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CONHEÇA ALGUMAS CAUSAS INUSITADAS DAS ITUS As diferenças entre o corpo da mulher e o do homem vão além daquelas que nos saltam aos olhos. O canal da uretra, por onde sai o xixi, é uma das diversidades que ficam escondidinhas. Enquanto na ala feminina essa via de saída mede cerca de 5 centímetros, na turma do Bolinha chega à incrível marca de 22 centímetros. A consequência da discrepância não é nada vantajosa para as mulheres. Isso porque, nelas, bactérias que se metem a intrusas têm um caminho muito mais curto a percorrer até alcançar a bexiga. Quando chegam ao órgão, costumam fazer estragos. Obesidade O vínculo é indireto, mas existe. Acompanhe o raciocínio: quem está muito acima do peso costuma exibir dobrinhas em várias partes do corpo. A característica muitas vezes dificulta a perfeita higiene da região genital após urinar e cria o cenário perfeito para as bactérias fazerem a festa. Mas atenção: a limpeza em excesso também não é boa. “Isso altera a flora vaginal, resultando em uma expulsão de bactérias protetoras dali”, esclarece Wladimir Alfer Júnior, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. A recomendação é evitar duchas íntimas, sprays com aromas e outros itens capazes de desequilibrar a flora. Segurar o xixi “Não use banheiros públicos”… Está aí um conselho de mãe que se pode ignorar, tomando os devidos cuidado com superfícies sujas, é claro. É que xixi parado na bexiga por muito tempo cria o ambiente perfeito para a proliferação de bactérias do mal. “Urinar funciona como uma lavagem contínua”, informa o ginecologista José Geraldo Lopes Ramos, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Apesar de nada romântico, o ato também é indicado logo depois da atividade sexual, quando podem ocorrer microfissuras na região da uretra, facilitando a aderência de micro-organismos. Com uma escapadinha ao banheiro, você expulsa os pequenos invasores. Diabetes Qualquer moléstia que comprometa as defesas do organismo, deixando-as bem capengas, predispõe à infecção urinária. É o caso do diabetes e da AIDS. “Aí, nosso corpo não consegue se defender direito das bactérias”, justifica Rodolfo Borges dos Reis, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), regional São Paulo. Certos medicamentos, como aqueles indicados para quem convive com o lúpus, e a prática excessiva de exercícios físicos também contribuem para a queda da imunidade. Constipação Na famosa prisão de ventre, os problemas vão além do desconforto abdominal. Pela anatomia feminina, as bactérias do trato gastrointestinal, empacadas, têm facilidade em migrar para a uretra, contaminando-a. “A culpada pela maioria dos episódios de cistite atende pelo nome de Escherichia coli. Essa é uma bactéria que vive no intestino, onde não cria problemas. Mas, quando passa para a área da vagina, compete com micro-organismos que vivem naturalmente ali”, descreve Milton Skaff, da Beneficência Portuguesa. Daí, se a intrusa domina o terreno, cresce o risco de infecção. “De fato, nas pacientes constipadas detectamos uma maior colonização de micro-organismos do intestino na região vaginal”, confirma o especialista. Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/conheca-6-causas-inusitadas-da- infeccao- urinaria/ Agentes infecciosos ou doenças podem elevar a temperatura do organismo para além de 37,8º C, o que caracteriza a febre. Em muitos casos, a febre ajuda o corpo a combater a agressão, mas há casos em que é necessário procurar ajuda médica. A temperatura corpórea considerada ideal varia entre 36º C e 36,7º C. Geralmente, ela é mais baixa pela manhã e mais alta no fim da tarde ou à noite. Alterações de até um grau podem ser absolutamente aceitáveis em condições normais. Nas mulheres, por exemplo, após a ovulação, durante o ciclo menstrual e no primeiro trimestre da gravidez, ocorre uma elevação natural da temperatura. Os infectologistas estabelecem os seguintes limites para caracterizar a febre: De 37,3℃ a 37,8℃: Febrícula Acima de 37,8℃: Febre A única maneira de ter certeza de que uma pessoa está com febre é medir sua temperatura com um termômetro, de preferência eletrônico. A maneira mais usual de aferi-la é colocar o bulbo do termômetro nas dobras das axilas, aguardar com o braço imóvel (sem “esfregar”) e só retirar depois de cinco minutos para fazer a leitura. A temperatura pode ser medida também no interior da boca ou do reto, parte do intestino grosso que termina no ânus, mas esse método geralmente só é usado em clínicas e hospitais. Nessas áreas, ela costuma ser um grau mais alto do que a medida nas axilas. A maioria dos quadros febris é provocada por doenças infecciosas comuns e de curta duração. No entanto, como a febre pode também ser um dos sintomas de várias enfermidades diferentes, é indispensável estabelecer o diagnóstico diferencial para orientar a conduta terapêutica. Em todos os quadros febris, é muito importante medir a temperatura três ou quatro vezes por dia e anotar os valores e horários correspondentes. Saber se os picos febris são altos ou baixos e em que horário se manifestam ajuda a identificar as enfermidades que possam estar envolvidas e a estabelecer o diagnóstico. Como a febre é apenas um sintoma, a escolha do tratamento está diretamente associada à doença de base. Infecções por bactérias, por exemplo, podem exigir a prescrição de antibióticos, um tipo de medicamento absolutamente ineficaz quando o agente da infecção é um vírus. Em grande parte dos casos, a febre é provocada por germes causadores de infecções de curta duração como (gripes, resfriados, amidalite, algumas infecções intestinais e pneumonia) que o próprio sistema de defesa do organismo consegue eliminar. Portanto, em grande parte dos casos não há necessidade de medicamentos especiais para tratamento da febre. Hidratação, repouso e remédios simples como analgésicos para aliviar os sintomas são medidas suficientes para o conforto do paciente. Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/febre/ Team Based Learnig (TBL) 1- Infecção do trato urinário (ITU) representa um sítio frequente de infecção tanto em pacientes da comunidade como em pacientes internados em unidades hospitalares, representando uma das principais causas de infecção nosocomial e também de visitas anuais ao médico. Com relação as infecções do trato urinário, assinale a alternativa correta: a- As infecções do trato urinário são mais comuns em mulheres do que em homens pela diferença anatômica da uretra, nestes a uretra se apresenta menor, o que dificulta a entrada de microrganismos. b- O microrganismo patogênico responsável pela maioria das infecções do trato urinário é o Proteus mirabilis, seguido da Escherichia coli em segundo lugar. c- Em crianças, as infecções do trato urinário ocorrem com mais frequência em meninos, representando cerca de 3 a 5% das infecções e meninas apenas 1%. d- Gestantes podem desenvolver um quadro assintomático de infecção do trato urinário o que pode acarretar em complicações durante a gravidez. 2- Uma mulher de 24 anos chegou no serviço de saúde apresentando queixa de dor no flanco e febre que surgiram há 1 ou 2 dias. A paciente relata que, no decorrer da semana anterior, estava sentindo dor ao urinar. No momento, está febril e nauseada, mas sem vômito. A dor no flanco direito é entorpecente, constante e que não irradia, classificada pela paciente como de grau 7 numa escala de 0 a 10. Na noite anterior, a paciente tomou 600 mg de ibuprofeno para facilitar o sono, porém, na manhã de hoje, a dor ainda persistia. Então, ela decidiu ir a UBS para ser examinada. A paciente relata ter vida sexual ativa e seu último período menstrual ocorreu há 1 semana. Ela nega ter secreções vaginais ou dor abdominal. Seus sinais vitais incluem temperatura de 38,3°C, frequência cardíacade 112 bpm, frequência respiratória de 15 mpm e pressão arterial de 119/68 mmHg, foi realizada a análise do sinal de Giordano que resultou positivo. Seu exame de urina obteve os seguintes resultados: Densidade 1,010 pH 6,5 Proteínas + Hemoglobina + Células epiteliais descamativas (CED) 6/campo Leucócitos 250000/ mL Hemácias 30000/ mL Flora bacteriana ++ Muco +++ Nitrito Positivo Cilindros leucocitários Presente O resultado acima é mais consistente com: a- Cistite b- Pielonefrite c- Glomerulonefrite d- Insuficiência renal Caso para questões 3 e 4: Uma mulher de 29 anos tem história de disúria, urgência e aumento da frequência urinária há dois dias. Ela nega o uso de medicações e não tem história clinica significativa. Ao exame, sua PA é 100/70 mmHg, a FC, 90 bpm e a temperatura, 36,6°C. A tireoide é normal à palpação. O exame do coração e dos pulmões é normal. Ela não tem dor nas costas. O abdome está indolor e sem massas. O exame pélvico revela genitália feminina normal; não há sensibilidade ou massas anexiais. 3- Diante do quadro clínico, qual hipótese diagnóstica poderá ser considerada: a- Glomerulonefrite b- Cistite c- Pielonefrite d- Gonorreia 4- Quais exames clínicos deveriam ser solicitados para determinar esse diagnóstico: b- Hemograma, Hemocultura e Exame de imagem; c- Hemograma, Parcial de urina, Clearance de creatinina. d- Hemograna, Parcial de urina, Urocultura. e- Hemograma, Urocultura e Clearance de creatinina. 5- O néfron é a unidade funcional dos rins. Cada rim é constituído por aproximadamente um milhão de néfrons. De uma maneira geral, eles são associações de vasos sanguíneos e túbulos renais que tem a função de filtrar o sangue. Anatomicamente, cada néfron é constituído por duas partes principais: o glomérulo, onde ocorre a filtração de grande quantidade de líquido, e um longo túbulo onde este líquido é modificado até formar a urina. Com relação ao processo de formação da urina, assinale a alternativa correta: a- A membrana de filtração do glomérulo é constituída apenas por duas camadas próprias do capilar, são elas: a membrana basal e o endotélio. b- Grande quantidade de água e íons são filtradas e uma pequena parte é reabsorvido ao longo do túbulo. Já os solutos como a glicose e os aminoácidos não são reabsorvidos, de modo que, devem estar presentes na constituição da urina. c- A reabsorção de Na+ gera gradiente osmótico para o transporte da água, fornece energia eletroquímica para o transporte ativo secundário e auxilia na secreção de ácidos através do trocador Na+/H+. d- Com relação à carga elétrica na reabsorção, moléculas carregadas negativamente são mais fáceis de serem filtradas do que aquelas com o mesmo peso molecular, porém carregadas positivamente. 6- Qual afirmativa é verdadeira? a- O ADH aumenta a reabsorção de água do ramo ascendente da alça de Henle e no ramo descendente da alça de Henle. b- A reabsorção de água pelo ramo descendente da alça de Henle é normalmente menor que a do ramo ascendente. c- A reabsorção de sódio pelo túbulo proximal é normalmente menor do que a do ramo descendente da alça de Henle. d- A reabsorção de sódio e cloreto é normalmente maior no ramo ascendente da alça de Henle que nos ductos coletores e sua excreção na urina consiste em menos de 1% do filtrado. 7- A manutenção da normotermia nos animais homeotermos, como o homem, é uma função muito importante do sistema nervoso autônomo já que com pequenas alterações da temperatura central, podem ocorrer alterações metabólicas e enzimáticas. Qual das alternativas a seguir está correta com relação ao sistema de termorregulação no organismo humano? a- Receptores termossensíveis localizados na pele e nas membranas mucosas, medeiam a sensação térmica, mas não contribuem para a ocorrência dos reflexos termorregulatórios por possuírem somente ação local. b- No hipotálamo, acontece a regulação central da temperatura do corpo ao integrar os impulsos térmicos provenientes de quase todos os tecidos do organismo. c- Na hipófise anterior é feita a integração das informações aferentes térmicas, enquanto na hipófise posterior iniciam-se as respostas efetoras. d- Existe uma faixa interlimiar de temperatura, definida geralmente entre 35,7º a 38,1ºC, na qual não há resposta efetora. Temperaturas abaixo ou acima desses limiares desencadeiam essa resposta. 8- O corpo humano tem a capacidade de controlar a infecção por meio de numerosos mecanismos diferentes. Barreiras físicas impedem a entrada de bactérias do ambiente externo e de locais do corpo normalmente colonizados para áreas anatômicas estéreis. Quando essas defesas físicas são rompidas, o sistema imune é ativado. A febre é ocasionada quando: a- O pH dos tecidos inflamados é reduzido, produzindo respostas inflamatórias como a febre. b- As citocinas pró-inflamatórias que incluem IL-1 (IL-1), IL-6, fator de necrose tumoral e interferon γ que desencadeiam respostas inflamatórias entre elas a febre. c- Um microrganismo penetra no tecido do hospedeiro ativando o sistema complemento e os componentes da cascata da coagulação, e induzindo a liberação de mediadores químicos da resposta inflamatória produzindo febre. d- As citocinas pró inflamatórias que desencadeiam respostas inflamatórias como a febre incluem IL4, IL10 e IL13. 9- Considerando a ação dos medicamentos antipiréticos, analise as proposições a seguir: I- O mecanismo de ação dos antipiréticos consiste na inibição da enzima cicloxigenase, bloqueando a produção de prostaglandinas no hipotálamo e interrompendo a cadeia metabólica que leva à resposta febril. II- Todos os antinflamatórios não esteroidais possuem alto efeito antipirético, porém, desenvolvem várias reações adversas por possuírem maior seletividade para inibição da COX2. III- A dipirona, um potente antipirético, possui seu mecanismo de ação através da inibição da cicloxigenase e parece também inibir IL-8 em uma via pirogênica independente das prostaglandinas. IV- Alguns exemplos de antipiréticos são: dipirona, aspirina e paracetamol. Agora, assinale a alternativa correta: a- Apenas as afirmativas I, II, III e IV. b- Apenas as afirmativas I, III e IV. c- Apenas as afirmativas I, II e IV. d- Apenas as afirmativas I, II e III. 10- Dentre as escalas de triagem existentes, o Protocolo de Triagem de Manchester (MTS) tem sido adotado na maioria dos serviços de urgência como instrumento direcionador da classificação de risco, sendo atualmente utilizado na maioria dos estados brasileiros. Sobre as escalas de triagem, assinale a alternativa correta: a- Um paciente que se encontra em um estado muito urgente e que deva ter uma avaliação médica em até 10 minutos se classifica no nível 1 da MTS. b- Um paciente com pouca urgência e que pode esperar até 120 minutos para o atendimento está classificado no nível 3 da escala de Manchester. c- A escala constitui-se como uma ferramenta de gestão do risco clínico para administrar a demora do atendimento, priorizando os doentes mais graves. d- Tem-se recomendado a utilização de escalas que estratifiquem o risco em três níveis de prioridade, por estas apresentarem maior fidedignidade, validade e confiabilidade na avaliação do paciente.