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Álbum do Folclore AF

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Folclore Brasileiro
Sumário
1- Lendas___________________________________________Pág.:
2- Parlendas_________________________________________ Pág.:
3- Trava-línguas______________________________________ Pág.:
4- Provérbios________________________________________ Pág.:
5- Adivinhas_________________________________________ Pág.:
6- Superstições_______________________________________ Pág.:
7- Brincadeiras populares_______________________________ Pág.:
8- Cantigas de roda____________________________________ Pág.:
9- Danças populares___________________________________ Pág.:
10- Músicas populares___________________________________ Pág.:
11- Festas populares____________________________________ Pág.:
12- Comidas típicas_____________________________________ Pág.:
13- Artesanato_________________________________________ Pág.:
14- Ervas medicinais____________________________________ Pág.:
15- Poemas___________________________________________ Pág.:
INTRODUÇÃO
O folclore é a ciência de um povo, o conhecimento popular que vai passando de geração para geração através de lendas, crenças, superstições, provérbios, adivinhações, canções, comidas, danças, poesias, brincadeiras e jogos. É uma tradição oral que faz parte da história de quem nós somos. Manter viva essa cultura é estar sempre em contato com a nossa essência, com aquilo que aprendemos com os nossos familiares. É uma sabedoria que não está na escola, mas pode fazer parte dela também. 
As brincadeiras folclóricas são coletivas, por isso ajudam a fortalecer as relações humanas e o convívio com o outro. De forma lúdica, a criança aprende a compartilhar, dividir, trabalhar em grupo, colocar-se no lugar do outro, a ganhar e a perder. É todo um compartilhar de experiências que fica para a vida. Os jogos folclóricos ainda têm a particularidade de aproximar as famílias, porque o pai, o avô e avó conhecem as brincadeiras, ensinam outras às crianças e por aí vai. Sem contar o estímulo à criatividade.
As manifestações do folclore dão-se por meio de lendas, parlendas, trava-línguas, provérbios, adivinhas, superstições, brincadeiras populares, cantigas de roda, danças populares, músicas populares, festas populares, comidas típicas, artesanato, ervas medicinais, poemas. Iremos desta forma analisar cada uma dessas manifestações através desse álbum.
Este álbum tem como finalidade o entendimento do que é o folclore, suas características, suas representações e desta forma podermos aprender cada vez mais sobre nossa história. A palavra folclore tem origem no inglês e é oriunda do termo folklore. Esse termo, por sua vez, foi originário da expressão folk-lore, criada por um escritor chamado William John Thoms, em 1846. Em 22 de agosto de 1846, uma carta de Thoms enviada à revista The Atheneum foi publicada. O termo de Thoms baseava-se em duas palavras:
· Folk, que significa povo;
· Lore, que significa conhecimento, saber.
O estudo do folclore determinou que dentro do folclore poderia incluir-se:
· Narrativas tradicionais: contos, mitos e lendas populares; 
· Costumes tradicionais: costumes como as festas populares; 
· Crenças e superstições: saberes relacionados à magia, bruxaria etc;
· Linguagem popular: dialetos falados e os jargões populares.
Algumas das características do folclore são:
· Origem anônima: Muitos definiram que um elemento para ser considerado folclórico tem de ter origem anônima, mas essa característica tem sido bastante questionada pelos estudiosos;
· Transmissão oral: O saber que faz parte do folclore de um povo tem de ser transmitido oralmente;
· Popularização coletiva: Tem que se popularizar na cultura de um povo;
· Surgimento espontâneo: Os elementos da cultura que formam o folclore surgem de maneira espontânea.
1- Lenda
As lendas contam histórias repletas de personagens diferentes, os quais possuem características que se misturam com as feições físicas de alguns animais. São histórias que falam de situações sobrenaturais, irreais e até mesmo irracionais. No folclore brasileiro, as lendas mais conhecidas são: Curupira, Saci-pererê, A sereia Iara, Mula-sem-cabeça, boto cor-de-rosa, Boitatá, muitas lendas se originaram no ambiente rural, em razão dos ruídos noturnos causados por animais, pelo assovio do vento nas matas e pela visão das brumas da noite, às vezes iluminada apenas pelo luar, o que estimula fantasias e mistérios.
As lendas são narrativas de origem popular, criadas e transmitidas oralmente. São produções que nascem da imaginação coletiva de um grupo de pessoas ou de um povo. Por meio destas histórias, expressam-se fantasias, medos, dúvidas e incompreensões. A palavra lenda provém do latim e significa “o que deve ser lido”. Em sua origem, as lendas formavam o conjunto de histórias que narravam a vida dos santos e dos mártires e eram lidas nos refeitórios dos conventos.
Com o tempo, as lendas foram apropriadas por indivíduos comuns e se tornaram populares, em razão da comparação entre o seu teor narrativo e os fatos ocorridos na sociedade. Não demorou muito para que estas narrativas evoluíssem e se tornassem muito interessantes e criativas.
Atualmente, a lenda, transformada pela tradição, é o produto inconsciente da imaginação popular. As características das lendas são contadas de boca em boca, de geração em geração, as lendas vão sendo transformadas, mas sem perder uma de suas principais características: a fantasia.
Algumas lendas merecem destaque no Brasil a saber, o Saci, O Curupira e a Mula sem cabeça, que vamos ver cada um desses.
O Saci
Segundo muitos autores, o Saci é um menino travesso, de cor negra, que possui apenas uma perna, usa uma carapuça ou gorro vermelho na cabeça e fica o tempo todo fumando cachimbo. Costuma correr atrás dos animais para afugentá-los, gosta de montar em cavalos e dar nó em suas crinas. O Saci Pererê pode também aparecer e desaparecer misteriosamente, é muito irrequieto e não para um instante sequer, pois fica pulando de um lugar para outro e toda vez que apronta as suas travessuras, ele dá risadas alegres e agudas e gosta de assobiar, principalmente quando não existem as noites de luar.
Ao Saci Pererê são atribuídas às coisas que dão errado. Ele entra nas casas e apaga o fogo, faz queimar as comidas das panelas, seca a água das vasilhas, dá muito trabalho às pessoas escondendo os objetos que dificilmente serão encontrados novamente. Seu principal divertimento é atrapalhar as pessoas para se perderem. Dizem que ele veio do meio de um redemoinho e para espantá-lo as pessoas atiram uma faca no redemoinho ou então o chamam pelo seu nome. Embora pertença ao folclore da região sudeste e sul, ele também foi introduzido ao folclore do norte por ser uma figura muito popular nesta região do país.
O Curupira
O curupira é retratado frequentemente como um anão que possui os cabelos vermelhos e os pés ao contrário (com os calcanhares para frente). É importante reforçar que a descrição física do curupira pode variar de acordo com o local em que a lenda é reproduzida. Em certos locais, o curupira é careca; em outros, tem o corpo cabeludo e dentes verdes. De toda forma, as características que se sobressaem são as citadas: baixa estatura, cabelos vermelhos e pés ao contrário. Além disso, destaca-se sua grande força física.
O curupira como protetor da floresta voltava-se contra todos aqueles que a destruíam e, por isso, era visto com grande temor pelos indígenas. Os indígenas acreditavam que o curupira aterrorizava e matava aqueles que entravam na floresta para caçar ou derrubar árvores. O pavor era tão grande que os indígenas ofereciam presentes quando entravam na floresta para impedir que fossem vitimados pelo curupira. A lenda fala que o curupira adorava receber fumo e cachaça como presentes. Além de aterrorizar os caçadores, o curupira também era responsável por fazê-los se perder na floresta e esquecer o caminho pelo qual sairiam dela. Uma forma de atormentar os caçadores era o ato de o curupira assoviar continuadamente. Para fugir dele, caso ele te encontre no meio da floresta, é necessário realizarum nó em um pedaço de cipó. Agora, achar por conta própria o curupira na floresta é quase impossível, pois seus pés ao contrário tornam sua localização improvável. O curupira é um habitante nato das florestas, então, para encontrá-lo, é necessário adentrar na mata densa. Sendo assim, esse ser evita estar nos locais com grande presença humana, somente indo atrás de humanos quando eles entram na floresta para caçar ou derrubar árvores.
A mula sem cabeça
Existem diferentes versões para a origem da mula sem cabeça. Em uma delas, conta-se que, se uma mulher dormisse com o namorado antes do casamento, ela poderia ser enfeitiçada e virar uma mula sem cabeça. Essa versão estava ligada às tradições das famílias que buscavam o controle dos relacionamentos amorosos de suas filhas. Era uma forma de mantê-las dentro dos padrões morais da época. Uma outra versão da lenda afirma que toda mulher que mantivesse ligações amorosas com um padre, seria castigada e transformada em mula sem cabeça. De cunho moral e religioso, essa lenda tinha como objetivo intimidar as mulheres que cogitavam manter um relacionamento amoroso com os sacerdotes da Igreja Católica.
Segundo a narrativa, o encantamento acontecia nas noites de quinta-feira, quando a mulher era transformada em mula sem cabeça. Ela lançava fogo pelo pescoço e corria em disparada pelas matas e pelos campos. Com as patas, despedaçava os animais e as pessoas que surgissem em sua frente. O encantamento desaparecia no terceiro cantar do galo. Nesse momento, a mulher voltava à sua normalidade, geralmente exausta e ferida. Para acabar de vez com o encantamento que recaía sobre a pecadora, alguém deveria arrancar os freios da mula ou furá-la com algum objeto pontiagudo a fim de tirar-lhe sangue, mesmo que fosse apenas uma gota. O encantamento também poderia ser tirado pelo padre (o amante), que deveria amaldiçoá-la sete vezes antes de celebrar as missas.
2-Parlenda
As parlendas são combinações de palavras com temática infantil, que fazem parte do folclore brasileiro. Passadas de geração em geração, as parlendas são rimas usadas como brincadeira pelas crianças. As parlendas costumam ser rimadas e têm ritmo e métrica quando recitadas. As rimas costumam ser fáceis e ajudam as crianças no desenvolvimento da memorização.
As Parlendas são rimas infantis que divertem as crianças, ao mesmo tempo que trabalham com a memorização e a fixação de alguns conceitos. Segundo estudiosos, as parlendas servem como sistemas educativos que fazem parte da literatura popular oral e do folclore brasileiro. De origem latina, a palavra "parlenda" vem do verbo Parlare, que significa falar, conversar. Em Portugal, as parlendas são conhecidas como "cantilenas ou lengalengas".
Uma das modalidades de parlenda são os trava-línguas, um jogo verbal em que deve se falar rapidamente uma concentração de palavras com sonoridades similares e sílabas difíceis. Como são tradições da oralidade, existem inúmeras variações para cada parlenda e não se conhece suas autorias. Algumas parlendas fazem parte da tradição popular brasileira há décadas.
As características da parlendas são bem claras não sendo difícil identificar uma parlenda ou mesmo interpretá-la, pois suas características são bastante básicas. Geralmente, são pequenos versos, com ou sem rimas, e não necessariamente com algum sentido. Entretanto, o que a diferencia é o seu caráter lúdico, importante para entreter e aguçar a imaginação das crianças.
Inclusive, a música infantil, de uma maneira geral, colabora com a memorização de números, dias da semana e diversos outros temas do nosso cotidiano e, por esse motivo, tem se tornado uma boa aliada para pais e educadores. Por meio das músicas, os pequenos aprendem e se divertem ao mesmo tempo! Pensando nisso, muitos professores e educadores estão criando suas próprias parlendas e cantigas de roda, com o objetivo de passar alguma mensagem ou ensinamento.
3- Trava-línguas
Trava-línguas são um conjunto de palavras formando uma frase que seja de difícil pronunciação Os trava-línguas, além de aperfeiçoadores da pronúncia, servem para divertir e provocar disputa entre amigos. São embaraçosos, provocam risos e alegria.
Trava-língua é uma espécie de jogo verbal que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente.
Os trava-línguas são oriundos da cultura popular, são modalidades de parlendas (rimas infantis), podendo aparecer sob a forma de prosa, versos ou frases. Os trava-línguas recebem essa denominação devido à dificuldade que as pessoas enfrentam ao tentar pronunciá-los sem tropeços, ou, como o próprio nome diz, sem "travar a língua". Além de aperfeiçoarem a pronúncia, servem para divertir e provocar disputa entre amigos.
Vejamos alguns exemplos de Trava-línguas:
1. O rato roeu a roupa do Rei de Roma e a rainha com raiva resolveu remendar;
2. Toco preto, porco fresco, corpo crespo;
3. Fala, arara loura. A arara loura falará;
4. Bagre branco, branco bagre;
5. Chega de cheiro de cera suja;
6. A babá boba bebeu o leite do bebê;
7. Um limão, mil limões, um milhão de limões;
8. Caixa de graxa grossa de graça;
9. Atrás da porta torta tem uma porca morta;
10. Teto sujo, chão sujo;
 11.A Iara agarra e amarra a rara arara de Araraquara
. 
4 - Provérbios
Um provérbio (em latim: proverbium) é um ditado simples, concreto, tradicional, que expressa uma verdade baseada no senso comum ou experiência. Provérbios são frequentemente metafóricos.
Provérbios e Ditados são frases curtas que têm a função social de aconselhar e advertir, ao mesmo tempo que transmitem ensinamentos. Alguns deles possuem rimas, recurso que facilita a memorização. Os provérbios são ditos populares (frases e expressões) que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida.
De tradição oral e presente no nosso cotidiano, provérbios e ditados fazem parte da cultura popular brasileira e, logo, do nosso folclore. Eles surgem das interações cotidianas e são transmitidos oralmente entre gerações. Por isso, geralmente, os autores dessas expressões são anônimos. Muitos deles foram criados na antiguidade, porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até os dias atuais. É muito comum ouvirmos provérbios em situações do cotidiano. Quem nunca ouviu, ao fazer algo rapidamente, que “a pressa é a inimiga da perfeição”. Os provérbios fazem sucesso, pois possuem um sentido lógico. Alguns ditados conhecidos:
· Aqui se faz, aqui se paga.
· Árvore que nasce torta, morre torta.
· As aparências enganam.
· Batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão.
· Cachorro que late não morde.
· Cada cabeça, uma sentença.
· Casa de ferreiro, espeto de pau.
· A pressa é inimiga da perfeição.
· A união faz a força.
· A voz do povo é voz de Deus.
· Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
· Águas passadas não movem moinhos.
· Amigos, amigos, negócios à parte.
· Antes tarde do que nunca.
· Apressado come cru.
· A cavalo dado, não se olham os dentes.
· A mentira tem perna curta.
· À noite todos os gatos são pardos.
· A ocasião faz o ladrão.
· A pensar morreu um burro.
5- Advinhas - O QUE É, O QUE
Esse é um gênero textual típico da cultura popular e que é passado de pai para filho. Apesar de ser um texto curto, seu domínio de conhecimentos é muito grande, pois ele pode ser utilizado para ensinar/aprender o significado e a formação das palavras, na construção de A adivinha sempre se inicia com a pergunta “O que é, o que é?”. Essa pergunta inicial tem o objetivo de chamar a atenção do interlocutor para a pergunta seguinte, já com a intenção de desafiar e estimular a sua solução. Vários conhecimentos, auxiliar no processo de ensino e aprendizagem da leitura, entre outros.
As adivinhas ou adivinhações começam tradicionalmente com a pergunta "o que é, o que é.…?". Elas fazem parte da literatura popular e das brincadeiras folclóricas. Em sua estrutura é feita uma pergunta e, geralmente, as respostassão engraçadas e algumas até bem difíceis. Assim, as adivinhas usam a lógica e diversos trocadilhos. Por esse motivo, são muito disseminadas entre as crianças.
A segunda pergunta da adivinha é a pergunta-desafio. Por meio dessa pergunta, o interlocutor (a pessoa com quem se conversa) é levado a utilizar-se de conhecimentos sociais, culturais e linguísticos para a solução do problema proposto. Depois das perguntas inicial e desafio, é necessário que haja a resposta. Assim, percebe-se que esse tipo de texto trata-se de um diálogo e, por isso, exige um emissor e um receptor, isto é, alguém que faz a pergunta e alguém que a responde. Além disso, a construção da resposta pede muito além de conhecimentos linguísticos, pois é solicitado ao receptor uma capacidade interpretativa que requer dele um conhecimento de mundo.
1 - O que é, o que é? O que a areia disse para o mar? (Deixe de onda)
2 -O que é, o que é? O que é que está na ponta final do fim, no início do meio e no meio do começo? (A letra m)
3 – O que é, o que é? É um pássaro brasileiro e seu nome de trás para frente é igual? (Arara)
4 – O que é, o que é? O que anda com os pés na cabeça? ( O piolho)
5 – O que é, o que é? O que tem no meio do ovo? (A letra v)
6 – O que é, o que é? Surdo e mudo, mas conta tudo? (O livro)
7 – O que é, o que é? O que a esfera disse para o cubo? (Deixe de ser quadrado)
8 – O que é, o que é? O que o tomate foi fazer no banco? (Tirar um extrato)
9 – O que é, o que é? Quando um tigre se parece com um velho? (Quando ele de bengala)
10 – O que é, o que é? Qual é o bicho que anda com as patas? (O pato)
11 – O que é, o que é? Corre, corre, sem ter pés, dá-te na cara e não o vês. O que é? (O vento)
12 – O que é, o que é? Qual era a cor do cavalo branco de Napoleão? (Branca)
13 – O que é, o que é? Qual é a palavra que tem quatro sílabas e vinte e seis letras? (O alfabeto)
14 – O que é, o que é? Quem de vinte cinco tira, quantos ficam? (Quinze)
15 - O que é, o que é? Sou ave, penas não tenho, capa de ovelhas me cobre; sou criada numa árvore. Coitadinha, sou tão pobre. Quem sou eu? (Avelã)
16 - O que será, que será que são sete e são irmãos. Cinco vão à feira e só dois é que não? (Dias da semana)
6- Superstições
Em síntese, o termo “superstição” vem do latim “superstitio” sendo associado ao conhecimento popular. Desde a antiguidade, os povos associavam as crenças aos aspectos mágicos e, assim, determinar o que seria sorte ou não. Entretanto, muitas superstições que surgiram de hábitos passados se perderam com o tempo. 
Não passe embaixo dessa escada, pois dá má sorte. Cuidado com esse espelho! Se você quebrá-lo, terá sete anos de azar. Frases como estas soam familiares, não?! A origem dessas (e de muitas outras) superstições está na visão mágica, sobrenatural que se tem mundo. Segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo, as crendices populares "participam da própria essência intelectual humana e não há momento na história do mundo sem a sua inevitável presença. ” Quem nunca ouviu falar que gato preto dá azar, não é mesmo? Como essa, existem outras várias superstições carregadas de crenças passadas por gerações. Sendo assim, o conceito de superstição está ligado à crença em algo sem fundamento lógico. Ou seja, é passada oralmente entre gerações, como se fosse parte da cultura popular.
Além disso, também é conhecida como crendices, sempre influenciando o comportamento das pessoas e formando o senso comum. Logo, as superstições podem ter características pessoal, religiosa ou cultural. Na religião, por exemplo, acredita-se que ao abrir a página da Bíblia ao acaso irá receber uma resposta.  Aliás, as superstições já acompanham a humanidade por muitos anos. Ademais, estão presentes na história e associadas aos rituais pagãos, onde louvavam a natureza. Algumas dessas práticas, basicamente, estão inerentes ao cotidiano, replicadas automaticamente.   
Sabe como o dicionário Houaiss define as palavras "superstição" e "crendice"? Como a "crença ou noção sem base na razão ou no conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas, sem nenhuma relação racional entre os fatos e as supostas causas a eles associados". Ou seja, é acreditar em fatos ou relações sobrenaturais, fantásticas ou extraordinárias e que também não encontram apoio nas religiões ou no pensamento religioso.
As superstições, essa espécie de crenças populares sem qualquer explicação científica, estão presentes em qualquer cultura e país ao redor do mundo. Muitos países têm superstições criadas na Idade Média que envolvem bruxas e gatos pretos e outros têm problemas com certos números, mas a questão aqui é que: todo país tem uma superstição   bizarra ou engraçada.  Entretanto, será que você nunca deu aquelas três batidinhas na madeira para afastar um mau agouro? E, sobretudo, será que nunca se benzeu quando ouviu alguém falando do capeta? Ou, inclusive, deu a volta para não passar debaixo de uma escada?
Afinal, estas e outras coisinhas que a gente faz sem ver no dia a dia são resquícios de superstições. Portanto, se a resposta for “sim” para pelo menos duas dessas perguntas acima, você é supersticioso. Aliás, para sermos justos, o brasileiro é um dos povos mais supersticiosos do mundo. Isto está, sobretudo, em nossa mistura de culturas.
As misturas de religiões, por exemplo, nos trouxeram amuletos, talismãs, rituais e uma série de outras superstições. Por isso, embora muita gente diga não acreditar, todo mundo prefere respeitar tais crenças “por via das dúvidas”. Afinal, caso elas não sejam reais, nada ruim acontece. Mas, e se elas foram verdadeiras!? Ou seja, é melhor prevenir que remediar!
As superstições, essa espécie de crenças populares sem qualquer explicação científica, estão presentes em qualquer cultura e país ao redor do mundo. Muitos países têm superstições criadas na Idade Média que envolvem bruxas e gatos pretos e outros têm problemas com certos números, mas a questão aqui é que: todo país tem uma superstição   bizarra ou engraçada.  Entretanto, será que você nunca deu aquelas três batidinhas na madeira para afastar um mau agouro? E, sobretudo, será que nunca se benzeu quando ouviu alguém falando do capeta? Ou, inclusive, deu a volta para não passar debaixo de uma escada?
Afinal, estas e outras coisinhas que a gente faz sem ver no dia a dia são resquícios de superstições. Portanto, se a resposta for “sim” para pelo menos duas dessas perguntas acima, você é supersticioso. Aliás, para sermos justos, o brasileiro é um dos povos mais supersticiosos do mundo. Isto está, sobretudo, em nossa mistura de culturas. As misturas de religiões, por exemplo, nos trouxeram amuletos, talismãs, rituais e uma série de outras superstições. Por isso, embora muita gente diga não acreditar, todo mundo prefere respeitar tais crenças “por via das dúvidas”. Afinal, caso elas não sejam reais, nada ruim acontece. Mas, e se elas foram verdadeiras!? Ou seja, é melhor prevenir que remediar!
Superstições mais comuns no Brasil
· Colocar uma vassoura atrás da porta faz as visitas irem embora logo.
· Para encontrar algo que desapareceu, dê três pulinhos para São Longuinho.
· Vinho derramado é alegria. Sal derramado é mal agouro, mas espalha-se sal grosso na residência nova/recém-comprada para expulsar maus espíritos, mau olhado e outras energias ruins.
· Donzela não serve sal, não corta galinha, nem passa o paliteiro.
· Se a palma da mão coçar, é sinal que você irá receber dinheiro.
· Se sua orelha esquentar, alguém está falando mal de você. Nesse caso, vá dizendo o nome dos suspeitos até a orelha parar de arder ou morda da gola da camisa, para o fofoqueiro morder a língua.
· Fazer um desejo ao cortar a primeira fatia do bolo de aniversário leva o desejo a se tornar realidade.
· Desejos feitos para a primeira estrela da noite podem se tornar realidade. Isso também funciona com estrelas cadentes.
· Jogar uma moeda numa fonte enquanto se faz um desejo atrai a boa sorte e o desejo se torna realidade.
· A entradade borboletas ou joaninhas em casa é sinal de boa sorte.
· Trevo de quatro folhas é um talismã. Acredita-se que ele atraia boa sorte e fortuna a quem o encontrar.
· Quebrar um espelho atrai sete anos de azar.
· Chinelo virado para baixo pode atrair o mau agouro, como a morte de sua mãe.
· Não se pragueja ao acender o fogo porque isso chama o demônio.
· Sonhar que um dente é arrancado é sinal de que vai morrer alguém na família.
· Passar por debaixo de uma escada não atrai a má sorte. Mas quem passa, está renunciando à subida e ao progresso na vida.
· Usar roupas brancas, pular sete ondas e comer lentilhas no Réveillon ajuda a atrair a boa sorte no ano que se inicia.
· Não se come aves no Ano-novo por acreditar se tratarem de animais que ciscam para trás.
· Guarda-chuva nunca deve ficar aberto dentro de casa. Isso pode trazer infortúnios.
· Bater três vezes na madeira ajuda a afastar o azar.
· Sexta-feira 13 é um dia azarento e, por isso, exige cautela.
7- Brincadeiras Populares
Atualmente os tablets, os smartphones, os videogames e as tecnologias vêm roubando o melhor da infância das crianças, algumas brincadeiras infantis conseguem sobreviver com o passar do tempo. As brincadeiras e os jogos são universais. Brincando se aprende em qualquer lugar ou idioma. As brincadeiras infantis são ferramentas ideais não somente para despertar a imaginação e a fantasia, mas também para estimular a capacidade e as habilidades das crianças e melhorar sua comunicação com os demais.
O Brasil é cenário de uma série de brincadeiras tradicionais para crianças, tanto dentro dos lares como ao ar livre. Como a maioria dos países do mundo, as brincadeiras mais conhecidas das crianças são bastante simples e não requerem nenhum tipo de equipamento ou treinamento especial para a participação, e podem coincidir com brincadeiras realizadas em outros países como o esconde-esconde, o pega-pega, a amarelinha, cinco marias, cabra-cega e a peteca, dentre outras.
No Brasil, as crianças podem brincar dos mesmos jogos que crianças de outros países podem realizar, com a diferença de algumas brincadeiras que vêm da tradição folclórica e cultura do país. Alguns brinquedos feitos artesanalmente já não se veem nas ruas como o carrinho de rolimã, tão comuns até a década de 80. Jogar pião, empinar pipa, papagaio ainda podem ser observados em diversas cidades do interior.
Como o Brasil é um país muito grande, algumas brincadeiras são bem típicas de cada região ou podem ter nomes diferentes. 
Amarelinha
Clássica brincadeira entre os pequenos que é tão conhecida que parece brasileira, mas não é. Esse jogo infantil é bem antigo e, por isso, acredita-se que foi inventado por romanos, já que existem gravuras que mostram crianças brincando de amarelinha nos pavilhões de mármore em vias da Roma Antiga. No entanto, as primeiras referências que têm registro confirmado do passatempo são do século 17.
Cabra-cega
Para buscar a origem da cabra-cega, vamos para a Ásia. Em relação a esse passatempo, especula-se que sua criação ocorreu na China, aproximadamente 500 anos antes de Cristo. Além disso, não são só os pequenos que se divertiam com esse jogo: na Era Vitoriana e na Idade Média, a cabra-cega era entretenimento na Casa dos Tudor, dinastia inglesa que reinou entre 1485 e 1603.
Cara ou coroa
Ainda que seja bastante comum usar moeda em cara ou coroa para sortear algo, o jogo também já divertiu (e ainda deve divertir) muitas pessoas na infância. Somando mais uma entre as brincadeiras de origem europeia, o cara ou coroa foi criado na Roma Antiga e era conhecido, em Latim, como "navia aut caput", que significa "cara ou navio". A curiosa expressão faz referência às moedas que tinham o rosto de Janus de um lado, deus da mitologia, e do outro, a imagem de uma embarcação.
Ciranda
A ciranda é mais uma que integra a lista de brincadeiras infantis famosas no Brasil, porém, sua origem é portuguesa e tem inspiração em um baile adulto que acontece no país. Em terras brasileiras, a dança pode se assemelhar ao fandango, baile rural que foi praticado até o meio do século 20 em São Paulo e no interior do Rio de Janeiro.
Jogo da velha
Esse jogo, perfeito para passar o tempo, tem duas possibilidades: a criação romana ou egípcia. Um fato que pode comprovar a primeira hipótese é a existência de linhas cruzadas com "x" e círculos nas lacunas em diversos lugares de Roma, desde o primeiro ano antes de Cristo. Como comprovação da segunda possibilidade, há o estudo da educadora estadunidense Claudia Zaslavsky, que diz que existiam brincadeiras similares ao jogo da velha no Egito Antigo. Crianças ou adultos, quem não gosta de jogo da velha, não é mesmo?
Joquempô
Como esquecer os elementos pedra, papel e tesoura das partidas do famoso joquempô? No caso desse jogo, voltamos para o continente Asiático, aterrissando diretamente na China. Os primeiros registros da brincadeira que já entreteve tantas crianças brasileiras estão no livro "Wuzazu", chinês, escrito entre os anos 206 e 220 antes de Cristo. 
Par ou ímpar
Assim como o cara ou coroa, o jogo par ou ímpar, além de distrair, também é um bom jeito de fazer sorteios e ainda funciona como pré-jogo, decidindo quem começa uma partida por meio de eliminação. Esse passatempo, muito popular na Itália, é mais um que entra para o grupo de brincadeiras criadas na Roma Antiga e é uma variação da "Morra", nome dado pelos romanos ao jogo de par ou ímpar.
Pipa
O que era usado, mil anos antes de Cristo, como forma de sinalização para mandar mensagens entre os campos chineses, logo tornou-se brincadeira infantil. A pipa, que também é conhecida como papagaio, arraia e quadrado, foi, após ter sido criada na China, para o Japão, Índia e, depois, ficou conhecida na Europa. No Brasil, a chegada da brincadeira aconteceu com os portugueses. Soltar pipa ou papagaio é uma ótima opção de diversão ao ar livre entre pais e filhos para os momentos de lazer!
8- Cantigas de Roda
Cantigas de roda (também conhecidas como cirandas ou brincadeiras de roda) são brincadeiras infantis, mas que caem no gosto dos adultos também. As crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo executar ou não coreografias acerca da letra da música. São uma grande expressão folclórica, e acredita-se que pode ter origem em músicas modificadas de um autor popular.
As Cantigas de Roda são um tipo de canção popular relacionadas às brincadeiras de roda. Nesse sentido carregam uma melodia de ritmo claro e rápido, favorecendo a imediata assimilação. Estão incluídas nas tradições orais em inúmeras culturas. 
No Brasil fazem parte do folclore, que incorpora elementos das culturas africana, europeia, portuguesa, espanhola e indígena. Elas também podem ser chamadas de cirandas, e têm caráter folclórico. Esta prática, hoje em dia não tão presente na realidade infantil como antigamente devido às tecnologias existentes, é geralmente usada para entretenimento de crianças de todas as idades em locais como colégios, creches, parques, entre outras.
Há algumas características que elas têm em comum, como por exemplo a letra. Além de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira.
Na matriz cultural brasileira têm uma característica interessante, que é a autoria coletiva ou anônima, pelo fato de serem passadas de geração em geração. Atreladas ao ato de brincar, consistem em formar um grupo com várias crianças ou adultos, dar as mãos e cantar uma música com características, melodia e ritmo próprio, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu imaginário, e geralmente com coreografias.
Há algumas características que elas têm em comum, como por exemplo a letra. Além de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira. Muitas vezes fala da vida dos animais, usando episódios fictícios, que comparam a realidade humana com a realidade daquela espécie, fazendo com que a atenção da criança fiquepresa à história contada pela música, o que estimula sua imaginação e memória. São os casos das músicas “A barata diz que tem”, “Peixe vivo” e “Sapo Jururu”.
Em outros casos, algum objeto cria vida, ou fala-se de amor que para as crianças é representado principalmente pelo casamento, já que o exemplo mais próximo delas é o dos pais. Há ainda as que retratam alguma história engraçada, divertida para as crianças. Contudo, não podemos deixar de destacar as cantigas que falam de violência ou de medo. Apesar de esse ser um tema da realidade da criança, em algumas cantigas ele parece ser um estímulo à violência ou ao medo. Atualmente algumas canções vêm sendo alteradas por pessoas mais preocupadas com a influência das músicas na mente infantil.
De acordo com Cascudo (1988), autor que se destaca pelo seu brilhante estudo e grande empenho a respeito do assunto, as cantigas de roda têm um caráter constante. "(...) apesar de serem cantadas uma dentro das outras e com as mais curiosas deformações das letras, pela própria inconsciência com que são proferidas pelas bocas infantis." (Ibid., p 676). Elas são transmitidas oralmente abandonadas em cada geração e reerguidas pela outra "numa sucessão ininterrupta de movimento e de canto quase independente da decisão pessoal ou do arbítrio administrativo." (Ibid., p. 146)
As cantigas de roda conhecidas no Brasil, são de extrema importância e fazem parte da nossa cultura. Pode contribuir para o aprendizado das crianças, elas fazem parte do cotidiano das pessoas, nas festas típicas, brincadeiras crenças.
Marcha Soldado
Marcha Soldado
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
 
O quartel pegou fogo
A polícia deu sinal
Acuda acuda acuda
A bandeira nacional.
Atirei o Pau no Gato
Atirei o páu no gato tô tô
Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica cá
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miau !!!!!!
Peixe Vivo
 
Como pode o peixo vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Os pastores desta aldeia
Já me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Já me fazem zombaria
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia.
Escravos de Jó
Escravos de Jó jogavam caxangá
Tira, bota deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue za (bis)
9- Danças Populares
Danças populares são danças inerentes a culturas populares, aos diferentes povos. Isto é, cada cultura desenvolve um aparato sistêmico que a caracteriza de acordo com suas influências de vida passadas de geração em geração. Cada integrante possui a capacidade de contribuir para sua cultura e, consequentemente para sua dança. E assim vão evoluindo, se transformando, se modificando constantemente, de modo que essas danças possam caracterizar fortemente as culturas por esse aspecto. Cada dança carrega em si um reflexo da vida de seus integrantes logo, o que é dançado aponta sentidos implícitos e explícitos sobre suas necessidades, seus anseios, suas perspectivas, seus ideais, suas religiosidades, etc.
Se olharmos para os povos mais antigos, a dança sempre esteve presente em ritos fúnebres, cortejos, celebrações religiosas, comemorações, etc. Assim foram surgindo cada uma a seu tempo e a seu modo as danças populares. Com o tempo, as populações foram crescendo, as culturas foram cada vez mais se misturando e as danças foram sofrendo alterações de acordo com o que cada povo ou cada integrante de cada povo deu àquela dança.
Ao pensar nessa expansão, talvez a dança pudesse ser esquecida ou abandonada, mas na verdade o que se têm são danças completamente modificadas de acordo com essas influências.
A discussão vai além das danças propriamente conhecidas como populares. Ao pensar que mesmo ela sendo considerada erudita ou clássica, ao ser transportada para determinado contexto ou época que não seja a primeira, já seria considerada popular, isto é, feita/executada/modificada por um povo.
Como exemplo, o balé considerado clássico, feito num ambiente popular ou inserido em um contexto que não seja para onde que ele foi especificamente criado, já sofreu alterações. Independente de bom ou ruim, essas alterações não fazem dele “o balé clássico”, mas uma dança popular onde se vê a técnica do balé sendo utilizada majoritariamente.
No Brasil as danças são reflexo da multiplicidade. Tamanha são as influências que, aliadas à grandeza geográfica, originou uma imensa diversidade de povos e suas culturas. Assim, a difusão e mistura dessas culturas através do contato entre esses povos no decorrer do tempo, não só conseguimos classificar como danças populares brasileiras, mas danças populares brasileiras em cada região e estado. Um bom exemplo disso é que devido à colonização, grande incidência de migrações e por ser um ponto central visado no Brasil, a região sudeste concentra em seus estados e até mesmo coexistem e, algumas cidades, grande diversidade de culturas e danças.
Como danças populares podemos citar inúmeras e talvez, essa lista nunca tenha fim. Porém as mais conhecidas no Brasil são: Axé, Bumba meu boi, Cacuriá, A Dança do Carimbó, ciranda, coco, Forró, Danças Gaúchas, Jongo, Maculelê, Maracatu, Xaxado, Quadrilha, entre outras tantas que tempo nos faltaria para citar.
10- Músicas Populares
Música popular é qualquer gênero musical acessível ao público em geral. Distingue-se da música tradicional por ser escrita e comercializada como uma comodidade, sendo a evolução natural da música tradicional, que seria a música de um povo transmitida ao longo das gerações. Como o nome mesmo já diz, é a música do povo.
Música Popular a priori é aquela que utiliza apenas da oralidade para que ocorra, em criação, execução e transmissão. Popularizava-se pelo fazer coletivo, pelo cantar despretensiosamente em ambientes urbanos. A transmissão via oralidade é uma característica marcante do folclore tal qual da música popular.
A música popular instrumental e ou da canção trata de questões cotidianas, representando a ebulição cultural dos centros urbanos – principalmente no continente americano dos séculos XIX e XX. A Música Popular tem como característica a comercialização por objetos fonográficos – fonogramas, discos, LPs, fitas cassete.
Existem vários tipos de música popular. Alguns dos mais conhecidos são o samba e a bossa nova (do Brasil), o rock, o country, o rap, o blues e o jazz (dos Estados Unidos), o reggae (originário da Jamaica), a salsa (especialmente de Cuba e da Colômbia). Mas existem muitas outras formas de música popular no mundo todo.
A música popular se desenvolveu a partir de vários estilos de música religiosa, folclórica e clássica. No século XIX, grupos musicais viajavam levando sua música para um número cada vez maior de pessoas. No final do século XIX e no início do XX, os negros dos Estados Unidos criaram o jazz, gênero musical que logo se tornou famoso no mundo todo. No começo do século XX, foram feitas as primeiras gravações; com isso, as pessoas passaram a ouvir música pelo rádio, sem sair de casa. Geralmente, a música popular é baseada nas músicas tradicionais de cada região. Se esse tipo de música ganha popularidade internacional, fica conhecida como world music (“música do mundo”, ou música étnica). Com a internet, ficou muito mais fácil ter acesso a músicas do mundo inteiro.
No Brasil, a música popular teve vários estilos, conforme a época. Desde os séculos XVI e XVII, antigas canções europeias chamadas cantigas foram se misturando à música africana dos escravos. No final do século XVIII e no início do XIX, dois estilos musicais — a modinha e o lundu (um ritmo de dança) — deram início à música popular no Brasil. Na segunda metade do século XIX, surgiram o maxixe, o choro, a seresta e o samba.
No começo do século XX, com o crescimento do carnaval, aumentou a popularidade do samba e das marchinhas. Artistas como Noel Rosa, Cármen Mirandae Ari Barroso fizeram sucesso com esse gênero. Os anos 1940 e 1950 foram marcados pelos cantores de rádio e pelo estilo musical chamado samba-canção. Foi a época de grande sucesso de cantores como Francisco Alves, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e Cauby Peixoto. A bossa nova surgiu no final da década de 1950 e trouxe novos artistas: João Gilberto, Carlos Lyra, Tom Jobim, Vinícius de Moraes.
Na década de 1950, Tony e Celly Campello fizeram sucesso cantando os rocks americanos com versão em português. No início dos anos 1960, a Jovem Guarda fez grande sucesso junto aos jovens. Esse movimento musical era dinamizado por um programa de televisão de mesmo nome comandado por Roberto Carlos, que, em parceira com Erasmo Carlos, compôs inúmeras músicas inspiradas nos rocks americanos da época. Em meados da década de 1960, surgiram os festivais de música. Muitos dos principais artistas formaram um movimento chamado Música Popular Brasileira (ou MPB), que obteve muito sucesso. Entre os maiores representantes desse estilo estão Elis Regina, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Edu Lobo e Milton Nascimento. A MPB continua influenciando os artistas atuais, embora outros estilos de música popular façam sucesso, como o sertanejo.
11-Festas Populares
Uma festa popular pode ser definida como uma manifestação popular, cuja intensidade ultrapasse os limites de uma atividade festiva individual, abrangendo a coletividade em festas realizadas em diversos países com manifestações diferentes.
São muitas manifestações realizadas e baseadas em fatos e atos populares normalmente incentivadas pelo governo e até mesmo oficializadas, pois grande parte delas homenageia fatos marcantes do país, do estado ou da região.
A principal característica dessas festas é a demonstração dos aspectos culturais de uma região com a participação de um número maior de pessoas. Acontecem ao ar livre, nas ruas, praças ou estádios, envolvendo muitas vezes uma cidade inteira. São marcadas também pela demonstração das tradições regionais, rituais religiosos, comidas, músicas, danças e roupas típicas. Como nestas festas há muita diversidade e riqueza de cultural, vale a pena conhecer algumas delas!
Exemplos de festas nacionais e regionais
· Dia da bandeira - Patriótica incentivada pelos governos, na forma de um ato de louvar a bandeira.
· Dia da independência - Uma manifestação nacional, conduzida ao rumo nacionalista com fulcro na liberdade de ação.
· Dia ou evento comemorativo - Mais para comemorar uma data importante a nível qual quer por exemplo dia do contador no Brasil.
· Dia de Reis -
São as comemoradas por todas as nações signatárias da ONU ou outro organismo internacional, cuja relevância seja considerável.
Exemplos de festas e comemorações internacional
· Dia da confraternização Universal - Comemorada todo dia 1 de Janeiro de cada ano.
· Dia do refugiado - Seu dia foi estabelecido a todo dia 20 do mês de Junho de cada ano, a ser livremente comemorado em cada país conforme legislação local, pelo ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - Este organiza uma série de eventos sobre o tema durante uma semana.
· Dia da independência - Conhecido como Independence day, é comemorado todo dia 4 de julho nos Estados Unidos da América.
O Brasil, sem dúvida é campeão na organização de festas populares! Como tem uma área territorial extensa e cada região apresenta características diferenciadas, há muito que festejar! Veja só:
Bumba-meu-Boi ou Boi-Bumbá: é a festa mais popular no estado do Maranhão. Acontece entre os meses de junho e julho e leva pessoas de todas as idades para a rua. Essa festa é tradicional desde o Séc. XVIII e, conforme conta a lenda, tudo começou quando um escravo chamado Pai Francisco teve que ressuscitar o boi mais bonito que tinha sido morto, por ele mesmo, para satisfazer o desejo de sua esposa que estava grávida. Isso rendeu muitos problemas para ele porque o boi era de seu patrão. Essa história virou brincadeira e depois se transformou em uma festa tão famosa que pessoas de todos os cantos para participar. Saiba mais sobre essa festa aqui.
Festa do Divino: é uma festa relacionada à igreja católica que acontece em várias regiões do Brasil, sendo as características são diferentes de uma região para a outra. Esta festa é realizada no domingo de Pentecostes, que é a simbologia da igreja que representa a descida do Espírito Santo nos apóstolos de Jesus. Fazem parte da festa as missas católicas, procissões, novenas e shows com fogos de artifício. O símbolo dessa festa é a pomba branca, que representa o Espírito Santo.
Cavalhada: esta festa tem características trazidas da Europa, e inclui apresentação de cavalos, corridas de cavaleiros, jogos e brincadeiras diversas. É uma festa característica dos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás.
Festa de Paritins: é uma festa folclórica realizada todos os anos no último fim de semana de junho na cidade de Parintins, Amazonas. O motivo da festa é a apresentação de duas associações (ou grupos): o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. Existe até um Bumbódromo especial para essa festa que chega a ter 35 mil espectadores. São três noites de apresentação em que os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações. O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local. Essa festa ocorre desde 1965. Conheça mais sobre essa festa seguindo por aqui.
Festas Juninas: ocorrem praticamente em todo país no mês de junho. São caracterizadas por danças, comidas típicas, bandeirinhas, barracas com jogos, etc. Geralmente tem início no dia 12 de Junho, véspera do dia de Santo Antônio e encerra no dia 29, dia de São Pedro. O ponto mais elevado da festa ocorre nos dias 23 e 24, o dia de São João. Durante os festejos acontecem quadrilhas, forrós, leilões, bingos e casamentos caipiras. Essa tradição de comemorar o dia de São João veio de Portugal, onde as festas são conhecidas pelo nome de santos populares. Na região Nordeste essas festas são bem animadas! Muitos dizem que não perdem nem para o Carnaval.
Carnaval: não dá para esquecer dessa festa que é muito, mais muito popular mesmo no Brasil. Há Carnaval em várias partes do mundo, mas muitos dizem que nenhum ganha do nosso! Ele tem origem nas celebrações da colheita dos povos da Antiguidade. Chegou até o Brasil através dos portugueses e aqui chegou para ficar, pois combina com o ritmo alegre e festeiro dos brasileiros. Há muito que conhecer sobre o Carnaval.
Folia de Reis: ocorre em várias cidades do país, mas as de Sabará, Minas Gerais e Parati (Rio de Janeiro) são as mais conhecidas. Durante os dias entre o Natal e o Dia de Reis (6 de janeiro), grupos de músicos andam pelas ruas da cidade, cantando canções que fazem referência à viagem dos reis magos em direção a Belém.
12-Comidas Típicas
A culinária do Brasil é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, indígenas e africanos. Muitos dos componentes das receitas e técnicas de preparo são de origem indígena, tendo sofrido modificações por parte dos portugueses e dos escravos oriundos da África. Esses faziam adaptações dos seus pratos típicos substituindo os ingredientes que faltassem por correspondentes locais. A feijoada à brasileira, prato típico do país, é um exemplo disso.[2] Os escravos trazidos ao Brasil desde meados do século XVI somaram à culinária nacional elementos como o azeite de dendê e o cuscuz. E as levas de imigrantes recebidas pelo país entre os séculos XIX e XX, vindos em grande número da Europa, trouxeram algumas novidades ao cardápio nacional e concomitantemente fortaleceram o consumo de diversos ingredientes.
A culinária brasileira é rica, saborosa e diversificada. Cada um dos estados brasileiros tem seus pratos típicos, preparados de acordo com antigas tradições, que são transmitidas a cada geração. O significado da comida ultrapassa o simples ato de alimentar-se. São muitas as tradições que consideram ahora da refeição como semissagrada, de silêncio, compostura e de severidade. Manda-se respeitar a mesa e, no interior, não se comia trazendo armas, chapéu na cabeça ou então sem camisa. Comer junto é aliar-se: a palavra "companheiro" vem do latim "cum panis", de quem compartilha o pão.
A alimentação diária, feita em três refeições, envolve o consumo de café com leite, pão, frutas, bolos e doces no café da manhã, feijão com arroz no almoço — refeição básica do brasileiro, aos quais são somados, por vezes, o macarrão, a carne, a salada e a batata — e, no jantar, sopas e também as várias comidas regionais.
As culinárias regionais mais visíveis pertencem aos estados de Minas Gerais e Bahia, sendo a culinária mineira marcada pela influência europeia em iguarias e laticínios como o feijão tropeiro (também um prato da cozinha paulista), o pão de queijo (que equivale à chipa paraguaia, diferindo no formato) e o queijo de minas frescal, e a culinária baiana pela presença de quitutes africanos como o acarajé, o abará e o vatapá. Já a culinária de Pernambuco destaca-se pela chamada "doçaria pernambucana", ou seja, os doces desenvolvidos durante os períodos colonial e imperial nos seus engenhos de açúcar como o bolo de rolo, o bolo Souza Leão e a cartola, e também pelas bebidas e iguarias salgadas descobertas ou provavelmente originadas no estado a exemplo da cachaça, do beiju e da feijoada à brasileira.
Comidas típicas Brasileiras
Churrasco
Não há churrasco igual ao feito no Rio Grande do Sul – pelo menos segundo os gaúchos. Os mais tradicionalistas abominam rodízio (ou espeto corrido) e torcem o nariz para bufê de salada. Para eles, a farinha de mandioca é a melhor companhia para a carne. Também não têm interesse pelo filé-mignon - suas preferências são a costela e a picanha. Muitas churrascarias de Porto Alegre servem, à la carte, carnes de boi, porco, carneiro e galeto no espeto, temperadas só com sal grosso, que impede o ressecamento e garante sabor e maciez.
Feijoada
 Presente em cardápios de todo o país e famosa até no exterior, ela faz jus ao título de prato nacional. Embora existam muitas versões da receita, prevalece a servida na cidade do Rio de Janeiro, onde surgiu o primeiro registro do termo "feijoada". Na panela, acrescido de carne-seca, paio, linguiça, lombo, costela, pé, orelha e rabo de porco, o feijão-preto rende um saboroso e consistente caldo, servido com arroz, laranja, torresmo e couve (em diversos lugares, também com linguiça frita e banana à milanesa). Antes de ir para o fogão, as carnes precisam ser dessalgadas, processo que deve começar pelo menos um dia antes do cozimento
Carne de sol
É um banquete de carne de sol inclui sempre feijão-verde, macaxeira, farofa d'água, pirão de leite e vinagrete. Mas não se deixe enganar pelo nome do ingrediente principal: a carne salgada descansa previamente na geladeira ou em câmara fria, e não no sol, que a deixaria mais dura e desidratada, originando a famosa carne-seca. Extraída de coxão mole ou duro, a peça é assada na grelha ou frita na manteiga de garrafa. 
 Tucupi
Principal ingrediente da cozinha do Pará, o tucupi é extraído do suco da raiz da mandioca-brava, que precisa ser fervido demoradamente para perder o venenoso ácido cianídrico. No último estágio adicionam-se chicória, alfavaca e sal. É no equilíbrio entre esses temperos e o tempo de fervura que se obtém o líquido fundamental na receita do pato no tucupi. No tacacá, um caldo inspirado na culinária indígena, o tucupi dá um toque na combinação entre goma de mandioca, camarão seco, pimenta-de-cheiro e jambu 
Acarajé
Chamado de acará na língua iorubá, o bolinho de feijão-fradinho, frito em azeite de dendê, é recheado com vatapá, camarão seco e vinagrete. Paladares desacostumados devem responder "Não" à pergunta "Com pimenta?", repetida pelas baianas nas barracas de Salvador. As melhores ficam no Farol da Barra, e costumam aparecer por lá à noitinha.
13 – Artesanato
Artesanato é o próprio trabalho manual, utilizando-se de matéria-prima natural, ou produção de um artesão (de artesão + ato). Mas com a mecanização da indústria o artesão é identificado como aquele que produz objetos pertencentes a chamada cultura popular. O artesanato é tradicionalmente a produção na qual o produtor possui os meios de produção e trabalha com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento; ou seja, não havendo divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto.
O artesanato é uma técnica manual utilizada para produzir objetos feitos a partir de matéria-prima natural. Normalmente, os artesanatos são fabricados por famílias, dentro de sua própria casa ou em uma pequena oficina. Tal técnica é praticada desde o período antigo, denominado Neolítico, quando poliam pedras para fabricar armas e objetos de caça e pesca, cerâmica para guardar alimentos e tecelagem para fabricar redes, roupas e colchas.
O artesanato é reconhecido em áreas como a de bijuterias, bordados, cerâmica, vidro, gesso, mosaicos, pinturas, velas, sabonetes, saches, caixas variadas, reciclagem, patchwork, metais, brinquedos, arranjos, apliques, além de várias técnicas distintas utilizadas para a fabricação de peças.
O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região. Os índios são os mais antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário feitos com penas e plumas de aves.
Tipos de Artesanatos Brasileiros
Cerâmica e bonecos de barro:
É a arte popular e de artesanato mais desenvolvidas no Brasil e desenvolveu-se em regiões propícias à extração de sua matéria prima - o barro. Nas feiras e mercados do Nordeste, se encontram os bonecos de barro, reconstituindo figuras típicas da região, como os cangaceiros, retirantes, vendedores, músicos e rendeiras.
Entalhe de madeira:
É uma manifestação cultural muito utilizada pelos índios nas suas construções de armas, utensílios, embarcações, instrumentos musicais, máscaras e bonecos. Os artesanatos em madeira produzem objetos diversificados com motivos da natureza, do universo humano e a fantasia. Exemplos disso são as carrancas, ou cabeças-de-proa, os utensílios como cocho, pilão, gamelas e móveis simples e rústicos, os engenhos, moendas, tonéis, carroças e o maior produto artesanal em madeira - contando com poucas partes de metal - são os carros de bois.
Cestas feitas com Vime
A arte de trançar fibras, deixada pelos índios, inclui esteiras, redes, balaios, chapéus, peneiras e outros. Quanto à decoração, os objetos de trançados possuem uma imensa variedade, explorada através de formas geométricas, espessuras diferentes, corantes e outros materiais. Esse tipo de artesanato pode-se encontrar espalhados em diversas regiões do Norte e Nordeste do Brasil como, na Bahia, Mato Grosso, Maranhão, Pará e o Amazonas.
Artesanato indígena:
Cada povo indígena tem seu próprio artesanato. Em geral, a tinta usada pelas tribos é uma tinta natural, proveniente de árvores ou frutos. Os adornos e a arte plumária são outro importante trabalho indígena. A grande maioria das tribos desenvolvem a cerâmica e a cestaria. E como passatempo ou em rituais sagrados, os índios desenvolveram flautas e chocalhos.
14 – Ervas medicinais
As plantas medicinais são aquelas que apresentam ação farmacológica, ou seja, ajudam na cura ou tratamento de várias doenças. O uso de plantas como medicamento é provavelmente tão antigo quanto o aparecimento do próprio homem. A preocupação com a cura de doenças sempre se fez presente ao longo da história da humanidade.
Bem antes do surgimento da escrita, o homem já utilizava ervas para fins alimentares e medicinais. Buscando as espécies vegetais mais apropriadas para sua alimentação ou para cura de seus males,nossos ancestrais foram descobrindo as que serviam para se alimentar, se medicar, as que eram venenosas e as que causavam efeitos alucinógenos.
Um tratado médico datado de 3.700 a C., escrito pelo imperador chinês Shen Wung, é um dos mais antigos documentos conhecidos sobre as propriedades medicinais das plantas. Os egípcios, 1.500 a. C. já utilizavam ervas aromáticas na medicina, na culinária e, principalmente, em suas técnicas para embalsamar os mortos. Os sumérios da Mesopotâmia possuíam receitas valiosas, que só eram conhecidas por sábios e feiticeiros. Na Índia, aproximadamente no ano 1.000 a. C., o uso de ervas era bastante difundido.
Durante a Idade Média, o cultivo das ervas utilizadas como alimentos, bebidas e remédios, ficou a cargo dos monges, que as plantavam ao redor dos mosteiros e igrejas.
No Brasil, o conhecimento das propriedades de plantas medicinais é uma das maiores riquezas da cultura indígena, uma sabedoria tradicional que passa de geração em geração. O índio tem um conhecimento profundo da flora medicinal, retirando dela os mais diversos remédios, usados de diferentes formas. Suas práticas curativas e preventivas estão relacionadas com o modo como ele percebe a doença e suas causas, sendo realizadas pelo pajé em rituais cheios de elementos mágicos e místicos.
Existe uma grande quantidade de espécies em todo o mundo e a Amazônia abriga 50% da biodiversidade do Planeta. De acordo com dados de instituições de pesquisas da região, cerca de cinco mil, dentre as 25 mil espécies amazônicas, já foram catalogadas e suas propriedades terapêuticas estudadas.
As plantas medicinais podem ser adquiridas em mercados públicos, lojas de ervas, podem ser colhidas no campo ou cultivadas em jardins, hortas, e até em vasos.
As plantas medicinais são utilizadas para os mais diferentes efeitos, entre os quais podem ser destacados: o anticatarral (inibe a formação de catarro); o antiespasmódico (evita ou alivia as contrações musculares dolorosas); antiflatulento (elimina os gases intestinais); antirreumático (combate o reumatismo); antitussígeno: (inibe a tosse); diurético (auxilia a eliminação de líquidos pelos rins); emético (provoca vômito); expectorante (elimina a mucosidade do aparelho respiratório); hemostático (estanca hemorragias); laxante (solta os intestinos); obstipante (prende os intestinos).Não podemos esquecer dos famosos chás da vovó que nos faz nos sentir muito melhor.
 
 
 
15 – Poemas
O poema é um gênero textual relacionado com os gêneros literários. É impossível dissociar o poema da literatura, arte que tem a palavra como matéria-prima. Na literatura não há compromisso com a objetividade, tampouco com a sintaxe ou com a semântica. A palavra pode ser lapidada, dissecada, subvertida de acordo com as vontades de quem escreve o poema para assim atingir seu principal fim: impressionar o leitor e nele despertar diferentes sensações. Poema é um gênero textual dividido em estrofes e versos. Cada estrofe é constituída por versos (não tendo um número exato). Introduzidos pelo sentido das frases - e mais raramente em conversa - em que a poesia, forma de expressão estética através da língua, geralmente se manifesta. Além dos versos, não obrigatoriamente, fazem parte da estrutura do poema as estrofes , a rima e a métrica. Poema é um texto literário escrito em versos, que são distribuídos em estrofes. Esses versos podem ser regulares, brancos ou livres. Se for composto por versos regulares, esse texto poderá apresentar diversos tipos de rimas. Também pode ser narrativo, dramático ou lírico. Com relação às diferenças entre poema e poesia, o poema se refere a uma estrutura textual, enquanto a poesia está relacionada ao conteúdo do texto.

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