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Daseinanalyse

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Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
1 
 
 
 
Quais são os pressupostos, os conceitos que de alguma 
forma definem a reflexão da daseinanalyse para a 
psicologia 
Para além de determinismos positivistas e racionalista 
se tem uma dimensão de determinismos, que vão fazer 
que a vida do sujeito seja empurrada para uma direção 
 Mas o convite que a Daseinanalyse vai trazer é 
que o sujeito seja responsável por sua própria 
vida 
 Ainda que na dimensão da responsabilização da 
própria vida, o sujeito não se implique 
autenticamente nessas tomadas de decisões 
→ 1. Compreender o ser humano como ser 
histórico, onde o espaço possui influência, 
mas acima de tudo o tempo, o momento 
histórico. 
E não apenas em uma lógica de causalidade, mas de Co 
construção do mundo. 
 O momento histórico em que o sujeito vive vai 
costurar uma proposta de sociedade 
→ 2. Compreender a liberdade dos sujeitos 
de serem como o são, ou como o podem 
ser no muno, a partir das escolhas 
assumidas pelos sujeitos, em seus 
sucessos e insucessos. 
 
Ou seja, na dimensão do sujeito de liberdade e 
responsabilidade por si mesmo, há na responsabilidade 
que este sujeito possui em si, uma possibilidade de ser 
como ele quer ser 
→ 4. Compreender a criatividade humana 
como elemento de potência 
transformadora, do humano e da 
humanidade, por saber-se que se sabe, e 
saber-se que é possível se transformar. 
Como de alguma forma essa liberdade do sujeito tem 
uma relação direta com a capacidade dele de criar 
→ 5. Compreender o respeito a liberdade 
dos outros sujeitos, ainda que nós 
construamos o presente histórico 
conjuntamente 
Como é que o sujeito ao mesmo tempo compreende a 
sua liberdade na relação com a liberdade do outro, e 
nesse sentido compreender que o outro também é um 
sujeito livre e que precisa ter de alguma forma essa 
liberdade respeitada 
→ 6. Compreender a relevância do passado, 
mas acima de tudo da capacidade de 
conectar-se ao presente, transformando 
o próprio presente histórico 
Vai surgir como uma síntese de uma proposta sobre a 
reflexão da existência dos seres, que é construída de 
alguma forma, a partir de uma premissa do sujeito 
histórico que vai se transformar no tempo 
Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
2 
 
 que vai ser livre e deve ser responsável pelas 
decisões que assume 
 que vai ser influenciado pelas suas ações 
passadas para construir o presente 
 mas que acima de tudo é um sujeito que tem 
potencial criativo que pode transformar o 
mundo 
Vai ser uma abordagem que vai focar a dimensão 
histórica, ou seja, a dimensão do vivido pelo sujeito, mas 
acima de tudo, potencial de transformação, liberdade, 
decisão e responsabilidade. 
Ela vai trabalhar com o sujeito focalização, quais são os 
caminhos de intervenção que o sujeito deseja, que ele 
pensa para si mesmo, e que ele vai construir com o 
terapeuta para dar seguimento ao processo 
terapêutico. 
OBS: não vai necessariamente possuir uma estrutura 
psicoterapêutica que trabalha com o passo a passo 
Toda psicologia que se pressuponha 
fenomenológica existencial deve 
necessariamente ser: 
→ 
Quando se fala dessa dimensão, está se falando da 
capacidade de filosofar sobre a capacidade de 
transformação humana e que para Heidegger é a 
capacidade de se filosofar sobre o tempo 
OBS: É dimensão que vai compreender que as pessoas 
se transformam, que elas têm a capacidade de se 
transformar 
Ou seja, toda psicologia que se pressuponha 
fenomenológica existencial, deve necessariamente 
partir de uma premissa que é a de que todo ser 
humano conserva em si uma capacidade de 
transformação, e essa capacidade vai estar inscrita no 
tempo 
 
Quando se fala em hermenêutica, se fala da 
interpretação 
 O exercício hermenêutico, é o exercício de 
compreender que há muitas interpretações 
para um mesmo elemento, objeto, ideia 
 É a forma como cada sujeito vai interpretar de 
formas muito distintas os objetos 
 
Quando se pensa a dimensão dialética, está se dizendo 
que ela é o exercício de se colocar as múltiplas 
interpretações em debate. 
OBS: É o exercício do diálogo 
Se ninguém permanece o mesmo para sempre, e os 
sujeitos interpretam o mundo de forma muito distintas, 
muito diferentes, é necessário que essas diferentes 
interpretações entrem em debate, entrem em choque. 
 No processo terapêutico é construir a ideia de 
que não existe só o que ele pensa sobre o 
mundo, não existe só as ideias que este sujeito 
constrói sobre o mundo 
 E que por isso vai existir um horizonte de 
possibilidades 
É um caminho para o sujeito entender na dialética que a 
forma que eu penso no mundo não é a única e que isso 
vai ajudar a empurrar as pessoas para o exercício da 
autenticidade 
 Para o exercício de reconhecer que a forma 
como você faz uma coisa não única 
A relação terapeuta-paciente (cliente) 
como máxima e expressão do cuidado: 
A primeira coisa que se faz ao pensar o lugar da 
psicologia é compreender que o psicólogo no encontro 
Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
3 
 
com o sujeito está fazendo a máxima expressão do 
cuidado 
 Porque nós somos aqueles que vamos nos 
colocar à disposição das pessoas, com a única e 
exclusiva finalidade que é abrir a cabeça 
Ou seja, nós somos aqueles que pelo nosso 
conhecimento vamos produzir com o sujeito um 
movimento ontológico, hermenêutico e dialético, 
estruturado na redução fenomenológica 
Nesse contexto algumas palavras vão aparecer 
como importantes de serem pensadas 
1. Empatia 
A ideia de que o psicólogo empaticamente vai se 
conectar com o sofrimento do outro 
2. Intencionalidade 
Significa dizer que a nossa consciência está a todo o 
momento direcionando o seu olhar para algo 
 Sendo assim é necessário se construir com o 
sujeito um caminho de que a intencionalidade 
dele vá no sentido de outros caminhos possíveis 
3. Desafio 
É necessário entender que a ideia de tentar se 
deslocar, de tentar se desenvolver não é fácil, é um 
desafio, para que entendendo isso se consiga na 
empatia ser compreensivo na dificuldade do ouro 
4. Engajamento 
Necessariamente ao assumir o desafio de mudar a 
intencionalidade do olhar de alguma forma, vai ir no 
sentido de uma responsabilização 
Sendo assim quando o psicólogo se encontra com o 
sujeito, começa a produzir com ele uma ideia de 
intencionalidade do olhar e que ele pode olhar para as 
coisas de outra forma mas ao mesmo tempo 
compreendendo que todo isso é desafiador para o 
sujeito. 
Mas que o sujeito precisa se engajar, precisa se 
responsabilizar e se implicar no seu processo e que o 
psicólogo como terapeuta também precisa se implicar 
junto com ele 
Para a perspectiva fenomenológica e existencial, a 
intenção do psicólogo é contribuir para que os sujeitos 
consigam cada vez mais serem mais autênticos 
Referencias: 
REBOUÇAS, M. S. S.; DUTRA, E. Plantão Psicológico: Uma 
Prática Clínica da Contemporaneidade. Rev. Abordagem 
Gestalt., Goiânia, v. 16, n. 1, p. 19-28, 2010. LINK: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rag/v16n1/v16n1a04.pd 
f 
SCORSOLINI-COMIN, F. Aconselhamento Psicológico e 
Psicoterapia: Aproximações e Distanciamentos. 
Contextos Clínic., São Leopoldo, v. 7, n. 1, p. 02-14, 2014. 
LINK: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cclin/v7n1/v7n1a02.pdf 
GOMES, W. B.; HOLANDA, A. F.; GAUER, G. Primórdios da 
Psicologia Humanista no Brasil; e História das Abordagens 
Humanistas em Psicologia no Brasil. In: MASSIMI, M. 
(Org.). História da Psicologia no Brasil do Século XX. São 
Paulo: EPU, p. 87-103; 105-129, 2004. LINK: 
http://bit.ly/2RgpbjW 
ROEHE, M. V. Uma Abordagem 
Fenomenológico Existencial para a Questão do 
Conhecimento em 
Psicologia. Estud. Psicol. (Natal), Natal, v. 11, n. 2, p. 153- 
158, 2006. LINK: 
Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
4 
 
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v11n2/a04v11n2.pdf 
CARDINALLI, I. E. Heidegger: O Estudo dos Fenômenos 
Humanos Baseados na Existência Humana comoSer-aí 
(Dasein). Psicol. USP, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 249258, 
2015. LINK: 
http://www.scielo.br/pdf/pusp/v26n2/0103-6564- 
pusp-26-02-00249.pdf 
MOREIRA, V.; TORRES, R. B. Empatia e Redução 
Fenomenológica: Possível Contribuição ao Pensamento de 
Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
3 
Rogers. Arq. Bras. Psicol., Rio de Janeiro, v. 65, n. 2, p. 
181-197, 2013. LINK: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v65n2/03.pdf 
COSTA, B. A. Daseinsanalyse e Psicoterapia no Brasil: 
Uma Revisão Integrativa da Literatura. Rev. Abordagem 
Gestalt., Goiânia, v. 23, n. 2, p. 175-188, 2017. LINK: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rag/v23n2/v23n2a06. 
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NEUBERN, M. S. O Terapeuta e o Contrato Terapêutico: 
Em Busca de Possibilidades. Estud. Pesqui. Psicol., Rio de 
Janeiro, v. 10, n. 3, p. 882-897, 2010. LINK: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v10n3/v10n3a15.p 
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BONFIM, T. E.; VIZZOTTO, M. M. A Finalização do 
Processo Psicoterapêutico. Psicol Inf., São Paulo, v. 17, n. 
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http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoinfo/v17n17/v17n1 
7a12.pdf 
BEZERRA, M. E. S.; BEZERRA, E. N. Aspectos Humanistas, 
Existenciais e Fenomenológicos Presentes na 
Abordagem Centrada na Pessoa. Rev. NUFEN, São Paulo, 
v. 4, n. 2, p. 21-36, 2012. LINK: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rnufen/v4n2/a04.pdf 
MESSIAS, J. C. C.; CURY, V. E. Psicoterapia Centrada na 
Pessoa e o Impacto do Conceito de Experienciação. 
Psicol. Reflex. Crít., Porto Alegre, v. 19, n. 3, p. 355-361, 
2006. LINK: 
http://www.scielo.br/pdf/prc/v19n3/a03v19n3.pdf 
SANTOS, D. M. B. Logoterapia: Compreendendo a Teoria 
Através de Mapa de Conceitos. Arq. Bras. Psicol., Rio de 
Janeiro, v. 68, n. 2, p. 128-142, 2016. LINK: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v68n2/v68n2a11. 
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MESQUITA, G. R. O Aqui-e-Agora na Gestalt-Terapia: Um 
Diálogo com a Sociologia da Contemporaneidade. Rev. 
Abordagem Gestalt., Goiânia, v. 17, n. 1, p. 59-67, 2011. 
LINK: 
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SCHMIDT, M. L. G. Algumas Reflexões Acerca da 
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BORIS, G. D. J. B. Versões de Sentido: Um Instrumento 
Fenomenológico-Existencial para a Supervisão de 
Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
5 
 
Psicoterapeutas Iniciantes. Psicol. Clín., Rio de Janeiro, v. 
20, n. 1, p. 165-180, 2008. LINK: 
http://www.scielo.br/pdf/pc/v20n1/11.pdf 
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SILVA, C. D. L. et al. A Psicologia nos Serviços de 
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Familiares e Comunitários. Pesqui. Prát. Psicossociais, São 
João Del-Rei, v. 10, n. 1, p. 55-65, 2015. LINK: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ppp/v10n1/05.pdf 
REBOUÇAS, M. S. S.; DUTRA, E. Plantão Psicológico: Uma 
Prática Clínica da Contemporaneidade. Rev. Abordagem 
Gestalt., Goiânia, v. 16, n. 1, p. 19-28, 2010. LINK: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rag/v16n1/v16n1a04.pd 
f

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