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Fichamento - História Econômica do Brasil

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Departamento de Economia 
Discente: Lucas Cardoso dos Santos
Matrícula: 19/0111992
Texto: História Econômica do Brasil – Caio Prado Junior
Capítulo 1. O meio geográfico
O Brasil se apresentava apenas como uma extensa faixa litorânea com pouco ou quase nada de extensão ao interior, o reflexo disso se via na primeira unidade regional que era voltada ao mar pela facilidade de se sair e partir em direção a Portugal. O clima na região litorânea era de calor forte e com bastante chuva, os solos férteis também se tornará um atrativo para a agricultura tropical que será a base econômica durante boa parte do Brasil enquanto colônia. Algumas regiões do território se tornará mais atrativo para a ocupação efetiva, por exemplo, o planalto se tornará mais atrativo do que o interior nordestino.
Conforme vamos vendo com o decorrer da interiorização apresentada no texto, notamos como algumas regiões demandaram um tempo maior para ser ocupada e tenha um princípio para a utilização daquela terra. Como conhecemos o território sul-americano era dividido entre as coroas ibéricas e cabia aos espanhóis explorarem a parte que lhes “pertenciam”, porém, eles acabam esbarrando na cordilheira dos andes e não foi possibilitado a chance de explorar o território.
Capítulo 2. Caráter inicial e geral da formação econômica brasileira
No século XIV as rotas comerciais na Europa era quase que unicamente por vias terrestres e as rotas marítimas eram basicamente para navegação costeira e no século XV isso começa a sofrer alterações com uma revolução marítima que revelará novos sistemas de relações internas e a expansão europeia ultramarina, com todo esse processo revolucionário caberia a Portugal, que se situava em melhor condição geográfica, angariar recursos com comerciantes para a construção e mantimento dos navios. Com isso foram até a costa ocidental da África e descobriram as ilhas de Cabo Verde, Madeira e Açores. Eis que nos meados do século XV os portugueses planejarem atingir o Oriente realizando o contorno na África, criando assim uma rota que daria contato direto com as Índias que eram famosos por suas especiarias. Os espanhóis também se lançaram nessa “corrida” e escolheram ir pelo Ocidente ao invés do Oriente como planejaram os portugueses e nisso acabam descobrindo a América, os espanhóis foram seguidos pelos portugueses que também topariam com o novo continente. O foco dos europeus era inicialmente comercial o que causava um certo desinteresse pelas terras que eram vazias, quando se começa a falar em colonização dessas terras era algo variado, boa parte das terras eram usadas para a extração de produtos fáceis nas terras.
Capítulo 3. Primeiras atividades a extração do Pau-Brasil
Nos últimos anos do século XV as costas brasileiras passam a serem frequentadas, mas não era o foco fazer algum descobrimento de terras e sim achar um caminho para as Índias. Como não havia nada de interessante para os mercadores-navegantes demorou-se até que se interessassem pelo Pau-Brasil, além de usarem os índios para conseguir a matéria prima os portugueses entraram em conflitos com os franceses pelas terras mais proveitosas o que também afeta os índios que começam a atacar franceses e portugueses. O Pau-Brasil perde interesse rapidamente e se torna uma exploração esporádica e pelo fato do esgotamento da madeira, mas a partir de 1530 isso mudará com o início da agricultura.
Capítulo 4. Início da agricultura
No século XVI, o rei de Portugal não estará convencido sobre o direito do território brasileiro, mesmo aprovação do papa e os guarda-costas que estavam sobre o território, os franceses estavam incomodando. A ocupação efetiva e a colonização surgem como meio de defender mais amplamente o território brasileiro. A princípio ninguém se interessava em vim para o Brasil realizar tal ocupação, por fatores como: o mercado do Oriente chegava em seu apogeu, a população em Portugal era baixa, cerca de 2 milhões de habitantes. A solução encontrada era de conceder poder sobre essas terras para quem se oferecesse a ir, no total são 12 os que se arriscam a ir, com isso surge as capitanias. Encontrou-se no Brasil, uma oportunidade única de se plantar cana-de-açúcar que não tinha em abundancia na Europa e poderia surgir um monopólio do açúcar. Porém para que compensasse o investimento no plantio era necessário grandes plantações e grande fornecimento de mão-de-obra, a mão-de-obra era bem escassa então a solução encontrada era a da escravização, no Brasil particularmente começou com os índios que após alguns conflitos com os colonos a coroa decide em 1570 atribuir a escravização dos índios ao fator da “guerra justa”. A solução encontrada foi a substituição pelo escravo africano. O açúcar se torna a base para a economia brasileira e até o século XVII o Brasil será o maior produtor de açúcar do mundo.
Capitulo 5. Atividades acessórias 
O Brasil necessita além de ser forte nas exportações manter quem estava aqui trabalhando como que chamamos de economia de subsistência. Quem produzia para o atendimento interno era geralmente um camponês europeu que era auxiliado pela sua família e em alguns casos por escravos e a população indígena contribuiu também para o auxílio dos pequenos produtores. Tubérculos, essencialmente a mandioca era a base de alimentação vegetal para as colônias, acompanhava também arroz, feijão e os frutos que eram considerados exóticos (banana, laranja), a pecuária também entra com função de satisfazer a população.
Capitulo 6. Novo sistema político e administrativo na colônia
Entre 1580 até 1640 Portugal esteve sobre o domínio da Espanha, mas mantinha a sua autonomia, esse período, entretanto foi bastante prejudicial para Portugal a sua marinha e o império colonial estavam frágeis. Essa fragilidade fez com que a soberania de Portugal fosse contestada por alguns países como os holandeses que em 1630 ocuparam Pernambuco, sul do Alagoas e norte do Maranhão sendo expulsos apenas em 1654. Todas essas circunstâncias associado a privação do comércio asiático fez com que a colônia fosse um alvo de emigração por parte dos cidadãos de Portugal. Em 1650, os portugueses já teriam ocupado de forma dispersa todo o território e em 1750 a Espanha volta a reconhecer a soberania de Portugal sobre a metade da América do Sul. Portugal passa a sancionar novas leis sobre as capitanias que voltam ao poder da coroa e sobre os navios que vinham de fora, dando um acesso especial para a Inglaterra, França e Holanda.
Capítulo 7. A mineração e ocupação do centro-sul
Havia já no Brasil uma pequena coleta de minerais que era praticamente irrelevante, mas foi com as expedições dos bandeirantes que tinham como objetivo capturar índios que haviam fugido e nisso eles partiam rumo ao interior do Brasil e seguiam o curso do rio tietê até o rio Paraná e por volta de 1696 se fazem as descobertas realmente positivas do ouro na região onde hoje é Minas Gerais, especificamente na região de Ouro Preto. Em um movimento mais organizado que a agricultura a coroa portuguesa tinha um certo controle sobre o ouro por mais que a exploração seja livre a coroa cobrava um imposto de 20% sobre o ouro extraído. A coroa ficava em cima monitorando e fiscalizando a extração do ouro para poder tirar o máximo de lucro, como por exemplo, caso não houve uma fatura anual de 1,500 kg de ouro a coroa fazia o processo de derrame onde a população teria que arcar até que se completasse a cota estabelecida. Houve um grande acréscimo de população nas regiões onde encontrou ouro (Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso), se utilizou escravos africanos para realizar e extração do ouro. Entre 1700/1750 teve a explosão do ouro mesmo com um baixo nível intelectual foi possível se extrair ouro dos leitos dos rios com certa abundância, se não fosse também a ignorância dos colonos portugueses seria possível ver uma extração e refinaria do ouro em maior quantidade e qualidade, a pecuária também tem um desenvolvimento com a função de abastecer as minas. Em 1763 a capital muda para o Rio de Janeiro por uma questão logística porficar em uma rota das minas tendo assim duas rotas conhecidas como, Rota Velha e Rota Nova, nessas rotas foram identificados ataques de tribos indígenas às caravanas de ouro. A decadência do ouro acontece entre 1750/1800 pela má administração da coroa, a taxação excessiva e a falta de conhecimento técnico foram fatores fundamentais para que ocorresse o declínio do ouro e o Brasil se via voltado a arriscar na agricultura novamente.
Capítulo 8. A pecuária e o progresso do povoamento no Nordeste
A base econômica no Nordeste parte principalmente da pecuária com foco na Bahia e em Pernambuco, se tornaria mais acentuada conforme ia crescendo o período do ouro nas minas mesmo sofrendo concorrência de fazendas ao sul das minas e com a administração das minas fechando comunicações com o Norte para evitar um desvio de fluxo de ouro que ia para o RJ. E em meados do século XVIII o sertão nordestino se encontra no seu ápice e o gado produzido abastece toda região dos centros populosos do litoral, do Maranhão até a Bahia, porém pelo grande percurso até chegar nestas regiões a carne era pouca e de má qualidade.
Capítulo 9. A colonização do vale amazônico e a colheita florestal
Com esse processo de ida as minas e a interiorização do Brasil ficando cada vez mais forte, no Norte não foi diferente, por motivos políticos se funda a cidade de Belém do Pará em 1616 pelo fato de ingleses e holandeses insistirem em querer conquistar aquele território. No início se constituiu as lavouras de cana-de-açúcar, porém por questões climáticas em terrenos fluviais, seria difícil constituir um progresso com o plantio, até que se percebeu que no interior das florestas, cresciam cravo, canela e salsaparrilha e especialmente o cacau. No geral a floresta oferecia tudo de essencial para se tornar explorável, madeira, caça e coleta, a mão-de-obra foi fácil de se conseguir, os indígenas que existem no local eram numerosos e viviam essencialmente da caça e da coleta. Coube aos jesuítas além da catequização, desbravar o território usando a persuasão e com isso conseguiam criar um laço com os indígenas que os colonos leigos não tinham. Tal situação gerou conflitos entre os colonos e os jesuítas que precisou da interferência da coroa de maneira crucial, as aldeias passam ao domínio de administradores leigos e em 1759 os jesuítas são expulsos dos domínios de Portugal, mesmo com a abolição da escravidão dos índios eles passaram a ter um salário, mas com trabalhos com traços de serviçais. Após tentativas de ampliar as bases de produção na floresta amazônica, quem ali trabalhava e administrava via que só ficariam na pura colheita e ainda verá o cacau no futuro ter uma hegemonia na Bahia.
Capítulo 10. Renascimento da agricultura
Após o declive da mineração no Brasil, com a desvalorização do ouro nas exportações e nas inúmeras dificuldades que foram aparecendo, o Brasil acaba voltando sua atenção para a agricultura que surge como um refluxo para as atividades coloniais. Com a crescente da população europeia no século XVIII o mercado de produtos se estendeu novamente, desta vez impulsionado pela Primeira Revolução Industrial na Inglaterra, as guerras napoleônicas e a sucessão da Espanha impulsionaram o mercado. As Antilhas que desbancaram o Brasil na questão de produção de açúcar sofrem mudanças políticas e sociais severas e perdem força no mercado de exportação. Além do açúcar, surge também o algodão com extrema força e bem motivado pela revolução têxtil (Primeira Revolução Industrial), Portugal a início menosprezava o algodão até que se aumentou o uso dele no mercado europeu. A produção é tamanha que em algumas regiões o algodão serve como moeda, mas segue como sendo o principal produto de exportação do Brasil. Até que o algodão começa a entrar em queda pelos mercados produtores concorrentes e a produção caiará logo em seguida e as regiões produtoras de algodão não acharam um substituto à altura e entraram em colapso.

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