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AULA 38 - Ordem Social - Seguridade Social

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Ordem Social – Seguridade Social
DIREITO CONSTITUCIONAL
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ORDEM SOCIAL – SEGURIDADE SOCIAL
SEGURIDADE SOCIAL 
Previdência Social: é apenas um braço da seguridade social. Para que a 
pessoa possa se aposentar, ela deve ter contribuído. 
Assistência Social: é paga independentemente de contribuição para quem 
dela necessitar. Dentro da assistência social, não há contrapartida direta do tra-
balhador, mas todos a financiam, bem como a previdência e a saúde.
O BPC (benefício de prestação continuada) é pago para quem tem renda per 
capita de até ¼ do salário mínimo. Esse benefício é válido para pessoas de mais 
de 65 anos ou pessoas com deficiência. 
Saúde: não é necessária contribuição direta para usufruir de benefícios da 
saúde. No mundo todo, a situação da saúde é dramática, pois é muito difícil 
custeá-la. 
O SUS é uma grande conquista da Constituição de 1988, pois universalizou 
o atendimento na saúde, que não era assim anteriormente.
FINANCIAMENTO 
O financiamento da seguridade social conta com o recurso de outros pontos:
• Orçamentos da União, Estados, DF e Municípios.
• Contribuições Sociais 
• Empregador 
• Trabalhador 
• Importador 
• Receita do concurso de prognósticos (loterias) 
Atenção!
A perda de arrecadação da União é estimada em 20 bilhões de reais por ano, 
com a decisão do STF. Esse tribunal acabou entendendo que o ICMS não 
integra a base de cálculo das contribuições para o PIS e a COFINS. 
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LEI DA COFINS E REVOGAÇÃO DE LC POR LO 
Os atos normativos primários são assim chamados porque tiram sua força 
normativa diretamente da Constituição.
O ato secundário, por sua vez, tira sua força normativa do primário.
A Emenda à Constituição se encontra nos atos primários do art. 59. Na pirâ-
mide de Kelsen, entretanto, a Emenda está no topo, pois se incorpora ao texto 
da Constituição.
Existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária?
Na Lei da COFINS, houve a revogação de uma lei complementar por uma lei 
ordinária.
LC revoga LC, e LO revoga LO. Para se aprovar lei complementar, exige-se 
quórum de maioria absoluta, mas para se aprovar uma lei ordinária, exige-se 
quórum de maioria simples ou relativa, ou seja, é mais difícil elaborar uma lei 
complementar do que uma lei ordinária. Assim, uma LC pode revogar uma LO.
Quando a Constituição precisa de uma lei complementar, ela a exige, mas 
quando não precisa, ela utiliza o termo “lei”, que se refere à lei ordinária.
O dispositivo 195 estabelecia que determinado caso deveria ser tratado por 
meio de lei ordinária. Todavia, em vez de LO, o Congresso fez uma lei comple-
mentar, a qual, posteriormente, foi revogada por meio de lei ordinária.
De acordo com o Supremo, essa LO poderia revogar a LC, pois esta tem 
forma de LC, mas veicula matéria de LO.
Atenção!
Na prova, o examinador pode questionar, por meio de um item, se uma lei 
complementar pode ser revogada por uma lei ordinária. Essa afirmação é 
correta. 
• LO revoga LO.
• LC revoga LC.
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• LC revoga LO.
• LO revoga LC, quando a LC tiver matéria de LO.
OUTRAS FONTES DE RECEITA 
Gestão quadripartite: há representante do Governo, do patrão (empregador), 
do trabalhador e dos aposentados.
Deve haver um representante dos aposentados, pois grande parte do dinheiro 
da seguridade é destinada a gerenciar a melhor forma de pagar a previdência 
social de quem precisa.
A seguridade social não é só a previdência, mas vários benefícios da assis-
tência social e da saúde são fomentados e financiados por ela.
Atenção!
Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado 
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Portanto, para que o governante crie ou estenda um benefício, ele deve indicar 
a correspondente fonte de custeio.
DESAPOSENTAÇÃO 
O fator previdenciário foi uma regra criada para desestimular a pessoa a se 
aposentar cedo.
De acordo com ele, quanto mais cedo a pessoa se aposentasse, menor seria 
seu benefício. Consequentemente, quanto mais velho a pessoa se aposentasse, 
mais dinheiro ela receberia.
O fator previdenciário vigorava na iniciativa privada, mas não no serviço 
público.
Na iniciativa privada, nas regras do Regime Geral da Previdência Social 
(RGPS), aposentava-se ou por idade ou por contribuição. No serviço público, 
entretanto, a aposentadoria se dá por idade mais contribuição.
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De acordo com a regra atual, a aposentadoria voluntária de servidor público 
pode ser integral ou proporcional. Na integral, a aposentadoria requer 60 anos 
de idade e 35 de contribuição para homens. Para mulheres, 55 anos de idade e 
30 de contribuição. 
Na proporcional, o homem deve ter 65 anos de idade, e a mulher, 60 anos, 
mas o tempo de contribuição não é calculado.
Na aposentadoria, é feito um cálculo utilizando-se as contribuições de toda a 
vida do indivíduo (as 80% maiores contribuições), e o sujeito receberá o equiva-
lente à média de suas contribuições, e não o valor relativo ao seu último trabalho.
Quando o dinheiro da aposentadoria não é suficiente para o sustento da 
pessoa, ela pode voltar a trabalhar. No momento em que ela retorna ao trabalho 
de carteira assinada, ela volta a contribuir, porquanto a filiação é obrigatória. No 
entanto, o benefício da sua aposentadoria não aumentará, uma vez que o STF 
não permite a desaposentação. 
A proibição da desaposentação não impossibilita a pessoa de voltar a traba-
lhar, mas de ter seu benefício aumentado devido a sua nova contribuição, pois 
esta servirá somente para as próximas gerações, mas não para o contribuinte.
SUBSÍDIO MENSAL A EX-GOVERNADORES
O subsídio mensal a ex-governadores foi negado. Alguns fundamentos foram 
usados para retirar a constitucionalidade de leis estaduais, que davam pensão 
vitalícia para o governador ou para sua mulher, quando ele morria. Um dos fun-
damentos foi o fato de que “nenhum benefício ou serviço da seguridade social 
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de cus-
teio total.” 
A ideia básica da Constituição é que muitas pessoas financiem a seguridade. 
Quanto mais pessoas a financiarem, melhor para todos. 
No entanto, há uma regra especial para o produtor, o parceiro, o meeiro e o 
arrendatário rurais e o pescador artesanal em regime de economia familiar, visto 
que eles não recebem salários todos os meses. Para eles, há uma alíquota inci-
dente sobre o resultado da comercialização de seus produtos.
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Atenção!
Existe a possibilidade de adoção de alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas. 
Nesse caso, cobra-se mais de quem pode pagar mais e menos de quem pode 
pagar menos. Exemplos: Simples, Supersimples, MEI etc.
�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Aragonê.

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