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A ORIGEM DA AUDITORIA EXTERNA – O PERFIL DO AUDITOR
Com a necessidade por parte dos investidores e proprietários na real situação econômico-financeira que
representam o patrimônio das entidades, principalmente com o surgimento das transnacionais, distribuídas
geograficamente e com o simultâneo desenvolvimento econômico que como base foi aflorada pela
globalização, disseminando o capital estrangeiro, a auditoria é a ferramenta que auxilia a administração na
tomada de decisão em busca de melhores resultados.
Já o termo auditor segundo Attie (2011, p.7) em português, muito embora perfeitamente representado pela
origem latina (aquele que ouve, ou ouvinte), na realidade provém da palavra inglesa TO AUDIT
(examinar, ajustar, corrigir, certificar).
Entretanto, a Revolução Industrial em meados do século XVIII, foi responsável por dar novas técnicas e
diretrizes a contabilidade e consequentemente a auditoria, essa última pela expansão das transnacionais.
No Brasil, as instalações de empresas internacionais de auditoria independente têm como ponto de partida
as filiais e subsidiarias de empresas estrangeiras, financiamentos de empresas brasileiras através de
entidades internacionais, a evolução do mercado de capitais, crescimento das empresas brasileiras e a
necessidade de descentralização e diversificação de suas atividades econômicas, a profissionalização da
diretoria, a criação de normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 1972 , e a
criação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da Lei 6.404/76 das Sociedades por Ações.
Vales ressaltar que a origem da contabilidade no Brasil se dá com a chegada da família real em 1.822.
A auditoria interna é uma atividade de avaliação objetiva e de consultoria, voltada a agregar valor e a
melhorar as operações das organizações; auxilia a empresa a alcançar seus 3 objetivos, através de um
acompanhamento sistemático e com adequados enfoques, para avaliação e melhoria da eficácia dos
controles, do gerenciamento de riscos, do desempenho dos processos e de governança corporativa
(CREPALDI, 2012).
 
EVOLUÇÃO DA AUDITORIA EXTERNA NO BRASIL:
1) Últimas décadas: instalam-se no Brasil diversas
associações internacionais de auditoria independente.
 
1) Necessidade legal, nos EUA, em auditar seus
investimentos auditados
 
2) Praticamente iniciaram a auditoria.
2) Trouxeram todo um conjunto de técnicas que
foram aperfeiçoando-se.
 
3) Em 1965 Lei 4.728: Pela 1ª vez expressão
"auditores Independentes" foi mencionada na
3) Disciplinou o mercado de capitais e estabeleceu
medidas p/ seu desenvolvimento
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legislação bras.
 
 
4) Posteriormente o BCB - Banco Central do Brasil
4) Estabelece uma série de regulamentos;
Torna obrigatória a auditoria externa independente em
quase todas as entidades do SFN e, Cias Abertas.
 
5) Circular nº 179 de 11/05/1972 do BCB - Banco
Central do Brasil
 
5) Estabelece normas gerais de auditoria.
 
6) IAIB - Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil (atual - IBRACON )
 
6) Elaboras normas e procedimentos de auditoria.
 
7) Resolução 321/72 do CFC - Conselho Federal de
Contabilidade
7) Aprova e torna obrigatórias as normas do IAIB.
 
8) Em 07/12/1976 a Lei nº 6385 - Dispondo sobre o
Mercado de Valores Mobiliários.
 
8) Criou a CVM - Comissão de Valores Mobiliários.
 
9) Em 15/12/1976 Lei 6.404 (S/As) - Art. 177 
9) Determina a obrigatoriedade da auditoria
independente nas DFs. das Cias Abertas, executadas
por auditores registrados na CVM.
 
10) Em 17/12/1997 - Resolução nº 820 do CFC -
Conselho Fed. de Contabilidade
10) NBC-T-11 - Normas de Auditoria Independente
das Demonstrações Contábeis.
 
11) Em 14/05/1999 - Instrução nº 308 da CVM -
Comissão de Valores Mobiliários
11) Dispõe sobre o registro e o exercício da atividade
de auditoria independente no âmbito de mercado de
Valores Mobiliários Define os deveres e as
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responsabilidades dos administradores no
relacionamento com os auditores independentes.
12) Em DEZ/2009 – CFC – Edita XX Novas
Resoluções para serem praticadas pelos auditores
independentes, revogando a NBC T-11
12) Estas novas Resoluções dispõem a harmonização
das Normas e Procedimentos de Auditoria em
conformidade com as NIAs – Normas Internacionais
de Auditoria, a serem observadas pelos auditores nos
serviços a serem realizados a partir de 1º de janeiro de
2010.
 
FORMAS DE CONSTITUIÇÃO DE AUDITORIA INDEPENDENTE
Constitui-se de duas formas, sendo: AI - Pessoa Física e AI - Pessoa Jurídica sendo esta atividade conferida
somente a CONTADORES GRADUADOS EM NÍVEL SUPERIOR, DEVIDAMENTE REGISTRADOS
NO CRC – Conselho Regional de Contabilidade
 1. AUDITOR INDEPENDENTE - PESSOA FÍSICA
- NOS ASPECTOS TÉCNICOS E LEGAIS = PESSOA JURÍDICA, SEM DISTINÇÃO;
- RESERVADO AO MESMO, TRABALHOS DE MENOR PORTE
- ATIVIDADE AUTÔNOMA - TRABALHOS SUJEITOS AS MESMAS REGRAS DE
CONTEXTO PROFISSIONAL, TÉCNICO E DE FISCALIZAÇÃO EXATAMENTE IDENTICO
AO DAS PESSOAS JURÍDICAS, SEM DISTINÇÃO e/ou PRIVILÉGIOS
 2. AUDITOR INDEPENDENTE - PESSOA JURÍDICA
FORMAS SOCIETÁRIAS
- SOCIEDADE CIVIL – Quadro societário composto unicamente também somente por
profissionais CONTADORES GRADUADOS EM NÍVEL SUPERIOR, DEVIDAMENTE
REGISTRADOS NO CRC – Conselho Regional de Contabilidade
- CONTRATO SOCIAL – Deve constar menção sobre os responsáveis técnicos pela execução
dos trabalhos, nos seguintes contextos de responsabilidades públicas:
 De âmbito ilimitado;
 Responsabilidade pela reparação de danos causados a terceiros por culpa ou dolo
 Os sócios responderão sempre, de forma solidária e ilimitada, após esgotados os bens da
sociedade.
 
PODEM OU NÃO ATUAR NO MERCADO ABERTO.
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PARA ATUAR NO MERCADO ABERTO, HÁ A NECESSIDADE DO REGISTRO NA
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM
PARA O REGISTRO NA CVM OBIRGATÓRIAMENTE 50% DOS SÓCIOS
DEVEM CONSTAR DO CONTRATO SOCIAL COMO RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PARA
EMITIR PARECER EM NOME DA SOCIEDADE.
 
 3. REGISTROS LEGAIS
O INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL, deverá:
 Antes de seu registro civil, ser submetido junto ao CRC para aprovação / ajustes
Após CRC, registrado no Oficial de Registros de Títulos e Documentos Civil de Pessoas Jurídicas
Após registro, encaminhamento de via registrada ao CRC;
 Registro no CNJP - SRF
 Registro na Pref. Municipal - Obtenção da Licença de Localização e Funcionamento - TLIF
 Registro na CVM - se for atuar no âmbito do Mercado Aberto de Capitais.
4. REGISTRO NA CVM:
Atualmente o registro junto a CVM, está regulamentado por sua Instrução CVM nº 308 de 14/05/1999, que
dentre outros, inicialmente requer:
Cópia de toda documentação retro mencionada;
Cópia de toda a documentação dos sócios, inclusive os não responsáveis técnicos junto a mesma (CVM)
A responsabilidade técnica somente é conferida pela CVM, aos que:
- Forem graduados na categoria de Contador desde que com no mínimo 5 anos de formados;
- Estar atuando, ou já ter atuado na profissão de Auditor pelo mesmo prazo, em cargos mínimo
de supervisão, devidamente comprovado.
 Outros documentos: Declaração Legal da Sociedade e dos Sócios
Certificado de aprovação em exames de qualificação técnica dos responsáveis técnicos, perante àquela
CVM.
 
OUTRAS GENERALIDADES - CVM
 Rotatividade dos auditores = mesmo clienteaté no máximo 5 (cinco) anos;
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Rígido programa de Controle de Qualidade Interno e Externo, incluindo a revisão do seu controle de
qualidade por outra sociedade de auditoria, a cada 4 anos. (REVISÃO PELOS PARES)
c) ÓRGÃOS RELACIONADOS COM A AUDITORIA
§ CVM - criada pela Lei n. 6385/76, entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda e,
funciona como um órgão fiscalizador do mercado de capitais no Brasil.
§ IBRACON - ex - IAIB fundado em 13/12/1971, passando a IBRACON a partir de Julho/1982 -
Pessoa Jurídica de direito privado sem fins lucrativos, esta dividido em seis câmaras:
 Câmara de Auditores Independentes;
 Câmara de Auditores Internos;
 Câmara de Peritos Judiciais;
 Câmara dos Contadores da Área Privada;
 Câmara dos Contadores da Área Pública e,
 Câmara dos Professores
- Anteriormente também foi denominado:
- Instituto dos Contadores Públicos do Brasil (1957)
- Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes (1968)
 
- PRINCIPAIS OBJETIVOS:
- Fixar princípios de contabilidade;
- Elaborar normas de procedimentos relacionados com auditoria (externa e interna) e perícias
contábeis.
§ CFC e CRC - criados pelo Decreto-lei n.º 9.295 de 27/05/1946, representam oficialmente a
entidade de classe dos contadores.
 A finalidade principal desses conselhos é o registro e a fiscalização do exercício da profissão de
Contabilistas, bem como ao CFC, as Normatizações]
 Técnicas Contábeis.
 
 § AUDIBRA - Instituto dos Auditores Internos do Brasil - fundado 20/11/1960 - Soc. civil de direito
privado sem fins lucrativos.
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 Objetivo: Promover desenvolvimento da auditoria interna (intercâmbio de idéias, reuniões,
conferências, congressos, publicações de livros revistas etc. etc.)
 
5. O QUE LEVA UMA EMPRESA A CONTRATAR UM AUDITOR EXTERNO (Independente)
 Os principais motivos que levam uma empresa a contratar um auditor externo ou independente são os
seguintes:
 OBRIGAÇÃO LEGAL
 (companhias abertas e quase todas as entidades integrantes do SFN);
 COMO MEDIDA DE CONTROLE INTERNO
 tomada pelos acionistas, proprietários ou administradores da empresa;
 IMPOSIÇÃO DE TERCEIROS:
- BANCOS para ceder empréstimo;
- FORNECEDORES – para conceder crédito em fornecimentos
 A FIM DE ATENDER ÀS EXIGÊNCIAS DO PRÓPRIO;
- ESTATUTO SOCIAL DA COMPANHIA (S/A CAPITAL FECHADO)
- CONTRATO SOCIAL DA EMPRESA
 PARA EFEITO DE COMPRA DA EMPRESA
(o futuro comprador necessita de uma auditoria a fim de determinar o valor contábil correto do
patrimônio líquido da empresa a ser comprada)
 Para efeito de incorporação, fusão ou cisão de empresas;
 Para fins de consolidação das demonstrações financeiras. 
 
O perfil profissional do auditor
Este item, tem como objetivo informar que todas a profissões têm a ética como princípio primordial. E, a
auditoria notoriamente não foge deste princípio. O auditor tem em suas mãos grande
responsabilidade, como, por exemplo, conhecer todas as irregularidades, falhas, erros, dentro do conjunto. 
Um bom auditor tem dentro do perfil profissional, conhecimento do responsável hierárquico, de seus
deveres, direitos e obrigações de acordo com o código de ética.
Segundo Attie (2009, p. 52), como acontece em todas as profissões, na auditoria também foram
estabelecidos determinados padrões técnicos que objetivam qualificação na condução dos trabalhos de
auditoria e garantir atuação consistente tecnicamente suficiente do auditor e de seu parecer, assegurando, a
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todos aqueles que dependem de sua opinião, a observação de uma série de requisitos considerados
indispensáveis para que o trabalho seja concretizado. 
Contidas na Resolução CFC nº 751, de 29.12.93, e atualizadas pela resolução CFC nº 980, de 24. 10.2003,
e reconhecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, as quais iremos estudar detalhadamente em
Normas Profissionais de auditoria.
De acordo com Crepaldi (2012), o principal objetivo da auditoria interna é observar a eficiência dos
controles internos, dando maior ênfase à qualidade dos registros, avaliando também a necessidade e a
possibilidade de novos controles ou de novas normas internas. Com este instrumento de controle
administrativo, a organização obtém maior segurança no funcionamento das operações. 
 
O Papel da Auditoria
Com a atual crise econômica, e o cenário atual em que vive hoje as empresas, e seus investidores, o papel
da auditoria passa a ser útil para ambos, uma vez que por meio da análise das demonstrações financeiras,
devidamente acompanhadas do parecer do auditor podem avistar com segurança as empresas que
poderão aplicar seus recursos em busca de novos investimentos.
Crepaldi (2012, p.7), nos fala que cercados pela exigência legal da contratação de auditores, (no caso das
empresas de capital aberto), e pressionado pela atual crise econômica as mesmas se veem obrigadas a
investir em uma atividade que seguramente diminui o impacto das perdas. O exame do auditor é um
processo que leva o profissional independente a uma viagem pela empresa, empregando técnicas que o
asseguram formar uma opinião sobre a adequação das demonstrações financeiras incluindo a sua
continuidade operacional. Trabalho esse que permitem ao auditor opinar sobre a posição da empresa
mediante parecer sobre suas demonstrações financeiras para que essas sejam dignas de fé pública.
 
 
Exercício 1:
A característica principal do auditor externo em relação ao auditor interno decorre de
sua supremacia em relação: 
A)
Ao connhecimento do profissional auferido
B)
à independência profissional 
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C)
A experiência profissional obtida
D)
Ao treinam,ento específico a que se submete
E)
À dependência profissional 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 2:
Assinale a assertiva correta quanto às características da auditoria interna e externa
A)
A auditoria interna é obrigatória, conforme determina a Lei 6.404/76, e a auditoria
externa, deve disponibilizar seus papéis de trabalho sempre que solicitados
B)
A auditoria interna tem como objetivo atender à gestão da empresa e a auditoria
externa, atender às necessidades da diretoria da empresa 
C)
A aduditoria interna não avalia os controles internos e a auditoria externa os elabora,
modifica e implanta na empresa auditada
D)
A auditoria interna tem como objetivo a revisão das atividades da empresa
continuamente e a auditoria externa é independente em todos os aspectos 
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E)
A aduditoria interna avalia os controles internos e a auditoria externa os elabora,
modifica e implanta na empresa auditada
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 3:
A auditoria independente pode ser constituída por uma pessoa física e por uma
pessoa jurídica, sendo que em ambas as situações as atividades somente são
conferidas ao profissional contador, graduado em nível superior e devidamente
registrado em algum dos CRCs. Esse fato compreende
A)
a ramificação dos cargos de auditoria e os impedimentos do auditor independente
B)
A história da auditoria, especificamente no aspecto relativoao surgimento do auditor
independente 
C)
A história da origem e do surgimento da auditoria externa
D)
As formas de constituição de uma auditoria independente e a conferência da
atividade reservada somente a contadores.
E)
as formas de constituição de uma auditoria independente e a conferência da
atividade reservada a contadores e a técnicos de contabilidade.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 4:
Os procedimentos gerais do auditor independente caracterizam, basicamente, três
situações. Qual das alternativas abaixo refere-se a uma dessas três situações? O
auditor independente deve
A)
Apenas observar o cumprimento das normas e dos procedimentos, reportando
formalmente os eventuais “desvios” constatados.
B)
Interferir nas decisões e nas conduções dos negócios da empresa, sempre que
constatar anomalias ou “desvios” de procedimentos.
C)
Examinar sempre a documentação das operações e os registros contábeis
correspondentes
D)
Comprovar se os registros contábeis da empresa foram corretamente efetuados,
examinando todos os registros e lançamentos contábeis do período
E)
Formalizar o seu parecer, emitindo opinião a respeito das demonstrações contábeis
da empresa, ou seja, se elas refletem adequadamente a sua real situação
econômico-financeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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