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1 Ordem Social – Seguridade Social DIREITO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online ORDEM SOCIAL – SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL Previdência Social: é apenas um braço da seguridade social. Para que a pessoa possa se aposentar, ela deve ter contribuído. Assistência Social: é paga independentemente de contribuição para quem dela necessitar. Dentro da assistência social, não há contrapartida direta do tra- balhador, mas todos a financiam, bem como a previdência e a saúde. O BPC (benefício de prestação continuada) é pago para quem tem renda per capita de até ¼ do salário mínimo. Esse benefício é válido para pessoas de mais de 65 anos ou pessoas com deficiência. Saúde: não é necessária contribuição direta para usufruir de benefícios da saúde. No mundo todo, a situação da saúde é dramática, pois é muito difícil custeá-la. O SUS é uma grande conquista da Constituição de 1988, pois universalizou o atendimento na saúde, que não era assim anteriormente. FINANCIAMENTO O financiamento da seguridade social conta com o recurso de outros pontos: • Orçamentos da União, Estados, DF e Municípios. • Contribuições Sociais • Empregador • Trabalhador • Importador • Receita do concurso de prognósticos (loterias) Atenção! A perda de arrecadação da União é estimada em 20 bilhões de reais por ano, com a decisão do STF. Esse tribunal acabou entendendo que o ICMS não integra a base de cálculo das contribuições para o PIS e a COFINS. 2 Ordem Social – Seguridade Social DIREITO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online LEI DA COFINS E REVOGAÇÃO DE LC POR LO Os atos normativos primários são assim chamados porque tiram sua força normativa diretamente da Constituição. O ato secundário, por sua vez, tira sua força normativa do primário. A Emenda à Constituição se encontra nos atos primários do art. 59. Na pirâ- mide de Kelsen, entretanto, a Emenda está no topo, pois se incorpora ao texto da Constituição. Existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária? Na Lei da COFINS, houve a revogação de uma lei complementar por uma lei ordinária. LC revoga LC, e LO revoga LO. Para se aprovar lei complementar, exige-se quórum de maioria absoluta, mas para se aprovar uma lei ordinária, exige-se quórum de maioria simples ou relativa, ou seja, é mais difícil elaborar uma lei complementar do que uma lei ordinária. Assim, uma LC pode revogar uma LO. Quando a Constituição precisa de uma lei complementar, ela a exige, mas quando não precisa, ela utiliza o termo “lei”, que se refere à lei ordinária. O dispositivo 195 estabelecia que determinado caso deveria ser tratado por meio de lei ordinária. Todavia, em vez de LO, o Congresso fez uma lei comple- mentar, a qual, posteriormente, foi revogada por meio de lei ordinária. De acordo com o Supremo, essa LO poderia revogar a LC, pois esta tem forma de LC, mas veicula matéria de LO. Atenção! Na prova, o examinador pode questionar, por meio de um item, se uma lei complementar pode ser revogada por uma lei ordinária. Essa afirmação é correta. • LO revoga LO. • LC revoga LC. 3 Ordem Social – Seguridade Social DIREITO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online • LC revoga LO. • LO revoga LC, quando a LC tiver matéria de LO. OUTRAS FONTES DE RECEITA Gestão quadripartite: há representante do Governo, do patrão (empregador), do trabalhador e dos aposentados. Deve haver um representante dos aposentados, pois grande parte do dinheiro da seguridade é destinada a gerenciar a melhor forma de pagar a previdência social de quem precisa. A seguridade social não é só a previdência, mas vários benefícios da assis- tência social e da saúde são fomentados e financiados por ela. Atenção! Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Portanto, para que o governante crie ou estenda um benefício, ele deve indicar a correspondente fonte de custeio. DESAPOSENTAÇÃO O fator previdenciário foi uma regra criada para desestimular a pessoa a se aposentar cedo. De acordo com ele, quanto mais cedo a pessoa se aposentasse, menor seria seu benefício. Consequentemente, quanto mais velho a pessoa se aposentasse, mais dinheiro ela receberia. O fator previdenciário vigorava na iniciativa privada, mas não no serviço público. Na iniciativa privada, nas regras do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), aposentava-se ou por idade ou por contribuição. No serviço público, entretanto, a aposentadoria se dá por idade mais contribuição. 4 Ordem Social – Seguridade Social DIREITO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online De acordo com a regra atual, a aposentadoria voluntária de servidor público pode ser integral ou proporcional. Na integral, a aposentadoria requer 60 anos de idade e 35 de contribuição para homens. Para mulheres, 55 anos de idade e 30 de contribuição. Na proporcional, o homem deve ter 65 anos de idade, e a mulher, 60 anos, mas o tempo de contribuição não é calculado. Na aposentadoria, é feito um cálculo utilizando-se as contribuições de toda a vida do indivíduo (as 80% maiores contribuições), e o sujeito receberá o equiva- lente à média de suas contribuições, e não o valor relativo ao seu último trabalho. Quando o dinheiro da aposentadoria não é suficiente para o sustento da pessoa, ela pode voltar a trabalhar. No momento em que ela retorna ao trabalho de carteira assinada, ela volta a contribuir, porquanto a filiação é obrigatória. No entanto, o benefício da sua aposentadoria não aumentará, uma vez que o STF não permite a desaposentação. A proibição da desaposentação não impossibilita a pessoa de voltar a traba- lhar, mas de ter seu benefício aumentado devido a sua nova contribuição, pois esta servirá somente para as próximas gerações, mas não para o contribuinte. SUBSÍDIO MENSAL A EX-GOVERNADORES O subsídio mensal a ex-governadores foi negado. Alguns fundamentos foram usados para retirar a constitucionalidade de leis estaduais, que davam pensão vitalícia para o governador ou para sua mulher, quando ele morria. Um dos fun- damentos foi o fato de que “nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de cus- teio total.” A ideia básica da Constituição é que muitas pessoas financiem a seguridade. Quanto mais pessoas a financiarem, melhor para todos. No entanto, há uma regra especial para o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal em regime de economia familiar, visto que eles não recebem salários todos os meses. Para eles, há uma alíquota inci- dente sobre o resultado da comercialização de seus produtos. 5 Ordem Social – Seguridade Social DIREITO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Atenção! Existe a possibilidade de adoção de alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas. Nesse caso, cobra-se mais de quem pode pagar mais e menos de quem pode pagar menos. Exemplos: Simples, Supersimples, MEI etc. �����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Aragonê.
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