propôs a realizar três tarefas que julgou fundamentais no decorrer dos primeiros meses de seu trabalho na instituição: mudança na cultura dos erros, fazê-los aprender mais sobre esse assunto e desenvolver o Programa de Segurança do Paciente. Na primeira tarefa, para provocar a mudança na cultura dos erros médicos, ela trouxe a eles diversas informações que comparavam por exemplo o número exorbitante de mortes devido a erros médicos que eram várias vezes maiores que o de mortes por acidentes de carro, apontando e enfatizando o quão grande era o tamanho desse problema nos Estados Unidos. Lutando contra o ceticismo dos colaboradores, ela buscou mudar e ao invés de trazer as evidencias, tentou encoraja-los a falar de fatos ocorridos com cada um deles abertamente, sem prejudicar suas carreiras, os incidentes ajudariam a convencê-los a encarar os erros como um problema e que investir na segurança do paciente iria com certeza reduzi-los. Na segunda tarefa, ela reuniu informações da segurança do paciente e começou a retirar as barreiras que não permitiam a discussão dos erros médicos. Contratou uma pesquisadora e uma nova enfermeira para conduzir diversos grupos com pessoas de diversas áreas motivando-as em prol do programa de segurança do paciente, criando um espaço seguro para discutir toda e qualquer experiência com esses erros, e com isso sua sala se tornou um “confessionário”. Logo um grupo pais e funcionários também foi criado, para ajudar e facilitar também a comunicação entre o hospital e os familiares. Na terceira, na formulação do plano estratégico para o programa, metas foram traçadas para os cinco próximos anos e a segurança foi uma das principais, criando a sigla SAFE para apresentar as quatro vertentes (segurança, acesso, finanças e 4 experiência), cada uma dessas apresentava metas bem definidas e eram postas a todos os níveis da instituição. Chegando a implementação do Programa de Segurança do Paciente, o programa possuía três pontos principais: o primeiro era a mudança geral da cultura organizacional, o ambiente deveria ser de conversas frequentes sobre a segurança do paciente, aprendizagem e discussões construtivas, colocando em prática a “comunicação sem culpa”, para registrar os erros médicos e motivar os responsáveis da linha de frente a usar relatórios de segurança e corrigir falhas nos processos do Children’s. O segundo ponto principal foi na estrutura, estabelecendo mudanças e implementando processos para a supervisão do programa, criando o PSSC (Comitê de Segurança do Paciente), esse tornou-se responsável por uma responsabilidade coletiva, definir novas metas e revisar procedimentos. Estudos de foco de ocorrência foram criados logo após, para a investigação detalhada de acidentes médicos mais graves. O maior e terceiro ponto principal do programa era o Projeto de administração de medicamentos, cujo o objetivo era supervisionar a administração dos medicamentos e zerar todas as falhas, para chegar a tingir um sistema de total confiabilidade. Após todos os acontecimentos, já em 2001, muito satisfeita com o nível de dedicação atingido dentro do programa de segurança do paciente, muitas questões foram levantadas e que conflitavam entre Morath e o PSSC, são elas a divulgação e os riscos jurídicos de um alto nível de ações judiciais pela alta divulgação das informações, a ausência da capacidade de responsabilizar os funcionários por um erro devido ao comunicação sem culpa, a dificuldade de medir os resultados do programa de segurança e diagnosticar se o programa realmente valeria o investimento contínuo. Por fim Morath reconheceu que seu programa passava por um problema de liderança, já que ela não poderia destinar todo o seu tempo a ele, fazendo com que ela procurasse um sucessor o Dr. Eric Knox. Para finalizar, é preciso criar uma cultura de treinamentos contínuos dentro do ambiente de trabalho, em um hospital não é diferente, o caso relata um erro operacional simples, pelo qual o mínimo de treinamento teria eliminado as falhas, 5 todas os funcionários devem conhecer os maquinários pertinentes ao seu possível uso, a empresa precisa trabalhar para que sua mão-de-obra esteja sempre qualificada, já que é ela a responsável por fornecer ao cliente um atendimento seguro e de qualidade a qualquer momento e com 100% de assertividade. Uma equipe bem treinada realiza seu trabalho com excelência, pois conhece seu ambiente de trabalho e principalmente as ferramentas para exercer o mesmo.
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