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D I R E I T O T R I B U I T Á R I O @ T R I B U T A R I O D E S C OM P L I C A D O _ Resumos e Mapas Mentais Sumário Princípios Tributários Espécies Tributárias Imunidade Decadência Prescrição É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios, exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça. Art. 150, I, da CF. O princípio da legalidade tributária, disposto no art. 150, I da CF, nada mais é do que um contraste do disposto no art. 5°, todavia, é voltado para a Administração Pública, e garante que nenhum tributo será criado ou majorado, se não em virtude de lei. 1° Exceção: A mera atualização do valor monetário da base de cálculo não constitui majoração do tributo – art. 97, § 2º, CTN. 2° Exceção: Medida Provisória pode ser usada para exigir ou aumentar tributo, em casos de relevância e urgência. Art. 62, CF. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios, instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em mesma situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão da ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da dominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. Art. 150, II, da CF. O referido princípio proíbe qualquer tipo de tratamento que não seja uniforme para os contribuintes em mesma situação. Conceito São normas constitucionais que limitam e regulam a atividade estatal na esfera tributária. A atuação do Ente Federativo competente deve respeitar os princípios tributários. Função Proteger o cidadão contra o abuso de poder por parte da administração Legalidade 3° Exceção: Alguns tributos podem ter sua alíquota alterada, inclusive majorada, por ato do Poder Executivo (Decreto), são eles: Imposto de Importação (II), Exportação (IE), Produtos Industrializados (IPI), e Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF). Art. 153, § 1º, CF. 4° Exceção: Através de Decreto Presidencial é possível reduzir e restabelecer as alíquotas da CIDE combustível – art. 177, parágrafo 4°, I, “b”, da CF. Reduzir e restabelecer alíquotas do ICMS monofásico incidente sobre combustível, através de convênio realizado pelo CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária) art. 155, parágrafo 4°, IV, “c” CF/88. Isonomia @tributariodescomplicado_ É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios, cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Art. 150, III, “a”, da CF. Exceção: A lei aplica-se a ato ou fato pretérito quando: - A mesma for expressamente interpretativa. Art. 106, I, do CTN. - Tratando de ato não definitivamente julgado, deixar de definir como crime ou comine penalidade menos severa. Art. 106, II, do CTN. - Se tratando de lançamento tributário a lei poderá retroagir, quando instituir novos critérios de apuração e fiscalização, ampliando os poderes da Administração. Art. 144, § 1°, do CTN. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios, cobrar tributos no mesmo exercício financeiro e antes de 90 dias, em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Art. 150, III, “b”, “c”, CF. Em regra os tributos só podem ser cobrados no exercício seguinte, e passados 90 dias da lei que os instituir. Atenção: Alteração na data de pagamento, não respeita o princípio da anterioridade. Súmula Vinculante 50. Exceções: Arts. 150, parágrafo 1°/ 155, parágrafo 4°, IV, “c” / 177, parágrafo 4°, I, “b” / 195, parágrafo 6°, todos da CF. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios, estabelecer limitações de tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvados a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Art. 150, V, da CF. O direito de ir e vir não pode ser impedido mediante a cobrança de tributo. É vedado à União, instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacional, ou que implique distinção ou preferência em relação à Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. Art. 151, 1, da CF. O referido princípio visa garantir um tratamento uniforme por parte da União, aos demais Entes Federativos. É vedado à União, instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios. Art. 151, III, da CF. Só pode conceder isenção o Ente Federativo que tem competência para instituir tal tributo. Irretroatividade Anterioridade Liberdade de Tráfego Uniformidade Geográfica Proibição das Isenções Heterônomas @tributariodescomplicado_ Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. Art. 145, parágrafo 1°, da CF. É um dos princípios basilar do Direito Tributário. O cidadão terá o dever de contribuir na exata proporção da sua capacidade econômica. Exemplo: Imposto de Renda (IR). Quem ganha até R$ 1.903,99 está isento da cobrança, ao passo que rendas acima de R$ 4.664,68 são taxadas em 27,5%. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua natureza ou destino. Art. 152, da CF. Não pode haver diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou destino. Exemplo: Deixar de tributar renda auferida com tráfico de entorpecentes. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios, utilizar tributo com efeito de confisco. Art. 150, IV, da CF. O referido princípio visa coibir qualquer ato por parte do Fisco que possa levar na seara fiscal, à injusta apropriação pelo Estado, no todo ou em parte, do patrimônio ou da renda dos contribuintes de forma a comprometer-lhes, em razão de não suportar a carga tributária. Exemplo: Aplicar multa de 150% ou apreender mercadorias do contribuinte. Não Confisco Capacidade Contributiva Não Discriminação Quanto a Procedência @tributariodescomplicado_ Conceito de Tributo Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante a atividade administrativa plenamente vinculada. Art. 3°, do CTN. Prestação pecuniária: Pagamento em dinheiro. Compulsória: Uma vez praticado o fato gerador, o pagamento do tributo é obrigatório. Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: O tributo deve ser pago em dinheiro. Não se admite o pagamento em serviços ou bens diversos do dinheiro. Exceção: O CTN admite a dação em pagamento (em casos específicos). Que não constitua sanção de ato ilícito: O tributo não pode ser usado como castigo por um ato ilícito. Sua hipótese de incidência é sempre um ato lícito. Instituída em lei: Só pode ser exigido mediante lei. Regra: Lei ordinária Exceção: Lei complementar Classificação dos Tributos Quanto à competência: Os tributos podem ser Federais, Estaduais ou Municipais. Quanto à vinculação com a atividade estatal: Vinculado: É o tributo que está diretamente ligado a uma atividade estatal. Exemplo: Taxa de fiscalização. Esse tributo é cobrado devido a uma prestação de serviços por parte do Estado (fiscalização). Não vinculado: É o tributo que tem um fato gerador independentede uma atividade estatal. Exemplo Impostos. Quanto à função: Fiscais: Arrecadar dinheiro para o Estado. Parafiscais: Arrecadar recursos para o custeio de atividades, que não integram funções próprias do Estado. Extrafiscais: Intervir e regular a atividade econômica. Atenção: Não confunda tributo com penalidade, apesar de ambos integrarem a obrigação principal, o segundo é uma sanção. @tributariodescomplicado_ Conceito: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atuação estatal específica, relativa ao contribuinte. Art. 16, do CTN. O fato gerador que gera a obrigação de pagar o imposto, não está ligado a uma atividade estatal. Função: Abastecer os cofres públicos e permitir que o Estado realize suas obrigações para com a sociedade. Atenção: A lei que cria o imposto não pode definir um destino para ele, isso é função da Lei Orçamentária. Fato Gerador: É a situação definida em lei como necessária e suficiente para sua ocorrência. Art. 114, do CTN. A situação definida em lei é chamada de: Hipótese de Incidência, quando ocorre no mundo fático da surgimento a obrigação de pagar o imposto. Competência: Federal (Art. 153, da CF): II, IE, IR, IPI, IOF, IPTR, IGF e IEG Estadual (Art. 155, da CF): ITCMD, ICMS e IPVA Municipal (Art. 156, da CF): IPTU, ITBI e ISS Atenção: Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. Art. 147, da CF. O DF tem competência cumulativa, pode cobrar os impostos que são de competência dos Estados e Municípios. Impostos instituídos em Territórios Federais são de competência da União, ainda que sejam impostos estaduais e municipais, salvo se o território for dividido em Municípios. Imposto Extraordinário de Guerra Imposto de competência da União, em caso de guerra externa ou sua iminência, compreendidos ou não em sua competência, os quais serão suprimidos gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Art. 154, II, da CF. A União pode cobrar impostos de competência dos Municípios ou Estados, em caso de guerra externa ou sua iminência. Classificação: Diretos: É cobrado direto da pessoa que praticou o fato gerador. Indiretos: O encargo financeiro fica sobre uma pessoa que não praticou o fato gerador. Fixo: A quantia é fixada pelo legislador. Progressivo: Tem suas alíquotas variáveis e crescentes. Proporcional: Fixado em proporção a riqueza da matéria tributável. Espécies Tributárias Imposto Taxa de Polícia: Fato Gerador: Exercício regular do poder de polícia. Poder de Polícia: Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público. Art. 78, do CTN. Podemos compreender poder de polícia como o poder fiscalizatório do Estado. Exemplo: Visita do fiscal ao estabelecimento. Atenção: Só é autorizada a cobrança da referida taxa, quando há o efetivo exercício do poder de polícia, a mera presunção não leva a exigência do tributo. Competência: Do Ente Federativo que exercer o poder de polícia. Jurisprudência: Os tribunais entendem que custas processuais e emolumentos, são considerados tributos, pois custeiam os gastos com a justiça. Conceito: As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Art. 77, do CTN. Diferentemente dos impostos, as taxas estão vinculadas a uma atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Espécies: Taxa de Serviço Público: Fato Gerador: Serviço Público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição. Competência: O Ente Federativo que prestou o serviço. Atenção: O Serviço Público deve ser: Específico: Quando o usuário consegue identificar qual a utilidade do serviço. Art. 79, II, do CTN Divisível: Quando o serviço é utilizado separadamente por parte de cada usuário, e não pela coletividade. Art. 79, III, CTN. Exemplos de serviços indivisíveis: Iluminação pública, limpeza de rua e segurança pública. Não é possível dividir esse serviço em um determinado grupo. Taxa @tributariodescomplicado_ Conceito: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção do domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Art. 149, da CF. Podemos dizer que as contribuições sociais é um tributo com finalidade especifica, destinado a determinado grupo de contribuintes. Competência: É de competência da União. Espécies: Contribuições Sociais: As contribuições Sociais são divididas em duas espécies: Seguridade Social (Art. 194 e 195, da CF): Função: Financiar diretamente a seguridade social (saúde, assistência e a previdência social). Atenção: Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem cobrar contribuições sociais de seus servidores, para o custeio de sua previdência. Art. 149, § 1º, da CF. Gerais Função: Custear todo e qualquer direito social que não seja saúde, assistência e previdência social. Intervenção do Domínio Econômico É uma intervenção econômica feita pela União, para corrigir distorções ou promover algum objetivo, específico em determinado segmento. Exemplo: Contribuição de intervenção do domínio econômico voltado a promover a defesa do meio ambiente. Função: Intervir no domínio econômico com uma finalidade especifica, e utilizar os valores arrecadados no financiamento que justificou a intervenção. Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas Contribuição feita pelos profissionais de uma determinada categoria, a sua entidade associativa. Exemplos: O médico deve pagar essa contribuição ao Conselho Regional de Medicina (CRM). Função: Promover a manutenção dessa entidade. Jurisprudência: A anuidade que os advogados pagam para a OAB, não é considerada tributo, de acordo com o entendimento do STF. Contribuições Sociais @tributariodescomplicado_ Conceito: A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito das suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária. Art. 81, do CTN. Podemos definir a contribuição de melhoria, como um tributo que tem a finalidade de custear a obra pública que levou a valorização do imóvel do contribuinte. Função: Além de arrecadar dinheiro para os cofres públicos, tem a função de custear a obra pública que levou a valorização imobiliária. Fato Gerador: Não é a simples obra pública que faz surgir à obrigação de pagar esse tributo. Deve ocorrer a valorização do imóvel, decorrente dessa obra. Competência: É de competência do Ente Federativo que realizou a obra. Cobrança: Os requisitos para a cobrança do referido tributo estão presentes no Art. 82, do CTN. Jurisprudência: Os Tribunais entendem que não pode haver uma lei geral para as contribuições de melhoria, deve existir uma lei para cada obra. Conceito: A União pode instituir Empréstimo Compulsório: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II – no caso de investimentopúblico de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Art. 148, I e II, da CF. Podemos definir empréstimo compulsório como um tributo que tem como finalidade atender um investimento urgente. Função: Custear as despesas extraordinárias (citadas acima), ou um investimento público de caráter urgente. Fato Gerador: A lei que instituir o empréstimo compulsório vai definir qual é o fato gerador. Competência: É de competência da União. Contribuição de Melhoria Empréstimo Compulsório @tributariodescomplicado_ Conceito É uma norma constitucional que impede a exigência de um tributo, em face de um bem ou uma pessoa. A imunidade impede que a lei defina como hipótese de incidência aquilo que é imune. Atenção: Temos dois tipos de imunidades, as genéricas e específicas. As imunidades genéricas estão dispostas no art. 150, VI, da CF, e alcançam somente os impostos. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; Art. 150, VI, “a”, da CF. A referida imunidade proíbe Entes Federativos de cobrarem imposto uns dos outros. Exemplo: O Estado não pode cobrar IPVA de veículos de propriedade da União Atenção: Essa imunidade é extensiva a Autarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, desde que, vinculados a suas finalidades essenciais ou dela decorrentes, conforme art. 150, VI, § 2, da CF. Atenção: A questão da finalidade só se aplica a Imunidade das Autarquias, Fundações e Empresas Públicas. Jurisprudência: Empresas Públicas: Tem direito a gozar dessa imunidade, desde que preste serviço público de forma obrigatória e exclusiva (se a empresa pública tem concorrente não terá direito a essa imunidade. Ex: Banco do Brasil). OAB: Mesmo não sendo considerada uma autarquia, o STF entende que tem imunidade. Exceção Art. 150, § 3º, da CF. Essa imunidade não se aplica ao: Patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividade regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. Quando há contraprestação ou pagamento de tarifa pelo usuário. Promitente comprador Imunidade Recíproca @tributariodescomplicado_ Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir impostos sobre templos de qualquer culto, Art. 150, VI, “b”, da CF. Essa imunidade impede a cobrança de tributos sobre patrimônio, renda e serviços, de qualquer culto (religião), desde que relacionados às suas atividades, ou tenha seu dinheiro destinado a elas. Jurisprudência: Maçonaria não é imune, segundo o entendimento do STF. Atenção: Cemitérios mantidos pela igreja gozam de imunidade religiosa. Cemitérios municipais gozam de imunidade recíproca, pois constituem o seu patrimônio. Atenção: As pessoas jurídicas citadas no artigo só têm direito a imunidade se respeitarem os requisitos do art. 14, do CTN. Imunidade Religiosa Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos. Art. 150, VI, “c”, da CF. Imunidade Condicionada Imunidade Cultural Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Art. 150, VI, “d”, da CF. Essa imunidade é objetiva, pois protege bens. Jurisprudência: Recentemente o STF aprovou súmula garantindo imunidade aos livros eletrônicos, bem como o material usado para sua leitura. (e-readers). Renda auferida com a venda de livros não é imune. Insumos não citados no artigo não são imunes. Exemplo: Cola, barbantes e linhas. O Fisco não pode negar imunidade com base no conteúdo da publicação. Exemplo: Gibis e apostilas são imunes. @tributariodescomplicado_ Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir impostos sobre fonogramas videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a lesar. Art. 150, VI, “e”, CF. Diferentemente da imunidade cultural, a imunidade musical só abrange obras musicais ou literomusicais, de autores brasileiros produzidas no Brasil, ou interpretados por brasileiros. Atenção: Esses requisitos são cumulativos. Aplicativos de reprodução de músicas não são imunes. Exemplo: Spotify. . Imunidade Musical @tributariodescomplicado_ O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos. Art. 173, do CTN. Extinção da relação jurídica obrigacional tributária entre o Fisco e o contribuinte, pelo decurso de determinado tempo sem que a Fazenda Pública exerça o direito de constituir o credito tributário. O prazo para ocorrer à decadência é de 5 anos. Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Art. 173, I, do CTN. Primeiro dia do exercício seguinte: Primeiro de janeiro do próximo ano. Exemplo: Da data em que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Art. 173, II, do CTN. Em casos de lançamento com vício formal, no momento em que o judiciário anular o lançamento com vício, o prazo decadencial volta a contar do zero. O Fisco tem mais 5 anos para lançar o crédito novamente. Exemplo: . O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Art. 173, parágrafo único, do CTN. Conceito Prazo Termo inicial de contagem 01/01/20 Fato Gerador 01/01/21 Início do Prazo Regra Geral Regra de reabertura da contagem Decisão que anula o 1° lançamento 1º Lançamento Impugnação por vício Começa uma nova contagem do zero Antecipação do termo inicial de contagem @tributariodescomplicado_ É uma exceção à regra, onde o prazo não é contado do primeiro dia do exercício seguinte, e sim quando o sujeito passivo é notificado de qualquer procedimento que prepare o lançamento. Exemplo: No lançamento de ofício ou por declaração, é obrigação do Fisco constituir o crédito tributário. No caso de lançamento por homologação, é dever do contribuinte constituir o crédito. Exemplo: Imposto de Renda. O contribuinte tem o dever de constituir o crédito tributário, e faz isso no momento que declara o seu imposto de renda. Após a constituição do crédito ele tem o dever de pagar. Atenção: Se o contribuinte não constituir o crédito, o Fisco deve fazerde ofício. O contribuinte declarou e pagou: O Fisco tem 5 anos para homologar, esse prazo começa a contar a partir do fato gerador. Art. 150, § 4, do CTN. O contribuinte declarou, mas não pagou: A declaração feita pelo contribuinte por si só constitui o crédito tributário (sumula 436 do STJ). Não falamos mais em prazo decadencial, uma vez que o crédito já está constituído, agora entra em questão o prazo prescricional. O contribuinte não declarou, logo, não pagou: O prazo decadencial para o Fisco constituir o crédito tributário, começa a contar com base na regra geral: Primeiro dia do exercício seguinte (art. 173, I, do CTN), de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, súmula 555. Lançamento por Homologação 01/01/20 Fato Gerador 01/04/20 Fiscalização 01/01/21 Regra Geral A contagem inicia nessa data @tributariodescomplicado_ A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da sua constituição definitiva. Art. 174, do CTN. A Fazenda Pública tem o prazo de cinco anos para cobrar judicialmente, e propor a execução do crédito tributário, se não fizer a cobrança dentro desse prazo, não poderá mais fazê-lo. Tal prazo é contado da constituição definitiva do crédito tributário. O prazo para ocorrer à prescrição é de 5 anos. A mera constituição do crédito tributário, como por exemplo, a chegada do carne de IPTU na residência do contribuinte, não é o ponto de partida para a contagem do prazo prescricional. A constituição do crédito deve ser definitiva, e isso ocorre nas seguintes hipóteses: Quando esgotado o prazo para impugnar na esfera administrativa (30 dias). Exemplo: 30 dias após a decisão judicial, se caso o contribuinte impugnar na esfera administrativa e perder. Exemplo: . Quando o contribuinte declara e não paga. Ocorre a constituição do crédito, mas não a sua satisfação, então começa contar o prazo prescricional. Conceito Prazo Termo inicial de contagem 01/01/20 Fato Gerador 02/03/20 Fim do prazo para impugnar. Constituição Definitiva do Crédito Decisão que nega a impugnação Impugnação Constituição definitiva do crédito 01/02/20 Lançamento Constituição definitiva do crédito 01/01/20 Fato Gerador @tributariodescomplicado_ Passados 30 dias Existem algumas hipóteses que vão interromper a contagem do prazo prescricional: (art. 174, parágrafo único, do CTN) I - Despacho que ordenar a citação em execução fiscal Jurisprudência: Se a execução fiscal iniciar dentro do prazo prescricional, e o despacho ocorrer após o fim do prazo, os efeitos desse despacho vão retroagir a data que iniciou a ação. II – Protesto Judicial Obs: Protesto em cartório não é válido para interromper a prescrição. III – Por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor. IV – Por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Exemplo: O parcelamento é uma confissão de débito. Atenção: As hipóteses de suspensão não estão no Código Tributário Nacional, se trata de uma jurisprudência.. Quando o crédito está com sua exigibilidade suspensa. Exemplo: Concessão de liminar e tutela de urgência. É uma questão de lógica, se a exigibilidade do crédito está suspensa, ou seja, o Fisco não pode exigir esse crédito no momento, não tem porque deixar o prazo prescricional correr, seria desvantajoso para o Fisco. Jurisprudência: Os créditos pagos pelo contribuinte mesmo após o prazo decadencial ou prescricional podem ser restituídos. Hipóteses de Interrupção da Prescrição Hipóteses de Suspensão da Prescrição @tributariodescomplicado_ P ri n c íp io s T ri b u tá ri o s Is en çõ es H et er ôn om as Ca pa ci da de Co nt rib ut iv a U ni fo rm id ad e Ge og rá fic a Le ga lid ad e Is on om ia Ir re tr oa tiv id ad e An te rio rid ad e N ão c on fis co Li be rd ad e de Tr áf eg o N or m as c on st itu ci on ai s qu e lim ita m e r eg ul am a at iv id ad e es ta ta l n a es fe ra tr ib ut ár ia . 90 d ia s Ig ua ld ad e Ca pa ci da de ec on ôm ic a An te s da le i Lo co m oç ão Tr ib ut aç ão ex ce ss iv a Re sp ei ta r a le i Pr óx im o ex er cí ci o Is en çã o de E nt e in co m pe te nt e Tr at am en to un ifo rm e (U ni ão ) Ar t. 15 0, I, C F Ar t. 15 0, II , C F Ar t. 15 0, II I, "a ", CF Ar t. 15 0, II I, "b " e "c ", CF Ar t. 15 0, IV , C F Ar t. 15 0, V , C F Ar t. 15 1, III , C F Ar t. 14 5, § 1º C F Ar t. 15 1, I, CF @ tr ib u ta ri o d e s c o m p li c a d o _ E s p é c ie s T ri b u tá ri a s Po de r de P ol íc ia Im po st o Em pr és tim o Co m pu ls ór io Co nt rib ui çã o de M el ho ria Ta xa Co nt rib ui çã o So ci al In te rv en çã o no D om in io E co nô m ic o Gu er ra e xt er na o u su a im in ên ci a In ve st im en to Pú bl ic o ur ge nt e Va lo ra çã o Im ob ili ár ia de co rr en te d e ob ra pú bl ic a Co m pe tê nc ia da U ni ão Co nt rib ui çõ es So ci ai s In de pe nd e de at iv id ad e es ta ta l Co m pe tê nc ia Co m um Ar t. 16 , C TN Ar t. 14 8, C F Ar t. 81 , C TN Ar t. 77 , C TN Ar t. 14 9, C F - P re st ad o ou co lo ca do a d is po si çã o -E sp ec ifí co e d iv is ív el Vi nc ul ad a a um a at iv id ad e es ta ta l Se rv iç o Pú bl ic o Co m pe tê nc ia d o En te q ue pr at ic ou a a tiv id ad e In te re ss e da s ca te go ria s pr of is si on ai s ou ec on ôm ic as Cu st ea r a S eg ur id ad e So ci al e ou tr os d ire ito s so ci ai s Co rr ig ir di st or çõ es o u pr om ov er a lg um ob je tiv o es pe cí fic o Fe ita pe lo s pr of is si on ai s de u m a de te rm in ad a ca te go ria , a s ua en tid ad e as so ci at iv a Co m pe tê nc ia d o En te qu e re al iz ou a o br a Co m pe tê nc ia da U ni ão A le i v ai d ef in ir a hi pó te se d e in ci dê nc ia @ tr ib u ta ri o d e s c o m p li c a d o _ Im u n id a d e T r ib u t á r ia Re ci pr oc a M us ic al Cu ltu ra l Re lig io sa Co nd ic io na da N or m a co ns tit uc io na l q ue im pe de a e xi gê nc ia d e um im po st o em fa ce d e um b em o u um a pe ss oa . Áu di o e Ví de o Li vr os Ge né ric as Pa rt id os Po lit íc os Ar t. 15 0, V I, "a ", CF Ar t. 15 0, V I, "e ", CF Ar t. 15 0, V I, "d ", CF Ar t. 15 0, V I, "b ", CF Ar t. 15 0, V I, "c ", CF Ar t. 15 0, V I, CF En tr e En te s Po lit íc os Pa tr im on io Re lig ão Re nd a Se rv iç os D es de q ue re la tiv os as s ua s at iv id ad es Si nd ic at o do s Tr ab al ha do re s In st itu iç õe s de Ed uc aç ão e A ss is tê nc ia So ci al Se m fi ns lu cr at iv os Jo rn ai s, a po st ila s, p er ió di co s e pa pe is d es tin ad os a s ua fa br ic aç ão Li vr os e le tr ôn ic os , e m at er ia is us ad os p ar a a le itu ra (e -r ea de rs ) O fi sc o nã o po de n eg ar im un id ad e co m b as e no co nt eú do d a pu bl ic aç ão . E xe m pl o: G ib is O br as b ra si le ira s de a ut or es br as ile iro s pr od uz id as n o Br as il, ou in te rp re ta do spo r br as ile iro s. @ tr ib u ta ri o d e s c o m p li c a d o _ D e c a d ê n c ia Ex tin çã o Tr ib ut o Pr az o In ic io d a Co nt ag em Ex tin çã o da r el aç ão ju ríd ic a tr ib ut ár ia p el o de cu rs o de te m po . H ip ót es es Ar t. 17 3, C TN D ire ito 5 an os Co ns tit ui r o cr éd ito La nç ad o po r H om ol og aç ão Ar t. 17 3, C TN Re gr a Ge ra l Re ab er tu ra d a co nt ag em Ar t. 17 3, I, C TN 1º d ia d o ex er cí ci o se gu in te D ec is ão q ue a nu lo u o 1º la nç am en to Ar t. 17 3, II , C TN Ar t. 17 3, pa rá gr af o ún ic o, CT N An te ci pa çã o da co nt ag em Pr oc ed im en to q ue pr ep ar e o la nç am en to D ec la ra çã o + Pa ga m en to D ec la ra çã o + N ão p ag ou N ão d ec la ro u + N ão p ag ou O fi sc o va i l an ça r d e of ic io . O p ra zo s er á o do ar t. 17 3, I, C TN o u sú m ul a 55 5 ST J. Co m eç a a co nt ar o p ra zo pr es cr ic io na l, po is o cr éd ito já e st á co ns tit ui do . O fi sc o te m 5 a no s pa ra ho m ol og ar . Ar t. 15 0, § 4 º, CT N @ tr ib u ta ri o d e s c o m p li c a d o _ P re s c ri ç ã o Ex tin çã o In te rr up çã o Su sp en çã o Pr az o In ic io d a Co nt ag em É a ex tin çã o do d ire ito d a aç ão d e co br an ça p er te nc en te a o cr ed or (F is co ), pe lo d ec ur so d o te m po p re vi st o em le i p ar a es se fi m . H ip ót es es Co ns tit ui çã o D ef in iti va Ar t. 17 4 pa rá gr af o ún ic o, C TN Ar t. 17 4, C TN D ire ito 5 an os Cr éd ito N ão p od e se r co br ad o Co br an ça Pa ra a co nt ag em Ar t. 17 4, C TN At o ju di ci al /m or a Re co nh ec im en to de d éb ito Pr ot es to Ju di ci al D es pa ch o/ Ex ec uç ão Fi m d o pr az o pa ra im pu gn ar D ec is ão Ju di ci al Tr ib ut o de cl ar ad o e nã o pa go Cr éd ito c om a e xi gi bi lid ad e su sp en sa Su sp en de a pr es cr iç ão Ar t. 15 1, CT N Ju ris pr ud ên ci a @ tr ib u ta ri o d e s c o m p li c a d o _
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