Buscar

TRABALHO PORTFOLIO III E IV PERIODDO UNOPAR 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

SEMIPRESENCIAL
SERVIÇO SOCIAL
 
Ana Raquel Quixaba Ferreira
Sandra Pereira Dias
Suely Maria Monteiro Ávila
 
A QUESTÃO SOCIAL E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO EM TEMPOS DE PANDEMIA NO BRASIL.
Goiânia
2020
Raquel Quixaba Ferreira
Sandra Pereira Dias
Suely Maria Monteiro Ávila
A QUESTÃO SOCIAL E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO EM TEMPOS DE PANDEMIA NO BRASIL.
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR – Universidade Pitágoras Unopar, Para as Disciplinas: Antropologia; Ciência Política, Sociologia Crítica, Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos de Serviço Social lll, Ed – Lógica Matemática, Atividades interdisciplinares.
Prof. Elias Barreiros, Maria Gisele de Alencar. Paulo Sérgio Aragão, Stefany Feniman
 SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 4
ANTROPOLOGIA......................................................................................................... 6 CIÊNCIA POLÍTICA...................................................................................................... 8 SOCIOLOGIA CRÍTICA...............................................................................................10
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III ...................................................................................................................12 
CONCLUSÃO...............................................................................................................14
REFERÊCIAS...............................................................................................................15
INTRODUÇÃO	
Com o desenvolvimento desse portfólio foi nos permitido fazer uma reflexão, partindo do pressuposto que o sistema capitalista de produção apresenta um quadro crítico de desigualdades sociais, e contradições. O presente trabalho tem como objetivo debater os impactos da Pandemia, em sistemas Neoliberais e globalização no mundo do trabalho, a rigor o poder do estado e suas consequências para as populações mais vulneráveis.
Neste cenário de crises econômicas e sanitárias, apresentamos a precarização das relações no mundo do trabalho,  com o desenrolar do desemprego, a fragilidade dos contratos, enfraquecimento do poder sindical.  No capítulo I discutem-se as dificuldades que os jovens (populações mais vulneráveis)  encontram para inserir no mercado de trabalho,  também as modificações  no sistema escolar a partir da Pandemia, com fluxo a evasão escolar a adequação das novas práticas de dar aulas, on-line. No Capítulo II busca-se nas ciências políticas ver as contribuições para minimizar as relevantes situações de precarização[footnoteRef:1] do trabalho, a terceirização, e a manutenção das instituições democráticas. [1: A precarização do trabalho significa o desmonte dos direitos trabalhistas. Ainda segundo Antunes (2011), “reduzir a jornada de trabalho, discutir o que produzir, para quem produzir e como produzir são ações prementes. ] 
No capítulo IV procurou-se esclarecer orientado pela sociologia crítica, pela discussão do filosofo marxista Gramsci[footnoteRef:2] como o Estado pleiteia uma hegemonia para se manter na ordem repressiva. Em termos relacionado à Pandemia cito a biolítica apresentada por Foucault, no artigo da professora Márcia leite. No capitulo V discutiu-se a finalidade com base na disciplina histórica, teórica e metodológica como o serviço social apresentou alterações no transcorrer dos anos conduzindo a rejeição alguns fundamentos e acatando outros no processo das intervenções das questões sociais. [2: Filosofo italiano do tempo do fascismo, Antonio Gramsci (1891-1937) formulou o conceito de hegemonia cultural.] 
E por fim apresenta-se a conclusão, do qual a Pandemia é o divisor de águas, estudar a tão complexa situação e os impactos no mundo do trabalho para as populações de baixa renda.  Esclarece-se que a biopolítica[footnoteRef:3], registra o fechamento da política estatal de dominação dos corpos, avançando para a necropolitica[footnoteRef:4], com o seguinte tema de quem pode viver e quem poderá não viver conveniente as políticas sociais.  [3: A Biopolítica é o conjunto de estratégias de gestão dos viventes, mecanismos biológicos que passam a fazer parte das estratégias políticas.] [4: Necropolítica é o poder de ditar quem pode viver e quem deve morrer.] 
1 - ANTROPOLOGIA 
A análise da Pandemia no Brasil perpassa pela desvalorização do trabalhador por perdas de direitos sobre as evidentes diferenças sociais da conjuntura educacional, traços em que a divisão dicotômica entre escolas pública e privada é uma realidade da qual não se podem fugir; na sequência cabe ainda dizer como a juventude foi e é atingida no quadro desolador da falta de perspectivas em relação ao primeiro emprego e óbvio sem contar a questão racismos e mortes que prevalecem como sintomática de uma sociedade doente.
Certamente que o mundo de uma hora para outra se viu obrigado a mudanças drásticas, com o registro da pandemia as crises econômicas uma vez instaladas acelerou o processo de precarização desigualdades foram ampliadas, estudantes se viram obrigados a se adequar e muitos não estavam preparados para lidar com a falta da internet, de aparelhos celulares, de computadores. (Amurabi Oliveira, 2020) chama atenção para as desigualdades educacionais no contexto da pandemia: mesmo antes da pandemia, a educação apresentava variados problemas, sofria com a falta de vagas, com evasão escolar. 
Vaivém de Ministros, ataques a escolas públicas e Universidades. A escola pode ser a força para superação de transformação como cita, (Tarabini, 2020), assim a defesa da escola pública se faz necessária, segundo Bourdie e Passeron, em a Reprodução, 1970, a meritocracia escolar é algo ponderado que deva ser levado em conta destaque para as classes sociais na escola. Karl Marx, (2006) demonstra que as classes sociais apresentam o motor de impulso da história, as classes sociais estão em constantes conflitos, à burguesia é a classe opressora.
  A ideologia alemã,  aponta que há uma ideologia por trás do sistema capitalista que visa a manter em ordem o que está em curso: A exploração pela classe burguesa. O Neoliberalismo, globalização são partes do cenário que se desenrolam no mundo acelerado do capital. Transformações que fazem a história desenrolar rapidamente em termos econômicos, políticos e sociais a contagem que o mundo pode ser decifrado segundo a ótica da acumulação em amplo aspecto. Segundo o austríaco (Ludwig von Mises (1881-1973). 
O Neoliberalismo critica a intervenção do Estado na economia, repudia o Estado de bem-estar social e o Neoliberalismo solicita a redução do tamanho do Estado por meio das privatizações e dos processos de parceria entre órgãos públicos e privados. Redução dos direitos dos trabalhadores, dos gastos públicos, das tarifas de exportação e dentre outros se faz presente desde o final da década de 70 no Chile. As políticas neoliberais no Brasil se deu com o governo do presidente Fernando Collor na década de 90, as práticas Neoliberais se dão com a má distribuição da renda, disseminou em áreas como educação, saúde, cultura e transporte aumento das privatizações.
Segundo o cientista social Octavio Inni, Sob o neoliberalismo, reforma-se o Estado tanto dos países que se haviam organizado em moldes socialistas como os que sempre estiveram organizados em moldes capitalistas. Realizam-se desregulamentação das atividades econômicas pelo Estado, a privatização das empresas produtivas estatais, e instituições governamentais organizações e instituições governamentais relativas à habitação, aos transportes, à educação, à saúde e à previdência. (IANNI, 1998, P.28).
 Esse modelo político neoliberal adotado por Fernando Henrique tem seu princípio, com a globalização agilizou-se os meios de transportes às linhas de comunicação, a tecnologia, o aumentoda produtividade, e consequentemente lucros vultosos para a classe empresarial, para tanto, o desemprego, o trabalho informal, a precarização do trabalho, reformas trabalhistas, a terceirização e o adoecimento desse trabalhador devido ao trabalho, estas são respostas a todas essas mudanças no bojo da 3ª revolução industrial (Antunes, 2020).
 Às transformações ocorridas no capitalismo a partir das ultimas três décadas do século XX, impactaram profundamente o mundo do trabalho. (Ianni,Otávio 1997) A globalização nada mais é do que um novo surto de Universalização do capitalismo como modo de produção e processo civilizatório. Não é só globalização do capitalismo, mas também globalização do mundo do trabalho. Neste contexto o fordismo cede espaço aos toiotistas e divisão transnacional do trabalho, onde a exigência da qualificação faz com que a juventude procure melhor se qualifica com uma nova política multifuncional, que não ocorria no modelo fordista, onde o trabalhador desenvolvia função especializada apresenta para o desafio do trabalho, e acaba por encontrar dificuldades para adentrar o mercado de trabalho, quer seja procurando estágios, o emprego informal, a falta de experiência, e é neste novo cenário que vários obstáculos têm que serem superados, a redução de ofertas de empregos, altas qualificações exigidas, a própria gerencia do mercado com o fator automação das empresas e sugestivo encolhimento de vagas. Em relação ao jovem negro periférico, com baixa escolaridade, com pouco desempenho produtivo é obrigado ao subemprego, tornando-o um trabalhador.
2 - CIÊNCIA POLÍTICA
No Brasil, a pandemia covid-19 tiveram fortes impactos na economia que foi sentida na oferta de empregos formais, crescendo cada vez mais o emprego informal e precário, abre parênteses para uberização. Recentemente vimos à primeira greve dos entregadores de aplicativos, visto que algo não estava bem. Chama atenção que o trabalhador na informalidade não tem benefícios sociais, não tem assistência do governo e ficam à mercê da precarização das relações trabalhistas.
 Com horas de trabalho exaustivas, baixa remuneração e sem direitos a benefícios sociais. A instabilidade do trabalho hoje tem um efeito imediato, mas também terá consequências em longo prazo. No longo prazo, pode haver um grande número de trabalhadores tentando encontrar um trabalho e não encontrarão, e não terão aposentadorias. Muitos trabalhadores procuram o emprego de carteira assinada e não encontrará, esse modelo haja vista que a classe trabalhadora passa por situações de completa desestruturação devido à globalização, e o modelo Neoliberal que estão inseridos. 
Além disso, desde a aprovação da reforma trabalhista, a orientação do governo é tornar o mercado flexível. Segundo Otávio Ianni (1997): a flexibilidade consumo A acumulação flexível encobre rápidas mudanças no padrão de desenvolvimento, aumento do setor de serviços. Esta é uma situação geradora de grande preocupação e, a menos que seja feita alterações na lei. É difícil acreditar que essa situação possa ser revertida nos próximos anos. Implicam em desajustes do poder sindical, enfraquecido, menores salários, aumento da competição entre as empresas.
Na contextualização da pandemia covid–19, com o fechamento de estabelecimentos comerciais o número de pessoas envolvidas na entrega de aplicativos aumentou. Há no mínimo três razões para isso: crise econômica, transformação da tecnologia e reforma trabalhista. A crise econômica eliminou a possibilidade de novos empregos remunerados, o que obrigou muitas pessoas a buscarem empregos informais como entregador de aplicativos e outras plataformas que prestam esses serviços.
Ricardo Antunes (2020) diz que ainda é um privilégio da servidão, a suberização do trabalho, “se homens e mulheres tiverem sorte hoje, o seu trabalho será precário”. Serão servos, e isso ainda assim será um privilégio, em comparação com o desastre ainda maior, que é o do desemprego. A transição de tecnologia atualmente acelerada remove as barreiras para fornecer serviços por meio dessas plataformas. Essa tecnologia de telecomunicações aproxima os atores econômicos e mantêm as pessoas em contato com o mercado de trabalho para viabilizar a entrega. 
Um grande problema encontrado é que a reforma trabalhista de 2017 tornou o ambiente de trabalho do país flexível. Mesmo sem emprego, o recrutamento tornou-se mais maleável, aparecendo na forma de trabalho autônomo. Além dos impactos econômicos, o crescimento nos serviços de entrega, (delivery) impacta também na saúde dos trabalhadores, acredita-se que a precarização do trabalho irá piorar no pós pandemia.
Outro fator atordoante segundo Ricardo Antunes (2020) é a terceirização que traz no seu bojo a precarização em forma de desestruturação da classe trabalhadora, com jornadas prolongadas e baixos salários, nas condições insalubres e de insegurança causando adoecimentos do trabalhador. O discurso empresarial é gestado de modernização visando a especialização das atividades produtivas. E jogando a carga de responsabilidades para o trabalhador que não tem direito de adoecer e ser exposto a acidentes trabalho.
3 - SOCIOLOGIAS CRÍTICA
 
Com o advento da Pandemia no Brasil, a crise da saúde foi exposta, como o estado tem agido para mediar a grave circunstância que se encontra os mais vulneráveis, ou seja, os moradores de rua, favelas, e periferia, desempregados e todos que de uma formar ou de outra era uma população invisível. Passaram a serem notados, com a chegada do vírus. No Brasil várias cidades, capitais, municípios enfrentaram situações de fragilidade quanto ao sistema de saúde. 
Governadores e prefeitos tomaram decisões contrárias ao governo Federal, que não viam necessidade do isolamento social, e sim dizendo que era apenas uma gripezinha que morreria pessoas e daí? A preocupação central do governo Federal seria salvar a economia. Os municípios de vários Estados tiveram dificuldades no atendimento dos casos mais complicados de Covid-19, os que necessitavam de internações e vagas de UTIs e aparelhos respiratórios.
Cita: Márcia Leite em seu artigo, fala sobre a crise sanitária, que muitos pensam que poderiam reformular o sistema capitalista, florescer estimular a solidariedade pela consciência, pois na sociedade dependemos de todos, mas a autora não crê que isto ocorra para ela, à realidade é bem outra, politica da precariedade das crises da situação da Pandemia foi uma necessidade retomar os princípios keynesianismo, tais como: Medidas emergenciais, renda mínima/ salário Universal, financiamento para a ciência não vinculada ao mercado, política de habitação será que se faz necessário repensar o Estado mínimo? 
Márcia Leite cita o governo dos pobres desenvolvido pelo governo do presidente Bolsonaro, como reflexos do governo Trump, neoliberal e americanizado. Márcia cita Klein como forma de desconstrução do processo democrático do que ainda nos resta. Coma as precariedades juntadas sejam de ordem biopolítica economia e social, Foucault (2002[1997]) designou como biopolítica, como “fazer viver”, como gestão da população que tem como objeto a vida, contribuir com políticas que ajudam a viver. Estamos em um dilema o fazer viver e o fazer morrer. 
 Foucault, autor que estuda o Biopoder a subjugação dos corpos e o controle das populações. Para Foucault o racismo sintetiza uma tecnologia do poder de quem deve viver e quem devem morrer, por meio de instituições que controlam a populações Estados tem o direito de usar a força quando necessário. Lorenzine 14/04/2020 diz a respeito que o processo degradante da biopolítica é vidas serem pensadas de forma hierarquizada. A pandemia contribui para acelerar esse processo de quem poderia ser deixada de forma negligenciada viver ou morrer e a classe burguesa outros critérios de atendimento.
 (GRUPPI, 1978, p. 5) A classe burguesa, sentido político e econômico, mantem no poder com estratégias, de confiabilidade nos setores da sociedade civil. Gramsci chama a atenção para o desempenho do Estado que seorganiza com a finalidade única de manter coesa a classe dominante, economicamente, política, sua concreta força atual, o Estado é hegemônico produz um complexo jogo com o aparelho repressivo, no modelo estado ampliado Martin, Cornoy. Gramsci autor que viveu em pleno fascismo foi condenado a 22 anos de cadeia pelas suas ideias, sabe bem dizer o que é o fascismo e suas práticas autoritárias. 
 
A ausência do Estado aumenta as taxas de mortalidade do covid-19, com a pandemia as contradições existentes entre capital e trabalho só aumentaram, gerando crises para os moradores das favelas e periferias, o espaço urbano é dimensionado pelo capital, tutoreado pelo estado que como diz Gramsci é regulado pelo Estado e sua hegemonia, visualizado nos meios de comunicação pela ideologia burguesa, Ao estado é dado o controle da vida social, as camadas populares que exercem atividades informais, não são bem vista pelo Estado não são contempladas por políticas públicas. 
Existem diferenças entre os cidadãos de bem e os favelados, trabalhadores e bandidos. A partir da Pandemia, não estaremos mais isentos, o vírus causou impactos nefastos, econômicos, políticos e sociais. Os moradores das favelas se viram entregues a própria sorte, tanto é que eles mesmos se organizaram para enfrentarem condições financeiras para adquirir sustento básico para a família, porque já não tinha onde trabalhar, conforme o isolamento social.
4 - FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
	
Para a formação da profissão de Assistente Social, são necessários os estudos históricos, teorias e métodos do serviço social que auxiliam o bom desempenho da profissão. (Pleiteando a Igreja Católica que tinham como suporte filosófico do tomismo filosofias Santo Tomás de Aquino) com as classes trabalhadoras desprotegidas e a Igreja vai intervir junto a essa população menos favorecida, o Estado propõe a paz e a política, a Igreja a caridade com a justificativa que todos pratiquem o bem. Diante de estudos históricos de uma religiosidade, os ricos cumprirem com seus deveres de auxiliar a classe empobrecida e a Igreja com a caridade, com cestas básicas.
No século XX o agravamento da questão social que coloca a população brasileira a mercê de políticas do Estado, a ditadura militar compromete a democracia, foi um dos períodos de arrocho dos direitos sociais, principalmente para os trabalhadores, com a políticas autoritárias endereçadas a classe menos favorecida. Originou uma situação de politicas ultraconservadoras DIREITISTAS, concebidas de Atos Institucionais. Dessa forma, o objetivo era preparar a população para viver um sistema sócio econômico-político, com vigilância do Estado.
O serviço social surgiu no Brasil na década de 1930. Nesse período, o País passava por turbulências sociais, diversas manifestações da classe trabalhadora, que reivindicava por melhores condições de trabalho e justiça social, sobre pressão, o Governo decide controlar por meio de criação de organismo normalizadora e disciplinar as relações de trabalho. Nesse período Igreja passou a oferecer uma formação especifica para moças de famílias tradicionais com intuito de exercer ações sociais. 
A primeira escola de serviço social inicia em São Paulo 1936 em 1937 no Rio de Janeiro, Em 1940 e 1950, o serviço social brasileiro passou a receber influência Norte-americana, sendo muito marcado pelo tecnicismo. Nessa década, se destacou a reatualizarão do tradicionalismo profissional e uma ruptura com conservadorismo. Já na década 1979 a profissão de assistente social no Brasil se tornou laica, e passa a fazer parte das ciências Sociais; na década de 1990 o Serviço Social foi tomando uma dimensão mundial no Brasil principalmente as questões sociais com ampliação nos campos de atuação e passa atua no terceiro setor. 
O serviço social foi regulamentado pela a Lei 8.662/1993, que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais Segundo IAMAMOTO e Carvalho (1988, p. 129), se “as Leis Sociais são, em última instância, resultantes da pressão o proletariado pelo reconhecimento de sua cidadania social, o Serviço Social origina-se numa demanda diametralmente oposta”- (PORTAL EDUCAÇÃO).
Serviço Social é uma profissão de nível superior com quatro anos de duração profissionais que atua nas áreas de ações social, formulação, gestão e execução da política social é indiscutivelmente, peça importante para o processo de institucionalização das políticas públicas, tanto para a afirmação da lógica da garantia dos direitos sociais, como para a Consolidação do projeto ético-político da profissão. Portanto, o enfrentamento dos desafios nesta área torna-se uma questão fundamental para a legitimidade ética, teórica e técnica da profissão. 
No relacionamento com a Igreja Católica Agência de Serviço Social Brasileira (Revista Kalalysis) estabelecerá seu primeiro objetivo político/social com base em sua postura humanista conservadora, contrária ao liberalismo e ao pensamento marxista, a fim de buscar restaurar a face da Igreja a hegemonia do pensamento social. Já na década de 1940, o conservadorismo católico que existia no início do serviço social no Brasil começou a crescer consideravelmente na proteção social, a Constituição Federal de 1988 garante isso e está previsto, por exemplo, na ECA, nas LOAS e no SUS, ela não foi quebrada nos últimos anos desde a década de 1990.
 As características neoliberais foram expandidas desde então, tendo em vista as necessidades sociais da população. Orientações, ativação e avaliação, são apenas alguns dos atributos dos profissionais do serviço social, essenciais para permitir o acesso para que os direitos das pessoas sejam garantidos, principalmente em situações de pandemia. Os assistentes sociais estão familiarizados com a realidade da população. Portanto a prática dos profissionais do serviço social é um desafio diário que exige ética, responsabilidade e comprometimento.
CONCLUSÃO
Portanto são inúmeras as questões que de fato precaría a vida dos trabalhadores, com a Pandemia a situação tornou-se flatuosa em termos globais. Diversos setores da economia sofreram fortes perdas, diminuíram a produção das indústrias, o comercio vendeu menos, consequentemente refletiu no trabalhador que viu muitas expectativas ruírem-se; a juventude brasileira foi um dos segmentos da população atingida, viu a oferta de trabalho ser diminuídos diante da pandemia com a incursão de vários desempregados, seguidos pela situação de perdas de direitos, de readaptação dos modelos de trabalho abrangendo uma rotatividade de mão de obra como nunca vista. 
Os estudantes da escola pública com a Pandemia foram obrigados a adaptar em situações que exigiam computadores, celulares e acesso a internet de boa qualidade, o que ficou bem claro diante das realidades regionais diferenciados que muitos alunos não iriam conseguir acompanhar as aulas on-line. Apropriadamente como fator e símbolo de modernização se expandiram em escala mundial e também no Brasil a suberização com um estilo informal ganhou dimensões nas capitais do país, com flexibilidade de horários e de jornadas. 
A verdade é que assistimos de fato a precarização do trabalho de forma pacífica a terceirização mante-se na mesma linha, Cito Ricardo Antunes com PL 4.330 ou PLC 30 mantém a legalização da precarização do trabalho. E expande para todos os setores da economia, como as chamadas OSs. Sabemos que para Gramsci o conflito de classes é inerente às relações de produção características da sociedade capitalista. Caracterizado pela globalização do capital e do trabalho.
O desemprego que perdura já algum tempo no nosso país é responsável por colocar populações vulneráveis na cadeia da violência e da mortalidade Enquanto a falta de politicas públicas atrai o biopoder e a biopolitica, citado por Foucault (2002), temos a Micropolítica síntese de tudo que foi dito aqui como meio de hierarquizar a vida, a pandemia trouxe maior reflexão diante desse modelo Neoliberal, vimos que não contemplou e aindateve que ser posto de lado, criando o estado responsável, pelas vidas, a solução foi o auxilio emergencial.
Na disciplina Fundamentos Teóricos Metodológicos o próprio nome diz é fundamental que a profissão de Assistente social seja escolhida por vacação, o profissional tem estar sempre em buscar e ampliando conhecimentos dedicação a leitura de bons livros de autores referenciais, revista, artigos, participar de seminários, conferências, congresso, o assistente social tem que se manter informado das leis, políticas públicas. Sua atuação cotidiana e de intervir, estar ao lado da população desfavorecida dos seus direitos, o assistente social não pode ser estático. 
REFERENCIAS:
ALVES, Giovanni. Dimensões da Reestruturação Produtiva: ensaios de sociologia do trabalho. 2. ed. Londrina: Praxis; Bauru: Canal 6, 2007.
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho?: Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 12. ed. São Paulo: Cortez; Campinas: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 2007.
IAMAMOTO, Marilda V. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social. Ensaios críticos. São Paulo, Cortez Ed., 1992. 
 
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. São Paulo: Nova Cultural, 1996. Livro I. (Os economistas).
O jovem e o mercado de trabalho. Disponível em:
 <https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-insercao-jovem-no-mercado-trabalho.htm>;<https://www.unirios.edu.br/revistarios/media/revistas/2017/14/juventude_e_trabalho.pdf>;<https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/abril/em-live-secretaria-fala-sobre-o-papel-do-jovem-na-pandemia>. Acesso em 14 de outubro de 2020.
Precarização do trabalho. Disponível em:
 <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conflitos-precarizacao-no-mundo-trabalho.htm>;< http://www.mundosindical.com.br/Noticias/47113,Pandemia-da-covid-19-acentuou-precarizacao-das-relacoes-de-trabalho>. Acesso em 20 de Setembro de 2020.
Antunes Ricardo, O privilégio da servidão: novo proletariado de serviços na era digital-2ª ed.SP,Boi Tempo,2020
Oliveira Amurabi, in As desigualdades no contexto da Pandemia do Covid-19, boletim nº 85 Ciências sociais.16/07/2020
Leite Pereira Marcia, Biopolitica da precariedade em tempos de Pandemia, UERJ. Dilemas-Revista de estudos de conflitos e controles sociais, reflexões na Pandemia, pp, 1-16, RJ-2020 .
Karl, Marx. O dezoito Brumário de Lois Bonaparte. SP Centauro 2006 Neto José Paulo, Ditadura do serviço social., uma análise dos serviço social, pós 64, 9ªed.São Paulo Cortez,2020.
GRUPPI, Luciano. Tudo começou com Maquiavel: as concepções de Estado em Marx, Engels, Lênin e Gramsci. 5 ed. Porto Alegre: L&amp;PM Editores, 1985.
CARNOY, Martin. (Trad.IL-PUC/Campinas). Estado e teoria política. Campinas: Papirus, 2006
Karl Marx e Friedrich Engels, A Ideologia Alemã, Ed, Martins Fontes SP 2009.
Ianni, Otávio; A era do Globalismo, 3 Ed, RJ civilização brasileira, 1997.
3