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FISIOLOGIA DO APARELHO DIGESTIVO DAS AVES INTRODUÇÃO O setor avícola do Brasil alcançou altíssimo estágio de desenvolvimento e vem crescendo em níveis impressionantes nos últimos anos. A produção avícola é eficiente e com alta produtividade, baseada em um sistema técnico-científico avançado, além da realização de um trabalho profissional em todos os níveis de atuação como produção, comercialização, distribuição e exportação. INTRODUÇÃO Sistema Digestório deve apresentar características estruturais que possibilitem ingestão do alimento, passagem do alimento pelo mesmo, alterações físicas e químicas do alimento, absorção dos produtos oriundos da digestão e a expulsão de resíduos metabólicos. Salientando ainda que a luz intestinal tem função como barreira contra agentes patógenos, o que previne contra enfermidades entéricas. INTRODUÇÃO O controle de enfermidades entéricas que diminuem a eficácia funcional do Sistema Digestório. Assim torna-se evidente a necessidade de se conhecer mais detalhadamente as características morfofuncionais do Sistema Digestório e a capacidade do mesmo em responder a agentes externos (MACARI et al, 1994; MACARI et al., 2002). SISTEMA DIGESTÓRIO DAS AVES Cavidade oral Têm uma relação estreita com o processo de apreensão, escolha e ingestão do alimento pela ave. A língua uma estrutura triangular formada por uma massa de músculos estriados e que repousa sobre o assoalho da boca. A mucosa de revestimento dorsal da língua apresenta papilas táteis e gustativas. O conjunto de glândulas salivares abre seus ductos na cavidade bucal, derramando quantidade considerável de saliva para umidificar o alimento. Cavidade oral Faringe - restringe-se a um curto segmento que une a cavidade oral ao esôfago e que contém a abertura da laringe (glote), abertura para cavidade nasal (coanas) e abertura para ouvido (infundibular). Esôfago Tubo relativamente longo, localizado em seu início entre traqueia e músculos cervicais, com capacidade de distensão e tem por função conduzir o bolo alimentar da orofaringe para o estômago glandular. Possui glândulas mucosas que secretam muco para amolecer os alimentos. Papo Na entrada torácica sua parede ventral expande-se e forma um divertículo sacular ímpar, denominado papo ou inglúvio. No papo ocorre um crescimento microbiano considerável que pode contribuir para a digestão dos alimentos. O tempo que o alimento permanece no papo depende de uma série de fatores incluindo quantidade, consistência, umidade e acesso ao alimento. Proventrículo (estômago glandular) Formado por glândulas multilobulares. Secreta pepsinogênio (precursor ativo de pepsina), ácido clorídrico e mucina, uma glicoproteina ácida com um papel chave para evitar ou minimizar as injúrias locais. Seu baixo pH é responsável pela redução na população bacteriana. Ele produz suco gástrico e enzimas proteolíticas. Moela (estômago muscular) Moela (estômago muscular) Apresenta uma musculatura circular altamente desenvolvida, cujas contrações rítmicas e fortes são responsáveis pela trituração do alimento ingerido. As contrações ocorrem três a quatro vezes por minuto e com uma pressão de até 270 libras/pol. Antigamente usava-se pedrisco para ajudar nesse processo. Hoje em dia, como as rações são adequadamente moídas, os mesmos não são necessários. Intestino delgado Os intestinos ocupam a porção caudal da cavidade corporal e é a porção mais longa do Sistema Digestório responsável pela digestão final do alimento e absorção dos nutrientes. O duodeno consiste na alça intestinal localizada logo após o proventrículo é constituída de uma porção proximal descendente e uma distal ascendente, entre as quais fica localizado o pâncreas. Intestino delgado O jejuno é a parte mais longa do intestino delgado e encontra-se disposto em várias alças. Uma pequena excrecência, o divertículo vitelino ou divertículo de Meckel, marca a antiga ligação com o saco vitelino. O íleo é descrito como iniciando no divertículo vitelino, ou oposto aos ápices dos cecos e delimitado posteriormente pelo ponto de ligação cecocólico. Intestino grosso Compreende os cecos, o cólon e reto. Os cecos originam-se na juncão ileocólica e seguem trajeto retrógrados ao lado do íleo, ao qual se fixam por pregas ileocecais. A decomposição bacteriana da celulose ocorre nos cecos. O cólon tem cerca de 10cm de comprimento e termina na cloaca por uma ligeira dilatação. Pâncreas A secreção pancreática é um líquido claro e alcalino, contendo alto conteúdo de bicarbonato. Enzimas: amilase, lipase, tripsina, quimiotripsina, secretina, colecistoquinina e pancreozimina. A quantidade de secreção dependem do animal e da composição da ração ingerida. Fígado Bilobado e relativamente grande na maioria das aves; o ducto hepático esquerdo comunica-se diretamente com o duodeno, enquanto o ducto direito envia um ramo para a vesícula biliar, ou pode dilatar-se localmente como uma vesícula biliar. A vesícula biliar está presente na galinha, pato e ganso, mas algumas outras espécies, como o pombo, não têm vesícula biliar. Ela dá origem aos ductos biliares que se esvaziam no duodeno, próximo a alça distal. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Sistema Digestório é um sistema aberto em suas extremidades, revestido por células epiteliais especializadas, que estão frequentemente expostas a microorganismos e outros agentes tóxicos introduzidos pela própria ingestão de alimento, água e eventualmente material de cama, podendo levar a perda da integridade intestinal. Assim, o entendimento dos mecanismos biológicos nos proporciona a oportunidade da adaptação de práticas nutricionais, sanitárias e de manejo de acordo as necessidades das aves, bem como a possibilidade de “proteger ou estimular” o trato intestinal durante as fases críticas do seu desenvolvimento preservando a capacidade de desempenho da ave (MACARI et al, 2002).
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