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Plantão 2 - Peça Recurso de Apelação

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Universidade Estácio de Sá - Graduação em Direito 
Professor Vinicius Mesquita Martins 
 
LORENA MESQUITA MARCILIO SOARES 
201707120757 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DA CAPITAL – RJ 
 
 
 
Processo nº: ... 
 
 
 
LEANDRO GOMES AZEREDO, nos autos da ação penal que responde 
perante este Juízo, que lhe move o Ministério Público, como incurso nas penas do artigo 171, 
caput, do Código Penal, vêm, por meio de seu advogado, interpor 
 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
 
com fundamento no artigo 593, I do CPP, requer que seja o recurso conhecido 
por este Juízo e, consequentemente remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, 
para que dele conheça, dando-lhe provimento. 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede Deferimento. 
 
Niterói/RJ, 16 de março de 2021. 
 
 
Advogado 
OAB/UF 
 
 
Universidade Estácio de Sá - Graduação em Direito 
Professor Vinicius Mesquita Martins 
 
LORENA MESQUITA MARCILIO SOARES 
201707120757 
 
 
RAZÕES DE APELAÇÃO 
 
 
 
Processo nº ... 
 
Origem: ... Vara Criminal da Comarca da Capital – RJ 
 
Apelante: LEANDRO GOMES AZEREDO 
 
Apelado: Ministério Público 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
COLENDA COMARCA CRIMINAL 
 
 
 
I – DOS FATOS 
 
O apelante teve sua condenação baseada no artigo 171, caput, do Código Penal, ou seja, 
obteve para si vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro. 
De acordo com os fatos do processo, o apelante anunciou em um jornal a venda do veículo 
objeto do crime. Para concretização do negócio, o réu compareceu à residência da vítima com 
os documentos CRLV, CRV e cópia da Nota Fiscal e comprovante do IPVA pago. 
 
 Após a negociação, o apelante ausentou-se do local afirmando que iria com a esposa ao 
cartório reconhecer firma do documento de transferência do veículo, retornando com ele 
assinado e preenchido. Ao comparecer no DETRAN, a vítima foi surpreendida com a 
impossibilidade de realizar a transferência em razão da inidoneidade da documentação 
apresentada. 
 
 
Universidade Estácio de Sá - Graduação em Direito 
Professor Vinicius Mesquita Martins 
 
LORENA MESQUITA MARCILIO SOARES 
201707120757 
 
 Após realização do exame pericial do veículo, foi constatado que o Gol de placa HNO-
5784/RJ, pertencente ao Julio Simões, objeto de roubo, no dia 23/06/2012, conforme RO 021-
498/2012. 
 
A decisão condenatória, porém, merece ser revista e reformada. 
 
II – DO DIREITO 
 
II.1 – PRELIMINAR: 
 
 Merece algumas considerações a serem feitas a respeito da extinção da punibilidade 
decorrente da prescrição. Nota-se que o ora acusado, foi condenado pelo crime previsto no 
artigo 171, caput, CP, ou seja, estelionato. 
 
 Nota-se que ocorrido o crime nasce para o Estado à pretensão de punir o autor do fato 
criminoso, porém, tal pretensão, deve ser exercida dentro de determinado lapso temporal, que 
varia de acordo com a figura criminosa composta pelo legislador e segundo o critério máximo 
cominado em abstrato para a pena privativa de liberdade. 
 
 Os fatos narrados na denúncia ocorreram na data de 20 de julho de 2012, sendo a 
denúncia oferecida em 28 de janeiro de 2013, de modo que o fato ilícito previsto na denúncia 
possui pena de reclusão, de um a cinco anos. 
 
 Desta forma, salta aos olhos que conforme fundamento do artigo 109, III, do Código 
Penal, o prazo prescricional do crime de estelionato, o qual o apelante fora acusado, tem 
prescrição de doze anos. 
 
 Entretanto, como o apelante na época do fato tinha apenas 20 (vinte) anos de idade, o 
prazo de prescrição é reduzido pela metade, conforme o artigo 115, caput, do Código Penal, 
sendo assim, reduzido para 6 (seis) anos de prazo prescricional. 
 
 Neste diapasão, merece prosperar a extinção da punibilidade pela prescrição, afinal no 
momento da propositura esse já se encontrava prescrito. 
 
Universidade Estácio de Sá - Graduação em Direito 
Professor Vinicius Mesquita Martins 
 
LORENA MESQUITA MARCILIO SOARES 
201707120757 
 
 
II.2 – DO MÉRITO: 
 
 O que é evidenciado nos autos indica que o Apelante deve ser absolvido do crime que 
lhe fora imputado por denúncia em delegacia, visto que o prazo para denúncia havia prescrevido 
conforme artigo 115 do CP. 
 
III – DOS PEDIDOS 
 
 Ante o exposto, passo a requerer: 
 
a) Espera-se o recebimento e provimento deste RECURSO DE APELAÇÃO, 
porquanto tempestivo e pertinente à hipótese em vertente, onde se aguarda a reforma da 
sentença, seja acolhida a preliminar levantada com a decretação da extinção da punibilidade 
pela prescrição, não sendo o entendimento do MM. Juízo. 
 
c) Ainda que não havendo convencimento quanto à absolvição ou à nulidade, seja o 
acusado, ora Apelante, beneficiado pelo princípio do in dubio pro reo, a fim de vê-lo, no 
máximo, condenado por crime de furto. 
 
 
Por medida de justiça, 
Pede Deferimento. 
 
Niterói-RJ, 17 de março de 2021. 
 
Advogado 
OAB/UF

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