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NP2 / Ψ PSICOPATOLOGIA 1 7º/8º SEMESTRE @PSICOMVI @PSICOMVI É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Interfere na habilidade da pessoa de manter a atenção, especialmente em tarefas repetitivas, de controlar adequadamente as emoções e o nível de atividade e na habilidade de controle e inibição da impulsividade. Dificuldade em manter a atenção concentrada é a principal característica do Transtorno de Déficit de Atenção. Este problema tem sua origem em uma condição orgânica, relacionada a uma estrutura cerebral chamada lobo pré- frontal. Os principais elementos comportamentais que acompanham o Déficit de Atenção são: a hiperatividade e a impulsividade realizado no psicodiagnóstico e é usado como devolutiva para a criança. Há três tipos básicos do transtorno, que são: 1. Hiperativo-Impulsivo/ 2. Desatento/3. Combinado/ TDAH e Hiperatividade não são sinônimos, embora a maioria das pessoas com TDAH seja hiperativa. A hiperatividade pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Pode apresentar-se com diferentes intensidades, com sintomas variando de leves a graves. diferentes intensidades, com sintomas variando de leves a graves. O verdadeiro comportamento hiperativo interfere na vida familiar, escolar e social da criança. As crianças hiperativas têm dificuldade em prestar atenção e aprender. Como são incapazes de filtrar estímulos, são facilmente distraídas. As crianças hiperativas estão sempre em movimento, sempre fazendo algo e são incapazes de ficar quietas. São impulsivas. Não param para olhar ou ouvir. toleram pouco as frustrações. Elas discutem com os pais, professores, adultos e amigos. Fazem birras e seu humor flutua rapidamente. Essas crianças também tendem a ser muito agarradas às pessoas. Elas sabem que determinados comportamentos não são aceitáveis, mas não conseguem se controlar. TDAH do tipo predominantemente Hiperativo-Impulsivo: Inquietação – mexer as mãos e/ou pés quando sentado, musculatura tensa, com dificuldade em ficar parado num lugar por muito tempo; pode falar, comer, comprar, compulsivamente e/ou sobrecarregar-se no trabalho. Muitos acabam estressados, ansiosos e impacientes; tendência ao vício: álcool, drogas, jogos. Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não acompanham a velocidade da sua mente. Interrompe a fala do(s) outro(s); sua impaciência faz com que responda perguntas antes mesmo de serem concluídas; Costuma ser prolixo ao falar, perdendo a objetividade em mil detalhes, Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos outros); Impaciência: não suporta esperar ou aguardar por algo: filas, telefonemas, atendimento em lojas, restaurantes..., quer tudo para “ontem”; Instabilidade de humor: ora está ótimo, ora está péssimo, sem que precise de motivo sério para isso. Os fatores podem ser externos ou internos, uma vez que costuma estar em eterno conflito; pode apresentar dificuldade em distinguir direita de esquerda; Dificuldade de orientar-se no espaço; não aceitação de limites; Dificuldade em respeitar autoridade – responde aos pais e professores; Dificuldade em concentrar- TDAH NP2 / Ψ PSICOPATOLOGIA 2 7º/8º SEMESTRE @PSICOMVI @PSICOMVI se nas aulas; Dificuldade em completar tarefas; Em geral é desorganizada. TDAH do Tipo predominantemente desatento: Desvia facilmente a atenção do que está fazendo e comete erros por prestar pouca atenção a detalhes. Muitas vezes distrai-se com seus próprios devaneios (parece estar no “mundo da lua”); Dificuldade de concentração em palestras, aulas, leitura de livros... (dificilmente termina um livro, a não ser que o interesse muito); Às vezes parece não ouvir quando o chamam; Relutância em iniciar tarefas que exijam longo esforço mental; Dificuldade em seguir instruções, em iniciar, completar e só então, mudar de tarefa (muitas vezes é visto como irresponsável); Durante uma conversa pode distrair-se e prestar atenção em outras coisas, principalmente quando está em grupos. Às vezes capta apenas partes do assunto; outras, enquanto “ouve” já está pensando em outra coisa e interrompe a fala do outro; Problemas de memória a curto prazo: perde ou esquece objetos, nomes, prazos, datas; Dificuldade em organizar-se com objetos (mesa, gavetas, arquivos, papéis...) e com o planejamento do tempo; A criança pode ser quieta, calada, tímida e até obediente, mas vive desatenta no que faz; Muitas vezes essas crianças são consideradas pelos professores como pouco inteligentes ou como preguiçosas. TDAH do Tipo Combinado: Caracterizado pela pessoa que apresenta os 2 conjuntos de critérios: dos tipos Desatento e Hiperativo/ Impulsivo. O TDAH é caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade que podem se manifestar de forma isolada ou coexistir. As características do TDAH aparecem bem cedo para a maioria das pessoas, logo na primeira infância. O distúrbio é caracterizado por alguns comportamentos crônicos, com duração de no mínimo 6 meses, que se instalam antes dos 7 anos de idade, afetando pelo menos 2 contextos diferentes (por ex., escola, trabalho, vida social e em casa). A incidência de hiperatividade é maior em meninos. As meninas costumam ser mais desatentas. Provoca baixo rendimento escolar, baixa autoestima e dificulta o relacionamento com os colegas. O TDAH é um distúrbio de realização e não um tipo específico de problema de aprendizagem. As crianças com TDAH são capazes de aprender, mas têm dificuldade em se sair bem na escola devido ao impacto que os sintomas têm sobre sua atuação. Quais são as causas do TDAH? Alteração na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. Nesta região cerebral, o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios) estão comprometidas. A diminuição da dopamina tem, como consequência, a falta de concentração e o esquecimento do que lhe é pedido O diagnóstico do TDAH é realizado a partir de exame clínico, no qual são analisadas características comportamentais, relacionadas à presença ou não de hiperatividade, impulsividade e distratibilidade. Não há exames clínicos que identifiquem a presença do transtorno. Um diagnóstico completo só pode ser realizado por um especialista. A avaliação deve incluir um levantamento do funcionamento intelectual, acadêmico, social e emocional, além do exame médico. São necessários alguns NP2 / Ψ PSICOPATOLOGIA 3 7º/8º SEMESTRE @PSICOMVI @PSICOMVI critérios, necessitando, de um diagnóstico diferencial descartando possíveis outras patologias como problema de audição, problema de visão; O TDAH pode estar associado a outros transtornos (comorbidades), entre eles: Transtorno do Aprendizado (os mais comuns são os transtornos de leitura, de escrita e de matemática); Transtorno Desafiador Opositor e Transtorno de Conduta; Tiques; Transtornos Ansiosos (Pânico, Fobia Social, Transtorno de Ansiedade Generalizada); Transtornos do Humor (Depressão, Transtorno Bipolar); Abuso de Drogas e Alcoolismo Tratamento do TDAH: Há condições ambientais que favorecem o aparecimento das formas mais graves do transtorno. Assim, um tratamento integrado deve intervir simultaneamente sobre a base orgânica (com a medicação adequada, quando necessário), bem como sobre a estrutura ambiental na qual a pessoa vive e sobre seus padrões de comportamento. O tratamento exige um esforço coordenado entre os profissionais das áreas médica, saúde mental e pedagógica, em conjunto com os pais, ou seja,exige uma intervenção multidisciplinar. Nos casos em que existem concomitantemente Transtorno de Leitura e de Escrita, recomenda-se também tratamento fonoaudiológico. Aconselhamento, incluindo terapia cognitiva- comportamental (p. ex., definição de objetivos, automonitoramento, modelagem, interpretação de papéis), é geralmente eficiente e ajuda a criança a entender o transtorno de deficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e como enfrentá-lo. Organização e rotina são essenciais. ➥TDAH HIPERATIVO/IMPULSIVO: OS INDIVÍDUOS COSTUMAM SER INQUIETOS, FALAM MUITO E INTERROMPEM CONSTANTEMENTE. ➥TDAH DO TIPO DESATENTO: COMETEM ERROS POR FALTA DE ATENÇÃO E APRESENTAM DIFICULDADE PARA ORGANIZAR TAREFAS E ATIVIDADES. ➥ HIPERATIVIDADE envolve atividade motora excessiva. Crianças, especialmente as menores, podem ter problemas para permanecer sentadas calmamente quando for esperado que o façam (p. ex., na escola ou igreja). ➥ Pacientes mais velhos podem ser simplesmente agitados, inquietos ou falantes—às vezes ao ponto de fazer com que as outras pessoas se sintam cansadas só de observá-los. ➥ IMPULSIVIDADE refere-se a ações precipitadas com o potencial de um desfecho negativo (p. ex., em crianças, atravessar a rua sem olhar; em adolescentes e adultos, abandonar de repente a escola ou o trabalho sem pensar nas consequências). A desatenção e a impulsividade impedem o desenvolvimento de habilidades acadêmicas e estratégias de pensamento e raciocínio, motivação escolar e exigências sociais. ➥ O diagnóstico do tipo combinado requer ≥ 6 sinais e sintomas de cada critério de desatenção e hiperatividade/impulsividade. NP2 / Ψ PSICOPATOLOGIA 4 7º/8º SEMESTRE @PSICOMVI @PSICOMVI DEMÊNCIA E DELÍRIUM Ambos podem aparecer em qualquer idade, mas são muito mais frequentes entre os idosos, devido às alterações causadas pelo envelhecimento do cérebro. Apesar de o delirium e a demência poderem apresentar-se em conjunto, essas duas perturbações são um tanto diferentes: O delirium começa subitamente, causa flutuações no funcionamento mental e, na maioria dos casos, é reversível. A demência inicia-se de forma paulatina, avança lentamente e, normalmente, é irreversível. As duas doenças também afetam a função mental de maneira diferente: O delirium afeta principalmente a atenção. A demência afeta principalmente a memória O delirium inicia-se repentinamente e frequentemente apresenta um início definitivo. A demência normalmente apresenta início gradual e não tem um ponto de início definitivo O delirium nunca é normal e muitas vezes indica um grave problema, geralmente recém- desenvolvido, especialmente em pessoas idosas. As pessoas que têm delirium precisam de cuidados médicos imediatos. Se a causa do delirium for identificada e corrigida rapidamente, geralmente é possível curar o delirium. Causas de delirium: A evolução ou deterioração de quase todas as doenças pode gerar delirium. Qualquer pessoa pode apresentar delirium quando está extremamente doente ou usa medicamentos que afetam a função cerebral (medicamentos psicoativos). De um modo geral, as causas mais comuns de delirium são as seguintes: Medicamentos, particularmente medicamentos com efeitos anticolinérgicos, medicamentos psicoativos e opioides, desidratação. infecções, como pneumonia, uma infecção da corrente sanguínea (sepse), infecções que afetam todo o corpo ou provocam febre e infecções do trato urinário, insuficiência renal, insuficiência hepática e um baixo nível de oxigênio no sangue (hipóxia, como pode ocorrer na pneumonia), especialmente quando essas doenças começam repentinamente e progridem rapidamente. Outras causas incluem hospitalização, cirurgia, abstinência de um medicamento que foi tomado por um longo período, determinadas doenças e intoxicações. O delirium pode ser consequência de doenças menos graves em idosos ou em pessoas cujo cérebro tenha sido afetado por um acidente vascular cerebral, demência, doença de Parkinson ou dano cerebral devido a outra doença. Quadros clínicos menos graves que podem desencadear o delirium incluem: Hospitalização, cirurgia, uso de drogas, abstinência de drogas, doenças e envenenamento. Doenças não graves (como uma infecção do trato urinário) Constipação intensa Dor https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/biologia-do-sistema-nervoso/efeitos-do-envelhecimento-sobre-o-sistema-nervoso NP2 / Ψ PSICOPATOLOGIA 5 7º/8º SEMESTRE @PSICOMVI @PSICOMVI ➥ DELIRIUM: O delirium é uma perturbação súbita, flutuante, e geralmente reversível da função mental. É caracterizado por uma incapacidade de prestar atenção, desorientação, incapacidade de pensar com clareza e flutuações do nível de alerta (consciência). ➥ DELÍRIO: O Delírio é uma alteração relacionada à formação de juízos, sendo um erro do processo de ajuizar que tem origem na doença mental (Dalgalarrondo, 2000). É o desenvolvimento de um conjunto de juízos falsos em consequência de condições patológicas preexistentes e que não se corrigem por meios racionais (Paim, 1986). Dentre as diferenças apresentadas do Delirium e Delírio a principal delas é que: ➥ O Delirium é um transtorno psiquiátrico de base orgânica, mas também, pode ocorrer em outras condições orgânicas crônicas. Associado a alterações quantitativas de consciência, possibilitando o desenvolvimento de estado “confusional” acompanhadas de comprometimento cognitivo, pensamento ilógico e desorganização do discurso, agitação psicomotora, além de, retração, hipersonolência e lentificação motora com alterações sono-vigília. ➥ Enquanto o Delírio é uma alteração do juízo de realidade caracterizado por apresentar uma convicção subjetivamente irremovível e crença inabalável; além de apresentar insuscetibilidade às influências de correções quaisquer e; impossibilidade de conteúdo plausível. Este distúrbio da consciência da realidade pode ser primários ou secundário, de acordo com a psicopatologia descritiva. ➥ No Delírio não há perturbação da inteligência nem da consciência. ➥ Quando estado de consciência está momentaneamente alterado, havendo um distúrbio da consciência produzindo alterações de juízo, é denominado "Delirium". DIFERENÇA ENTRE DELÍRIO E DELIRIUM NP2 / Ψ HUMANISTA 6 @PSICOMVI @PSICOMVI 7º/8º SEMESTRE USO ABUSIVO DE DROGAS Sobre o uso abusivo de drogas, estudamos sobre o conceito de droga ser toda e qualquer substância, natural ou sintética, que, introduzida no organismo, modifica suas funções. O uso indevido e prolongado pode provocar alterações psíquicas, lesões cerebrais e aumento do risco de convulsões e overdose. Os medicamentos capazes de diminuir a atividade do cérebro são chamados de sedativos, já os que são capazes de diminuir a dor são conhecidos como analgésicos. Os prejuízos também são preocupantes no âmbito social, pois o usuário de álcool e/outras drogas pode se envolver em situações de violência e criminalidade. Pode cometer crimes e ser a vítima, além de estar sujeito a outros perigos como acidentes, infecções sexualmente transmissíveis (IST) e gravidez indesejada. No Brasil, a legislação define como droga "as substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União”, segundo o parágrafo único do art. 1.º da Lei n.º 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas). Algumas drogas são consideradaslegais e podem ser compradas por qualquer pessoa que tenha maioridade, como o álcool e o cigarro. De modo geral, as drogas que atuam no cérebro, afetando a atividade mental, podem ser de três tipos (ANDRADE et al. 2004): 1. Drogas que diminuem a atividade mental, também chamadas de drogas depressoras, diminuem a atenção, a concentração, a tensão emocional e a capacidade intelectual. 2. As drogas que aumentam a atividade mental, também chamadas de estimulantes, fazem o cérebro trabalhar de forma acelerada. 3. Drogas que alteram a percepção, também chamadas de alucinógenas, provocam distúrbios no funcionamento do cérebro, que passa a funcionar de forma desordenada, numa espécie de delírio. Há também drogas sintéticas, elas são substâncias ou misturas de substâncias exclusivamente psicoativas, produzidas através de meios químicos, cujos principais componentes ativos não são encontrados na natureza. Abstinência é um conjunto de sintomas, de agrupamentos e gravidade variáveis, que ocorre na ausência relativa ou absoluta de uma substância após seu uso repetido, prolongado e com altas doses e pode ser complicada por convulsões e delirium. Overdose é um termo utilizado cientificamente para denominar a exposição do organismo a grandes doses de uma substância química, seja ela um medicamento, uma droga ou outros. NP2 / Ψ HUMANISTA 7 @PSICOMVI @PSICOMVI 7º/8º SEMESTRE REDUÇÃO DE DANOS: Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), a perspectiva de redução de danos é promover ações a fim de “minimizar qualquer dano de natureza biológica, psicossocial e econômica das/os usuárias/os de substâncias psicoativas” Dito isto, é de suma importância o papel multidisciplinar no atendimento desse público. “É um conjunto de ações de promoção, prevenção e assistência em saúde que se propõe a reduzir os prejuízos de natureza biológica, social e econômica do uso de drogas, pautada no respeito ao indivíduo no seu direito de consumir drogas” Uma estratégia fundamental para a promoção dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde que contribui para e efetivação da atenção integral a usuários de álcool e outras drogas, para o controle da epidemia do HIV/Aids e das hepatites virais e para o tratamento dos transtornos associados ao consumo prejudicial de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas. LUTO E MELANCOLIA a perda de algum objeto amado traz, ainda que momentânea, a fragmentação e desestruturação do sujeito. Portanto, o luto é um processo de reconstrução e reorganização diante de uma perda, desafio psíquico com o qual o sujeito tem de lidar. O luto patológico de acordo com os autores, é aquele que o indivíduo não consegue se desligar, adotando a melancolia no processo, em que não ocorre a reconstrução e nem a reorganização diante da perda. A diferença entre o luto e a melancolia consiste em que a inibição do melancólico nos parece enigmática porque não podemos ver o que é que o está absorvendo tão completamente. O melancólico exibe ainda uma outra coisa que está ausente no luto: uma diminuição extraordinária de sua autoestima, um empobrecimento de seu ego em grande escala. Dito isto, a diferença da melancolia para com o luto é de que, no luto: o mundo que se torna pobre e vazio e na melancolia, é o próprio “eu” que se torna pobre e vazio. NP2 / Ψ HUMANISTA 8 @PSICOMVI @PSICOMVI 7º/8º SEMESTRE Para Freud, o Luto não é considerado doença, dispõe de uma tristeza profunda que é superado após certo tempo, é uma perda real, ocorre hiper catexia e o desligamento da libido do objeto perdido, o ego fica desinibido e há o teste de realidade e ocorre uma persuasão narcísica. O luto patológico ocorre se é desencadeado uma melancolia, com distúrbio na autoestima e identificação e incorporação da regressão do narcisismo primário, com uma ligação interminável com o objeto perdido. Para Klein, o luto também não é considerado doença e o estado que ela define é o estado maníaco depressivo, que se supera após certo tempo, onde a perda real é simbólica (mundo externo e interno) ocorrendo uma reativação da posição depressiva e restruturação do mundo interno, onde o teste de realidade ocorre também, com evidência de triunfo e reparação e introjeção dos objetos bons. O luto se torna patológico quando não há superação da posição depressiva arcaica, em que o predomínio de defesas da posição esquizoparanóide é instalado e a identificação é projetiva, onde ocorre uma ligação interminável com o objeto perdido. QUATRO FASES DO LUTO DE ACORDO COM BOWLBY NA FORMAÇÃO E ROMPIMENTO DOS LAÇOS AFETIVOS. 1ª FASE: Desorientação, Torpor, Negação e Isolamento. Momento de grande confusão. O enlutado fica perdido diante da dor que desestrutura, não “sabe” o que sentir ou responder. Está muito presente neste processo a negação. Negação e Isolamento funcionam como uma estratégia psíquica e social de proteção. 2ª FASE: Anseio e Busca da figura perdida. Bowlby diz que existe uma explicação biológica para essa fase: a procura, o choro são mecanismos adaptativos de tentativa de recuperação da vinculação da figura perdida. 3ª FASE: Dor Profunda e Desespero. Este é o momento em que o vazio deixado por ele no grupo social e na família fica mais delineado, mais definido. Fase de intensa dor, marcada muitas vezes por desmotivação apatia e depressão, que são sentimentos que podem levar tanto ao isolamento quanto a distúrbios psicossomáticos. 4ª FASE: Reorganização e Reelaboração. Pode ocorrer em média, dois anos após a morte (podendo variar bastante). Fase final do processo de elaboração, na qual o enlutado está pronto para “reinvestir em outro objeto”, conforme a psicanálise. A vida vai sendo reorganizada (assim como o espaço interno) e já cabem novos projetos.
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