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aula 4 teoria geral da administração

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Disciplina: Teoria geral da administração
Aula 04: Teoria Estruturalista da Administração
Apresentação
Nesta aula,iremos ver as características da Prática Administrativa, os aspectos
administrativos e Princípios Básicos de Organização e definir as Funções do Administrador.
Objetivos
Estudar a sociedade das organizações;
Analisar das organizações, suas tipologias organizacionais, o ambiente e os conflitos
organizacionais.
Sociedade das organizações
Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de
organizações das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer.
Essas organizações são diferenciadas e requerem dos seus participantes
determinadas características de personalidade. As características permitem a
participação simultânea das pessoas em várias organizações, nas quais os papéis
desempenhados variam. O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os
grupos sociais iniciado pela Teoria das Relações Humanas para o das interações
entre as organizações sociais.
Da mesma forma como os grupos sociais interagem entre si.
01
Etapa da natureza. É a etapa inicial, na qual os fatores naturais, ou seja, os
elementos da natureza, constituíam a base única de subsistência da humanidade. O
papel do capital e do trabalho é irrelevante nessa etapa da história da civilização.
02
Etapa do trabalho. A partir da natureza, surge um fator perturbador que inicia
uma verdadeira revolução no desenvolvimento da humanidade: o trabalho. Os
elementos da natureza passam a ser transformados por meio do trabalho que
conquista rapidamente o primeiro plano entre os elementos que concorrem para a
vida da humanidade. O trabalho passa a condicionar as formas de organização da
sociedade.
03
Etapa do capital. É a terceira etapa na qual o capital prepondera sobre a natureza
e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da vida social.
04
Etapa da organização. A natureza, o trabalho e o capital se submetem à
organização. A organização, sob uma forma rudimentar, já existia desde os
primórdios da evolução humana do mesmo modo que o capital existira antes da
fase capitalista, pois, desde quando surgiram os instrumentos de trabalho, o capital
ali estava presente. O predomínio da organização revelou o seu caráter
independente em relação à natureza, trabalho e capital, utilizando-se deles para
alcançar seus objetivos.
Para atingir um alto grau de industrialização, a sociedade passou por
várias fases dentro da etapa da organização, apresentadas a seguir:
• O universalismo da Idade Média, caracterizado pela predominância do espírito
religioso.
• O liberalismo econômico e social dos séculos XVIII e XIX, caracterizado pelo
abrandamento da influência estatal e pelo desenvolvimento do capitalismo.
• A atualidade, que se caracteriza por uma sociedade de organizações.
• O socialismo, com o advento do século XX, que obrigou o capitalismo a enveredar
pelo caminho do máximo desenvolvimento possível.
 
 
Cada uma dessas quatro fases revela características políticas e filosóficas
marcantes. Etzioni visualiza uma revolução da organização com novas formas
sociais que emergem enquanto as antigas modificam suas formas e alteram suas
funções adquirindo novos significados. Essa evolução traz uma variedade de
organizações das quais a sociedade passa a depender mais intensamente. O
aparecimento de empresas de serviços, associações comerciais, instituições
educacionais, hospitais, sindicatos.
Resultou da necessidade de integração cada vez maior das atividades humanas em
formas organizacionais mais envolventes. As organizações não são satélites de
nossa sociedade, mas fazem parte integrante e fundamental dela. O aparecimento
de organizações complexas em todos os campos da atividade humana não é
separado de outras mudanças sociais: elas fazem parte integrante e fundamental
da sociedade moderna. (CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da
administração.)
 
Quer saber uma curiosidade? Então fique atento!
Amitai Etzioni nasceu 4 de Janeiro de 1929 em Cologne, Alemanha. Vem se
destacando como um dos autores mais importantes da Abordagem Estruturalista,
mais precisamente da Teoria Estruturalista da Administração. 
 
Sociólogo e professor das Universidades de Columbia e de George Washington
(EUA) e membro do Instituto de Estudo de Guerra e Paz. Estudou a integração da
organização com a sociedade como um fato social, atuando e agindo na sociedade. 
 
Em seu livro "Organizações Modernas" (1964), Etzioni relata as conclusões de sua
pesquisa sobre os diferentes tipos de organizações, classificando-as em três
categorias, analisando e comparando o controle e a autoridade.
 Amitai Etzioni
Organizações especialistas
Alto nível de especialização das pessoas, predominando autoridade e técnica;
Organizações não especializadas
Atividade de produção de bens; definição de objetivos específicos e controle
de metas;
Organização de serviços
Atividades de serviços; as pessoas não são vinculadas a organização, tendo
uma atividade temporária que pode ser definida por uma tarefa específica; o
vínculo se dá por contrato.
 Fonte: Shutterstock
As organizações constituem a forma dominante de instituição da moderna
sociedade: são a manifestação de uma sociedade altamente especializada e
interdependente que se caracteriza por um crescente padrão de vida. As
organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a
participação de numerosas pessoas.
Cada organização é limitada por recursos escassos e , por isso, não pode tirar
vantagens de todas as oportunidades que surgem, daí o problema de determinar a
melhor alocação de recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica
seus recursos naquela alternativa que produz o melhor resultado.
As burocracias constituem um tipo específico de organização; as chamadas
organizações formais. As organizações formais constituem uma forma de
agrupamento social estabelecida de maneira deliberada ou proposital para alcançar
um objetivo específico.
 
Você já parou para pensar sobre o papel do
homem na sociedade?
O que seria o homem organizacional? Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o
homo economicus, e a Teoria das Relações Humanas, o homem social, a Teoria
Estruturalista focaliza o homem organizacional: o homem que desempenha
diferentes papéis em várias organizações.
Na sociedade de organizações, moderna e industrializada, existe a figura do
homem organizacional que participa simultaneamente de várias organizações. O
homem moderno, para ser bem-sucedido em todas as organizações, precisa ter as
seguintes características de personalidade:
01
Flexibilidade, em face às constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, bem
como da diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações que
podem chegar à inversão, aos bruscos desligamentos das organizações e aos novos
relacionamentos.
02
Tolerância às frustrações para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito
entre necessidades organizacionais e necessidades individuais cuja mediação é feita
por meio de normas racionais, escritas e exaustivas que procuram envolver toda a
organização.
03
Capacidade de adiar as recompensas e poder compensar o trabalho rotineiro dentro
da organização em detrimento das preferências e vocações pessoais por outros
tipos de atividade profissional.
04
Permanente desejo de realização para garantir a conformidade e a cooperação com
as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira dentro da
organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais.
As organizações sociais são consequências da necessidade que as pessoas têm de
relacionar-se e juntar-se com outras pessoas a fim de poder realizar seus objetivos.
Dentro da organização social, as pessoas ocupam certos papéis. Papel é o nome
dado a um conjunto de comportamentossolicitados a uma pessoa, a expectativa de
desempenho por parte do grupo social e a consequente internalização dos valores e
normas que o grupo, explícita ou implicitamente, prescreve para o indivíduo.
O papel prescrito para o indivíduo é reforçado pela sua própria motivação em
desempenhá-lo eficazmente. Como cada pessoa pertence a vários grupos e
organizações, ela desempenha diversos papéis, ocupa muitas posições e suporta
grande número de normas e regras diferentes.
O movimento estruturalista não só reconheceu o conflito como inevitável , mas
também como desejável para tirar os empregados da zona de conforto .Ele deve
estimular a mudança. A Expressão conflito permite o aparecimento de diferenças
autênticas de interesses e crenças, cuja luta pode conduzir a uma verificação do
poder e do ajustamento do sistema da organização à situação real e,
fundamentalmente, à paz na organização.
Os comportamentalistas , sem questionar as bases dessa filosofia administrativa ,
foram um pouco mais longe ao admitir certo nível de conflito entre as necessidades
organizacionais individuais. Para os estruturalistas , o conflito entre grupos é um
processo social fundamental. É o grande elemento propulsor do desenvolvimento,
embora isso nem sempre ocorra.
Tanto na escola de Relações Humanas como a da Administração Clássica deixaram
de lado o assunto conflito. Esta sustentava a harmonia de interesses entre patrões
entre empregados , e aquela defendia que a harmonia podia ser conseguida pela
administração por meio de uma atitude compreensiva e terapêutica.
A habilidade de administrar conflitos, sem dúvida, é uma das qualidades mais
importantes que o gestor precisar possuir. Um estudo revelou que um gestor gasta
aproximadamente 30% do seu tempo lidando com conflito. 
 
Conflito pode ser definido como:

uma luta por valores e reivindicações de status, poder e
recursos escassos.
ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de; ROVIGATI, Danilo Alyrio; MACEDO, Marcelo Álvaro da
Silva. Princípios de negociação.)
Segundo Lalande,

conflito é uma relação de dois poderes ou de dois princípios
cujas aplicações exigem de um mesmo objeto
determinações contraditórias”. Em uma negociação, o
conflito, na maioria das vezes, sempre aparecerá, pois a
negociação não ocorre com todos, concordando ou não com
as propostas feitas.
A administração de conflitos foi considerada mais importante que a tomada de
decisão, a liderança e a comunicação
1- O conflito pode ser estimulado pelos atributos estratégicos nas
seguintes situações:
• quando os empregados não são envolvidos na elaboração e na implementação do
planejamento estratégico; 
• quando os empregados desconhecem a missão , a visão e os valores que são
compartilhados pela equipe diretiva; 
• quando os valores compartilhados são vistos de formas diferentes por
empregados e diretores; 
• quando os empregados desconhecem a importância do alcance dos objetivos de
seus setores para a consolidação dos objetivos da organização como um todo; 
• quando os empregados não conhecem o orçamento e ou quando podem investir
para manter um serviço de qualidade.
2- Os atributos estruturais envolvem os elementos que servem de base
para delinear a estrutura organizacional:
• A organização não possui uma estrutura clara quanto às relações de mando e
subordinação; 
• a organização não possui um manual de normas e procedimentos com as
operações básicas; 
• a organização não possui claramente definidas as atribuições dos cargos; 
• a estrutura organizacional não é compatível com o modelo de gestão e com a
missão, visão dos valores e os objetivos da organização.
3- Os atributos processuais demonstram a dinâmica da organização. Como
exemplo, podemos citar: tipo de cultura organizacional, estilo de liderança,
modelo de gestão, estrutura de poder, nível de inovação e mudança,
processo de comunicação. O conflito pode ser estimulado, por exemplo,
por meio do processo de comunicação nas seguintes situações:
• quando o diretor da organização não tem certeza das consequências do que está
comunicando de cima para baixo; 
• quando os gerentes ignoram o que foi comunicado de cima para baixo; 
• quando as gerências administrativas e comercial distorcem o que foi comunicado; 
• quando a gerência administrativa filtra o que é comunicado para o diretor da
organização, repassando deste modo, apenas o que for de seu interesse.
4- Os atributos ambientais envolvem o ambiente direto (clientes ,
fornecedores, concorrentes, órgãos regulamentadores) e indireto
(tecnologia , economia, demografia, ecologia, dentre outras) da
organização.
O conflito pode ser demonstrado pelo ambiente interno e direto nas seguintes
situações:
• quando os gestores das organizações não acompanham as modernizações
tecnológicas; 
• quando os gestores das organizações ignoram a responsabilidades social; 
• quando os gestores das organizações não respeitam os aspectos legais impostos
pelos governo; 
• quando o pessoal da linha de frente trata o cliente como um número;
As técnicas geralmente utilizadas na resolução de conflitos são as seguintes:
Abstenção
Ocorre quando o gerente técnico procura se afastar ou ocultar a situação de
conflito.
Acomodação
O gerente administrativo procura manter relações harmoniosas, colocando as
necessidades e as preocupações dos outros acima das suas.
Imposição ou coerção
O gerente operacional procura satisfazer suas próprias necessidades à luz da
outra parte. Essa situação fica evidente quando o gerente faz uso de sua
autoridade formal para solucionar uma disputa.
Acordo ou conciliação
Exige que cada uma das partes envolvidas no conflito abra mão de alguma
coisa de valor. Podemos citar quando a alta administração negocia salário com
o nível operacional. O acordo pode ser uma ótima estratégia quando as partes
conflitantes possuem o mesmo poder, quando é desejável alcançar uma
solução temporária para uma questão complexa e quando as pressões do
tempo exigem uma solução ágil.
Colaboração
Quando todas as partes envolvidas no conflito buscam satisfazer seus
interesses em uma solução que todos ganham. Nesse caso, quando as
pressões do tempo são mínimas, quando todas as partes desejam seriamente
uma solução vantajosa para todos.
As organizações são uma forma de instituição predominante em nossa sociedade,
altamente especializada e interdependentes. Elas permeiam todos os aspectos da
vida moderna e envolvem atenção, tempo e energia de numerosas pessoas.
Possuem uma estrutura interna e interagem com outras organizações e com o
ambiente.
São concebidas como unidades intencionalmente construídas e reconstruídas a fim
de atingir objetivos específicos. (ANDRADE, Rui Otavio. Teoria geral da
administração, p.145. cap. 11).
Para facilitar a análise comparativa das organizações, os estruturalistas
desenvolvem tipologias de organizações para classificá-las de acordo com certas
características distintivas.
Tipologia de Etzioni
Segundo Etzioni, as organizações possuem as seguintes características:
Durkheim acreditava que Sociologia deveria abster-se de estudar as
individualidades dos sujeitos e debruçar-se sobre estudos generalistas acerca dos
fatos sociais, definidos por ele como os aspectos de nossa sociedade que moldam
as nossas ações em sociedade: a Língua, o Estado e a Moral. Os fatos sociais eram:
01
Divisão de trabalho e atribuição de poder e responsabilidades. De acordo
com um planejamento intencional para intensificar a realização de objetivos
específicos.
02
Centros de poder. Controlam os esforços combinados da organização e os dirigem
para seus objetivos. Esses centros do poder precisam também reexaminar
continuamente a realização da organização e, quando necessário, reordenar sua
estrutura, a fim de aumentar sua eficiência.
03
Substituição do pessoal. As pessoas podem ser demitidas ousubstituídas por
outras pessoas para as suas tarefas. A organização pode recombinar seu pessoal
através de transferências e promoções. As unidades sociais controlam os seus
membros.
As organizações, como unidades sociais com finalidade específica, são unidades
artificiais: são planejadas se deliberadamente estruturadas; reveem
constantemente as suas realizações e se reestruturam de acordo com os
resultados. Nesse sentido, diferem das unidades sociais naturais, como família,
grupos étnicos ou comunidade. A artificialidade das organizações é uma
característica decorrente de dois fatores: a preocupação com a realização e a
tendência para serem mais complexas do que as unidades naturais.
Nas organizações, o controle informal não é adequado, pois não se pode confiar na
identificação dos seus participantes com as tarefas que devem realizar. Por isso, as
organizações impõem uma distribuição de recompensas e sanções para garantir
obediência às suas normas, regulamentos e ordens. Daí os meios de controle. Para
Etzioni, os meios de controle utilizados pela organização podem ser classificados
em três categorias: controle físico, material ou simbólico.
Controle Físico
É o controle baseado na aplicação dos meios físicos ou de sanções ou ameaças
físicas. O controle físico procura fazer com que as pessoas obedeçam por meio de
ameaças de sanções físicas, da coação, da imposição, da força e do medo das
consequências. A motivação é negativa e baseia- se em punições. Corresponde ao
poder coercitivo.
Controle material
É o controle baseado na aplicação de meios materiais e de recompensas materiais,
As recompensas materiais são constituídas de bens e de serviços oferecidos. A
concessão de símbolos (como dinheiro ou salário) que permitem adquirir bens e
serviços é classificada como material, porque o resultado para quem recebe é
semelhante ao de meios materiais. É o controle baseado no interesse, na vantagem
desejada e nos incentivos econômicos e materiais.
Controle normativo
É o controle baseado em símbolos puros ou em valores sociais. Existem símbolos
normativos (como se prestígio e estima) e sociais (como amor e aceitação). É o
controle moral e ético, por excelência, e baseia-se em convicção, fé, crença e
ideologia. A utilização do controle normativo correspondente ao poder normativo –
social ou poder normativo.
Cada tipo de controle provoca um padrão de obediência em função do tipo de
interesse em obedecer ao controle. Assim, existem três tipos de interesse ou de
envolvimento dos participantes da organização: Alienatário. O indivíduo não está
psicologicamente interessado em participar, mas é coagido e forçado a permanecer
na organização. Calculista. O indivíduo sente-se interessado na medida em que
seus esforços tenham uma vantagem ou compensação econômica imediata. Moral.
O indivíduo atribui missão da organização e ao trabalho dentro dela cumprido da
melhor forma possível porque lhe atribui valor.
Cada tipo de controle provoca um padrão de obediência em função do tipo de
interesse em obedecer ao controle. Assim, existem três tipos de interesse ou de
envolvimento dos participantes da organização: Alienatário. O indivíduo não está
psicologicamente interessado em participar, mas é coagido e forçado a permanecer
na organização.
Calculista. O indivíduo sente-se interessado na medida em que seus esforços
tenham uma vantagem ou compensação econômica imediata. Moral. O indivíduo
atribui missão da organização e ao trabalho dentro dela cumprido da melhor
forma possível porque lhe atribui valor.
A tipologia de Etzioni enfatiza os sistemas psicossociais das organizações. Sua
desvantagem é dar pouca consideração à estrutura, à tecnologia utilizada e ao
ambiente externo. Trata-se de uma tipologia simples, unidimensional e baseada
exclusivamente nos tipos de controle.
Tipos de
Organizações
dos Membros
Tipos de
Poder
Controle
utilizado
Ingresso e
Permanência
dos
Membros
Envolvimento
Pessoal dos
Membros
Exemplos
Organizações
Coercitivas Coercitivo
Prêmios e
Punições
Coação,
imposição,
força,
ameaça e
medo
Alienativo,
com base de
temor
Prisões e
peninteciárias
Organizações
Normativas Normativo
Moral e
ético
Convicção,
fé, crença e
ideologia
Moral e
motivacional
autoexpressão
Igrejas,
hospitais,
universidades
Organizações
Utilitárias Remunerativo
Incentivos
econômicos
Interesse,
vantagem
percebida
Calculativo,
busca de
vantagem
Empresas em
geral
Você sabe o que é Tipologia de Blau e Scott?
As tipologias de organização se baseiam em características e dimensões comuns a
várias organizações, como se elas existissem no vazio. As organizações estão
inseridas em comunidades e as relações entre os membros da organização, de um
lado, e o público, os clientes e as instituições externas, de outro, são aspectos
importantes que as tipologias anteriores omitiram.
É necessário considerar que as organizações existem para proporcionar benefícios
ou resultados para a comunidade. Blau e Scott apresentam uma tipologia das
organizações baseada no beneficiário principal (princípio do "cui bano"), ou seja,
quem se beneficia com a organização.
Os benefícios para a parte principal constituem a essência da existência da
organização.
Para Blau e Scott, há quatro categorias de participantes que se beneficiam de uma
organização formal:
Os próprios membros da organização.
Os proprietários, dirigentes ou acionistas da organização.
Os clientes da organização.
O público em geral.
 Em função dessas categorias de beneficiário principal que a organização visa
atender, existem quatro tipos básicos de organizações:
 
• Associações de benefícios mútuos, em que o beneficiário principal são os
próprios membros da organização, como as associações profissionais, as
cooperativas, os sindicatos, os fundos mútuos, os consórcios etc.
• Organizações de interesses comerciais, em que os proprietários ou acionistas
são os principais beneficiários da organização, como a maior parte das empresas
privadas, sejam sociedades anônimas ou sociedades de responsabilidade limitada.
• Organizações de serviços, em que um grupo de clientes é o beneficiário
principal. Exemplos: hospitais, universidades, escolas, organizações religiosas e
agências sociais.
• Organizações de Estado, em que o beneficiário é o público em geral. Exemplos:
organização militar, correios, instituições jurídicas e penais, segurança pública,
saneamento básico.
A tipologia de Blau e Scott tem a vantagem de enfatizar a força do poder e da
influência do beneficiário sobre as organizações a ponto de condicionar a sua
estrutura e objetivos. A classificação baseada no "cui bano" proporciona um melhor
agrupamento natural das organizações com objetivos similares. 
 
Da mesma forma que ocorre com a tipologia de Etzioni, a classificação de Blau e
Scott não fornece informações a respeito das diferentes tecnologias, estruturas ou
sistemas psicossociais e administrativos existentes nas organizações. Trata-se
também de uma tipologia simples e unidimensional (CHIAVENATO, Idalberto.
Introdução à teoria geral da administração, p. 302).
Para Rhenman, concentra-se o foco na vinculação entre características internas e
externas à organização, resultando dessa abordagem quatro tipologias. Veja o que
ela diz:
 
 
 
 
 
 
Marginais
São aquelas organizações que se caracterizam por não possuir nenhum foco
estratégico interno, tampouco missão interna. Suas mudanças estratégicas
constituem-se em oportunidades ou reativas.
Corporações
Correspondem àquelas organizações com foco estratégico interno, mas que
não tem nenhuma missão de fora para dentro.
Acessórias
Orientam-se apenas pela razão de interesses específicos externos que
determinam sua própria sobrevivência.
Instituições
Mantêm um foco estratégico interno euma missão imposta de fora que
poderão ou não se corresponder.
Objetivos Organizacionais
Os objetivos organizacionais constituem um campo de estudos
explorado pelos autores neoclássicos (APO) e estruturalistas.
As organizações são unidades sociais que procuram atingir
objetivos específicos; a sua razão de ser é servir a esses
objetivos. Um objetivo organizacional é uma situação desejada
que a organização tenta atingir. É uma imagem que ela
pretende para o seu futuro. Se o objetivo é atingido, ele deixa
de ser a imagem orientadora e é incorporado a ela como algo
real e atual.
Quando um objetivo torna-se realidade ele deixa de ser o objetivo desejado. Nesse
sentido, um objetivo nunca existe; é um estado que se procura e não um estado
que se possui. As situações futuras, embora sejam imagens, têm uma força
sociológica real e influem nas opções e reações das pessoas. Muitas organizações
possuem um órgão formal destinado a estabelecer os objetivos organizacionais e
suas modificações.
Em outras, os objetivos são estabelecidos por votos dos acionistas ou dos membros
da assembleia ou ainda pela pessoa que representa os acionistas ou que possui e
dirige a organização. A eficiência de uma organização é medida pelo alcance dos
objetivos propostos. A competência é medida pelo volume de recursos utilizados
para realizar a produção. A competência está ligada aos objetivos da organização,
mas não se confunde com eles. A competência cresce à medida que os custos (os
recursos utilizados) decrescem.

Atenção
As organizações podem ter, simultânea e legitimamente, dois ou mais
objetivos. Algumas acrescentam novos objetivos aos originais. No campo
acadêmico, por exemplo, existem organizações que combinam ensino e
pesquisa. Alguns hospitais funcionam também como centros de preparação
para médicos ou como centros de pesquisas.
Proposito das Organizações
Segundo Etzioni:

as organizações são criadas com algum propósito; são
destinadas a fazer alguma coisa material ou prestar um
determinado serviço. Seu trabalho visa diretamente a
algum fim. Se quisermos entender o comportamento da
organização, teremos que analisar este fim ou objetivo.
O objetivo pode ser compreendido como uma solução futura que a organização
como um todo deseja atingir; apresentando as seguintes funções: orientar as
atividades no sentido de alcançar um dado estado futuro; legitimar as atividades e
a existência organizacionais e servir como padrão, tanto para os membros internos
como externos, de avaliação de êxito da organização. 
 
Os objetivos organizacionais têm várias funções:
 
• A apresentação de uma situação futura: indica a orientação que a
organização procura seguir. Dessa forma, estabelece objetivos como linhas mestras
para a atividade futura da organização.
• Os objetivos constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades
da organização e, na verdade, até a sua própria existência.
• Os objetivos servem como padrões, através dos quais os membros de uma
organização eos estranhos a ela podem avaliar o êxito da organização, isto é, a sua
eficiência e o seu rendimento.
• Os objetivos servem como unidade de medida para verificar e comparar a
produtividade da organização. Os objetivos são unidades simbólicas ou ideais que a
organização pretende atingir e transformar em realidade. Toda a organização deve
buscar condições para manter-se e funcionar com eficiência.
 
Etzioni refere-se a dois modelos de organização:
Modelos de sobrevivência: quando a organização desenvolve objetivos que lhe
permitem simplesmente existir e manter a sua continuidade.
Modelos de eficiência: quando a organização desenvolve objetivos que lhe
permitem não apenas existir, mas também funcionar dentro de padrões de
crescente excelência e competitividade.
A definição de objetivos é intencional, mas nem sempre racional. Trata-se de um
processo de interação entre a organização e o ambiente. 
 
Para executar a missão, a organização deve se concentrar nas seguintes áreas de
interesse:
 
• Serviço ao cliente – fornecer serviços de qualidade aos clientes, no mínimo
igual o mais alto padrão da indústria.
• Serviço comunitário – promover o crescimento econômico e aumentar o
desenvolvimento da área total de serviços da organização.
• Relações com acionistas – garantir que todas as despesas sejam feitas de
forma a proteger e aumentar os investimentos dos acionistas; basear todo o
envolvimento da empresas em novos projetos sólidos e princípios econômicos. 
• Obrigações empregados/administração – monitorar e trabalhar para
melhorar a qualidade de administração e supervisão; promover alto grau de
profissionalismo em toda organização; garantir flexibilidade do plano corporativo
enquanto estabelece metas de desempenho para todos os níveis de empregados.
• Comunicação corporativa - esforçar-se para fornecer comunicações que
garantam informações sobre assuntos relevantes da organização e relativos à
energia; manter comunicações positivas com todos os que estejam em contato com
a organização, incluindo especificamente, clientes, legisladores, membros de
entidades governamentais, empregados, lideres da comunidade e da indústria;
melhorar a imagem que a comunidade tem da organização, sendo aberta às
necessidades dos clientes e da comunidade.
 
Ambiente Organizacional
As organizações vivem em um mundo humano, social, político e econômico. Elas
existem em um contexto ao qual denominamos ambiente. Ambiente é tudo o que
envolve externamente uma organização. Para os estruturalistas, o ambiente é
constituído pelas outras organizações que formam a sociedade. A organização
depende de outras organizações para seguir o seu caminho e atingir os seus
objetivos. A interação entre a organização e o ambiente torna-se fundamental para
a compreensão do estruturalismo.
A sociedade moderna é uma sociedade de organizações.
Os estruturalistas criticam o fato de que conhecemos muito a respeito de interação
entre pessoas, alguma coisa sobre a interação entre grupos e pouquíssimo sobre a
interação entre organizações e seus ambientes. Os estruturalistas ultrapassam as
fronteiras da organização para ver o que existe externamente ao seu redor: as
outras organizações que formam a sociedade, a sociedade de organizações. Assim,
passam a se preocupar não somente com a análise organizacional, mas também
com a análise interorganizacional.
A análise interorganizacional está voltada para as relações externas entre uma
organização e outras organizações no ambiente.
Dois conceitos são fundamentais para a análise interorganizacional: o conceito de
interdependência das organizações e o conceito de conjunto organizacional.
Interdependência das organizações com a sociedade 
Nenhuma organização é autônoma ou autossuficiente. Toda organização
depende de outras organizações e da sociedade em geral para poder
sobreviver. Existe uma interdependência das organizações com a sociedade
em geral em função das complexas interações entre elas. E algumas das
consequências dessa interdependência são: mudanças frequentes nos
objetivos organizacionais à medida que ocorrem mudanças no ambiente
externo e um certo controle ambiental sobre a organização, o que limita sua
liberdade de agir.
Conjunto organizacional
O conceito de conjunto organizacional é análogo ao de conjunto de papéis.
Cada organização ou classe de organizações tem interações com uma cadeia
de organizações em seu ambiente, formando um conjunto organizacional. A
organização que serve como ponto de referência é chamada de organização
focal. As relações entre uma organização focal e seu conjunto organizacional
são medidas pelos conjuntos de papéis de seu pessoal de fronteira, isto é, pelo
seu pessoal que está voltado externamente para o contato ou ligação com
outras organizações. Dessa maneira, os estruturalistas inauguram um novo
ciclona teoria administrativa: o gradativo desprendimento daquilo que ocorre
dentro das organizações para aquilo que ocorre fora delas.
Referências
Próximos Passos
• Abordagem Neoclássica - conhecer as características da prática administrativa, os
aspectos administrativos, os Princípios Básicos de Organização e definir as funções do
administrador.
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