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Thainá Oliveira de Melo - Psicologia 1 Antipsicóticos Quando se pensa em antipsicóticos, pensa-se essencialmente em uma classe medicamentosa associada aos transtornos que são associados ao campo das psicoses. Quando se fala em medicamentos antipsicóticos, pensa-se que necessariamente são medicamentos que vão operar sobre a sensopercepção. Como o sujeito percebe e sente determinados processos, e como ele integra essas informações a sua vida cotidiana. Como vão processas essas informações. São distribuídos em duas categorias: Típicos e Atípicos. Típicos São os de primeira geração Mais velhos no mercado Não se sabe mais ou menos o mecanismo de ação Possuem mais efeitos colaterais Em caso de crise são mais eficazes Podem ser incisivos ou sedativos Incisivos Aqueles que vão atuar de maneira mais forte, mais rápida Atuam em situação de profunda desordem Sedativos Vão segurar os sintomas. Sintomas também associados a agitação, porém que não são tão intensas como em quadros de crise. Atípicos Considerados de segunda geração. Mais novos no mercado. Em alguns casos tem-se uma noção mais ou menos do mecanismo de ação. São mais seletivos. Não possuem tantos efeitos colaterais quanto os típicos Vão ter uma atuação maior sobre a erradicação dos sintomas. Vão se destacar o antirispidona, olanzapina e a clozapina Porém nem sempre vão ser efetivas. Obs: Por isso muitas vezes vai se lançar mão das típicas Obs: as vezes tem-se quadros psicóticos onde uma agitação psicomotora é apresentada permanentemente, porém ela não é grave e intensa, nesses casos se usam os sedativos Quando se fala de antipsicóticos muitas vezes eles não vão ser usados por conhecimento sobre de fato o modo ou mecanismo de ação, mas essencialmente por um conhecimento sobre a eficácia. Não se sabe precisamente o que ela faz, mas se sabe que ela funciona. Por ser uma substância histórica que se utilizou, e que ao se utilizar descobriu que ela cumpria um bom efeito. Obs: boa parte dos antipsicóticos especialmente os típicos são prescritos por eficácia. Teste por eficácia: Quando determinado profissional de medicina passa uma serie de substâncias, intercalando até ver qual é a que faz efeito. Qual é de fato a substância que ao operar sobre a condição que o sujeito apresenta produz avanço, produz melhora. Thainá Oliveira de Melo - Psicologia 2 Quando se trabalha com antipsicóticos, está se trabalhando essencialmente as substâncias sintomáticas. Substância sintomáticas vão trabalhar com o sintoma. Os antipsicóticos vão possuir uma carga maior de efeitos colaterais. Vão possuir o alto potencial de dependência Alguns efeitos colaterais: Provocam ganho de peso, aumento da glândula mamaria etc. Por isso são extremamente complexas, pois vão mexer com a dimensão corporal e consequentemente com a subjetividade do sujeito que faz uso delas. Problema: essas substâncias vão ser passadas também para crianças. Sendo assim isso pode gerar ainda mais efeitos colaterais, já que podem exercer alguma influência no ambiente escolar da criança. 5 principais tipos de complicações que podem causar: base essencialmente orgânica → Síndrome neuroléptica É um estado de confusão mental associado a febre e rigidez muscular É uma manifestação conjunta de sintomas associados a rigidez muscular, febre e confusão mental Em geral associada a desorientação tempo espacial Na desorientação tempo espacial o sujeito não sabe onde estar e nem em que momento estar O sujeito fica basicamente perdido em termos de tempo e espaço → Parkinsonismo São manifestações associadas a tremores (tremores em demasia) Que são essencialmente associados a efeitos colaterais das medicações que o indivíduo está fazendo uso Acatisia É uma sensação de inquietação de agitação psicomotora, sensação que o indivíduo tem de estar tão inquieto que se sente sufocado É uma Inquietação incontrolável Discinesia Está associado a confusão nos órgãos do sentido, na compreensão deles, na leitura deles.. Obs: o sujeito pode sentir que seus sentidos estão confusos existe um prejuízo na percepção deles. Associados a movimentos rítmicos que o sujeito pode assumir, como se fosse maneirismos Qualquer coisa que o sujeito faz, porém faz sem se dá conta. Comportamentos emitidos sem qual que propósito Ações que não cessam Distonia São expressões musculares de contração além de problemas na marcha Modo de andar A pessoa pode manifestar contrações musculares Vão estar mais associada a dimensões estruturais Impregnação: em alguns casos pode vir acompanhada da marcha robotizada Obs: o que tem uma relação direta com a síndrome neuroléptica Por que é importante focar na discussão do efeitos colaterais associados aos antipsicóticos? Pois os profissionais da saúde já vão tratar de sujeitos que já apresentam, manifestam um sofrimento intenso e que muitas vezes eles vão lançar mão de medicações que vão produzir efeitos associados que são desconfortáveis Thainá Oliveira de Melo - Psicologia 3 Obs: Sendo assim cabe ao profissional ler esse sofrimento advindo também do uso dessas substâncias Vale a pena tomar medicações que podem provocar efeitos colaterais? Quem vai dizer é o sujeito Obs: A clareza do porquê a medicação está sendo inserida e se o uso dela mesmo com os possíveis efeitos colaterais é vantajoso é essencial. Quando se pensa em sinais e sintomas, em geral existem picos onde eles vão estar mais presentes Em geral o sujeito pode manifestar sinais e sintomas Indesejáveis associados ao uso de qual quer medicação que tenha efeito sobre o SN quando ele inicia o uso de determinada substância ou quando se tem longo período de uso Obs: no caso dos antipsicóticos os efeitos colaterais são mais acentuados. Obs: o esclarecimento sobre os efeitos colaterais é de extrema importância. Obs: O poder da prescrição é dado ao psiquiatra, mas como vai se dar a gestão do uso dessas substâncias quem vai determinar é o sujeito. Obs: O uso do medicamento é um recurso, é uma possibilidade, mas ele não pode ser tomado como centro e nem mesmo como uma tirania sobre o sujeito. Obs: não necessariamente todo sintoma psicótico precisa ser rapidamente apagado muitas vezes na manifestação sintomática da psicose é que o profissional consegue ver questões que o sujeito precisa ver para trabalhar O indivíduo inclusive pode ter a manifestação dos sintomas psicóticos e não ter necessariamente o quadro psicótico Pode-se fazer uso das classes medicamentosas sem necessariamente o sujeito se enquadrar em um transtorno, ele pode ter somente a manifestação sintomática. Referencias: Sadock, Benjamin J. Manual de farmacologia psiquiátrica de Kaplan & Sadock / Benjamin J. Sadock, Virginia A. Sadock, Norman Sussman ; tradução: Maria Regina Lucena Borges-Osório; revisão técnica: Carolina Benedetto Gallois. -- 5. ed. – PortoAlegre : Artmed, 2013. 342 p. Schatzberg, Alan F. Manual de psicofarmacologia clínica recurso eletrônico /Alan F. Schatzberg, Jonathan 0. Cole, Charles DeBattista ;tradução Celeste Inthy. – 6. ed. - Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2009. 719 p.
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