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Hiago Manoel Araujo Medicina-P2 MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA -Método de atendimento ao paciente -modelo de abordagem (ferramenta utilizada na consulta para realizar anamnese) -Método prático (aplicado na APS por Médicos de Família e Comunidade) -Deve-se levar em consideração que a consulta na APS é o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde (porta de entrada) -Baseia-se na PROMOÇÃO DE SAÚDE (habilitar paciente a assumir o controle de sua saúde) -Princípio da AUTONOMIA -Presença de INDIVIDUALIDADE (cada indivíduo posse características singulares) -EQUIDADE (trata cada paciente de acordo com suas necessidade e diferenças) -Depende da integralidade, responsabilidade sanitária, participação social, intersetorialidade, sustentabilidade e educação em saúde -HISTÓRICO: -Séc. XX- Atuação de Balint na valorização da escuta como papel médico importante -Modelo biopssicosocial: relação com paciente deve-se partir da pessoa e não da doença -Pesquisas mostram importância de aspectos culturais em resultados terapêuticos e a necessidade do concordância entre médico e paciente (discordância gera maus resultados) -1927, Peabody propunha que o tratamento da doenças deve ser impessoal, mas o contato com o paciente deve ser pessoa -1995, Stewart w McWhinney propões Medicina Centrada no Paciente (doença como aspecto secundário na relação com o paciente) – prenúncio do MCCP -Evolução do Método Clínico Centrado na Doença (médico como entrevistador e autoritário – escolhe caminho terapêutico) -Atualmente, MCCP (médico atento e disposto a escutar – entendimento integral do paciente e construção terapêutica conjunta – paciente com autonomia em seu processo de saúde) -Para aplicação do MCCP, médico precisa compartilhar poder com paciente → Indivíduo com poder de decisão em sua saúde (autonomia) -COMPONENTES: 1. Experiência do paciente com o processo saúde x doença (SIFE) -Sentimento da pessoa frente ao problema (medo, ansiedade, preocupação) -Ideia sobre o que está acontecendo (o que pensa sobre o problema) -Funcionamento da sua vida frente ao problema (quais efeitos ele tem sobre a rotina) -Expectativas em relação ao atendimento e resolução 2. Entender paciente como um todo (família e contexto) -Doenças que acometem a família -Ciclo de vida familiar (ferramenta da abordagem familiar) -Como aquele problema afeta a família -Relações interpessoais 3. Elaboração de plano conjunto de tratamento -Definição do problema a ser resolvido -Estabelecimento de metas que podem ser cumpridas (papel do paciente em se conhecer e perceber possibilidades) -Debate e planejamento de manejos terapêuticos de acordo com aceitação do paciente 4. Edificação de relação solidificada entre paciente e médico -Utilizar-se da transferência e contratransferência positiva -Buscar conhecimento acerca do paciente (identificação) -Manter a continuidade do cuidado -MCCP gera melhores desfechos clínicos – pacientes mais satisfeitos -Médico gratificado com bons resultados de atendimentos -Maior adesão terapêutica -Melhores condições globais de saúde (promoção ampla de saúde) • REGISTRO DE SAÚDE ORIENTADO POR PROBLEMAS (ReSOAP) -Método de registro do atendimento no prontuário -Ferramenta usada na APS -Proporciona raciocínio clínico apurado e cuidado continuado -Adequa-se ao processo de abordagem aos problemas presentes na APS -Múltipla necessidade em saúde com multicausalidade -Método desenvolvido para visualizar longitudinalidade (atendimento continuado) -Registro de informações e dados colocados na ficha acompanhamento -ESTRUTURA -Subjetivo (motivo da consulta): sintomas, histórico familiar, expectativas e sentimentos -Objetivo (informações observadas pelo profissional): achados do exame clínico e exames complementares -Avaliação (conclusão do médico sobre o problema) -Plano (manejo elaborado em conjunto): Planejamento terapêutico (procedimentos, medicações, referenciamentos...) -ReSOAP pode ser critério de avaliação da qualidade de um serviço de saúde • PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS) -Conjunto de condutas e propostas terapêuticas definidas em um grupo com vários profissionais de saúde da equipe interdisciplinar -Indicado em situações extremas -Definido após reuniões e discussões entre profissionais qualificados da comunidade do paciente ou de outra comunidade -Inclui médicos, enfermeiros, técnicos, ACS, odontólogo, nutricionista, fisioterapeuta, TO -Gera valorização de outros membros da equipe de a saúde que não o médico -Matriciamento (discussão em equipe) -Espaço que contribui para aprendizado, troca de experiências -PROCEDIMENTOS: 1. Diagnóstico (Qual é o problema) 2. Definição de metas (O que fazer para resolver) 3. Divisão de responsabilidade (quem vai auxiliar na resolução) 4. Reavaliação (Reuniões posteriores para avaliar resolutividade)
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