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Prévia do material em texto

5oanoano
Ensino Fundam
ental
Maria Eduarda Noronha
Maria Luíza Soares
História
5o
SSE_Historia_5A_1UN.indd 1 23/01/2018 15:26:50
ISBN Aluno: 978-85-7797-682-9
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Impresso no Brasil
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos 
das fotos, das ilustrações e dos textos contidos neste livro. A Distribuido-
ra de Edições Pedagógicas pede desculpas se houve alguma omissão 
e, em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.
As palavras que estão destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram modifica-
ções com o novo Acordo Ortográfico.
N852s Noronha, Maria Eduarda, 1957-
 Sucesso sistema de ensino : história : 5º ano :
 ensino fundamental / Maria Eduarda Noronha, Maria Luíza
 Soares ; ilustrações Cayo Ogam ... [et al.]. – 4. ed. – 
 Recife : Edições Pedagógicas, 2018.
 256p. : il.
 1. HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL.
 2. ORGANIZAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA BRASILEIRA.
 3. BRASIL – HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL.
 I. Soares, Maria Luíza, 1960-. II. Ogam, Cayo, 1985-.
 III. Título.
 CDU 93
PeR – BPE CDD 900
História
5o ano 
Ensino Fundamental
Maria Eduarda Noronha
Maria Luíza Soares
Editoras
Isabela Nóbrega
Márcia Regina Silva
Revisão de texto
Consultexto
www.consultexto.com.br
Direção de arte
Wilton Carvalho
Editoração eletrônica
Alexsandro J. Santana
Danielle Vilela
Ligia Barros
Roseane R. Nascimento
Capa e projeto gráfico
Ewerton Heráclio
Ilustrações
Cayo Ogam
Edvaldo André
Gabriel Reis
Coordenação editorial
Distribuidora de Edições Pedagógicas Ltda.
Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha
Recife – Pernambuco – CEP: 50760-310
Fone: (81) 3205-3333
CNPJ: 09.960.790/0001-21 – IE: 0016094-67
4a Edição 2016
1a Reeimpressão da 4a Edição
O conteúdo deste livro está adequado à proposta 
da BNCC, conforme a Resolução nº 2, de 22 de 
dezembro de 2017, do Ministério da Educação.
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Apresentação
Querida criança,
O estudo da História nos leva a um maior conhecimento acerca do mun-
do em que vivemos e de todo o percurso histórico da vida das pessoas 
que povoam nossa Terra. Este livro, organizado com muita dedicação, lhe 
possibilitará a ampliação dos seus conhecimentos, aprofundando temas 
relevantes para sua formação.
Todo o conteúdo e atividades propostas levarão você a esse desabrochar 
no horizonte do saber. Dentre os assuntos indicados podemos destacar os 
períodos da história de formação do Brasil, as navegações portuguesas, 
expedições e capitanias hereditárias, bem como a descoberta das riquezas 
presente em nosso solo, conhecendo a evolução da história do nosso país 
e os povos que contribuíram para a sua formação e desenvolvimento eco-
nômico, além da forma de governo, com as mudanças ocorridas até hoje.
Por isso, aproveite todas as oportunidades que lhe serão proporcionadas 
para estudar e aprender coisas maravilhosas e interessantes, fazendo a 
sua parte para que o mundo seja mais bonito e feliz e sua vida seja sempre 
marcada pelo sucesso.
Um grande abraço!
As autoras
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Sumário
5
6 
15 
22 
23 
29 
36 
36 
42 
46 
54 
58 
62 
67 
70 
76 
82 
86
91
92 
92 
98 
99 
101 
102 
105 
111 
113 
115 
121
122
123 
128 
135 
142 
147 
155
156 
165 
172 
177 
179 
187 
187
195
196 
199 
205 
208 
215 
217 
217
223 
224
224 
227 
231 
237 
241 
241
243
245 
249 
Unidade 1
Pré-história
A importância da História
A contagem do tempo
Identificando os séculos
Os sujeitos da História
Brasil colônia (1500 – 1822)
A chegada dos portugueses ao Brasil
O Tratado de Tordesilhas
Primeiros brasileiros: os indígenas
Cultura indígena
Música e dança indígenas
Religião indígena
Literatura indígena
Cultura africana
Música e dança africanas
Religião africana
Literatura africana
Unidade 2
Patrimônio histórico
Tipos de patrimônio
Cidadania
Conquistas da cidadania
A conquista dos direitos
A Constituição
Formas de organização
O nascimento do Estado
Estado e Nação
A centralização do poder
Primeiras expedições
Expedições exploradoras
Expedição colonizadora
Capitanias hereditárias
Governo-geral
Invasões francesas no Brasil
O domínio espanhol e as invasões holandesas
Unidade 3
Entradas, Bandeiras e Monções
A descoberta do ouro e as revoltas nativistas
Inconfidência Mineira
Conjuração Baiana
A vinda da família real para o Brasil
Brasil império
Independência do Brasil
O Primeiro Reinado (1822 – 1831)
A Assembleia Constituinte
A Confederação do Equador
Período Regencial (1831 – 1840)
Revoltas do Período Regencial
O Segundo Reinado (1840 – 1889)
Guerra do Paraguai
Abolição da escravatura
Unidade 4
Brasil República
Proclamação da República
Símbolos da República
República Velha ou Primeira República (1889 – 1930)
Declínio da República Velha
A República Nova (1930 – 1985)
A Era Vargas (1930 – 1945)
A Era do populismo (1945 – 1964)
A Ditadura Militar (1964 – 1985)
Nova República (1985 aos dias atuais)
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Caçadores e coletores dominam o fogo
Atualmente, o nosso planeta — a Terra 
— tem quase toda a sua superfície habi-
tada por pessoas com diferentes costu-
mes, tradições, culturas, etc.
Cada povo tem a sua história social. 
Essas histórias foram contadas com o 
passar do tempo, e, por meio delas, é possível 
diferenciar o tempo histórico que marca cada 
período.
Mediante estudos arqueológicos, podem-se 
desvendar os primeiros fatos desses períodos.
A Pré-história corresponde ao período ante-
rior ao da invenção da escrita. Naquele período, os homens eram nômades, isto é, 
não tinham moradia fixa e se abrigavam, eventualmente, em cavernas (em momen-
tos de frio, à noite, etc.), vestiam-se com peles de animais, caçavam, pescavam e 
coletavam frutos.
No começo de sua jornada, o ser huma-
no se abrigava em cavernas naturais, usava 
instrumentos de madeira, de osso e princi-
palmente de pedra. Esculpia esses utensílios 
batendo pedras nos materiais até obter os ob-
jetos que desejavam, como lanças, arpões e 
cabeças de machado. Essas ferramentas, por 
sua vez, serviam para cortar frutos das árvo-
res e abater animais (para extrair a carne, para 
se alimentar, e a pele, para se agasalhar).
Esteban de Armas / Shutterstock.com
Esteban de Armas / Shutterstock.com
PRÉ-HISTÓRIA
1
6
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O sedentarismo
Os primeiros grandes povos
O desenvolvimento dos metais
O fogo ajudou a atingir uma estabilidade que o homem jamais tivera até 
então. Mas uma conquista divisora de águas foi o desenvolvimento de no-
vas formas de conseguir alimentos: a agricultura e o pastoreio, que possi-
bilitaram o fim do nomadismo.
Uma teoria bastante aceita é a de que o homem, pela observação, apren-
deu que sementes que se infiltravam no solo germinavam e viravam plan-
tas que davam frutos, resolvendo, então, reproduzir essa façanha. En-
quanto isso, também começou a perceber que é mais fácil juntar e procriar 
animais para consumo próprio do que se aventurar na natureza à procura 
de caça. Com isso, a necessidade de se mudar de tempos em tempos de 
região foi deixada de lado. O homem passaria a se fixar em um único local. 
Essa fixação territorial chamamos de sedentarismo.
Com a manipulação do fogo, o sedentarismo e as ferramentas de metal, 
houve condições para as pequenas aldeias se desenvolverem em grupos 
cada vez maiores de pessoas habitando a mesma comunidade, transfor-
mando-a numa cidade. Registros apontam que a região da Mesopotâmia 
(entre o nordeste da África e o Oriente Médio) foi a primeira a desenvolver 
grandes cidades, graças à sua localização entre vários rios e terrasférteis. 
Chama-se essa região de Crescente Fértil, por sua semelhança com a Lua 
na fase quarto crescente.
Com o desenvolvimento de práticas mais eficazes de agricultura e criação 
de animais, os grupos de pessoas foram crescendo de forma que peque-
nos bandos nômades, perderam espaço para as primeiras comunidades 
fixas: as aldeias. Essa estabilidade e a vida comunitária permitiriam que 
alguns povos descobrissem que podiam usar o fogo para moldar os metais 
e, com eles, desenvolver utensílios e enfeites diversos, além de armas, 
usadas tanto na caça como no combate contra outros povos.
Esse modo de vida permaneceu o mesmo até o momento em que a hu-
manidade descobriu como manipular o fogo. A partir dessas descobertas, 
a vida dos seres humanos mudou bastante: podiam se aquecer durante a 
noite sem depender apenas de agasalhos de pele, ter luz quando quises-
sem, assustar predadores (que podiam invadir suas cavernas) e cozinhar 
a carne, que se tornava mais saborosa.
7
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O desenvolvimento do comércio e do dinheiro
Com a criação das ferramentas, foi possível se desenvolver trabalhos 
cada vez mais avançados. De início, para ter as coisas que desejavam, 
as pessoas se valiam de trocas, normalmente trocavam o que sabiam 
produzir pelo que queriam obter. 
Essa prática, à qual se deu o nome de escambo, com o tempo, de-
monstrou ser, às vezes, impraticável. Para adquirir algum bem, a pessoa 
precisava primeiro encontrar alguém que tivesse tal bem e, ao mesmo 
tempo, quisesse adquirir o bem que estava sendo dado em troca. A so-
lução para essa falta de praticidade veio na forma do comerciante: per-
sonagem que deixaria de lado a produção de bens para trabalhar como 
intermediário nas trocas de mercadorias.
Mais adiante, iria se desenvolver uma forma de evitar a necessidade de 
toda negociação ser uma troca de bens: o dinheiro. Representado por um 
pedaço de determinado metal precioso, essa invenção iria dar às merca-
dorias um valor que, apesar de subjetivo dentro da comunidade, seria fixo. 
Por exemplo, dez ovos de galinha valeriam uma peça de dinheiro, enquan-
to uma galinha que produz ovos valeria cinco peças de dinheiro.
8
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Em Pernambuco, descobriram-se várias ca-
vernas que formam um sítio arqueológico. 
Nessas cavernas, os pesquisadores des-
cobriram as pinturas e os objetos deixados 
pelos povos primitivos da região, principal-
mente no Vale do Catimbau, que abrange os 
municípios pernambucanos de Buíque, Ina-
já, Tupanatinga e Ibimirim. Os homens das 
cavernas também faziam esculturas de ma-
deira, ossos e pedras. Os cientistas estuda-
ram esses objetos e pinturas e descobriram 
como viviam aqueles povos antigos.
No Período Paleolítico, depois da des-
coberta do fogo, o homem modificou o 
ambiente, espalhou-se pelo mundo e 
impôs seu domínio sobre os animais. No 
Período Neolítico, já sabendo plantar, 
passou a cultivar a terra, a se agrupar 
em comunidades e a comercializar o que 
produzia. Também começou a criar gado, 
a armazenar os cereais, a construir ca-
sas e a tecer suas roupas. Surgiram as 
aldeias e vilas. Posteriormente, na Ida-
de dos Metais, com o aumento da pro-
dução, surgiram as primeiras cidades e, 
com elas, o comércio de materiais e de 
objetos de artesanato.
Os homens das cavernas faziam bonitas 
figuras em suas paredes, representan-
do os animais e as pessoas da época, 
com cenas de caças e rituais religiosos, 
as chamadas pinturas rupestres. As re-
giões onde são encontrados os traços 
desses homens se chamam sítios ar-
queológicos. O maior sítio arqueológico 
do Brasil fica na Serra da Capivara, no 
Estado do Piauí. Photology1971 / Shutterstock.com
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9
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Qual grande fato contribuiu para os seres humanos pararem de ser 
nômades?
Complete a frase corretamente:
Marque a alternativa correta sobre a criação da agricultura.
Qual foi o nome que se deu ao processo de fixação territorial do ser 
humano?
1
2
3
4
Com a descoberta da manipulação do fogo, a vida dos seres humanos 
mudou bastante: agora podiam se aquecer durante a noite, sem 
depender apenas de agasalhos de pele , ter luz quan-
do quisessem, assustar predadores (que podiam invadir suas
 cavernas ) e cozinhar a carne , que se
 tornava mais saborosa .
A descoberta da manipulação do fogo e o desenvolvimento da agricultu-
ra e o pastoreio.
O homem percebeu que os animais comiam plantas.
O homem percebeu que poderia vender os animais e comprar se-
mentes.
O homem percebeu, pela observação, que sementes devem ser 
extraídas dos animais que caçam.
O homem, pela observação, aprendeu que sementes que se infil-
travam no solo germinavam e viravam plantas que davam frutos.
X
 Secessão
 Sediamento
 Secreção
 Sedimentação
X Sedentarismo
Atividades
10
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Marque, com um x, a alternativa correta.
Numere corretamente a ordem dos fatos.
5
6
O desenvolvimento da agricultura e a criação de animais permitiu ao 
ser humano voltar a ser nômade.
O desenvolvimento da agricultura e a criação de animais permitiu ao 
ser humano se fixar em um único lugar.
X
A vida comunitária permitiu a alguns povos descobrirem que podiam 
guerrear uns com os outros.
3
 O Homem usa o fogo para forjar 
 os metais.
2
 O Homem descobre que pode 
 plantar o próprio alimento.
5
 A humanidade usa o dinheiro 
 para dinamizar as relações de
 comércio.
4
 O homem realiza trocas para 
 conseguir os objetos que deseja.
1
 O homem descobre que pode 
 manipular o fogo.
11
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a. Os homens da imagem são chamados de pré-históricos / homens das 
cavernas .
b. Eles estão vestindo roupas feitas com peles de animais 
 . 
c. Eles faziam fogueiras para se aquecer e espantar 
os animais predadores.
O fogo e o uso da pedra e do metal para fazer ferramentas.
Era usado para se aquecer e afugentar os animais predadores.
Observe a imagem e complete as frases.
Quais foram as grandes descobertas do homem primitivo?
Qual era a utilidade do fogo para o homem das cavernas?
7
8
9
12
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Resposta pessoal
Qual das imagens abaixo retrata uma pintura rupestre, feita pelos nossos 
ancestrais? Marque com um x.
Observe as imagens.
10
11
Agora, explique a semelhança e as diferenças existentes entre as duas 
pessoas.
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13
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a. O que a imagem representa?
b. Em que locais, em geral, são encontrados esses desenhos?
c. Como podemos classificar essa imagem?
a. No início, os homens das cavernas eram nômades , pois não 
se fixavam num só lugar.
b. Com a descoberta do fogo e dos instrumentos , 
passaram a cultivar, agrupar-se e comercializar o que produziam.
c. A comunicação era realizada por meio de figuras desenhadas nas 
paredes das cavernas, chamadas de pinturas rupestres .
Representa desenhos pré-históricos.
São encontrados em paredes de cavernas.
Sabemos que a comunicação na Pré-história era realizada de forma di-
ferente da dos dias atuais. Observe a imagem e responda.
Complete as frases de acordo com as informações sobre o desenvolvi-
mento do homem.
12
13
Podemos classificar de pintura rupestre.
14
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A IMPORTÂNCIA 
DA HISTÓRIA
2
“Caixinha de guardar o tempo”
Sofia percebeu o tempo antes que o tempo lhe tivesse feito falta. Tinha 
todo o tempo para correr, brincar, ver tudo que poderia fazer, tudo quequeria bordar, a infância em realidades e fantasias.
A saudade do tempo vivido se misturava aos dias que ainda viriam. Algumas 
vezes, doía fundo no peito, quase não cabia dentro do coração: saudades do 
que já não existia no mundo, mas nunca deixaria de existir no desejo.
“... tempo, tempo, tempo, tempo, vou lhe fazer um pedido...”
Saudades dos que já se foram, saudades dos que ainda não vieram... 
Sofrer de saudades constantes é mal percebido nos corações sensíveis à 
vida, às partilhas e aos descobrimentos.
Para dar conta de tanta saudade, Sofia inventou uma caixinha para guar-
dar o tempo que melhor vivia e descobriu, nas lembranças guardadas, que 
era possível resgatar o tempo passado.
Penélope Martins
15
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Os objetos, as roupas, os lugares e até as 
pessoas mudam com o passar do tempo. 
Quando olhamos nossas fotografias e as 
dos nossos familiares e amigos, percebemos 
que algumas mudanças ocorreram. Também 
observamos essas mudanças quando 
assistimos a um vídeo, ouvimos ou lemos 
um depoimento, isto é, as lembranças que 
as pessoas guardam na memória. Por meio 
das fotografias, podemos registrar fatos 
importantes da nossa vida.
“... tempo, tempo, tempo, tempo, entro num acordo contigo...”
“... por seres tão inventivo e pareceres contínuo, tempo, tempo, 
tempo, tempo, és um dos deuses mais lindos...”
Lembro-me de um dia ter encontrado, dentro da minha bolsa, um peda-
cinho de lã. Era um restinho que minha avó havia cortado do novelo e 
que ficou lá, esquecido e guardado. As saudades apertaram. Deixei o fio 
de lã no mesmo lugar como um pedacinho de tempo. Assim colecionei o 
dia, como a pequena Sofia...
Bilhetes recebidos, retalhos, desenhos, conchinhas da praia, pedras, até 
mesmo a pluma de um pássaro encontrada no passeio. Lembranças 
para fazer valer os dias.
Sofia guardou o tempo, e o tempo passou até para ela. Chegou o tempo 
de contar aos filhos o que ela sabia, o tempo de recontar aos netos algu-
mas histórias, o tempo de ver brincar os bisnetos e aprender com eles.
Poesias, fotografias, rendas, flores secas, sonhos que nunca adormeciam.
Na caixinha de guardar o tempo, Sofia estendia sua mão com seu cora-
ção dentro dela; dos dias vividos, carinhos floresciam na caixinha.
Criado em 05/08/13 11:48 e atualizado em 05/08/13 14h22 Por Penélope Martins Fonte: Toda 
hora tem história.
NataSnow / Shutterstock.com
16
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Leia o depoimento de um indígena sobre como foi o encontro dos portu-
gueses com a nação tupiniquim.
CIMI — Conselho Indigenista Missionário. História dos povos indígenas — 500 anos de luta 
no Brasil. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1987.
Os portugueses chegaram a uma praia que hoje se chama Bahia.
Essa praia era terra da nação tupiniquim.
Fazia muito tempo que os indígenas tupiniquins moravam naquela terra!
Fazia muito tempo que os indígenas tupiniquins plantavam naquela terra!
Mas os portugueses não respeitaram o direito da nação tupiniquim.
Os portugueses puseram um marco de pedra na terra tupiniquim.
Puseram um marco com o sinal do rei de Portugal.
Puseram um marco com cruz. Cruz da religião do povo de Portugal.
Puseram um marco para dizer que aquela terra era do rei de Portugal.
[...]
Todos os indígenas que moravam ali foram espiar os portugueses chega-
rem.
Viram os portugueses rezarem a missa e não reclamaram...
Os indígenas tupiniquins não sabiam o que os portugueses queriam.
[...]
Antes de os portugueses chegarem, cada lugar da nossa terra tinha um 
nome.
Os rios já tinham nome.
Os morros já tinham nome.
As lagoas já tinham nome.
Mas logo os portugueses mudaram o nome de tudo.
O lugar onde eles encostaram as caravelas, eles chamaram de Porto Seguro.
Vadim Sadovski / Shutterstock.
com
17
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Esse é um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha sobre a chegada 
ao Brasil, o documento mais antigo da literatura brasileira. O original se 
encontra no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa.
Glossário
Molestar: machucar.
Estorvar: impedir, embaraçar a realização ou o desenvolvimento de 
algo. (Ou seja, o osso que traziam no beiço não os machucava nem os 
impedia de falar.)
Fartéis: variedade de doce feito com uma massa fina.
Agora, leia o relato desse encontro escrito pelo português Pero Vaz de 
Caminha, que era o responsável por registrar todos os acontecimentos 
da viagem.
[...] e tomou dois daqueles homens da terra [...]. Um deles trazia um arco e 
seis ou sete setas; e na praia andavam muitos com seus arcos e setas [...].
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos 
e narizes, benfeitos. Andam nus, sem cobertura nenhuma. [...] e nisso têm 
tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de bai-
xo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros [...] ali encai-
xado de tal sorte que não os molesta nem os estorva no falar, no comer ou 
no beber. [...]. E um deles trazia [...] uma espécie de cabeleira de penas de 
ave amarela [...].
Mostraram-lhes um papagaio pardo que o capitão traz consigo; tomaram-
-no logo na mão e acenaram para a terra, como quem diz que os havia 
ali. Mostraram-lhes um carneiro: não fizeram caso. Mostraram-lhes uma 
galinha, quase tiveram medo dela: não lhe queriam pôr a mão; e depois 
a tomaram como que espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe 
cozidos, confeitos, fartéis, mel e figos passados. Não quiseram comer nada 
daquilo; e se alguma coisa provavam, logo a lançavam fora. Trouxeram-
-lhes vinho numa taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram nada nem 
quiseram mais.
[...]
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18
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Você leu os textos e observou os fatos. Agora, responda às questões.
Cada um de nós tem costumes (tradições) que devem ser respeitados. 
Quando os portugueses chegaram aqui, houve interesse por parte deles 
de aprender a cultura indígena? Comente no espaço abaixo.
1
2
a. O indígena no texto da página 17 conta um fato ocorrido com a nação 
tupiniquim. Qual é o fato descrito no depoimento?
b. Em que local aconteceu o fato descrito?
c. Como as pessoas ficaram sabendo desse encontro dos indígenas 
com os portugueses?
O encontro dos indígenas da nação tupiniquim com os portugueses.
Aconteceu em uma praia que hoje se chama Bahia.
Por meio das histórias que foram deixadas escritas.
Sugestão de resposta: os portugueses não ficaram interessados na cultura 
indígena, pelo contrário, eles quiseram impor sua cultura, modificando o 
modo de vida dos indígenas.
Atividades
19
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b. Em que data é comemorado o Dia da Independência do Brasil?
c. Como as embarcações eram chamadas na época do descobrimento?
É comemorado o nascimento de Jesus.
Em 7 de setembro.
Resposta pessoal
Eram chamadas de caravelas.
Com a ajuda de um familiar, preencha o quadro.
Pesquise e escreva os seguintes fatos históricos:
3
4
a. O que é comemorado no dia 25 de dezembro?
Grau de
parentesco
Idade
Data de 
nascimento
Local de 
nascimento
Você
Mãe
Irmãos
Avós maternos
Avós paternos
20
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Escreva como podemos reviver algumas lembranças do passado.
Qual é o tema central do texto da página 18?
Na sua opinião, como foi o encontro entre os portugueses e os indígenas?
De acordo com os textos, os dois povos demonstraram as mesmas atitu-
des uns com os outros? Escreva dando a sua opinião.
5
6
7
8
Por meio de fotografias, vídeos, histórias ou depoimentos.
É o relato de Pero Vaz de Caminha sobre a chegada ao Brasil.
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno compreenda que foi um 
encontro assustado, e os dois povos estavam admirados com os costumes
do outro.
Resposta pessoal
21
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A CONTAGEM DO 
TEMPO
3
Na Antiguidade, marcava-se o tempoobservando a natureza: o dia e a 
noite, as fases da Lua e as estações do ano.
Os egípcios, que viviam na África, às margens do Rio Nilo, há milhares de 
anos, organizaram o calendário agrícola de acordo com as cheias do rio.
Por essa razão, o Rio Nilo era muito importante para esse povo.
Na História, quando estudamos um fato histórico, devemos saber quando 
ele aconteceu.
Quando queremos organizar a nossa vida, usamos o calendário. Ele nos 
ajuda a marcar os dias e os meses. O relógio também nos ajuda a marcar o 
tempo e a organizar o nosso dia.
De acordo com suas crenças e necessidades, os humanos criaram dife-
rentes formas de contagem do tempo.
Entretanto, as pessoas sentiram a necessidade de medir grandes perío-
dos de tempo, e, por isso, chegou-se, finalmente, ao calendário como hoje o 
conhecemos.
O calendário que usamos é o gregoriano (calendário de uso universal in-
troduzido em 1582 pelo Papa Gregório XIII). Nesse calendário, a contagem 
dos anos iniciou-se com o nascimento de Cristo.
O nascimento de Cristo foi um acontecimento histórico de grande impor-
tância para os cristãos, pois marca o começo da Era Cristã. Assim, o tempo 
está dividido em antes de Cristo, representado pela sigla a.C., e depois de 
Cristo, representado pela sigla d.C.
Criamos diferentes formas de contar o tem-
po. Segundos, minutos, horas, dias, meses e 
anos organizam o nosso tempo e vida.
Décadas, séculos e milênios são medidas 
de tempo que usamos para períodos mais longos.
O estudo da História também depende da organização dos acon-
tecimentos, pois a ordem cronológica é importante. Por essa razão, 
costumamos usar os anos e os séculos para nos localizar no tempo.
Década – período de 10 anos.
Século – período de 100 anos.
Milênio – período de 1.000 anos.
22
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Assim, podemos concluir que o século XXI, o século em que 
estamos, iniciou no dia 1o de janeiro de 2001.
Identificando os séculos
Usamos a data (dia, mês e ano) para situar um fato no tempo ou identificar 
o século em que ocorreu esse fato.
Os anos são numerados em algarismos arábicos; e os séculos, geralmente, 
em algarismos romanos.
Exemplo 
1822 = 18 + 1 = 19 = século XIX 622 = 6 + 1 = 7 = século VII
Exemplo 
1500 – século XV
2000 – século XX
Os anos terminados em 00 correspondem 
ao último ano de cada século.
Século I – 1 a 100
Século II – de 101 a 200
Século III – de 201 a 300
Se o ano terminar em 00, não se acrescenta nada depois de retirados os 
dois últimos algarismos.
Um século é um conjunto de 100 anos.
O século I, por exemplo, começou no ano 1 e terminou no ano 100.
O século II começou no ano 101 e foi até 200, e assim por diante.
Para identificar a que século pertence um determinado ano, retiram-se os dois
últimos algarismos do número que o indica e soma-se o numeral 1 ao que 
restou.
Exemplo
A proclamação da República foi decretada em 15 de novembro de 
1889, no século XIX.
23
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Calendário judaico
Na Idade Média, os judeus fizeram cálculos para saber quando Deus 
criou o mundo e passaram a contar os anos a partir daquela data. En-
quanto no calendário gregoriano, o mais usado no Ocidente, por exem-
plo, marcava o ano 2004, no calendário judaico marcava-se o ano 5764. 
Os meses do calendário judaico seguem as fases da Lua. Já os do gre-
goriano se baseiam na rotação da Terra.
ja
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março
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Calendário do povo xingu
Cada grupo indígena no Brasil possui seus próprios calendários, que ser-
vem para marcar os acontecimentos mês a mês. Observe.
Janeiro é tempo de colher o milho.
Os rios sobem em fevereiro.
A preparação para a roça se dá em março.
Abril traz a floração de orquídeas.
Maio é bom para pescar, e,
em junho, há mais coco.
Em julho, brinca-se nas praias.
A roça é preparada em agosto;
e a mandioca, em setembro.
O pequi amadurece em outubro.
As plantas brotam em novembro;
e as melancias, em dezembro.
Professores do xingu criaram calendários que ligam os meses à agricultura 
e aos fenômenos naturais.
JANEIRO FEVEREIRO
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Calendário do povo pataxó
Janeiro Mês de preparo do solo para o feijão.
Fevereiro Mês do plantio do feijão.
Março Mês da capina.
Abril Mês da festa do awê.
Maio Colheita do milho.
Junho Mês do frio.
Julho Mês de curso dos professores indígenas.
Agosto Mês de volta às aulas.
Setembro Mês de preparo do solo para o milho.
Outubro Mês do plantio do milho.
Novembro Mês das águas.
Dezembro Mês da manga, do jambo e da sapota.
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O que usamos para situar um fato no tempo? Marque, com um x, a alter-
nativa certa. 
Ligue corretamente.
Escreva os anos de início e término de cada século representado na linha 
do tempo, conforme os modelos já preenchidos.
Responda qual século corresponde aos anos:
1
2
3
4
a. 33 a.C século I a.C 
b. 545 século VI 
c. 1251 século XIII 
d. 2002 século XXI 
Relógio. Dia, mês e ano.
Em que século você nasceu? Nasci no século XXI .
ANOS Numerados em algarismos romanos.
SÉCULOS Numerados em algarismos arábicos.
XVI
XVIII
XX
XVII
XIX
XXI
de 1501 a 1600
de 1701 a 1800
de 1901 a 2000
de 1601 a 1700
de 1801 a 1900
de 2001 a 2100
X
Atividades
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Marque, com um x, a alternativa certa.
Preencha o quadro.
Responda quantos anos têm:
5
6
7
a. Quando queremos organizar a nossa vida, que instrumento podemos 
usar?
b. Que acontecimento histórico é de grande importância para os 
cristãos?
c. Como se marcava o tempo na Antiguidade?
d. Como os egípcios organizaram o calendário agrícola?
a. Três décadas 30 anos 
b. Meio século 50 anos 
c. Uma década e meia 15 anos 
Bússola
É o nascimento 
de Jesus.
Observando o relógio.
De acordo com 
as cheias do Nilo.
Calendário
É o nascimento de 
Pedro Álvares Cabral.
Observando a natureza.
Contando as pedras como forma 
de organizar as colheitas.
Década Século Milênio
anos anos anos 10 100 1.000 
X
X
X
X
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Fontes históricas
Estudar as experiências e interações humanas no de-
correr dos tempos é uma grande parte do trabalho do 
historiador. Contudo, esse objeto de estudo é resultado 
de ações de todas as pessoas, ou seja, todo mundo faz 
a História.
A História não acontece apenas dentro dos campos de 
batalha nem apenas em ilustres gabinetes políticos. Ela 
também acontece nas áreas de serviço de casa, nos 
pequenos subúrbios, nas escolas, na linha de produ-
ção da fábrica e nas brincadeiras da vizinhança.
Segundo o poeta alemão Bertolt Brecht (1898–1956), 
todos nós somos sujeitos na História e somos parte 
viva dela. Ela é muito maior do que poucos persona-
gens que aparecem em páginas de livros, representa-
dos como grandes heróis. As ideias desse poeta tam-
bém defendem que é preciso valorizar outras pessoas 
que passam anônimas, pois sem elas a História perde-
rá sentidoe não irá para lugar nenhum.
Devemos valorizar toda e qualquer experiência, os atos 
corriqueiros das pessoas comuns, que passam batidos 
dia após dia, pois, assim como o personagem ilustre 
do livro, todos eles podem nos servir como ferramentas 
para refletir sobre o passado e o presente. Ninguém faz 
história sozinho.
Por muito tempo, até o início do século XX, apenas textos escritos, oficiais e au-
tenticados por algum governo ou autoridade eram considerados fontes históricas. 
Acreditava-se que apenas eles continham dados confiáveis para se conhecer o 
passado como realmente aconteceu.
OS SUJEITOS DA 
HISTÓRIA
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Vladislav Gurfinkel / Shutterstock.com
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Contudo, nas primeiras décadas do século XX ocorreu uma mudança 
nesse pensamento. O documento escrito oficial perdeu seu papel de 
única fonte confiável de notícias, e outras fontes foram levadas em con-
sideração: qualquer vestígio deixado por sociedades humanas passou 
a ser considerado um objeto de estudo válido para estudar o passado.
Essa noção permanece até os dias de hoje: praticamente tudo que uma 
pessoa faz, os lugares por onde ela passa e os objetos que usa podem 
ser considerados uma fonte histórica. Apesar dessa abertura, ainda per-
manece a importância dos documentos escritos, mas eles foram res-
significados, ou seja, em vez de se estudar apenas o que o documento 
nos diz, sem contestar, olhamos o objeto de estudo e nos perguntamos 
“Quem o escreveu assim?”, ou “Só existe esta versão da história?” ou 
ainda “O que queriam as pessoas que escreveram este documento?”.
Tipos de documento histórico
Documentos escritos
Livros, jornais, revistas, bilhetes, narrativas pessoais, livros com len-
das, orações, inscrições em diversos objetos, enfim, qualquer registro 
grafado por alguém pode ser considerado uma fonte escrita.
Documentos iconográficos
Esse tipo de fonte são vestígios não escritos, mais precisamente ima-
gens, como desenhos, mapas, pinturas, esculturas, fotografias, carta-
zes de propaganda, medalhas, rótulos, instrumentos de trabalho, en-
fim, qualquer objeto que possa ser estudado e não tenha a forma de 
uma fonte escrita.
Documentos arquitetônicos
São construções, casas, prédios de apartamentos, igrejas, cemitérios, 
estações de trem, pontes, etc. Qualquer construção que possa ser 
estudada para descobrir fatos sobre o passado.
Como dito antes, atualmente qualquer objeto pode ser usado para se 
estudar a História, de forma que esse estudo não está mais preso às 
grandes academias e gabinetes de autores ilustres. Mas, para facilitar a 
categorização dos objetos de estudo, os historiadores convencionaram 
três grandes categorias de documentos históricos:
30
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O documento escrito oficial perdeu seu papel de única fonte confiável de 
notícias, e outras fontes foram levadas em consideração.
Sugestão de resposta: Sim, ainda usamos. Mas eles foram ressignificados:
em vez de se estudar apenas o que o documento nos diz, sem contestar, 
olhamos o objeto de estudo e nos perguntamos “Quem o escreveu as-
sim?”, ou “Só existe esta versão da história?” ou ainda “O que queriam as 
pessoas que escreveram esse documento?”.
Porque acreditava-se que apenas eles continham dados confiáveis para se
conhecer o passado como realmente aconteceu.
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno perceba que a História não
é feita apenas por nomes de pessoas ilustres, guerras e acadêmicos, mas,
sim, por todos nós.
Com suas palavras, explique a frase “Ninguém faz história sozinho”.
Por que até o início do século XX apenas os documentos oficiais podiam 
ser considerados fontes históricas?
Na historiografia, o que aconteceu com o documento escrito oficial no co-
meço do século XX?
Nos dias de hoje, ainda usamos documentos escritos como fontes históri-
cas da mesma forma? Justifique sua resposta.
1
2
3
4
Atividades
31
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Analise as imagens abaixo e marque DE para documento escrito, DI 
para documento iconográfico e DA para documento arquitetônico.
5
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mapa pintura
Observe cada uma das imagens abaixo e escreva o nome da fonte histórica.
Escreva o que é fonte histórica.
Observe cada uma das fontes históricas a seguir e escreva em que local 
elas são arquivadas ou armazenadas.
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 mapotecas 
 pinacotecas e museus 
 bibliotecas 
Fonte histórica é tudo que pode servir como fonte de informação para a
reconstrução de fatos históricos.
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a. Tudo o que serve como fonte de informação para a reconstrução de 
fatos históricos é chamado de fonte histórica.
c. As fontes históricas podem ser de naturezas diferentes. 
b. Uma pintura rupestre é uma fonte escrita.
Documento oral Documento escrito Documento arquitetônico
Documento iconográfico
Numere as fontes históricas corretamente.
Sublinhe as frases corretas.
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Numere as fontes históricas corretamente.
Observe os equipamentos, instrumentos, utensílios ou artefatos que são 
objetos arqueológicos e escreva o que você acha que eles são.
11
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2
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Carteira de Identidade
Certidão de Nascimento
Carta
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ESTADO DO PARANÁ
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
CERTIDÃO DE NASCIMENTO
CERTIFICO que a folha nº 000001, do livro º 32 – A, sob o nº de ordem 002, foi lavrado
no dia 26 de março de 2003, o assento de nascimento de ALDO FRANCISCO VALOTO
do sexo masculino, nascido no dia 26 de março de 2003 às 19 horas, no(a) Maternidade
Municipal de Curitiba, Curitiba - Paraná.
Filho(a) de Ângelo Daniel Valoto e de Ana Maria Valoto.
São avôs paternos: Aldo Valoto e Rosinha Crema Valoto e avôs maternos Pedro de Souza
Siqueira e Leopoldina Ciechoukicz de Siqueira.
Foi declarante José Lima Farias testemunha, Ligia Maria Silva, Janaina Brito.
Observações:
 O referido é verdade e dou fé.
 Curitiba, 15 de abril 2003.
PODER JUDICIÁRIO
CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
ESTADO DO PARANÁ 9º DISTRITO DE CACHOEIRA CURITIBA- PR
CYANE PACHECO DE ALBUQUERQUE
OFICIALA SUBSTITUTA (EM EXERCÍCIO)
35
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BRASIL COLÔNIA
(1500 – 1822)
A chegada dos portugueses ao Brasil
Em 1500, a mando do rei de Portugal, Pedro Álvares Cabral comandou 
uma expedição marítima para as Índias. A esquadra era composta de 13 
caravelas e uma tripulação de 1.500 homens.
Cabral foi nomeado em fevereiro de 1500; ao longo daquelemês, teve 
várias reuniões com Vasco da Gama, recebendo instruções bem detalha-
das sobre a navegação até as Índias e informações sobre sinais de aves 
marinhas no lado oeste do Oceano Atlântico.
Comandando sua esquadra, Cabral partiu do porto do Tejo em 9 de mar-
ço de 1500. O objetivo da expedição era contornar o continente africano 
navegando pelo Oceano Atlântico e chegar às Índias para confirmar o co-
mércio entre os dois países após contato feito anteriormente por Vasco da 
Gama. Faziam parte da expedição, o Frei Henrique Soares de Coimbra 
e o escrivão Pero Vaz de Caminha, que relatava os acontecimentos da 
viagem.
Primeiro contato dos portugueses com os indígenas, na representação de Oscar Pereira da Silva.
5
Reprodução
36
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O cotidiano dos marinheiros era muito difícil: a comida era pouca e de 
baixa qualidade, não havia quase nenhum conforto, o trabalho era pesa-
do e perigosas tempestades tornavam o risco de naufrágio uma realida-
de sempre presente.
Alguns dos navegadores mais experientes da época faziam parte da 
tripulação, como os irmãos Diogo e Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho e 
Gaspar de Lemos. Também havia soldados, serviçais, carpinteiros, arte-
sãos, religiosos e fidalgos (nobres e artistas).
Cabral avista o Brasil. 
Pintura de Francisco Aurélio 
de Figueiredo e Melo.
Ao passar pelas Ilhas Canárias, a esquadra desviou em direção a um 
novo continente. 
Depois de muitos dias viajando pelo Oceano Atlântico, no dia 21 de abril 
apareceram os primeiros sinais de terra: aves e plantas marinhas.
Em 22 de abril, a esquadra avistou um monte alto e redondo; Cabral o 
batizou de Monte Pascoal. Ficaram procurando um porto onde os na-
vios pudessem ficar abrigados. O lugar escolhido recebeu o nome de 
Porto Seguro, atual Baía Cabrália, no Estado da Bahia, onde ancora-
ram no dia 24 de abril.
Cabral deu à terra descoberta o nome de Ilha de Vera Cruz, acreditando 
que se tratava de uma ilha. Logo depois, mudou-se o nome para Terra 
de Santa Cruz, pois verificou-se que se tratava de um grande território. 
Finalmente, a partir de 1527, a terra encontrada por Cabral passou a 
chamar-se definitivamente Brasil, devido à grande quantidade de uma 
árvore existente em seu território — de uma madeira cor de brasa, de 
onde se extrai uma tinta vermelha — chamada pau-brasil.
Durante uma semana, os portugueses ficaram na região e mantiveram 
alguns contatos com os habitantes, que nomearam índios.
Re
pr
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ão
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A primeira missa realizada no Brasil. Pintura de Victor Meirelles.
Cabral tomou posse da terra em nome de Portugal, colocando, no lugar 
da celebração da missa, uma grande cruz e os símbolos reais. O Brasil 
tornou-se colônia de Portugal oficialmente, mas não ainda na prática. 
No dia seguinte, 2 de maio, a esquadra retomou o caminho das Índias, e 
Gaspar de Lemos regressou a Portugal, levando a carta de Caminha, na 
qual este registrava os detalhes da grande descoberta.
Alguns historiadores afirmam que a chegada dos portugueses às terras 
brasileiras foi intencional: eles já suspeitavam da existência delas.
No dia 26 de abril, foi celebra-
da a primeira missa no Brasil, 
por Frei Henrique Soares de 
Coimbra, no ilhéu da Coroa 
Vermelha.
A segunda missa foi celebra-
da pelo mesmo religioso, em 
1o de maio, já na nova terra.
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Os Nomes do Brasil
Pindorama (nome indígena)
Ilha de Vera Cruz (1500)
Terra Nova (1501)
Terra dos Papagaios (1501)
Terra de Vera Cruz (1503)/Terra de Santa Cruz (1503)
Terra Santa Cruz do Brasil (1505)
Terra do Brasil (1505)
Brasil (a partir de 1527)
BUENO, Eduardo. Brasil: uma história. A incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 36.
38
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Faça o que se pede.
Complete os quadros abaixo com os nomes dados ao Brasil seguindo a 
sequência de acordo com as datas.
Cabral teria que navegar pelo Oceano Pacífico.
1
2
1o (antes de Cabral) 
Pindorama
Ilha de Vera Cruz Terra de Santa Cruz
Terra de Vera Cruz
Terra Santa Cruz do Brasil
Terra do Brasil
Brasil
Terra Nova
Terra dos Papagaios
2o (1500)
3o (1501) 
4o (1501)
6o (1503)
5o (1503)
7o (1505) 
8o (1505)
9o (1527)
J
L
L
L
Cabral deu, à terra descoberta, o nome de Ilha de Vera Cruz, 
acreditando que se tratava de uma ilha.
O cotidiano dos marinheiros era muito tranquilo, a comida era 
farta, e todos tinham assistência de médicos.
Cabral saiu da Espanha para as Índias.
J Para as frases verdadeiras L Para as frases falsas
Atividades
39
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Complete os quadrinhos com vogais e descubra o nome das pessoas que 
faziam parte da expedição de Pedro Álvares Cabral e que relatavam os 
acontecimentos da viagem.
De acordo com o que foi estudado, responda.
3
4
F R E I
P E R O V A Z
H E N R I Q U E
S O A R E S
C O I M B R A
C A M I N H A
D E
D E
a. Sou o primeiro comandante português que chegou ao Brasil.
Pedro Álvares Cabral. 
b. Sou o frei que celebrou a primeira missa no Brasil.
Frei Henrique Soares de Coimbra.
c. Éramos os tripulantes mais experientes da expedição de Pedro Álvares 
Cabral.
Diogo e Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho e Gaspar de Lemos.
d. Éramos as demais pessoas que faziam parte da esquadra de Pedro 
Álvares Cabral.
Soldados, serviçais, carpinteiros, religiosos, artesãos e fidalgos.
Quem sou eu?
40
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Ligue a data correta ao acontecimento.5
21 de abril de 1500
22 de abril de 1500
24 de abril de 1500
26 de abril de 1500
2 de maio de 1500
Resolva a cruzadinha respondendo às perguntas.
a. Qual foi o nome dado ao monte alto e redondo que a esquadra avistou?
b. Qual foi o lugar escolhido para ancorar as caravelas?
c. Que nome Cabral deu à nova terra?
d. Qual foi o nome dado aos habitantes da nova terra?
e. Qual é o nome da árvore de que se extrai uma tinta vermelha?
6
a.
M
b. P O R T O S E G U R O
d. Í N D I O S
T 
c. I L H A D E V E R A C R U Z
P
A
e. P A U - B R A S I L
C
O
A
L
A esquadra retoma o caminho das 
Índias.
Apareceram os primeiros sinais de 
terra: aves e plantas marinhas. 
Foi celebrada a primeira missa no Brasil.
A esquadra de Cabral ancorou em 
Porto Seguro.
Cabral batizou o Monte Pascoal.
41
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O TRATADO DE
TORDESILHAS
Assim que Colombo chegou à América, a Espanha procurou garantir os 
direitos que julgava possuir sobre as terras descobertas e sobre as que 
pudesse vir a descobrir; para isso, dirigiu-se ao papa.
O papa, espanhol, dividiu o mundo com uma linha imaginária que ga-
rantia à Espanha todo o continente americano. Criou-se um clima de 
rivalidade e desconfiança entre Portugal e Espanha.
D. João II, rei de Portugal, sentindo-se prejudicado pelas determinações 
papais, recusou-se a acatá-las. Depois de várias negociações diplomáti-
cas, Portugal e Espanha chegaram a um acordo, em 7 de junho de 1494, 
assinando, na cidade de Tordesilhas, um tratado luso-espanhol que divi-
diu as novas terras em dois hemisférios a partir de um meridiano que se 
encontrava a 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde.
As terras existentes a oeste da linha per-
tenceriam à Espanha; as existentes a 
leste, a Portugal. Assim, garantia-se que 
um não poderia ocupar terras que vies-
sem a pertencer ao outro.
O Meridiano de Tordesilhas passa pe-
las atuais cidades brasileiras de Belém 
(Pará) e de Laguna (Santa Catarina).
Quando o Tratado de Tordesilhas foi 
assinado, os espanhóis já estavam na 
América do Sul, mas os portugueses só 
chegariam, oficialmente, ao Brasil 6 anos 
depois, em 1500. 
6
M
er
id
ia
n
o
 d
e 
T
o
rd
es
ilh
as
Domínio
português
Domínio
espanhol
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
N
S
LO
Tratado de Tordesilhas
42
SSE_Historia_5A_1UN.indd 42 25/01/2018 17:55:14
Marque as afirmativas corretas.
Assinale corretamente.
1
2
a. Ano em quefoi assinado o Tratado de Tordesilhas.
 1994 1494 1449
b. Países que assinaram o Tratado de Tordesilhas.
 Brasil e Espanha Portugal e Brasil Portugal e Espanha
Assim que Colombo chegou à América, a Espanha procurou ga-
rantir os direitos que julgava possuir sobre as terras descobertas e 
sobre as que pudesse vir a descobrir; para isso, dirigiu-se ao papa.
O papa português dividiu o mundo com uma linha imaginária que 
garantiu todo o continente americano.
Criou-se um clima de rivalidade e desconfiança entre Portugal e 
Espanha.
Responda sim para a(s) resposta(s) correta(s) e não para a(s) incorreta(s).
Qual foi o motivo de Portugal e Espanha assinarem o Tratado de Tordesilhas?
3
Para garantir que um pudesse ocupar as terras que vies-
sem a pertencer ao outro.
Para garantir que um não pudesse ocupar as terras que 
viessem a pertencer ao outro.
não
sim
Era um tratado luso-espanhol que dividiu as novas terras em dois hemis-
férios a partir de um meridiano que se encontrava a 370 léguas a oeste do 
Arquipélago de Cabo Verde.
O que era o Tratado de Tordesilhas?4
X
X
X
X
Atividades
43
SSE_Historia_5A_1UN.indd 43 25/01/2018 17:56:13
Desenhe a linha do Tratado de Tordesilhas e escreva o nome dos países 
implicados no Tratado.
5
Complete as afirmativas abaixo corretamente.
a. O Meridiano de Tordesilhas passa pelas atuais cidades brasileiras 
de Belém , no Estado do Pará , e de Laguna , no Estado 
de Santa Catarina .
b. Quando o Tratado de Tordesilhas foi assinado, os espanhóis 
já estavam na América do Sul , mas os portugueses só chegariam, 
oficialmente, ao Brasil 6 anos depois, em 1500 .
6
N
S
LO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
Espanha Portugal
44
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Observe o mapa abaixo.
Agora, escreva.
a. O nome dos oceanos que a esquadra de Cabral percorreu.
Oceano Atlântico e Oceano Índico.
b. Que continente Cabral contornaria se tivesse saído direto de Lisboa 
para as Índias.
O continente Africano
7
América do Norte
América do Sul
Brasil
Porto Seguro – 1500
Lisboa
Palos
de la
Frontera
Cabo da Boa Esperança
Calicute
Índia
Angola Moçambique
Mediterrâneo
Oceano
Pací�co
Oceano
Índico
Atlântico
Norte
Atlântico
Sul
Europa
África
Ásia
Austrália
Rota de Cabral
45
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Muito antes de Cabral ancorar em terras brasileiras, os indígenas já ha-
bitavam este continente. Eles foram os primeiros habitantes do Brasil. 
Os indígenas se espalhavam por todo o Brasil, tinham características di-
ferentes dos brancos e dos negros e estavam sempre reunidos e organi-
zados em tribos.
Quando Caminha descreveu os indígenas em sua carta ao rei de Por-
tugal, D. Manuel, ele registrou as primeiras impressões: “[...] a feição 
deles é serem pardos, à maneira de avermelhados [...] Andam nus, sem 
nenhuma cobertura. [...] traziam ambos os beiços de baixo furados e, 
metidos por eles, ossos. [...] Os seus cabelos são corredios”.
PRIMEIROS BRASILEIROS: 
OS INDÍGENAS
7
Pe
dr
o 
Bi
on
di
/A
Br
Existiam quatro principais grupos linguísticos no Brasil: tupi-guarani, jê 
(ou tapuia), nuaruaque e caraíba. Os tupis foram os primeiros a fazer 
contato com os portugueses.
Índios kuikuro se apresentando.
46
SSE_Historia_5A_1UN.indd 46 23/01/2018 15:31:21
Na aldeia onde viviam, havia uma 
praça central, a ocara, onde se 
realizavam reuniões, danças e fes-
tas importantes. Toda aldeia tinha 
um chefe, o morubixaba, ou caci-
que. Existia ainda um conselho, 
formado pelas pessoas mais ve-
lhas e respeitadas, que decidia os 
assuntos mais importantes, como 
uma guerra ou a paz.
O chefe religioso era o pajé, que tinha grande influência sobre todas as 
pessoas da aldeia pelos poderes mágicos que, de acordo com a crença, 
possuía.
A religião era politeísta, isto é, os indígenas acreditavam em vários deu-
ses: Guaraci, o Sol; Jaci, a Lua; Tupã, o raio e o trovão.
Elza Fiuza/ABr
Pe
dr
o 
Bi
on
di
/A
Br
Os portugueses chamaram os grupos indígenas de nações, que com-
preendiam várias tribos, algumas delas com diversas aldeias. Aldeia, ou 
taba, é um conjunto de ocas. Oca é a casa indígena, que é construída com 
galhos de árvores e coberta com palha e folhas de palmeira (sapé). Os 
indígenas viviam de modo bem diferente do europeu, usando o essencial 
da natureza para viver: caçavam, pescavam e coletavam frutos e raízes. 
Não praticavam o comércio, tudo o que produziam destinava-se ao próprio 
consumo.
Aldeia Ipatse no Parque Indígena do Xingu.
47
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Para os que conheciam o código, a pintura infor-
mava mais sobre seu estado e sua condição do 
que as roupas europeias. Além disso, também 
facilitava a comunicação entre tribos que não 
falavam a mesma língua. Isso porque os indí-
genas não se pintavam aleatoriamente, sempre 
usavam motivos baseados na natureza.
Padrões representando a espinha de peixe, o 
casco de jabuti, os rastros da cobra, do veado 
e da onça eram comuns a muitas tribos. 
Os meninos indígenas eram chamados de curumins. As tarefas diárias 
eram divididas de acordo com a idade e o sexo. Os homens caçavam, 
pescavam e fabricavam suas armas (arco, tacape, zarabatana), suas 
canoas (ubás), seus instrumentos musicais, etc. Como não conheciam 
os metais, fabricavam seus objetos com madeira, pedra, osso e fibras 
vegetais. As mulheres fiavam e teciam o algodão, fazendo redes, es-
teiras, etc.; fabricavam peças de cerâmica (potes, bacias, panelas); 
faziam uma bebida feita de milho mastigado — o cauim —; e cuidavam 
da alimentação. 
Os indígenas gostavam de música e dança; as danças guerreiras cha-
mavam-se poracés.
Dança dos tapuias. Pintura de Albert Eckhout.
Pajé Tukumã, “raspando” o neto Titiko.
Viviam nus ou seminus, não sentiam necessidade de cobrir o corpo, 
mas faziam pinturas corporais que funcionavam como um código social: 
cada uma delas indicava uma situação específica (guerra, nascimento 
de filhos, ritos, luto, etc.).
M
ar
ce
llo
 C
as
al
 Jr
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Br
Re
pr
od
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ão
48
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Mulher tapuia com filho e cesto na cabeça. Pintura de Albert Eckhout.
A agricultura do milho, da mandioca e do amendoim era praticada somen-
te por algumas tribos, de forma bastante primitiva. A base da economia 
indígena era a colheita, a caça e a pesca. A técnica para preparar a terra 
para o plantio dos indígenas era chamada de coivara: eles arrancavam as 
árvores e queimavam o mato. Como as queimadas desgastam a terra, as 
tribos tinham que estar sempre se movimentando: eram nômades. Suas 
principais armas eram o arco, a flecha e o tacape. Seus utensílios eram 
confeccionados com pedra polida: facas, machados, etc. Os trabalhos em 
tecelagem e cerâmica eram rudimentares, destacando-se, apenas, a ce-
râmica marajoara.
Algumas contribuições dos indígenas na nossa formação são:
• Palavras do nosso vocabulário: Ipiranga, Ibirapuera, Paissandu, 
Xingu, uirapuru, pitanga, arara, taquara, tucano, peteca.
• Alimentação: farinha de mandioca, angu, pamonha.
• Costumes: dormir em rede, usar balaios e cestos de vime ou enfei-
tes de cerâmica.
• Superstições: saci-pererê, iara, caipora.
Re
pr
od
uç
ão
49
SSE_Historia_5A_1UN.indd 49 23/01/2018 15:31:40
 Marque as afirmativas corretas.
 Agora, escreva corretamente a afirmativa errada da questão anterior.
Coloque, em cada espaço, a palavra correspondente para completar a 
frase.
Uma nação corresponde a várias tribos , as quais, por sua 
vez, correspondem a várias aldeias , ou tabas , sendo cada 
uma delas a organização de várias ocas .
1
2
3
Muito antes de Cabral ancorar em terras brasileiras, os indígenas já habi-
tavam essas terras.
X
X
ocas – tabas – tribos – aldeias – nação
Muito antes de Cabral ancorar em terras brasileiras, os portugue-
sesjá habitavam essas terras.
Os indígenas foram os primeiros habitantes do Brasil.
Os indígenas se espalhavam por todo o Brasil, tinham caracterís-
ticas diferentes dos brancos e estavam sempre reunidos e orga-
nizados em tribos.
Numere de acordo com as atividades executadas pelos indígenas.4
 Homens
 Mulheres
 Fiar e tecer o algodão Caçar
 Pescar Fazer redes
 Fabricar cerâmica Fabricar canoas
 Preparar uma bebida feita do milho
1
2
1
1
1
2
2
2
2
Atividades
50
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Preencha o quadro de acordo com as afirmações. Se não souber, pesquise.5
a. Chefe da tribo.
b. Praça central da aldeia.
c. Chefe religioso.
d. Nome dado aos meninos.
a. M O R U B I X A B A
b. O C A R A
c. P A J É
d. C U R U M I N S
e. U B Á S
f. P O R A C É S
g. F U N A I
Procure, no dicionário, o significado de cada uma das técnicas de cozinha 
conhecidas pelos indígenas.
6
PISAR:
Moer com pilão.
PENEIRAR:
Passar pela peneira, coar ou filtrar.
MOQUEAR:
Passar carne ou peixe no moquém (grelha alta).
RALAR:
Passar pelo ralador, moer, triturar.
e. Nome dado às canoas.
f. Danças guerreiras.
g. Fundação Nacional do Índio
51
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Quando os portugueses desembarcaram em Porto Seguro, avistaram os 
nativos da terra: muitos indígenas.
De início, como foi a relação entre eles? Escreva nas linhas abaixo.
O primeiro contato foi amigável, pois os portugueses, por medo ou por
estratégia, resolveram ficar em paz com os indígenas.
Como os indígenas eram em grande número, os portugueses resolve-
ram não entrar em guerra até que chegassem mais conterrâneos e con-
tinuaram se aproveitando da ingenuidade dos povos nativos até poder
dominá-los.
Marque V para verdadeiro e F para falso. 
7
8
Os portugueses discriminaram os costumes indígenas.
Os grupos indígenas foram chamados de nação por possuírem 
uma única língua.
As terras que, futuramente, viriam a ser o território brasileiro não 
foram descobertas, mas conquistadas.
Na sociedade indígena, existem classes sociais diferentes, assim 
como na nossa.
Os indígenas utilizavam os recursos da natureza para sobreviver, 
respeitando o ambiente.
V
F
V
F
V
52
SSE_Historia_5A_1UN.indd 52 23/01/2018 15:31:42
Relacione corretamente as colunas.
Preencha o quadro a seguir, comparando a sociedade dos indígenas com 
a dos brancos.
9
10
Chefe da tribo Curumins
Chefe religioso Poracés
Nome dado aos meninos indígenas Pajé
Nome dado às canoas Funai
Danças guerreiras Morubixaba
Fundação Nacional do Índio Ubá
3
5
2
6
1
4
1
2
3
5
4
6
Elemento Indígenas Brancos
Classes Sociais Não existem. Existem.
Pessoas
Recebem o mesmo 
tratamento.
Recebem tratamento 
diferente.
53
SSE_Historia_5A_1UN.indd 53 23/01/2018 15:31:42
CULTURA 
INDÍGENA
8
Gastronomia
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas já viviam aqui 
com suas crianças, seus costumes, seus hábitos, muito diferentes dos 
europeus.
Não existe apenas “o povo indígena”. O que existem 
são centenas de nações indígenas, algumas tão dife-
rentes das outras como é diferente o Brasil da Austrália. 
Os povos da Terra não têm consciência de que, nes-
ta esplêndida província do nosso planeta vivo — o 
território brasileiro –, eles possuem tantos irmãos e 
irmãs. Eles são os testemunhos da Terra, os rema-
nescentes de um holocausto que dura um pouco 
mais que 500 anos, que nos envergonha e que nos 
convoca à solidariedade e à reparação.
Na cultura indígena, a mulher fica com toda a responsabilidade do trabalho doméstico, 
incluindo cozinha, roçados, abastecimento de água e transporte de fardos.
Algumas das técnicas conhecidas da cozinha dos indígenas são: pisar, moquear, es-
premer, peneirar, ralar, curtir ou curar, conservar, fermentar, assar, tostar, cozer ou 
passar pela fervura. Os assados sempre são feitos enrolados em folhas (de bananeira, 
palmeira, etc.).
É muito comum também o modo de preparo de pratos em fornos subterrâneos. Tal 
técnica consiste em fazer um buraco no chão, forrar com folhas grandes de árvores, 
colocar a carne enrolada ou apenas cobri-la com folhas, colocar terra e, por fim, atear 
fogo em uma fogueira em cima. Assim, podemos dizer que a alimentação indígena 
ainda está presente de maneira forte na Região Norte do País e que contribuiu com 
grande herança para a formação da alimentação brasileira.
Fotos: ChameleonsEye, Filipe Frazao / Shutterstock.com
54
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encikcasper / Patricia Dulasi / Kariakin Aleksandr / Iuliia Timofeeva / Shutterstock.com
Eles costumam cultivar pequenas áreas de terra, para o sustento da comu-
nidade. Plantam mandioca, feijão, milho e batata-doce. A alimentação indí-
gena é obtida na natureza e eles só retiram dela o que realmente precisam.
Os utensílios utilizados para preparar a alimentação são feitos manualmente 
e são usadas cerâmicas, urupemas, pilão, cuias, cabaças, balaios, alguidar, 
pote com água, etc. Todos esses materiais são feitos com barro, madeira, 
casco de animal, casca de fruta, etc.
A base da alimentação indígena é a mandioca, com a qual se obtinha massa 
ou farinha e com que eram feitos diversos quitutes. Entretanto, fazem parte 
da alimentação: cará, pinhões, batata-doce, cacau, amendoim. Os legumes 
verdes praticamente não são consumidos, mas ingeriam caruru e palmito, 
serralha.
No cardápio, é possível encontrar peixes, tartarugas, ovos e fígado de tarta-
rugas, mariscos, etc.
A farmacopeia indígena foi sempre muito rica. Praticamente, para cada 
doença, conheciam as correspondentes ervas, plantas e beberagens te-
rapêuticas. Algumas foram incorporadas pela medicina mundial, como 
a ipecacuanha, excelente contra diarreias sanguinolentas; o jaborandi, 
como sudorífero e depurativo; a copaíba para curar feridas e infecções 
urinárias; a quina, fundamental na culinária contra a malária; vários aluci-
nógenos, como a yahuasca, ou caapi, e a coca, utilizada nas anestesias 
e em inúmeras outras drogas farmacêuticas.
Plantas medicinais indígenas
BOFF, Leonardo. O casamento entre o céu e a terra. Contos dos povos indígenas do Brasil. Rio de 
Janeiro: Salamandra, 2001.
55
SSE_Historia_5A_1UN.indd 55 27/01/2018 09:56
Marque, com um x, os trabalhos em que, na cultura indígena, a respon-
sável é a mulher.
Complete as lacunas das frases a seguir:
Responda ao que se pede:
1
2
3
a. Os assados sempre eram feitos enrolados em folhas . 
(de bananeira, palmeira, etc.).
a. Como os indígenas obtêm sua alimentação?
b. O que os indígenas plantam?
c. Dos alimentos que os indígenas consomem, quais você consome?
c. Os materiais utilizados para fazer os utensílios são barro ,
 madeira , casco de animal , casca de fruta , etc.
b. Os utensílios utilizados na cozinha são feitos manualmente .
d. A partir da mandioca, obtinha-se massa ou farinha .
Plantam mandioca, feijão, milho e batata-doce
Resposta pessoal
Obtêm sua alimentação na natureza.
X X
X
X
Atividades
56
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Pesquise o nome dos utensílios utilizados para preparar a alimentação. 
A seguir, escreva o nome de cada um.
Escreva a resposta a cada uma das perguntas a seguir.
4
5
a. Qual é a base da alimentação indígena?
b. O que, praticamente, não era consumido?
c. Quais eram as carnes encontradas no cardápio?
 jarro de cerâmica 
 cabaça 
 balaio 
 pilão 
mandioca
legumes verdes
peixes, tartarugas, ovos e fígado de tartarugas, mariscos, etc.
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N
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57
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MÚSICA E DANÇA 
INDÍGENAS9
A musicalidade indígena revela a visão de 
mundo que cada grupo indígena tem; todavia, 
está em constante mudança, mesmo preser-
vando aspectos ancestrais.
Além disso, a música está presente nos cul-
tos, nos ritos, na ligação com os ancestrais, 
na magia, na cura, nas festas do grupo, etc. 
Assim, a música faz parte do universo religio-
so e mágico.
A origem da música indígena confunde-se 
com os mitos fundadores e formadores das 
tribos. Em algumas tribos, acredita-se que a 
música foi um presente dos deuses (já que 
estavam insatisfeitos com o silêncio do mun-
do dos homens); em outras, acredita-se que a 
música vem do mundo dos sonhos. Há, ainda, 
as situações em que a criação musical é de 
responsabilidade do pajé ou em homenagem 
a um guerreiro.
O grande tema das músicas indígenas é a natureza.
Eles acreditam que a música serve como meio de contato com as forças 
espirituais.
Na musicalidade indígena, percebe-se que há uma divisão, seja por idade, 
afetividade, gênero ou grupo. Essa divisão está presente no fato de que 
existem instrumentos exclusivos para homens, específicos para mulheres 
e outros que servem como brinquedos para as crianças.
Filipe Frazão / Shutterstock.com
58
SSE_Historia_5A_1UN.indd 58 23/01/2018 15:32:24
A música, a canção e a dança indígenas também estão intimamente re-
lacionadas. Existem canções para as mais variadas situações: festas que 
homenageiam os mortos, momentos infantis, festas guerreiras, ritos de pas-
sagem, culto aos espíritos dos ancestrais, etc. Inclusive, nas festas em que 
os espíritos mais poderosos são homenageados, a música instrumental 
aparece bastante.
Os instrumentos musicais indígenas apresentam imensa variedade e 
são confeccionados com os mais diversos materiais: madeira, bastões 
de percussão, sementes, fibras, pedras, cerâmica, ossos, chifres, cas-
co de animais, ovos, etc. Podemos dizer que existem quatro grandes 
grupos desses instrumentos: idiofones, membranofones, aerofones e 
zumbidores.
Os zumbidores são instrumentos cujo 
som é obtido quando são agitados 
no ar; tais instrumentos podem estar 
presentes em rituais funerários ou em 
brinquedos de crianças.
Os membranofones são instrumentos 
cujo som é obtido pela vibração de uma 
membrana, semelhantes a tambores, e 
que, por essa característica, acredita-
-se que passaram a fazer parte da 
musicalidade indígena após o contato 
com os africanos. 
Os idiofones são instrumentos cujo 
som é obtido por meio de vibração, 
percussão ou atrito; como exemplos, 
podemos citar chocalhos, guizos, 
cabaças cheias de material, etc.
Os aerofones são instrumentos cujo som 
é obtido pela circulação do ar em seu interior 
e que se apresentam em grande quantidade 
e variedade; como exemplos, podemos citar 
clarinetes, buzinas, apitos e flautas. Estas 
últimas, as flautas, têm um destaque todo 
especial na cultura indígena, pois algumas 
são consideradas sagradas.
59
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Decifre os códigos e descubra o nome dos quatro grandes grupos de 
instrumentos musicais indígenas.
Releia o texto e responda.
1
2
a. Como é feita a divisão na musicalidade indígena?
É feita por idade, afetividade, gênero ou grupo.
b. A que se deve o fato dessa divisão?
Se deve ao fato de existirem instrumentos exclusivos para homens, 
alguns específicos para mulheres e outros que servem como brinquedos
para as crianças.
a b c d e f g h i j k l m
n o p q r s t u v w x y z
 membranofones 
 zumbidores aerofones 
 idiofones 
Atividades
60
SSE_Historia_5A_1UN.indd 60 23/01/2018 15:32:26
Escreva o nome de cada um dos aerofones a seguir e circule aquele 
considerado sagrado pelos indígenas.
Escreva a explicação de cada uma das afirmativas a seguir.
Pesquise, em livros, em jornais e na Internet, as leis que dão direitos terri-
toriais ao povo indígena e como elas funcionam atualmente. Comente.
3
4
5
a. É possível perceber uma divisão na musicalidade indígena.
Sim. Existem instrumentos para cada sexo e existe divisão de acordo com
a idade para que as crianças utilizem os instrumentos como brinquedo.
b. A música, a canção e a dança indígenas têm papel social.
Elas estão associadas entre si, os indígenas cantam e dançam dependen-
do da situação.
Resposta pessoal
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buzina apito flauta
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A diversidade de povos indígenas no Brasil é grande. Tais povos apresen-
tam diferenças entre si, mas existem aspectos semelhantes às crenças 
de todos.
A religião indígena se caracteriza pelo xamanismo, associando a presen-
ça constante de elementos da natureza e a relação entre o homem e o 
seu espírito ou animal. É por isso que os indígenas respeitam profunda-
mente a natureza e os animais, pois acreditam que os animais são gente 
e que, quando um humano morre, torna-se um animal ou outro ser.
O xamanismo também acredita em entes superiores que existem no Uni-
verso, como deuses, espíritos, mortos, etc.; portanto, a figura do xamã, 
muito conhecida no Brasil como pajé, é fundamental para a tribo e é tida 
como grande conhecedor tanto da natureza quanto das tribos.
Os indígenas acreditam que o xamã é o homem responsável por entrar em 
contato com o mundo espiritual e, por esse motivo, ele tem diversas atri-
buições: mediar a vida sobrenatural e humana, predizer o futuro, dominar 
fenômenos da natureza, dar nome aos recém-nascidos, transformar-se em 
animais ou outros seres, fazer crescer as plantas, curar por meio do controle 
dos espíritos, prever as guerras e suas consequências, entre outras.
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RELIGIÃO 
INDÍGENA
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É comum a ideia de uma profecia que busca uma terra sem mal. Entretanto, 
nessa busca pela terra sem mal, não se exclui a guerra, pois pela guerra é 
que os povos vão transpor as dificuldades e opressões sofridas.
Os mitos originais também têm uma presença muito forte na religião indí-
gena.
Nesses mitos, é muito comum a presença de animais com características 
humanas e não humanas. Eles são utilizados para transmissão de conceitos 
morais, educativos e religiosos. Tais mitos são passados dos anciãos para 
os indígenas mais novos, fazendo com que a religião se mantenha viva.
Os indígenas praticam diversos ritos (pintar o corpo, furar a orelha, entrar 
em transe, dançar, cantar, ficar em silêncio, etc.) que expressam simbolica-
mente suas crenças.
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Escreva a resposta de cada uma das perguntas a seguir.
A partir da associação que o xamanismo faz, escreva o que os indígenas 
respeitam profundamente e no que acreditam que acontece quando um 
humano morre.
1
2
a. Como é a diversidade dos povos indígenas no Brasil?
É grande, porque tais povos apresentam diferenças entre si, mas com
aspectos semelhantes às crenças de todos.
b. Como se caracteriza a religião indígena?
Caracteriza-se pelo xamanismo.
c. O que é xamanismo?
É a religião que associa a presença constante de elementos da natureza
e a relação entre o homem e o seu espírito ou animal.
d. Como é conhecida a figura do xamã no Brasil?
É conhecida como pajé.
e. Qual é a importância do xamã?
Ele é o homem responsável por entrar em contato com o mundo espiri-
tual e, por esse motivo, tem diversas atribuições.
Eles respeitam profundamente a natureza e os animais, pois acreditam
 que os animais são gente e que, quando um humano morre, torna-se 
um animal ou outro ser.
Atividades
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Marque, com um x, as atribuições do xamã.
Comente o texto abaixo, relacionando com a diversidade de povos e cultu-
ras que temos no nosso país. 
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Resposta pessoal“Se somos todos iguais,
o mundo fica mais pobre.
Se somos todos diferentes,
o mundo fica mais nobre!”
Mediar a vida sobrenatural e humana.
Dominar os fenômenos da natureza.
Predizer o futuro.
Transformar-se em animais ou outros seres.
Curar por meio do controle dos espíritos.
Ser responsável pelo trabalho doméstico.
Dar nome aos recém-nascidos.
Fazer crescer as plantas.
Caçar animais para alimentar a tribo.
Cuidar dos roçados.
Prever as guerras e suas consequências.
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a. O xamanismo acredita em entes superiores que existem 
no Universo.
c. A figura do xamã é fundamental para a tribo, ele é o co-
nhecedor da natureza.
b. Os entes superiores podem ser deuses , espíritos , 
 mortos , etc.
d. Os indígenas acreditam que o xamã é o homem respon-
sável por entrar em contato com o mundo espiritual .
e. No Brasil, o xamã é conhecido por pajé .
Escreva o complemento das frases a seguir tornando-as verdadeiras. 
Escreva qual é a profecia em que muitos indígenas acreditam e o que 
devem fazer para conseguir atingi-la.
É comum a ideia de uma profecia que busca uma terra sem mal. Entre-
tanto, nessa busca pela terra sem mal, não se exclui a guerra, pois, pela
guerra, os povos vão transpor as dificuldades e opressões sofridas.
As crenças indígenas sofrem bastante com preconceitos e perseguição 
em nosso país. Por que isso acontece? Existe uma solução para resol-
ver essa situação? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal
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LITERATURA 
INDÍGENA
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A literatura indígena, assim como a africana, está baseada na oralidade. 
Inclusive, os povos indígenas têm a fala como forma de transmissão da tradi-
ção entre as gerações, ou seja, tudo é transmitido por meio da fala. Os indí-
genas contam muitas lendas, principalmente sobre a natureza. Dessa forma, 
a memória é fundamental para guardar as histórias vividas e criadas por eles.
Na tradição oral indígena, a música é uma extensão da fala. Isso significa 
que um discurso pode começar ou terminar com o canto ou o canto come-
çar ou terminar com o discurso.
Existem, na literatura indígena, divisões de gêneros textuais de acordo com 
o objetivo para cada situação: narrativas, instrutivas, canções e invocações.
As narrativas são comuns para as mais diferentes situações cotidianas ou 
exclusivas a um grupo (só para homens, por exemplo).
As instrutivas são comuns em situações em que os adultos ensinam re-
gras, costumes, tradições, técnicas de caça e pesca, crenças místicas, etc. 
às crianças.
As canções são comuns nos momentos em que os indígenas se referem 
aos animais e ao seu respectivo comportamento ou ao amor e à vida se-
xual (o que acontece de forma bastante desinibida).
As invocações são próprias dos momentos de curas medicinais ou de 
prática de algum trabalho.
Recentemente, os povos indígenas conheceram a escrita e têm buscado 
utilizá-la como forma de registro, resgate e afirmação da tradição oral.
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Identifique os gêneros textuais de acordo com a situação e escreva o 
nome correspondente abaixo.
Sabendo que a literatura indígena está baseada na oralidade, explique 
como os indígenas transmitem suas tradições.
1
2
a. São próprias dos momentos de cura medicinal ou de prática de algum 
trabalho.
invocações
d. São mais comuns em situações em que os adultos ensinam regras, 
costumes, tradições, técnicas de caçar e pesca, crenças místicas, etc. 
às crianças.
instrutivas
c. São mais comuns nos momentos em que os indígenas se referem aos 
animais e ao seu respectivo comportamento ou ao amor e à vida sexual.
canções
b. São muito comuns para as mais diferentes situações cotidianas ou 
exclusivas a um grupo (só para homens por exemplo).
narrativas
Resposta pessoal
Atividades
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Escreva a resposta de cada uma das perguntas a seguir.3
a. Em que está baseada a literatura indígena?
Está baseada na oralidade.
c. O que é fundamental para os povos indígenas? Por quê?
A memória. Porque com ela podem guardar as histórias vividas e criadas
por eles.
b. O que os povos indígenas utilizam para transmitir a tradição?
Utilizam a fala.
d. O que os povos indígenas conheceram recentemente e como têm bus-
cado utilizá-la?
A escrita. Têm buscado utilizá-la como forma de registro, resgate e afirma-
ção da tradição oral.
e. Quais são as divisões de gêneros textuais na literatura indígena?
São narrativas, instrutivas, canções e invocações.
Resposta pessoal
Dê a sua opinião sobre a literatura indígena.4
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Gastronomia
Os negros africanos foram trazidos para o Brasil para serem a mão de 
obra escrava da lavoura de cana-de-açúcar.
Os africanos tinham domínio da caça e de muitas técnicas de cocção, 
ou cozimento. A caça, na verdade, era motivo de orgulho para o caçador 
africano e, por causa disso, muitos animais faziam parte da culinária afri-
cana: elefante, hipopótamo, girafa, javali, búfalo, bode, carneiro, lebre, 
tatu, lagarta, aves, cães, etc.
Das técnicas de cocção conhecidas e aplicadas pelos africanos, faziam 
parte assar, grelhar, defumar, conservar, etc. Os assados eram sempre 
feitos na brasa, assim como os grelhados. Já os defumados eram fei-
tos com diferentes madeiras. A conservação das carnes era realizada 
utilizando-se sal, ervas aromáticas e pimenta. Vale a pena ressaltar que 
as frituras não eram conhecidas dos africanos.
Eles utilizavam a manteiga apenas para passá-la no corpo e o azeite como 
remédio ou cosmético para o cabelo. Ingredientes típicos da culinária afri-
cana eram arroz, inhame, frutas (especialmente a banana) e o coco, café, 
quiabo, gengibre, jiló, açafrão, pimenta-malagueta e azeite de dendê.
CULTURA 
AFRICANA
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Os africanos não gostavam de galinha, e o 
ovo era tido como remédio.
Quando os africanos chegaram ao Brasil 
na condição de escravos, eles viviam nas 
senzalas. Em algumas havia fogões onde 
eles preparavam os alimentos, que cultiva-
vam ou que recebiam do senhor de engenho. 
A alimentação na senzala era composta de 
feijão e farinha de mandioca, sobras de car-
nes ou de animais, quando podiam caçar.
Era muito comum fazerem pirões, papas 
de fécula e farinhas de sorgo. Destas, origi-
nou-se o cuscuz, que, na África, era feito com 
semolina, trigo ou sorgo. Só aqui os africanos 
conheceram o milho e passaram a utilizá-lo 
na preparação desse prato. Além deste, ou-
tros pratos foram nascendo quando os africa-
nos conheceram o milho: canjica, mungunzá, 
angu, pamonha.
Com o açúcar, muitas receitas de doces 
também foram geradas juntando técnicas 
das cozinhas africana, portuguesa e moura 
(árabe).
A comida que está na nossa mesa todos 
os dias e que encanta os estrangeiros que 
vêm ao Brasil é composta por muitas con-
tribuições dos povos africanos e dos seus 
descendentes. A preparação dos alimentos 
durante o período colonial, e mesmo em tem-
pos mais recentes, esteve nas mãos das mu-
lheres africanas e de suas filhas.
Assim, muitos pratos tipicamente africa-
nos foram recriados no Brasil e deram origem 
a: moquecas, feijoada, mocotó, acarajé, gali-
nha de caçarola, xinxim de galinha, lombo de 
porco assado com rodela de limão, caruru, 
vatapá, etc.
Comer, para os africanos, era um momen-
to de alegria e diversão, que vinha constan-
temente acompanhado pela música e dança.
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Algumas comidas afro-brasileiras
Acarajé – Bolo de feijão-macáçar 
temperado

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