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AE_Unidade 01

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INTRODUÇÃO À AUDITORIA
Professor:
Esp. Vilson Davi Corrêa da Cruz
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Kaio Vinicius Cardoso Gomes 
Editoração Flávia Thaís Pedroso
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; CRUZ, Vilson Davi Corrêa da.
 
 Auditoria Empresarial. Vilson Davi Corrêa da Cruz.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 46 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Auditoria 2. Empresarial 3. EaD. I. Título.
 ISBN 978-85-459-0009-2
CDD - 22 ed. 657
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
sumário
07| ORIGEM DA AUDITORIA
14| EVOLUÇÃO DA AUDITORIA
21| ÓRGÃOS RELACIONADOS COM A AUDITORIA
30| FUNDAMENTOS DA AUDITORIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Destacar a contabilidade como alicerce da auditoria.
 • Conceituar a origem da auditoria.
 • Explanar sobre a evolução da auditoria.
 • Fundamentar e refletir sobre os objetivos da auditoria interna e externa.
 • Definir os órgãos relacionados à auditoria.
 • Classificar os tipos de auditores.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Origem da Auditoria 
 • Evolução da Auditoria
 • Órgãos Relacionados com a Auditoria
 • Fundamentos da Auditoria
INTRODUÇÃO À AUDITORIA
INTRODUÇÃO
introdução
Prezado(a) aluno(a), inicialmente, faz-se necessário conhecermos a origem da 
técnica de auditoria, desenvolvida pelo profissional denominado auditor, o qual 
vem se qualificando e se aprimorando constantemente, principalmente devido 
a tantas modificações e atualizações das regras da contabilidade.
A auditoria é uma técnica principalmente contábil, mas utilizada tanto no 
meio contábil como no administrativo. O que a diferencia nesses dois âmbitos é a 
finalidade de sua execução e qual é o objetivo esperado com a sua aplicabilidade, 
pois o auditor interno visa um controle interno mais eficiente, eficaz e seguro. No 
entanto e não tanto diferente assim, o auditor externo preza pela confiabilidade 
do controle interno avaliado, mas seu foco está na emissão do relatório de 
opinião, geralmente de publicação obrigatória pelas empresas de capital aberto 
junto com as demais demonstrações contábeis.
Assim, pode-se constatar que o profissional que exerce o cargo de auditor 
interno ou externo deve-se ater ao que se encontra em um mundo corporativo 
totalmente globalizado e informatizado, já que o mundo corporativo atual 
afeta as organizações em todas as suas transações contábeis, administrativas 
e financeiras, necessitando de rapidez, segurança e confiabilidade da gestão 
administrativa, contábil e financeira da organização.
O auditor, atualmente, tem alcançado um nível de conhecimento técnico 
profissional elevado, devido à necessidade de possuir um grande conhecimento 
intelectual, ou seja, o conhecimento intangível que o profissional possui e está 
internalizado na sua competência pessoal e profissional mostra-se capaz de 
identificar, analisar e comprovar, por meio de procedimentos e ferramentas 
utilizadas corretamente pela auditoria, tudo o que ocorreu na gestão administrativa 
e nas transações contábeis e financeiras envolvidas de uma organização.
Todvia, para que esse profissional possa desempenhar bem a execução 
dos serviços prestados em auditoria, não pode e nem deve abrir mão dos 
conhecimentos conceituais, normativos e regulamentadores pertinentes à 
execução dos serviços de auditoria, seja ela interna ou externa. São esses os 
conhecimentos que serão discorridos no decorrer de nossos estudos.
INTRODUÇÃO
introdução
Neste material, o foco principal é conceituar, refletir e analisar o objetivo da 
auditoria, por meio do conhecimento de seus procedimentos e ferramentas que 
possam auxiliar o auditor a tomar uma decisão confiável e segura sobre a opinião 
emitida do controle interno de uma organização ou sobre as demonstrações 
contábeis analisadas e auditadas de uma entidade.
Pós-Universo 7
ORIGEM DA 
AUDITORIA
Pós-Universo 8
Para que se defina a origem da auditoria, é necessário e primordial definirmos o alicerce 
da fundamentação que sustenta a técnica de auditoria, em que a contabilidade, 
enquanto geradora de relatórios e de possíveis informações para os mais diversos 
tipos de usuários, torna-se o principal foco do auditor independente ou externo. É 
eviente que ela é utilizada, também, pelo auditor interno, mas isso será estudado de 
forma específica.
Contabilidade
A contabilidade foi desenvolvida com objetivo de gerar informações aos seus 
diversos tipos de usuários, por meio dos seus relatórios contábeis, para o controle 
interno e administrativo organizacional e para o auxílio na tomada de decisões pelos 
seus diferentes usuários. Relacionada a isso, ela transforma dados em relatórios e, 
respectivamente, em informações gerenciais e contábeis, direcionada de acordo com 
a necessidade de cada usuário interno ou externo, destacando a sua utilização pelos 
próprios funcionários das empresas que têm cargos que requerem as tomadas de 
decisões internas e aos usuários externos. Entre eles, destacam-se aqueles que não têm 
ligação direta com a empresa, mas que necessitam das informações para execuções 
ou tomada de decisões de suas atividades. Exemplos disso são os fornecedores, órgãos 
governamentais, investidores e entre outros.
Segundo Favero et al. (2009, p.3), “a complexidade de geração da informação 
contábil é resultado das características dos usuários combinada com os propósitos 
para quais as informações são utilizadas”. Tal afirmação ressalta a necessidade da 
geração de relatório específico para atender as diferentes necessidades de cada 
usuário ou da organização. Dessa forma, cabe à contabilidade identificar o que cada 
um necessita e providenciar as informações que vão ao encontro do propósito da 
decisão esperada.
Para alcançar a sua finalidade, a contabilidade utiliza várias técnicas, como 
Escrituração, Elaboração das Demonstrações Contábeis e a Análise das Demonstrações 
e da Auditoria, que é nosso foco neste material. Como já descrito, a contabilidade surgiu 
para a geração das informações, atendendo as necessidades dos diferentes usuários 
das organizações, sendo, a auditoria, uma de suas técnicas, a qual consiste na análise, 
na confrontação e nas confirmações dessas informações geradas contabilmente.
Pós-Universo 9
Segundo Attie (2011, p.5), “a auditoria é uma especialização (técnica) contábil 
voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o 
objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”. Não se pode confirmar 
corretamente quando ocorreu, de fato, o surgimento da Auditoria. Pinho (2007, p.5) 
relata que os imperadores romanos solicitavam a alguns funcionários nomeados de 
confiança que verificassem as ações financeiras de seus administradores provinciais 
e que esses resultados fossem demonstrados por meio da prestação de contas 
pessoalmente. Já Pereira (2011) comenta que, na França, eram realizadas leituras 
das contas de domínio dosbarões diante de funcionários da coroa que dariam 
confiabilidade ao que estava sendo dito. Isto significa que a auditoria ocorria de 
forma a garantir, aos imperadores e aos reis, que os registros identificavam valores 
e quantidades corretos. 
Attie (2011, p. 7) comenta que: 
 “
[...] segundo se tem notícias, a atividade de auditoria é originária da Inglaterra 
que, como dominadora dos mares e do comércio em épocas passadas, teria 
iniciado a disseminação de investimentos em diversos locais e países e, por 
consequência, o exame dos investimentos mantidos naqueles locais. 
Portanto, constata-se que existem várias informações referentes ao início dos serviços 
de execução de auditoria. Isso demonstra que, desde o provável início da auditoria, 
já havia uma preocupação em confrontar e confirmar as informações contábeis com 
a opinião ou confirmação de uma pessoa apta e qualificada para constatação da 
fidedignidade contábil.
Com desenvolvimento do sistema capitalista e a busca de investimentos no 
mercado de capitais em ações, os futuros investidores e proprietários das empresas 
viram-se necessitados de informações contábeis que lhes garantissem a escolha de 
qual organização aplicar os seus investimentos. Por outro lado, as organizações se 
depararam com a necessidade de elaborar e demonstrar todos os seus relatórios/
demonstrações contábeis.
Pós-Universo 10
A publicação e elaboração das demonstrações contábeis devem ser realizadas 
da forma mais correta e segura possível, cumprindo totalmente as legislações fiscais 
e trabalhistas, a fim de cativarem novos investidores para que eles apliquem seus 
recursos monetários no mercado de capitais das empresas, o que fica mais seguro 
com a opinião de um terceiro profissional, não ligado internamente às organizações, 
dando origem ao auditor independente ou externo. É ele que emite o relatório de 
opinião sobre as demonstrações contábeis dessas empresas, para que elas possam 
se expandir, conquistar novos mercados e gerar recursos financeiros a serem pagos 
como dividendos aos novos acionistas. 
Attie (2011, p. 7) explica que:
 “
[...] a veracidade das informações, o correto cumprimento das metas, a 
aplicação do capital investido de forma lícita e o retorno do investimento foram 
algumas das preocupações que exigiram a opinião de alguém não ligado aos 
negócios e que confirmasse, de forma independente, a qualidade e precisão 
das informações prestadas, dando, dessa forma, o ensejo ao aparecimento 
do auditor.
Assim, após essa inicialização, os auditores externos nos Estados Unidos, a partir do 
ano de 1934, tiveram o real reconhecimento da sua importância, passando, a auditoria, 
a vigorar como uma norma para as empresas que efetuassem transações na Bolsa 
de Valores em ações, as quais foram obrigadas a dar maior credibilidade para as suas 
Demonstrações Contábeis por meio dos exames de auditoria externa e emissão do 
relatório de opinião.
Ainda, segundo Franco e Marra (2009, p39):
 “
As mesmas causas responsáveis pelo surgimento da auditoria são hoje 
determinantes de sua extraordinária evolução. A grandeza econômica e 
comercial da Inglaterra e da Holanda, em fins do século passado, bem como 
dos Estados Unidos, onde hoje a profissão é mais desenvolvida, determinou a 
evolução da auditoria, como consequência do crescimento das empresas, do 
aumento da sua complexidade e do envolvimento do interesse da economia 
popular nos grandes empreendimentos. 
Pós-Universo 11
Todo esse desenvolvimento e o avanço da tecnologia e da informatização fizeram e 
ainda continuam fazendo que a auditoria externa se torne cada vez mais importante, 
junto da evolução da ciência contábil, tornando-se uma técnica dinâmica enquanto 
instrumento de identificação, de orientação, de interpretação, de previsão e de 
prevenção de erros ou de fraudes nas organizações.
A prática de auditoria iniciou-se no Brasil devido à necessidade ligada às empresas 
estrangeiras. Isso, porque essas empresas possuíam instalações no Brasil e precisavam 
que suas Demonstrações Contábeis fossem devidamente auditadas, assim como era 
em seus países de origem, para que fossem garantidas e mantidas suas operações, 
conforme estabelecido pela Bolsa de Valores.
Confirma esse fato, Attie (2011, p. 8):
 “
As principais influências que determinaram o desenvolvimento de auditoria 
no Brasil foram:
Filiais e subsidiaria de firmas estrangeira.
Financiamentos das empresas brasileiras através de entidades internacionais.
Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização e 
diversificação de suas atividades econômicas.
Evolução do mercado de capitais. 
Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil 
em 1972.
Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei N° 6.404/76 das Sociedades 
por Ações.
Houve a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Lei 6.404/76 das 
Sociedades por Ações. Essa lei determinou que todas as companhias de Capital Aberto 
S/A teriam, agora, a obrigatoriedade de serem auditadas por auditores independentes 
ou externos, assim como com registrado na CVM vinculando as negociações de ações 
dessas empresas na Bolsa de Valores Mobiliários ao cumprimento da Lei. 
Pós-Universo 12
Conforme pode ser definido por Attie (2011, p. 9):
 “
[...] a definição e companhia aberta adotada é mais ampla que o conceito 
fiscal de sociedade de capital aberto, pois toda companhia que faz apelo, por 
mínimo que seja, à poupança pública, cria, ao ingressar no mercado de capitais, 
relações que inexistem nas companhias fechadas e que exigem disciplina 
própria para proteção da economia popular e no interesse do funcionamento 
regular e do desenvolvimento do mercado dos valores mobiliários.
Na quarta-feira, 17 de dezembro de 2014, o CFC divulgou a nova norma para 
o Programa de Educação Profissional Continuada, a NBC PG 12.
A nova norma, além de ser aplicada aos auditores externos, agora se, estende-
se para os profissionais das empresas de grande porte que são obrigadas 
a contratar auditoria independente. Não só, mas a Norma abrange toda a 
equipe de preparadores das demonstrações contábeis, inclusive os que as 
assinam.
O CFC informou que, em 2015, serão aplicadas apenas algumas atualizações 
formais da Norma. Já a inclusão de mais profissionais no PEPC deve entrar 
em vigor apenas em 2016.
Segundo a Norma, as disposições não se aplicam aos profissionais técnicos 
da firma de auditoria que exercem a função de especialista da empresa e que 
detenha habilidades, conhecimento e experiência em áreas específicas não 
relacionadas à contabilidade ou à auditoria das demonstrações contábeis, 
exceto os sócios da firma de auditoria.
Fonte: adaptado de IBRACON (2012, on-line)1.
fatos e dados
O Conceito de Auditor 
O auditor é um profissional que possui competência profissional de contador e deve 
estar devidamente legalizado no órgão regulamentador da classe CRC - Conselho 
Regional de Contabilidade, CFC - Conselho Federal de Contabilidade, CVM - Comissão 
de Valores Mobiliários e demais específicos à atividade do exercício da auditoria 
independente.
Pós-Universo 13
O auditor externo deve possuir conhecimento nas áreas de tributos, de 
contabilidade, das modernas técnicas empresariais que envolvem os conhecimentos, 
análise de documentos, domínio das Normas Brasileiras de Contabilidade e de 
auditorias, procedimentos de auditoria e testes de amostragens. Tudo isso, para que 
possa fundamentar o seu relatório de opinião sobre as Demonstrações Contábeis 
ou Sistemas de Controles Internos. 
A origem da palavra auditor, segundo Attie (2011, p. 7), “[...] na realidade provém 
da palavra inglesa to audit (examinar, ajustar, corrigir, certificar)”. O autor conceitua, 
também, como auditor “aquele que ouve”, “ouvinte”, que pode ser definida, em sua 
execução, como o levantamento de documentos, o exame documental, a análise 
de documentos, livros e registros das movimentaçõese transações financeiras da 
empresa e, no caso do auditor externo, para emissão de opinião sobre as informações 
contábeis auditadas aos seus usuários ou ao contratante do serviço de auditoria. 
O desempenho da função de auditor externo, atualmente, é muito mais 
abrangente do que o tradicional conhecimento que a maioria das pessoas tem de 
fiscal ou atividade de fiscalização. O auditor externo se adapta à modernidade e 
à excelência da qualificação profissional, na qual identifica, constata a veracidade 
dos fatos e das transações comerciais e contábeis, bem como procura identificar a 
segurança do sistema de controle interno organizacional, os processos informatizados, 
novas tecnologias utilizadas pela empresa auditada e os fatores motivacionais que 
a organização proporciona. Tudo isso é observado levando em consideração a 
possibilidade de ocorrências de erros ou fraudes na empresa.
Oliveira e Filho (2001) ressaltam as inovações nas áreas em que o auditor deve-se 
ater, tais como: processos informatizados da produção de bens e serviços, tecnologia 
de produção, automatização e robotização, práticas comerciais e de negócios, fatores 
motivacionais etc.
O que pode ser compreendido é a ideia de que o auditor vem demonstrando 
a sua preocupação de forma preventiva e que há a existência do aprimoramento 
dos controles da empresa auditada, a qual fundamenta a emissão do relatório não 
obrigatório por lei chamado de relatório comentado, referente a todas as observações 
relevantes que encontraram no decorrer dos serviços de auditoria na empresa auditada.
Pós-Universo 14
EVOLUÇÃO 
DA AUDITORIA
Pós-Universo 15
A contabilidade fornece informações para auxiliar os administradores na tomada de 
decisão interna ou externa. Com a sua evolução e o avanço do mercado competitivo, 
ela foi se tornando obrigatória para a maioria das empresas, pois o governo também 
começou a utilizá-la para arrecadação de impostos. 
No entanto, a contabilidade não deve ser feita basicamente para atender as 
exigências do governo, e sim para auxiliar seus usuários nas tomadas de decisões, 
procurando atender a evolução do mercado mercantilista mundial.
Attie (2011, p. 7) comenta que:
 “
[...] em essência, a causa da evolução da auditoria, que é decorrente da evolução 
da contabilidade, foi a do desenvolvimento econômico dos países, síntese 
do crescimento das empresas e da expansão das atividades produtoras, 
gerando crescente complexidade na administração dos negócios e das 
práticas financeiras como uma força motriz para o desenvolvimento da 
economia de mercado.
Concernente a essa evolução da contabilidade, a auditoria externa também evoluiu, 
pois, com o desenvolvimento econômico dos países, a complexidade nos negócios e 
na sua administração também aumentou, surgindo, assim, a necessidade da auditoria 
externa para analisar a veracidade e a qualidade das informações geradas e repassadas. 
Auditoria Interna
A auditoria interna ou gerencial expandiu-se juntamente com o desenvolvimento 
das empresas, as quais possuíam necessidade de delegar atribuições e compartilhar 
a responsabilidade com seus funcionários para auxiliarem na administração. Ela 
também foi impulsionada pelo o avanço do mercado informatizado, tecnológico 
e da concorrência globalizada, tornando-se necessária uma desconcentração de 
domínio e melhor aproveitamento das competências de seus funcionários nas grandes 
organizações. 
Relacionado a todos esses fatores, a auditoria interna tornou-se um meio para 
verificar o acompanhamento e a confrontação das normas e dos procedimentos 
internos a serem executados por todos os funcionários de uma organização ou para 
cada uma das atividades desenvolvidas por um departamento da empresa, tendo, 
como primazia, a eficiência, eficácia operacional e cumprimento das políticas da 
organização. 
Pós-Universo 16
Segundo a Resolução CFC 1.135/2008, que aprovou a NBC T 16.8, o controle 
interno, sob o enfoque contábil, deve compreender:
 “
[...] o conjunto de recursos, métodos, procedimentos e processos adotados 
pela entidade do setor público, com a finalidade de:
(a) Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes 
patrimoniais.
(b) Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente.
(c) Propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada.
(d) Estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas.
(e) Contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade.
(f ) Auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, 
fraudes, malversação, abusos, desvios e outras inadequações. (CFC, 2008, s.p.)
Essa verificação é realizada pelo auditor interno e da forma mais independente possível. 
Esse é um funcionário da empresa com vínculo empregatício, mas não deve deixar 
se influenciar pela alta administração. Segundo Franco e Marra (2009, p. 219):
 “
Suas funções, entretanto, devem ser exercidas com a mais absoluta 
independência, sem interferência da administração, que apesar da sua 
função superiormente hierárquica, deve sujeitar-se também ao seu controle 
e submeter a seu exame todos os atos por ele praticados. 
A relevância da independência de um auditor interno é de suma importância para 
que a auditoria executada seja conduzida de forma eficiente e eficaz. A independência 
é obtida, primordialmente, pelo posicionamento do auditor interno na estrutura 
organizacional. 
O auditor interno deve ocupar uma posição na estrutura organizacional da empresa 
de forma que se reporte a um executivo com autoridade para tomar uma ação sobre 
todos os pontos identificados na auditoria, fazendo que suas recomendações sejam 
cumpridas.
Pós-Universo 17
A auditoria interna, assim como a externa, na aplicação dos procedimentos 
técnicos, possui, por objetivo, analisar a qualidade e a eficácia dos controles internos 
e das informações da organização, sendo elas financeiras, contábeis e operacionais 
e demais categorias. 
Segundo a Resolução CFC 1.135/2008, que aprovou a NBC T 16.8:
 “
[...] o controle interno é classificado nas seguintes categorias:
(a) Operacional: relacionado às ações que propiciam o alcance dos objetivos 
da entidade;
(b) Contábil: relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das 
demonstrações contábeis;
(c) Normativo: relacionado à observância da regulamentação pertinente. 
(CFC, 2008, s.p.)
Ele serve como um auxílio aos administradores com suas informações técnicas, pois 
esses profissionais não conseguem acompanhar todos esses controles diretamente, 
havendo assim, a necessidade de deixar evidenciado o fato de que o auditor terá 
toda a liberdade e autoridade para auditar qualquer área dentro da organização.
Conforme ressalta Almeida (2012, p. 5), “[...] o auditor interno não deve desenvolver 
atividades que possam vir um dia a examinar (como, por exemplo, elaborar lançamentos 
contábeis), para que não interfira em sua independência”. 
A auditoria interna tem, como função principal, auxiliar a administração da 
organização, fornecendo análises, recomendações, sugestões e aprimoramento para 
um desempenho efetivo de suas responsabilidades e funções, na busca de prevenção 
de fraudes, erros e ineficiências.
A técnica de auditoria, seja interna ou externa, leva-nos a reflexão e a análise 
de todo o conhecimento pessoal e profissional adquirido no percurso de 
nossa vida, capacitando-nos com excelência profissional.
Fonte: o autor
reflita
Pós-Universo 18
Auditoria Externa 
A auditoria externa é o conjunto de procedimentos técnicos que têm, como objetivo, 
a emissão do relatório de opinião sobre a adequacidade das demonstrações contábeis, 
com base na amostragem auditada, apontando se ele está em conformidade com as 
Normas Brasileiras de Auditoria e de Contabilidade e dos Princípios de Contabilidade. 
Almeida (2012, p24) conceitua que “o objetivo do auditor externo ou independente 
é emitir sua opinião sobre as demonstrações financeiras examinadas”.A auditoria externa deve ser realizada por um profissional independente, sem 
vínculo empregatício com a empresa que será auditada. “A independência do auditor 
externo deve ser absoluta e jamais poderá aceitar imposições da empresa quanto 
ao procedimento que deverá adotar para a realização da auditoria, nem quanto às 
conclusões a que deve chegar” (FRANCO; MARRA, 2009, p. 218).
A auditoria externa ou independente surgiu proveniente da evolução do mercado 
capitalista. Com o crescimento e a expansão do mercado, as organizações passaram 
a ser competitivas e aumentaram as suas estruturas operacionais de produção e de 
serviços, o que exigiu a necessidade de adequações em investimento em tecnologia 
e, consequentemente, nos seus sistemas de controles e de procedimentos internos, 
com foco na redução de custos e na competitividade dos produtos comercializados. 
Assim, foi necessário abrir o capital de suas empresas ao mercado de ações, com o 
objetivo de captar recursos, pois os financiamentos e os empréstimos bancários se 
tornaram uma fonte de recurso muito mais cara em relação aos acionistas.
Esses novos investidores, já habituados a esse tipo de investimento, precisariam, 
primeiro, saber como estava a situação financeira e patrimonial das empresas que 
buscam esses recursos. Não só, mas, a sua capacidade de honrar seus compromissos 
e de gerar lucros para possíveis pagamentos de dividendos e, principalmente, como 
estavam sendo administradas internamente, evitando fraudes e erros. 
De posse de documentos e de relatórios contábeis com essas informações e o 
relatório de opinião do auditor externo, aumentaria a segurança- e o retorno sobre 
o capital investido.
Pós-Universo 19
Attie (2011, p. 12) define que:
 “
[...] o objetivo do exame normal de auditoria das demonstrações contábeis 
é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas, e assegurar que 
elas representem em seu conjunto adequadamente a posição patrimonial 
e financeira, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio 
líquido e os demais demonstrativos correspondentes aos períodos em exame, 
de acordo com as práticas contábeis no Brasil.
Portanto, a auditoria externa tem, como objetivo principal e exclusivo, emitir uma 
opinião sobre a adequacidade das Demonstrações Contábeis de uma organização, 
com base na Legislação vigente, podendo contar com o apoio do auditor interno. 
Almeida (2012, p.5) relata que: “[...] portanto, surgiu o auditor interno como uma 
ramificação da profissão de auditor externo e, consequentemente, do contador”.
O auditor externo pode, se quiser, até utilizar os papéis de trabalho de um auditor 
interno, pois a auditoria interna é considerada uma ramificação da auditoria externa A 
necessidade de auditoria interna surgiu devido à necessidade da evolução do mercado 
de capitais na Bolsa de Valores e da exigência de publicação das demonstrações 
contábeis por essas empresas de capital aberto.
Auditoria como Técnica Contábil 
A técnica de auditoria serve para validar a contabilidade, pois confronta e analisa 
as transações contábeis ocorridas em determinado período a ser auditado, para 
convalida-la, ou seja, confirmar sua confiabilidade e os meios que a elaboraram.
A técnica de auditoria é realizada com a finalidade de constatar se foram seguidas 
todas as Normas Brasileiras de Auditoria, de Contabilidade e dos Princípios da 
Contabilidade, e se foram cumpridas as obrigações legais, fiscais e patrimoniais da 
empresa. Ao se tratar da auditoria externa, para que ela possa emitir um relatório de 
opinião válido, confiável e pronto a ser publicado aos acionistas ou aos investidores. 
Pós-Universo 20
Franco e Marra (2009, p.39) argumentam que:
 “
[...] conclui-se ser a auditoria uma das técnicas utilizadas pela Contabilidade, ou 
seja, aquela destinada a examinar a escrituração e demonstrações contábeis, 
a fim de confirmar sua adequação. A auditoria, dessa forma, aperfeiçoa a 
utilidade das informações fornecidas e dá credibilidade à Contabilidade, 
valorizando seus objetivos. 
Já, ao se tratar da técnica de auditoria interna, o auditor interno não emite um relatório 
de opinião publicável, somente de sugestões e de recomendações internas, que 
chamamos de relatório comentado ou de comentários.
Comenta-se que, nas pequenas empresas, os procedimentos operacionais 
e as rotinas administrativas são mais passíveis de falhas. Exemplos disso, são: 
falha no registro das operações contábeis, desqualificação dos funcionários, a 
utilização de um sistema de controle informatizado etc. O que os pequenos 
empresários não sabem é que muitas técnicas de auditoria interna podem 
ser utilizadas e gerenciadas pelo próprio proprietário ou administrador. 
Um exemplo disso são as rotinas que permitem a conferência de saldos, 
simplesmente para confrontar se tudo que vendeu, menos os pagamentos, 
confere com o saldo diário ou semanal e onde está o valor financeiro 
físico, estoques. Não só, mas se tudo que foi produzido, menos o vendido, 
confere com o estoque a ser vendido e pagamentos, verificando a forma de 
pagamento e os documentos de origem de compras. O maior problema está 
em não fazer uso da contabilidade como ferramenta de controle interno, já 
que um funcionário pode se apoderar de uma mercadoria ou até mesmo 
colocar uma mercadoria velha ou defeituosa em lugar de uma nova. Quando 
se utiliza a contabilidade somente para satisfazer a legislação fiscal, não há 
controle dos processos utilizados pela organização e perde-se a oportunidade 
de lidar com um lado ainda pouco explorado do contador: o de auditor 
interno. A contabilidade utilizada corretamente gera dados e informações e 
garante o registro de toda a movimentação do patrimônio da organização. 
Esse ambiente de informação cria oportunidades únicas para o planejamento 
de um sistema de controle interno, evitando fraudes e erros.
Fonte: adaptado de Lorenzoni e Vieira (2013)..
saiba mais 
Pós-Universo 21
ÓRGÃOS RELACIONADOS 
COM A AUDITORIA
Pós-Universo 22
Para que o auditor possa desenvolver os serviços de auditoria externa, ele deve 
observar e obedecer às Leis e Normas Profissionais determinadas e aprovadas pelos 
órgãos regulamentadores e fiscalizadores da profissão de auditor.
Pinho (2007, p. 9) comenta sobre alguns organismos reguladores:
 “
[...] a atividade de auditoria, no Brasil, caracteriza-se pela regulamentação 
governamental. Em decorrência da abrangência das atividades subordinadas a 
estes organismos e pelo poder de fiscalização que lhes é conferido, é possível 
classificar como principais reguladores os seguintes: CFC, IBRACON, CVM e 
BACEN.
No Brasil, ainda estamos muito longe de conquistarmos a emancipação e, como auditores 
e demais profissionais envolvidos com a contabilidade, de desenvolvermos normas e 
regulamentos específicos de contabilidade, com o objetivo de autorregulamentarmos a 
profissão de auditoria, assim como já ocorrem em outros países, em que os profissionais 
de auditoria criam as suas próprias regras de atividade, nas quais podem contar com 
o acompanhamento da execução dessas normas e regulamentos por meio das 
entidades governamentais. Pinho (2007, p. 10) comenta que “[...] no nível internacional, 
destacam-se: USA, Reino Unidos, Canadá, Alemanha, França, Japão e Itália”. Dentre as 
mais importantes do Brasil, destacam-se a seguir: 
CVM - Comissão de Valores Mobiliários
A Comissão de Valores Mobiliários é um órgão que tem a função de fiscalizar as 
operações de transações comerciais no mercado de capitais no Brasil. O auditor 
independente, que exerce auditoria externa e, principalmente, audita as empresas 
que exercem as atividades ligadas ao mercado de valores mobiliários, tais como 
instituições financeiras, empresas de capital aberto, corretoras etc., deve se registrar 
para exercer a função de auditor independente. Isso se deve, pois a CVM tem a função 
de fiscalizar o mercado de capitais no Brasil e exige que essas entidadesou empresas 
citadas contratem o auditor externo anualmente para que apresentem seu relatório 
de opinião juntamente com a publicação de suas demonstrações contábeis.
Pós-Universo 23
A CVM também estabelece deveres e responsabilidades para os auditores externos 
e para as empresas de auditoria. Almeida (2012, p. 7) comenta sobre as exigências 
para o registro de auditor independente:
 • Estar registrado em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de 
contador.
 • Haver exercido atividade de auditoria de demonstrações contábeis, dentro do 
território nacional, por período não inferior a cinco anos, consecutivos ou não, 
contados a partir da data do registro em Conselho Regional de Contabilidade, 
na categoria contador.
 • Estar exercendo atividade de auditoria independente, mantendo escritório 
profissional legalizado, em nome próprio, com instalações compatíveis com 
o exercício da atividade, em condições que garantam a guarda e o sigilo 
dos documentos e informações decorrentes dessa atividade, bem como a 
privacidade no relacionamento com seus clientes.
 • Possuir conhecimento permanente atualizado sobre o ramo de atividade, 
os negócios e as práticas contábeis e operacionais de seus clientes, bem 
como possuir estrutura operacional adequada ao seu número e porte dos 
seus clientes.
 • Ter sido aprovado em exame de qualificação técnica.
Além disso, destaca-se que o exame de qualificação técnica e registro no CNAI - 
Cadastro Nacional de Auditores Independentes do CFC é elaborado por meio de uma 
prova escrita que é formada por questões com respostas objetivas e dissertativas, 
em que o auditor, caso aprovado, está apto a desenvolver atividades de auditoria, 
podendo solicitar seu registro no Conselho federal de Contabilidade.
O exame de qualificação técnica pode ser classificado em três tipos de provas, 
conforme a NBC-PA 13 (R1), item 13:
 “
O Exame de Qualificação Técnica é composto de 3 (três) provas:
(a) prova de Qualificação Técnica Geral para os contadores que pretendam 
atuar em auditoria de instituições reguladas pela CVM.
(b) Prova Específica para Atuação em Auditoria nas instituições autorizadas 
a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
(c) Prova Específica para Atuação em Auditoria nas sociedades supervisionadas 
pela SUSEP-Superintendência de Seguros Privados. (CFC, 2014, s.p.)
Pós-Universo 24
Como os serviços de auditoria independente podem ser prestados por pessoa física 
ou jurídica, o Conselho Federal de Contabilidade também definiu exigências a serem 
cumpridas pelas pessoas jurídicas que exercem as atividades de auditoria.
Almeida (2012, p. 7) define como as seguintes:
 • Estar inscrita no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, sob a forma de sociedade 
civil, constituída exclusivamente para a prestação de serviços profissionais de 
auditoria e demais serviços inerentes à profissão de contador.
 • Que todos os sócios sejam contadores e que pelo menos a metade desses 
seja cadastrada como responsável técnico.
 • Constar no contrato social, ou ato constitutivo equivalente, cláusula dispondo 
que a sociedade responsabilizar-se-á pela reparação de dano que causar a 
terceiros, por culpa ou dolo, no exercício da atividade profissional e que os 
sócios responderão solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, depois 
de esgotados os bens da sociedade.
 • Estar regularmente inscrita, bem como seus sócios e demais responsáveis 
técnicos regularmente registrados, em Conselho Regional de Contabilidade.
 • Estarem todos os responsáveis técnicos autorizados a emitir relatório de 
opinião de auditoria em nome da sociedade, exercida atividade de auditoria 
de demonstrações contábeis, dentro do território nacional por período não 
inferior a cinco anos, consecutivos ou não, contados a partir da data do 
registro em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador.
 • Terem sido todos os responsáveis técnicos aprovados em exame de qualificação 
técnica.
 • Manter escritório profissional legalizado, em nome da sociedade, com instalações 
compatíveis com o exercício da atividade, de auditoria independente, em 
condições que garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos documentos 
e informações decorrentes dessa atividade, bem como a privacidade no 
relacionamento com seus clientes.
 • Manter quadro permanente de pessoal técnico adequado ao número e porte 
dos seus clientes, com conhecimento atualizado sobre o ramo de atividade, 
os negócios e as práticas contábeis e operacionais.
Pós-Universo 25
A Comissão de Valores Mobiliários ainda exige dos responsáveis por auditorias externas 
que eles verifiquem a publicação das demonstrações contábeis auditadas, assim como 
a publicação do relatório de opinião emitido pelos auditores em jornais ou revistas 
que as empresas são obrigadas a divulgarem suas demonstrações contábeis. Além 
da parte contábil, a CVM ainda exige que os auditores verifiquem se as destinações 
dos resultados apurados no exercício social foram devidamente destinadas, conforme 
constavam do contrato social da empresa ou do estatuto da organização.
A Comissão de Valores Mobiliários proíbe, ao auditor independente, a prestação 
dos seus serviços para as empresas que eles não possuam grau de independência 
total ou nas que ele possa ser considerado alguém que exerça atividade incompatível 
com a função de auditor.
Almeida (2012, p. 9) define como atividades incompatíveis:
 • Adquirir ou manter títulos ou valores mobiliários de emissão da entidade, suas 
controladas, controladoras ou integrantes de um mesmo grupo econômico.
 • Prestar serviços de consultoria que possam caracterizar a perda da sua 
objetividade e independência (assessoria à reestruturação organizacional, 
avaliação de empresas).
 • Determinação de valores para efeito de constituição de provisões ou reservas 
técnicas e de provisões para contingências.
 • Planejamento tributário.
 • Remodelamento dos sistemas contábil, de informações e de controle interno.
 • Qualquer outro produto ou serviço que influencie ou que possa vir a influenciar 
as decisões tomadas pela administração da instituição auditada.
 • O auditor Independente Pessoa Física e o Auditor Independente Pessoa 
Jurídica não podem prestar serviços para um mesmo cliente, por prazo 
superior a cinco anos consecutivos, contados a partir da data desta instrução, 
exigindo-se um intervalo mínimo de três anos para a recontratação.Os auditores 
independentes deverão manter uma política de educação continuada de 
todo o seu quadro funcional e de si próprio, conforme o caso, segundo as 
diretrizes aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelo Instituto 
dos Auditores Independentes do Brasil, com vistas a garantir a qualidade e 
o pleno atendimento das normas que regem o exercício da atividade de 
auditoria de demonstrações contábeis.
Pós-Universo 26
A Comissão de Valores Mobiliários também edita e esclarece as normas para o 
desenvolvimento da contabilidade relacionadas com as empresas que realizam 
a avaliação dos seus bens pelo método da equivalência patrimonial, as que são 
obrigadas a fazerem a consolidação das demonstrações contábeis e as que praticam 
a reavaliação dos seus ativos. 
CRC – Conselho Regional de Contabilidade e CFC 
Conselho Federal de Contabilidade
Esses conselhos fazem parte do conselho de classe dos contadores. Eles servem de 
ajuda sobre as dúvidas e sobre os procedimentos para o melhor desenvolvimento 
das técnicas de contabilidade. Também, o acadêmico, depois da conclusão do curso 
em Ciências Contábeis e sua aprovação no exame de suficiência, realizado pelo CFC, 
deve se registrar na categoria de contador no conselho de sua região, para poder 
desempenhar a função de contador. No caso de auditor, deve registrar-se também no 
CFC, assim como fora estudado no tópico anterior. Almeida (2012, p. 10) define que 
“[...] a finalidade principal desses conselhos é o registro e a fiscalização do exercício 
da profissão de contabilista”.O CFC também constitui a Comissão de Educação Profissional Continuada (CEPC-
CFC) com as atribuições específicas para elaborar e acompanhar o cumprimento da 
Educação Profissional Continuada (EPC), que é a atividade formal e reconhecida, com 
a finalidade de manter, atualizar e expandir os conhecimentos técnicos e profissionais, 
indispensáveis para a execução dos serviços do auditor independente. 
Aplica-se a Educação Profissional Continuada aos contadores com registro 
no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI), exercendo, ou não, a 
atividade de auditoria independente, cujo CRC tem a responsabilidade de incentivar 
a implementação de atividades de capacitação que permitam o cumprimento dessa 
Norma.
Os contadores auditores devem cumprir 40 pontos de Educação Profissional 
Continuada por ano-calendário, conforme tabelas de pontuações constantes no 
Anexo da Norma NBC PG 12, a partir de 2014. A título de exemplo, apresentamos a 
tabela II e sua devida pontuação (a tabela completa e atualizada pode ser encontrada 
no link: http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCPG12(R3).pdf ):
Pós-Universo 27
Tabela 1 – Docência
A comprovação de docência deve ser feita mediante apresentação de declaração emitida pela 
instituição de ensino, contendo disciplina, carga-horária e período de realização.
Natureza Características Atribuição de Pontos
Pós-graduação (lato 
sensu e stricto sensu)
Disciplinas relacionadas ao PEPC 
ministradas por instituições de ensino 
superior credenciadas pelo MEC.
05 pontos por disciplina ministrada no 
ano, limitado a 20 pontos anuais.
Observação: A disciplina ministrada em 
mais de uma turma, independente da 
instituição e do semestre letivo, será 
computada uma única vez no ano.
Graduação e cursos 
de extensão
Cursos ou eventos 
credenciados
Participação como conferencista, 
palestrante, painelista, instrutor e 
facilitador em eventos nacionais e 
internacionais.
Cada hora vale 01 ponto. (limitado a 20 
pontos anuais)
Fonte: CFC (2014, s.p.).
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis
A criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis surgiu da necessidade de se 
criar normas compatíveis e norteadoras, provenientes das mudanças contábeis 
refletidas das normas internacionais de contabilidade, concernentes com a redução 
dos custos de emissão de relatórios contábeis, redução dos riscos de análises contábeis, 
uniformidade de utilização pelas empresas brasileiras dessas normas e geração de 
relatórios aos diversos usuários das informações contábeis.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, segundo Almeida (2012, p. 11):
 “
[...] tem por objetivo, o estudo o preparo e a emissão de Pronunciamentos 
Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações 
dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora 
brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, 
levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos 
padrões internacionais.
Os Pronunciamentos Técnicos possuem validade e são aceitos por toda a classe 
contábil, como força de Lei. Eles são submetidos, obrigatoriamente, a audiências 
públicas que envolvem profissionais ligados à contabilidade. 
Pós-Universo 28
BACEN – Banco Central do Brasil
Tratando-se de auditoria independente, o Banco Central do Brasil é responsável 
pela regulamentação e fiscalização das Instituições Financeiras e demais instituições 
envolvidas ao Sistema Financeiro no Brasil. Todas essas organizações necessitam, 
anualmente, dos serviços prestados de auditoria independente.
Segundo as Resoluções 3.198 e 4.329 do Banco Central do Brasil:
 “
RESOLUÇÃO Nº 3.198
DA OBRIGATORIEDADE
Art. 1º Devem ser auditados por auditores independentes registrados na 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que atendam aos requisitos mínimos 
a serem fixados pelo Banco Central do Brasil:
I – As demonstrações contábeis, inclusive notas explicativas:
a) Das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil, exceto as sociedades de crédito ao microempreendedor.
b) Das câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação.
II - As demonstrações contábeis previstas nos arts. 3º e 10º da Resolução 2.723, 
de 31 de maio de 2000.
III – O documento Informações Financeiras Trimestrais (IFT), de que trata o 
art. 1º da Circular 2.990, de 28 de junho de 2000, na forma de revisão especial.
Art. 2º O auditor independente pode ser pessoa física ou pessoa jurídica.
Art. 9º As instituições, câmaras e prestadores de serviços referidos no art. 
1º devem proceder à substituição do responsável técnico, diretor, gerente, 
supervisor e qualquer outro integrante, com função de gerência, da equipe 
envolvida nos trabalhos de auditoria, após emitidos pareceres relativos a, no 
máximo, cinco exercícios sociais completos. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 
2004, s.p.).
Assim como fora estudado, o Banco Central do Brasil dita as suas resoluções 
concernentes às normas brasileiras de auditoria e contabilidade, 
principalmente em relação a independência e o tempo dos serviços 
prestados de auditoria.
Pós-Universo 29
FUNDAMENTOS 
DA AUDITORIA
Pós-Universo 30
Objetivo da Auditoria Interna
O objetivo da auditoria interna é o de realzar um acompanhamento e uma revisão 
de todo o sistema que envolve transações contábeis, administrativas, operacionais, 
financeiras e patrimoniais e, principalmente, seus controles internos, ou seja, audita 
100% das transações ocorridas. Esse objetivo visa a proteção dos Bens e dos Direitos 
de uma organização contra fraudes e erros, buscando um índice zero de ocorrência 
de fraudes e ou desvios financeiros e patrimoniais.
O objetivo da auditoria interna é o controle administrativo, por meio da constatação 
e da verificação dos sistemas de controles internos, quanto à eficiência e eficácia das 
transações operacionais ocorridas na empresa, focando nas deficiências e nos riscos 
possíveis de acontecerem. Oliveira e Filho (2001, p16) descrevem que a auditoria 
interna objetiva:
 • À proteção dos bens e direitos da empresa contra fraudes, desvios ou 
desfalques.
 • À constatação de possíveis irregularidades e usos indevidos dos bens e direitos 
da empresa, que comprometam seu desempenho.
 • Ao aprimoramento contínuo da eficiência e eficácia operacional, contribuindo 
com soluções que possibilitem e facilitem o atingimento das metas e dos 
planos estabelecidos.
Pode-se concluir que o objetivo da auditoria interna se constitui como um conjunto de 
procedimentos realizados, a fim de se obter um exame da integridade dos controles 
internos e das informações físicas, contábeis e operacionais da empresa.
Pós-Universo 31
Processamento Eletrônico de Dados – PED
Quando uma empresa auditada utiliza o processamento eletrônico de dados, 
é necessário que, na equipe de desenvolvimento da Auditoria Interna, tenha 
um profissional qualificado em tecnologia da informação e nos sistemas de 
controles utilizados.
Essa necessidade é decorrente do fato de que as informações são totalmente 
informatizadas e compiladas em relatórios os quais o profissional ajudará 
a implementar os procedimentos a serem aplicados, além de orientar e 
supervisionar os controles da empresa. Mais informações na NBC TI 01 – 
Da Auditoria Interna.
Fonte: o autor.
saiba mais 
Objetivo da Auditoria Externa
O objetivo principal e exclusivo da auditoria externa é a emissão do relatório de opinião 
sobre a adequacidade e confiabilidade das Demonstrações Contábeis auditadas, 
conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade adotadas no Brasil. Tudo isso, a 
fim de identificar eventuais falhas no controle interno da empresa, com base no 
tamanho da amostra e no atendimento à obrigatoriedade das organizações, o que 
será estudado no tópico de objetivo da auditoria. 
Segundo Oliveira e Filho (2001, p. 15), para alcançar esse objetivo da auditoria, é 
necessário aplicar a técnicacontábil, visando à obtenção de elementos que possam 
ajudar no julgamento das transações e das demonstrações contábeis verificando se:
 • Foram efetuados de acordo com os Princípios de Contabilidade.
 • Refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, 
os resultados do período examinado e as demais situações e informações 
nelas demonstrados e constantes das notas explicativas.
Geralmente, esse objetivo é solicitado ou contratado pelo motivo de cumprimento 
de obrigação legal, estatutária, aquisição de empresas, tais como fusão, cisão ou 
incorporação, e apresentação e publicação de Consolidação das Demonstrações 
Contábeis pelas organizações que formam Grupos de Sociedades.
Pós-Universo 32
Objeto da Auditoria 
O objeto da auditoria interna ou externa é o patrimônio da organização e, quando 
falamos em patrimônio, temos que ressaltar que é o conjunto de Bens, Direitos e 
Obrigações, cujas contas envolvidas possuem influência relevante na apuração do 
Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial. Para que as organizações obrigadas 
por lei possam oferecer uma maior transparência de controle patrimonial sobre os 
seus Bens, Direitos e Obrigações, elas necessitam da emissão do relatório de opinião 
do auditor externo.
Essas organizações que são obrigadas a publicar as suas demonstrações contábeis, 
as quais envolvem todos os Bens, Direitos e Obrigações, podem ser classificadas, 
segundo Pinho (2007, p. 41), em:
 • Sociedades por ações de capital aberto.
 • Instituições Financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo 
Banco Central, exceto as sociedades de crédito ao microempreendedor, 
câmaras prestadoras de serviços de compensação e liquidação.
 • Planos de saúde.
 • Eventos culturais com uso de verba incentivada.
 • Seguradoras.
 • Previdências privadas.
 • Pessoas jurídicas de direito privado, mantenedoras de instituições de ensino 
superior. 
 • Entidades beneficentes de assistência social cuja receita bruta seja superior 
a R$ 2.400.000,00
 • Sociedades beneficiárias de recursos oriundos de incentivos fiscais (ADENE, 
ADA).
 • Fundos em condomínio.
 • Sociedades de investimentos.
 • Entidades responsáveis pelo mercado de balcão organizado, bolsas de valores.
 • Cooperativas.
Pós-Universo 33
 • Programa de revitalização de cooperativas de crédito agropecuário.
 • Companhia emissora de títulos negociáveis ou contratos de investimento 
coletivo.
 • Incorporação, Fusão, Cisão em companhias abertas.
 • Por condição imposta por órgãos controladores, mantenedores ou concedentes 
de crédito.
Todas as organizações citadas estão relacionadas ao objeto da auditoria externa ou 
independente. No entanto, a auditoria interna também visa o controle patrimonial 
e se dedica especificadamente ao controle interno organizacional.
Perez Jr. (2012, p. 2) comenta: 
 “
[...] a auditoria é uma técnica autônoma dentre as técnicas da ciência contábil, 
razão pela qual tem objeto perfeitamente identificado e definido, sendo 
este não apenas único, mas também múltiplo, conforme o entendimento 
unanimemente consagrado nos dias de hoje.
Torna-se evidente que o auditor deve ser flexível no planejamento dos serviços de 
auditoria, levando em consideração a especificidade de cada trabalho a ser realizado 
e definindo o grau de aprofundamento nos controles da organização.
O autor também enfatiza que existe um certo consenso em relação a alguns itens 
básicos a serem auditados, como:
 “
a) Comprovação, pelo registro, de que são exatos os fatos patrimoniais.
b) Demonstração dos erros e fraudes encontrados.
c) Sugestão das providências cabíveis, visando à prevenção de erros e 
fraudes.
d) Verificação de que a contabilidade é satisfatória sob o aspecto 
sistemático e de organização.
e) Verificação do funcionamento do controle interno.
f ) Proposição de medidas de previsão de fatos patrimoniais, com o 
protesto de manter a empresa dentro dos limites de organização e 
legalidade.
Pós-Universo 34
Conforme estudamos, o objeto da auditoria é a proteção do patrimônio da empresa, 
por meio da identificação de possíveis erros ou fraudes ocorridos e, ao mesmo tempo, 
da prevenção como inibição de seu possível acontecimento.
Tipos de Auditores
A função do cargo de auditor pode ser separada ou classificada em três partes ou 
grupos distintos: Interno, Fiscal e Externo ou Independente. Uma definição básica 
para que se possa diferenciar cada um dos auditores está relacionada ao objetivo da 
auditoria e quem é o usuário contratante dos serviços.
Peres Jr. (2012, p. 3) classifica e conceitua os auditores como:
Auditor Usuários Objetivo
Independente 
ou Externo
Acionistas, Investidores, Credores, 
Governo e Público externo à 
empresa em geral.
Atendimento de exigência legal 
ou estatutária.
Interno
Administradores e Público interno 
à empresa em geral.
Atender exigências operacionais 
e administrativas.
Fiscal
Governo Federal, Estadual ou 
Municipal.
Evitar sonegação de tributos.
Fonte: Perez Jr. (2012, p. 3).
Destacamos, ainda, que, como ramificações dos tipos de auditoria citados, temos: 
Auditoria Operacional, Auditoria de Compliance (normativas), Auditoria de Gestão, 
Auditoria de Sistemas, Auditoria Ambiental etc.
Pós-Universo 35
Oliveira e Filho (2001, p. 19) apresentam uma tabela dos tipos e dos objetivos da 
auditoria. São eles
Tipos de Auditoria Objetivos
AUDITORIA 
OPERACIONAL
Avaliação sistemática da eficácia e da eficiência das atividades 
operacionais e dos processos administrativos visando o 
aprimoramento contínuo da eficiência e da eficácia operacional, 
contribuindo com soluções.
AUDITORIA DE 
COMPLIANCE 
(normativas)
Auditoria para verificação do cumprimento/observância de 
normas e de procedimentos implantados pela empresa ou 
pelos órgãos reguladores de determinadas atividades.
Por exemplo, normas implantadas pelo Banco Central do Brasil a 
serem observadas pelas instituições financeiras para o combate 
do crime “lavagem de dinheiro”.
AUDITORIA DE 
GESTÃO
Trabalhos dirigidos à análise dos planos e diretrizes da empresa 
objetivando mensurar a eficiência da gestão das operações e 
sua consistência com os planos e metas aprovados. 
AUDITORIA DE 
SISTEMAS
Exames e avaliações da qualidade do sistema de computação 
de dados e dos controles existentes no ambiente de tecnologia 
de informações visando otimizar a utilização dos recursos de 
computação de dados, minimizar os riscos envolvidos nos 
processos e garantir a geração de informações e de dados 
confiáveis, em tempo, ao menor custo possível. 
AUDITORIA 
AMBIENTAL
Avaliação dos processos operacionais e produtivos das empresas 
visando:
(a) a identificação de dados ao meio ambiente e à quantificação 
de contingências e
(b) a preparação da empresa para receber Certificações de ISO 
(meio ambiente). 
Fonte: adaptado de Oliveira e Filho (2001, p. 19).
Portanto, ressalta-se a importância do auditor em elaborar um bom planejamento 
de execução de auditoria, relacionado ao tipo de serviço contratado a ser realizado 
e ao seu grau de envolvimento do controle interno.
atividades de estudo
1. O auditor utiliza as informações da contabilidade para examinar os fatos e as transações 
contábeis, com foco na obtenção de evidências que os auxiliem. Sendo assim, a 
contabilidade tem como seu principal objetivo atender e:
a) elaborar o Balanço Patrimonial e o Relatório de Opinião.
b) gerar informações aos seus diversos tipos de usuários.
c) comparar e analisar as transações da organização.
d) informar, ao auditor, sobre as Notas Explicativas e o Controle Interno.
e) contribuir para a geração de informações aos usuários internos.
2. Os serviços ou procedimentos relacionados à auditoria executados pelo auditor 
externo podem ser classificados como: 
a) Contabilização dos fatos financeiros e patrimoniais ocorridos na organização.
b) Análise do fluxo de entradas e de saídas da organização mensalmente.
c) Cumprir com a exigência da legislaçãofiscal e tributária.
d) Arquivar documentos, livros dos registros contábeis e administrativos.
e) Análise dos documentos diversos e emissão do relatório de opinião. 
3. Os auditores internos desenvolvem seus trabalhos da forma mais eficiente possível, 
tendo, como uma de suas características, o fato de que: 
a) Não estão diretamente ligados às empresas e examinam as demonstrações 
contábeis.
b) Emitem relatório de opinião em relação à fidelidade de demonstrações contábeis, 
transmitindo tais informações a bancos, fornecedores e aos acionistas.
c) Auxiliam a administração da empresa no monitoramento, na análise e no 
aprimoramento das normas internas implantadas.
d) São intermediários entre a empresa e outros interessados, que usam suas 
informações contábeis.
e) Não se preocupam com os controles internos, simplesmente auditam.
atividades de estudo
4. Julgue as afirmativas a seguir com (V) para as Verdadeiras e (F) para as Falsas:
 )( O auditor externo, em relação à responsabilidade sobre o controle interno, tem 
menor preocupação com sua implantação e acompanhamento, do que o auditor 
interno.
 )( O auditor externo emite relatório de opinião sobre as demonstrações contábeis 
na fase inicial do serviço de auditoria e relatório de opinião do controle interno 
no final.
 )( O auditor externo tem, como objetivo principal, detectar todas as irregularidades, 
fraudes ou erros ocorridos na empresa.
 )( O possível novo acionista pode avaliar a capacidade da empresa de gerar recursos 
e cumprir com seus compromissos, por meio das demonstrações contábeis 
publicadas.
 )( O profissional contábil que examina auditando as demonstrações contábeis da 
empresa verifica a sua adequacidade de acordo com as legislações e emite a sua 
opinião é o auditor independente. 
A sequência correta é:
a) V, V, F, V, V.
b) V, F, V, F, V.
c) F, F, V, F, F.
d) V, F, F, V, V.
e) F, F, F, V, V.
5. Relacionado com a evolução da contabilidade e da técnica de auditoria, podemos 
dizer que:
a) A auditoria interna é uma ramificação do desenvolvimento da auditoria externa.
b) O auditor interno emite o relatório de opinião para os seus acionistas.
c) A auditoria externa é a principal responsável pelo controle interno da organização.
d) O auditor externo é funcionário da organização.
e) Auditar o controle interno da organização é o principal objetivo do auditor externo, 
para identificar fraude ou erro.
atividades de estudo
6. O auditor externo, para poder exercer os serviços de auditoria externa, tem de ter: 
a) No mínimo duas graduações e uma delas com registro no CRC.
b) Registro no Conselho Regional de Contabilidade e no Conselho Federal de 
Contabilidade.
c) Somente registro do Conselho Regional de Contabilidade.
d) Estar cursando bacharelado em Ciências Contábeis e trabalhar em escritório de 
auditoria há, pelo menos, 05 anos.
e) Trabalhar em empresa de consultoria ou escritório de contabilidade na função 
de auditor interno.
7. Qual é a função da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), concernente ao desempenho 
dos serviços do auditor externo?: 
a) Verificar o serviço realizado pelo auditor externo.
b) Constatar se as normas internas da empresa estão sendo seguidas.
c) Estabelecer deveres e responsabilidades para os auditores internos.
d) Emitir opinião sobre o trabalho executado pelo auditor externo.
e) Registrar o profissional contador como auditor externo e fiscalizar o desempenho 
dos seus serviços.
8. Assinale a alternativa correta, em relação à auditoria externa e suas respectivas 
finalidades:
a) Além de averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas contábeis, os 
auditores externos devem emitir o relatório de opinião sobre a adequacidade 
das Demonstrações Contábeis.
b) A técnica de auditoria desenvolveu-se com a Revolução Industrial.
c) Para atuar como auditor, basta ter somente conhecimento profissional de 
contabilidade.
d) A Contabilidade é uma prática antiga, tendo surgido, com certeza, nos Estados 
Unidos da América.
e) Os auditores externos devem atuar de forma preventiva à ocorrência de falhas e 
de desvios de controles internos, apresentando, obrigatoriamente, uma solução 
para a redução desses riscos.
atividades de estudo
9. Assinale a alternativa, na qual é evidenciada uma das atividades que não está 
relacionada com a função do auditor interno:
a) Auditar e analisar se as normas e os procedimentos de controles internos estão 
sendo cumpridos de forma satisfatória pelos funcionários da organização.
b) Responsabilidade, juntamente com a administração, na prevenção contra erros 
e fraudes que possam ocorrer na organização.
c) Confrontar e conciliar, por meio da contabilidade, se as transações registradas 
estão corretas.
d) Efetuar o controle e a contabilização do patrimônio da entidade em todos os seus 
aspectos administrativos ou contábeis.
e) Analisar constantemente se as normas e os procedimentos internos proporcionam 
proteção e segurança do patrimônio da organização.
resumo
A auditoria é uma das técnicas contábeis totalmente dependente da contabilidade, tendo, como 
origem de sua prática no Brasil, a necessidade criada pelas empresas estrangeiras com instalações 
no país, quando notaram que precisariam que suas Demonstrações Contábeis fossem devidamente 
auditadas por profissionais contadores, assim como era em seus países de origem. Isso para que 
fossem garantidas e mantidas as suas operações conforme o estabelecido pela Bolsa de Valores 
brasileira.
O profissional denominado auditor externo possui competência técnica e é devidamente registrado 
no órgão regulamentador da classe CRC - Conselho Regional de Contabilidade e nos demais 
órgãos exigidos por Lei. Consequentemente, com a evolução da contabilidade, a auditoria 
externa também evoluiu e foi necessário o surgimento de um profissional que permanecesse 
atuando no acompanhamento e no controle das transações ocorridas na empresa. Assim, surgiu 
o auditor interno, com foco na aplicação dos procedimentos técnicos e com o objetivo de analisar 
a qualidade e a eficácia dos controles internos e das informações da organização, que podem ser 
financeiras, contábeis e operacionais.
O auditor também acompanha a elaboração dos relatórios finais distintos e facilita o desenvolvimento 
da auditoria externa, que tem, como objetivo exclusivo, emitir uma opinião sobre a adequação 
das Demonstrações Contábeis de uma organização, com base nas Legislações vigentes e nos 
Princípios Contábeis, podendo contar com o apoio da auditoria interna, que é considerada uma 
ramificação da auditoria externa. 
A auditoria externa deve obedecer às Normas Profissionais e Técnicas determinadas e aprovadas 
pelos órgãos regulamentadores e fiscalizadores da profissão de auditoria, como o Conselho 
Federal de Contabilidade, em que o auditor independente deve possuir registro para exercer a 
auditoria externa e seguir os Pronunciamentos Técnicos Contábeis, os quais possuem validade e 
são aceitos por toda a classe contábil, com força de Lei. 
Torna-se necessário, então, a distinção entre o objetivo da auditoria interna, que é acompanhamento 
e revisão de todo o sistema que envolve transações contábeis, administrativas, operacionais, 
financeiras e patrimoniais e, principalmente, seus controles internos da empresa, e do objetivo 
exclusivo da auditoria externa, que é a emissão do relatório de opinião sobre a adequacidade e 
confiabilidade das Demonstrações Contábeis auditadas. Além disso, a função do cargo de auditor 
ser classificada em três partes ou grupos distintos como: Interno, Fiscal e Externo ou Independente.
relato de caso
AUDITORIA CONTÁBIL: ORIGEM
O surgimento da auditoria está ligado à contabilidade. Essa surgiu para controlar o patrimônio 
das empresas mediante os registros, interpretando os fatos ocorridos, com a finalidade de 
fornecer informações sobre a gestão patrimonial. 
A auditoria surgiu como consequência da necessidadede confirmação dos registros contábeis 
devido ao aparecimento das grandes empresas e da taxação do imposto de renda, em 
resultados apurados em balanços (Crepaldi, 2000).
Na antiguidade, exatamente, na Civilização Suméria, já existia relatos da atividade auditorial 
(Motta, 1998). Em 1285, na Inglaterra, no reinado de Eduardo I, evidenciou-se esta prática 
como também o uso, pela primeira vez, do termo auditor para designar aquele que realiza 
o exame de contas públicas e servia como testemunha para levar a punição aos possíveis 
infratores.
A evolução da auditoria se deu com o desenvolvimento econômico dos países, devido ao 
crescimento das empresas e da expansão das atividades produtoras, ocasionando crescente 
complexidade na administração dos negócios e de práticas financeiras.
A aplicação do capital investido de forma correta e o retorno do investimento foram uma 
das preocupações que exigiram a opinião de alguém para confirmar de forma independente 
a qualidade e a necessidade das informações prestadas, dando ensejo ao aparecimento 
do auditor. 
A auditoria chegou ao Brasil quando empresas multinacionais aqui se instalaram (ATTIE, 
2000). Várias empresas decidiram investir capitais no país, expandindo os negócios. 
Consequentemente, as empresas de auditoria foram abrindo escritórios no Brasil, divulgando 
as técnicas e a cultura da Auditoria.
O poder público foi de fundamental participação na difusão da Auditoria no Brasil através das 
diversas leis que obrigaram a existência da Auditoria e da figura do Auditor Independente, 
conforme trata a Lei 4.728/65, cujo texto legal trata e torna obrigatória esta prática. 
relato de caso
Foi de grande importância para a profissão de auditor o poder público, pois, foi este quem 
criou normas que regulamentam o termo Auditor. Dispõe sobre o registro e exercícios da 
atividade de Auditoria Independente, definindo os deveres e as responsabilidades dos 
administradores das entidades auditadas no relacionamento com os auditores independentes.
O Conselho Federal de Contabilidade em regime aberto com o Instituto Brasileiro de 
Contadores, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central do Brasil e a 
Superintendência de Seguros Privados aprovaram várias normas que aprimoram a evolução 
e a crescente importância da auditoria, tais como: a NBC P 1 - IT2 Independência, Sigilo 
Auditor Independente; NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente.
Fonte: Portal Educação ([2019], on-line)².
referências
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução n. 3.198 - altera e consolida a regulamentação relativa à 
prestação de serviços de auditoria independente para as instituições financeiras, demais instituições 
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e para as câmaras e prestadores de serviços 
de compensação e de liquidação. São Paulo: Banco Central do Brasil, 2004.
______. Resolução n. 4.329 - altera o Regulamento anexo à Resolução nº 3.198, de 27 de maio 
de 2004, que dispõe sobre a prestação de serviços de auditoria independente para as instituições 
financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e para as 
câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação. São Paulo: Banco Central 
do Brasil, 2014.
CFC. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n. 1135/08 - aprova a NBC T 16.8 - 
Controle Interno. Brasília: CFC, 2008.
______. Conselho Federal de Contabilidade. NBC PA 13 (R1) - dá nova redação à NBC PA 13 que 
dispõe sobre o Exame de Qualificação Técnica para Registro no Cadastro Nacional de Auditores 
Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Brasília: CFC, 2014.
______. Conselho Federal de Contabilidade. NBC PA 13 (R2) - dá nova redação à NBC PA 13 (R1) 
que dispõe sobre o Exame de Qualificação Técnica. Brasília: CFC, 2015.
FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: Teoria e Prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria Contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
LORENZONI, R.; VIEIRA, E. T. V. O Controle Interno e a Auditoria como Ferramenta de Desenvolvimento 
nas Micro e Pequenas Empresas. Revista Gestão e Desenvolvimento em Contexto (Gedecon), 
v. 1, n. 1, 2013.
OLIVEIRA, L. M. de; FILHO, A. D. Curso Básico de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2001.
PEREIRA, A. D. Auditoria das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2011.
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de Demonstrações Contábeis. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
referências
PINHO, R. C. de S. Fundamentos de Auditoria: Auditoria Contábil. São Paulo: Atlas, 2007.
REFERÊNCIAS ON-LINE:
¹Em: <http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detNoticia.php?cod=774>. Acesso em: 20 
fev. 2019.
²Em: <http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/43734/auditoria-contabil-
origem#ixzz3LJbrGBk8>. Acesso em: 22 fev. 2019.
resolução de exercícios
1. b) Gerar informações aos seus diversos tipos de usuários.
2. e) Análise dos documentos diversos e emissão do relatório de opinião.
3. c) Auxiliam a administração da empresa no monitoramento, na análise e no 
aprimoramento das normas internas implantadas.
4. d) V, F, F, V, V.
5. a) A auditoria interna é uma ramificação do desenvolvimento da auditoria externa.
6. b) Registro no Conselho Regional de Contabilidade e no Conselho Federal de 
Contabilidade.
7. e) Registrar o profissional contador como auditor externo e fiscalizar o desempenho 
dos seus serviços.
8. a) Além de averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas contábeis, os auditores 
externos devem emitir o relatório de opinião sobre a adequacidade das Demonstrações 
Contábeis.
9. d) Efetuar o controle e a contabilização do patrimônio da entidade em todos os seus 
aspectos administrativos ou contábeis.
	ORIGEM DA AUDITORIA

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