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An o1o E nsi no Fu nd am en tal Ar ma nd o M ora es I M ari a S ole da de da Co sta Cida dan ia M ora l e É tica Man ual do E duc ado r – For ma ção Con tinu ada ME_SSE_ETICA_ROSTO.indd 1 05/01/2019 12:33 Impresso no Brasil. ISBN: 978-85-7236-025-8 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos, das ilustrações e dos textos contidos neste livro. A Distribuidora de Edições Pedagógicas pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes. As palavras que estão destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram modificações com o novo Acordo Ortográfico. Editoras Isabela Nóbrega Márcia Regina Silva Revisão de texto Equipe pedagógica Assessoria pegagógica Eduardo Pedroza Patrícia Senna Projeto gráfico, capa e editoração eletrônica Box Design Editorial Coordenação editorial Distribuidora de Edições Pedagógicas Ltda. Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha Recife – Pernambuco – CEP: 50760-310 Fone: (81) 3205-3333 CNPJ: 09.960.790/0001-21 – IE: 0016094-67 Manual do Educador | Cidadania Moral e Ética | 1o Ano Armando Moraes • Maria Soledade da Costa O conteúdo deste livro não sofreu alterações em função da BNCC, pois a disciplina não foi incluída no currículo básico proposto pela Resolução nº 2, de 22 de dezembro de 2017, do Ministério da Educação. ME_SSE_ETICA_ROSTO.indd 2 05/01/2019 12:33 Caro educador, O estudo da ética e da cidadania é fundamental no con- tínuo processo formativo dos educandos. Esse estudo vai além da simples demanda curricular, incutindo valores que vão ajudar os alunos a viver de forma sadia na sociedade em que estão inseridos. Ao organismo escolar, detentor da função de facilitador do aprendizado, recai a necessidade de permanecer alerta na tarefa de guiar os alunos em um livre desenvolver do pen- samento ético, para que os ensinamentos adquiridos se ade- quem da melhor forma a suas vivências particulares; sempre voltados para a construção da cidadania. Com este intuito, foi organizado o presente Manual do Educador, composto de orientações didáticas, dinâmicas, fundamentações teóricas e ideias em geral que poderão ser- vir como ferramentas para tornar suas aulas ainda mais fru- tuosas e prazerosas. Desejamos a você um bom trabalho, que desperte em seus alunos a necessidade de, onde quer que estejam, cola- borarem incessantemente para a construção de uma cultura de paz permanente no mundo, tendo a moral, empatia e ética como pedras basilares de seu agir. Um grande abraço! Armando Moraes e Maria Soledade da Costa Apresentação sh ut te rs to ck /A fri ca S tu di o ME_CMeE_1A_2017.indd 3 01/08/17 11:58 Sumário 5 Mensagem 6 Sumário do livro do aluno Unidade 1 10 Páginas do livro do aluno 34 Fundamentação Unidade 2 40 Páginas do livro do aluno 62 Fundamentação Unidade 3 68 Páginas do livro do aluno 89 Fundamentação Unidade 4 94 Páginas do livro do aluno 109 Fundamentação sh ut te rs to ck /S am ue l B or ge s P ho to gr ap hy ME_CMeE_1A_2017.indd 4 29/07/17 01:56 5Manual do Educador – 1o ano MENSAGEM Pedrinhas Um homem caminhava pela praia em uma noite de Lua cheia e pensava: “Se tivesse um carro novo, seria feliz; se tivesse uma casa grande, seria feliz; se tivesse um excelente trabalho, seria feliz; se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz”. Nesse momento, tropeçou em uma pequena sacola cheia de pedras e começou jogá-las uma a uma no mar. E cada vez dizia: “Seria feliz se tivesse...” Assim fez até que restou apenas uma pedrinha, que decidiu guardar. Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha era um diamante muito valioso. Quanto diamante teria jogado ao mar sem perceber? Muitas vezes, nós também jogamos fora nossos preciosos diamantes, tesouros, esperando o que acreditamos ser perfeito ou sonhado e desejando o que não temos. Cada pedrinha deve ser observada, pois pode ser um diamante valioso. Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso e insubstituível. Depende de cada um aproveitá-lo ou lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais recuperá-lo. E você, o que anda fazendo com suas pedrinhas, que podem ser... AMORES, AMIGOS, TRABALHO, e até mesmo seus SONHOS. Autor desconhecido sh ut te rs to ck /in xt i ME_CMeE_1A_2017.indd 5 29/07/17 01:56 Sumário do livro do aluno Sumário Unidade 1 8 Escola, lugar de gente feliz 14 A preparação 21 O caminho 25 Hora de sair, hora de chegar 29 Por que é importante estudar? Unidade 2 34 Minha sala de aula 38 Meus colegas, minha professora 44 Saber falar, saber ouvir… 49 Palavras mágicas 52 A biblioteca Unidade 3 58 Organização 61 Na escola, a gente também brinca! 65 Um recreio diferente 69 Lixo? Na escola? 76 Ser solidário Unidade 4 82 Quem dirige a escola 86 O porteiro 88 Mestre, um sábio que ama 91 Hora da limpeza Shutterstock.com/Monkey Business Images Cidadania Moral e Ética I 1o ano4 CMeE_1A_2017_01a96.indd 4 18/07/17 14:12 ME_CMeE_1A_2017.indd 6 29/07/17 01:56 7Manual do Educador – 1o ano 5 Orientação didática Minha escola Eduardo Decker Na minha escola todos gostam de estudar. Português, Matemática, quem é que não vai gostar? Na minha escola os professores são legais. Com eles, nós queremos aprender muito mais! Na minha escola de ano temos que passar. Mas para isso acontecer, não podemos só brincar. E para finalizar, não esqueça de estudar; o professor escutar, e as tarefas terminar. S hu tte rs to ck .c om /M on ke y B us in es s Im ag es S hu tte rs to ck .c om /L or en a Fe rn an de z Cidadania Moral e Ética I 1o ano 5 CMeE_1A_2017_01a96.indd 5 18/07/17 14:12 O texto abre a obra e a disciplina de forma descontraída. Cabe ao educador aproveitar o clima lúdico para estabelecer as direti- vas e objetivos da disciplina, aproveitando para colher as impres- sões que os alunos venham a ter do que seja ética e cidadania. ME_CMeE_1A_2017.indd 7 29/07/17 01:56 Unidade 1 CMeE_1A_2017_01a96.indd 6 18/07/17 14:12 Ao iniciar a disciplina, o educador pode aproveitar a abertura da unidade para lançar questionamentos pertinentes aos edu- candos, para desde já nivelar seus ensinamentos de forma que desde o início sejam de fácil compreensão e tangíveis. ME_CMeE_1A_2017.indd 8 29/07/17 01:56 E EU COM ISSO? • Por que você vai à escola? • A escola é o lugar perfeito para se falar e se ouvir! Por quê? • As bibliotecas são lugares de silêncio. Por que será? • Por que na escola existe o recreio? • Quem trabalha na escola? • Por que há criança que não vai à escola? CMeE_1A_2017_01a96.indd 7 18/07/17 14:12 Unidade 1 CMeE_1A_2017_01a96.indd 6 18/07/17 14:12 Estas indagações iniciais são oportunas para incentivar os edu- candos a pensarem em aspectos sobre a própria escola, como os objetivos que querem alcançar frequentando-a, e como transcorre seu funcionamento. O educador pode lançar mais questionamentos que se adequem à realidade particular de sua própria instituição. ME_CMeE_1A_2017.indd 9 29/07/17 01:56 10 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 8 Orientação didática Com os textos de abertura espera-se que as crianças se familiarizem com o ambiente escolar e tomem ciência de que este é um local de ativi- dades, diversão, novas experiências e várias pos- sibilidades. ESCOLA, LUGAR DE GENTE FELIZ Ouça a leitura a seguir. Na minha escola, todo mundo é igual Lá na minha escola, ninguém é diferente. Cada um tem o seu jeito, o que importa é ir pra frente. Na minha escola se aprende que não existe perfeição. E do que todos nós precisamos é de carinho e atenção. Que bom se todo mundo pudesse entender direito que tudo fica mais fácil sem o tal do preconceito. RAMOS, Rossana; SANSON, Priscila. Na minha escola, todo mundo é igual. São Paulo: Cortez, 2004.Já vimos que a escola é um segundo lar para nós. E é verdade! Aqui nos divertimos, aprendemos, fazemos amigos e ficamos felizes! Nossa! Quanta coisa podemos fazer: estudar, jogar bola, brincar com os colegas, ajudar na limpeza, pintar, ouvir música e fazer trabalhos ao ar livre. Na escola há muitas pessoas trabalhando, bem comprometidas e dedicadas para que tenhamos um ambiente saudável e seguro. Exercitamos o respeito e a tolerância, aprendemos a ser cidadãos. A cada dia, uma nova descoberta! Eu amo a minha escola! Para começar Estou na escola! É uma alegria! S hu tte rs to ck .c om /M on ke y B us in es s Im ag es Cidadania Moral e Ética I 1o ano8 CMeE_1A_2017_01a96.indd 8 18/07/17 14:12 Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 10 29/07/17 01:56 11Manual do Educador – 1o ano 9 Orientação didática Terminadas as atividades, o educador pode propor uma dinâmica de apre- sentação do alunado. As crianças organizarão seus assentos num círculo, vol- tados para dentro. Em seguida, cada uma delas, uma por uma, no sentido ho- rário, irão dizer seu nome, sua idade, de que escolas vieram, onde moram, etc. 1. Leia o texto Na minha escola, todo mundo é igual e sublinhe somente as frases que estão de acordo com o texto: a. Na minha escola, não temos carinho nem atenção. b. Na minha escola, ninguém é diferente, cada um tem seu jeito, o que importa é ir pra frente. c. Na minha escola se aprende que tudo fica mais fácil sem o tal do preconceito. 2. Escreva, no cartaz abaixo, palavras que simbolizam a escola. Resposta pessoal Para fazer Cidadania Moral e Ética I 1o ano 9 CMeE_1A_2017_01a96.indd 9 18/07/17 14:12 ME_CMeE_1A_2017.indd 11 29/07/17 01:56 12 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 10 Orientação didática O direito de ter um nome e o direito de estudar pertencem a todos os cidadãos! Por isso, quando falamos com alguém, é muito importante perguntar o seu nome e chamá-lo por ele. Existe um documento, a Carteira de Identidade, a qual serve para que, quando necessário, a pessoa mostre seu nome completo, sua idade, nome dos seus pais e onde nasceu. Esse documento, uma carteira plástica com foto, atesta que a pes- soa é realmente quem afirma ser. 3. Vamos fazer um documento importante no qual possamos deixar escritas nossas in- formações de estudante. Preencha os espaços abaixo completando o que se pede: Nome da Escola Meu nome Sou estudante da Turma Desenhe ou cole sua foto no espaço abaixo Minha(s) professora(s) Resposta pessoal Cidadania Moral e Ética I 1o ano10 CMeE_1A_2017_01a96.indd 10 18/07/17 14:12 As crianças devem começar a entender a im- portância dos documentos. Porque precisamos de uma identificação. Pois, dessa forma, ninguém pode ocupar o nosso lugar nos concursos, nos shows, nas passagens aéreas... Tudo isso faz a ci- vilização se organizar. Partindo do princípio que todos têm direito a ter um nome, esses documentos são a nossa identifi- cação como cidadãos. Explicar porque vai o nome dos pais, pois existem nomes iguais e em algum ponto da identificação ele vai diferir do outro do- cumento. Um slide com uma carteira de estudante bem visível e uma identidade será uma ótima fixa- ção desses primeiros documentos, além da certi- dão de nascimento! E que outros direitos as crianças têm além do nome? Deixar que eles procurem, pesquisem e na próxima aula já venham mais bem informados. ME_CMeE_1A_2017.indd 12 01/08/17 08:43 13Manual do Educador – 1o ano 11 Orientação didática 4. Você já ouviu falar dos direitos da criança? Crianças têm deveres a cumprir, tais como, obedecer aos mais velhos, colocar a sua roupa suja no lugar adequado, arrumar o quarto, fazer as tarefas escolares e algumas ativi- dades em casa, determinadas pelos adultos. Mas não é só isso, elas também têm direitos. Observando as imagens a seguir, complete a frase relacionando-a a cada ilustração. Direito a um nome. Direito à igualdade. Direito a cuidados, saúde. Direito a brincadeiras. Direito à escola. 1. Direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade. 2. Direito à proteção especial para o seu desenvolvimento físico, mental e social. 3. Direito a um nome e a uma nacionalidade. 4. Direito à alimentação, à moradia e à assistência médica adequadas para a criança e a mãe. 5. Direito à educação e aos cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente. 6. Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade. 7. Direito à educação gratuita e ao lazer infantil. 8. Direito a ser socorrida em primeiro lugar, em caso de catástrofes. 9. Direito a ser protegida contra o abandono e a exploração no trabalho. 10. Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos. S hu tte rs to ck .c om /P at ry k K os m id er , JP C -P R O D , G ag lia rd iIm ag es , Z ou Z ou , R aw pi xe l.c om Cidadania Moral e Ética I 1o ano 11 CMeE_1A_2017_01a96.indd 11 18/07/17 14:12 Pedir que os alunos tragam uma pesquisa com seis direitos das crianças es- critos na nossa Lei, para a construção de um mural. Na confecção do mural sobre os direitos das crianças, cada ponto deve ser explicado em linguagem acessível, mas é impactante que eles se acostumem com os termos e conheçam a lei. É importante que os alunos participem com desenhos e figuras. ME_CMeE_1A_2017.indd 13 29/07/17 01:56 14 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 12 Orientação didática 5. Desenhe, no quadro abaixo, alguns dos direitos que você mais gostou. Resposta pessoal Direito de criança Celi Redondo Vamos cantar! Criança tem que ter um nome, criança tem que estudar. Tem que ter um sobrenome e esperança pra poder sonhar. Criança não pode ter fome, criança tem que ter um lar. Tem que ter muita saúde e comida pra se alimentar. Criança tem que ter direito a brincar, pular, correr, saltar, cantar e pedir bis. Direito de aprender bem rápido ou devagar, criança tem que ser pra sempre bem feliz. S hu tte rs to ck .c om /R aw pi xe l.c om Cidadania Moral e Ética I 1o ano12 CMeE_1A_2017_01a96.indd 12 18/07/17 14:12 Aproveitando-se do clima de ludicidade do can- tar e do desenho, o educador pode separar o alu- nado em pequenos grupos e promover uma pe- quena gincana em que as perguntas e respostas girem em torno do tema “Direitos da criança”. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 14 29/07/17 01:56 15Manual do Educador – 1o ano 13 Orientação didática 6. Observe as figuras abaixo e faça um X nas que não são direitos das crianças. Pinte as figuras que são direitos das crianças. 7. Na música “Direito de criança”, podemos encontrar alguns deveres. Observe as ima- gens abaixo e encontre que deveres estão relacionados aos direitos. Escreva-os nos espaços ao lado. Comer tudo que está no prato Cuidar do seu quarto Ir ao médico Dividir alimento com os necessitados Cidadania Moral e Ética I 1o ano 13 CMeE_1A_2017_01a96.indd 13 18/07/17 14:12 As atividades com reforço visual tem a intenção de fixar na mente do alunado as ideias relacionadas ao que uma criança tem direito. A primeira atividade se refere à situações irregulares na vida infantil, enquanto a segunda mostra aos pequenos que as coisas ditas como “chatas” na realidade são benesses provenientes de seus direitos. ME_CMeE_1A_2017.indd 15 29/07/17 01:56 16 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 14 Orientação didática A PREPARAÇÃO A vida de estudante é muito importante e, para ser bom aluno, é necessário cumprir as tarefas na sala de aula, escutar o que os professores têm a falar, anotar na agenda o que é para ser feito em casa, caprichar na letra, dedicar tempo para estudar. Mas há também algo de muito valor que é a convivência! Saber conviver com todos que fazem parte da escola também é uma importante tarefa. 1. Pinte os quadrinhos que indicam atitudes corretas do bom aluno. Para começar Uma ação comunitária: crianças trazem um alimento nãoperecível e a escola leva para uma comunidade carente. Se você quiser, posso te ensinar. S hu tte rs to ck .c om /R aw pi xe l.c om Cidadania Moral e Ética I 1o ano14 CMeE_1A_2017_01a96.indd 14 18/07/17 14:12 A lição começa com pequenas e simples di- retrizes as quais as crianças devem seguir para adequar-se ao ambiente escolar. A atividade de re- forço visual une a ludicidade das ilustrações com o aprender dos deveres e direitos. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 16 29/07/17 01:56 17Manual do Educador – 1o ano 15 Orientação didática Vamos descobrir, nesta história, qual é o grande dia para Lucas! Chegou o grande dia! Patrícia Senna Ainda era noite quando Lucas perguntou à mãe dele se já estava perto da hora de ir à escola! − Calma, querido, ainda tem uma noite inteira... Vamos arrumar sua bolsa para amanhã? Lucas ficou muito alegre! Estava tudo novinho! Tudo cheirando a novo, a bolsa, os ca- dernos, o estojo, os livros, a agenda... Ah, quanta alegria! Tinha até uma lancheira nova, um cantil novo! Depois de tudo arrumadinho e muitas conversas de como seria na escola, Lucas foi deitar. Sua cabeça não parava de pensar na professora, nos amigos, nos brinquedos da escola, nas conversas, no recreio! Pela manhã, mal o Sol abria os olhos, Lucas foi imediatamente acordar a mamãe, a titia, o titio, os irmãos... − Tá na hora! Tá na hora! − Falava bem alto. S hu tte rs to ck .c om /R aw pi xe l.c om Cidadania Moral e Ética I 1o ano 15 CMeE_1A_2017_01a96.indd 15 18/07/17 14:12 Após a leitura, os alunos podem partilhar como se sentiram em rela- ção a Lucas, o personagem principal. O educador conduz a conversa para comentar sobre a “alegria do encontro”. Depois, é importante discutir por que razão Lucas estava sem sono. ME_CMeE_1A_2017.indd 17 29/07/17 01:56 18 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 16 Orientação didática Então, o vovô dizia: − Luquinhas, meu neto, tá muito cedo! Volte para a cama e descanse, já já a mamãe te chama! − Mas, vô, eu não consigo mais dormir! − Então, venha cá e fique aqui comigo, eu tomo conta do seu sono! E então finalmente chegou a hora de levantar! Lucas foi correndo ao banheiro tomar aquele banho, colocar a farda. Dirigiu-se à cozinha e sentou-se à mesa. Fez sua refeição, mas estava tão ansioso que nem comeu tudo! Voltou para o quarto e, abrindo a bolsa mais uma vez, colocou o rosto perto e respirando fundo fechando os olhos disse: − Mas que coisa que adoro sentir, o cheiro de escola novinha! Lucas vai de condução escolar, mas hoje, por ser o primeiro dia, sua mãe o acompa- nhou para partilhar a alegria que ele sentia ao chegar à escola! A mãe de Lucas lembrou- -lhe a conversa que o papai teve com ele uns dias atrás. O seu pai lembrava que muitas crianças não têm a chance de comer, de ter uma moradia e muito menos de estudar! Então vamos aproveitar tudo que a escola oferece para um dia ajudar o mundo a ser melhor! Cidadania Moral e Ética I 1o ano16 CMeE_1A_2017_01a96.indd 16 18/07/17 14:12 Atividade lúdica Uma mochila grande desenhada cheia de bol- sos colados sobre o desenho para que possam ser colocadas figuras. Em uma caixa colocar várias imagens em tamanhos além do padrão: imagens de objetos escolares, objetos de higiene pessoal, brinquedos, trajes... Esses objetos devem ser es- colhidos e colocados na mochila, encaixando-os nos bolsos. É importante discutir a razão dos ob- jetos irem ou não para a mochila. ME_CMeE_1A_2017.indd 18 29/07/17 01:56 19Manual do Educador – 1o ano 17 Orientação didática 1. Observe as imagens abaixo e enumere-as pela ordem de acontecimentos ideal para ir à escola: Para fazer 2. Lucas estava muito feliz porque ia à escola. Desenhe, no quadro abaixo, quem ele queria encontrar. Resposta pessoal 31 2 5 4 7 8 6 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 17 CMeE_1A_2017_01a96.indd 17 18/07/17 14:12 O reforço visual sempre deve ser explorado. Na primeira atividade, o aluno vai aferir ordem e senti- do a rotina escolar, enquanto que na segunda ele vai explorar a própria imaginação e reforçar seus dons artísticos. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 19 29/07/17 01:56 20 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 18 Orientação didática Hora de acordar! É hora de acordar, pra tomar café e os dentes escovar. Hora de estudar! É hora de estudar, vamos abrir o livro, tem lição pra preparar. Hora de comer! Na sala de jantar, no prato, a comida vamos saborear. Hora de brincar! É hora de brincar, sem brigar com o amigo, é só saber brincar. Tem tempo, tem hora pra tudo, vamos sorrir pro dia clarear. Pra tudo a gente dá o nosso jeito, sem jeito é que não pode ficar. Hora de entender! É hora de saber que até a TV tem hora de se ver. Hora de dormir! É hora de sonhar. Contar os carneirinhos, na caminha vou deitar. Vamos cantar! Tem hora pra tudo Turminha do Seu Lobato Hora de acordar! É hora de acordar, vamos tomar café e os dentes escovar. Hora de estudar! É hora de estudar. Vamos abrir o livro, tem lição pra preparar. Hora de comer! Na sala de jantar, no prato, a comida vamos saborear. Hora de brincar! É hora de brincar, sem brigar com o amigo é só saber brincar. Tem tempo, tem hora pra tudo, vamos sorrir pro dia clarear. Pra tudo a gente dá o nosso jeito, sem jeito é que não pode ficar. Hora de entender! É hora de saber que até a TV tem hora de se ver. Hora de dormir! É hora de sonhar. Contar os carneirinhos na caminha vou deitar. 3. Você sabia que tem hora para tudo? E quando a gente procura seguir a hora de fazer as coisas, tudo fica melhor porque teremos tempo também para brincar, mesmo com as férias já acabadas! Então, preste atenção à letra desta canção: S hu tte rs to ck .c om /b or is ov v Cidadania Moral e Ética I 1o ano18 CMeE_1A_2017_01a96.indd 18 18/07/17 14:12 É muito importante o aluno perceber que pode fazer muitas coisas. É a rotina diária quem vai ajudá-lo. Ainda é necessário deixar claro que cada um desses ambientes, principalmente a praia e a escola, são comunidades. Desenhar outras crianças e até adultos faz a criança sair do seu mundo e entender que há outras crianças nesses ambientes. E todos podem viver em harmonia, já é uma ideia de cidadania! ME_CMeE_1A_2017.indd 20 29/07/17 01:56 21Manual do Educador – 1o ano 19 Orientação didática 4. De acordo com a canção, da página anterior, tem hora para brincar, comer, estudar. A canção também fala que devemos cuidar de nossos amigos. Observe se os desenhos abaixo têm alguma coisa faltando. O que será? Complete estes belos quadros e, depois, pinte-os! Resposta pessoal Cidadania Moral e Ética I 1o ano 19 CMeE_1A_2017_01a96.indd 19 18/07/17 14:12 Converse com seus alunos sobre todas as atividades que eles realizam duran- te o dia, desde a hora que acordam. Aproveite o momento para explicar-lhes a importância de realizar cada atividade no seu devido horário. Depois, solicite-lhes que montem uma agenda semanal com as informações sobre atividades e o ho- rário em que devem ser realizadas. ME_CMeE_1A_2017.indd 21 29/07/17 01:56 22 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 20 Orientação didática 5. Vimos que temos material escolar e vimos também que tudo tem sua hora. Então, devemos cuidar bem desses objetos que possuímos para estudar. Isto é, conservá- -los. Assim, não quebram facilmente e não os perdemos. A nossa farda também é um material importante para nossa vida escolar. A farda serve para indicar que perten- cemos a uma comunidade. Mas algumas crianças não cuidam bem do seu uniforme. Vamos colocar nossa farda no lugar certo de acordo com o momento que as imagens apresentam abaixo. • Devemos ter cuidado com o uniforme escolar e com o material. Pinte a criança que está respeitando essa regra. 6. O uniforme ou fardamento escolar é importante para identificar os alunos de cada escola. Muitas vezes o uniforme tem a ver com as cores da escola. E seu uniforme, como é? Complete a figura desenhando seu uniforme e pintando-o nascores da sua escola. Faça todos os detalhes. Resposta pessoal Cidadania Moral e Ética I 1o ano20 CMeE_1A_2017_01a96.indd 20 18/07/17 14:12 A questão do fardamento é muito mais séria do que geralmente se imagina. Começar a fazer as crianças perceberem que quando fardadas estão representando a escola que estudam é de suma importância, da mesma forma que todos os profis- sionais fardados. Um vídeo ou slides com vários outros uniformes ou uma pesquisa para um mu- ral seria uma ótima opção, como o traje do juiz, o traje dos formandos, forças armadas, socorrista do SAMU, os limpadores de rua “garis” geralmen- te têm um padrão (luvas, vassourão, botas, boné) mudando a cor de acordo com o país ou até o estado. É importante mostrar para as crianças que nessas profissões há também mulheres. Uma oportunidade de inserir os direitos iguais dos ci- dadãos. ME_CMeE_1A_2017.indd 22 01/08/17 08:44 23Manual do Educador – 1o ano 21 Orientação didática O CAMINHO Todas as vezes que saímos de casa, seguimos um caminho, seja de carro, de ônibus ou a pé. Quando vamos à escola, geralmente fazemos o mesmo roteiro e vemos a mesma paisagem: casas, praças, ruas, árvores, prédios, semáforos, igrejas, calçadas, pontos de ônibus. E também encontramos pessoas, animais, outros carros, ônibus, bicicletas, motos, etc. E ainda, a mudan- ça de temperatura, muitas vezes, vamos agasa- lhados e outras vezes protegidos do Sol. Mas é muito importante estar atento a tudo! É necessário, para quem vai a pé, observar as faixas de pedestre, não se afastar dos adultos e obede- cer ao comando de quem está nos levando. Quando vamos de carro ou de ônibus, ou até mesmo de trem (metrô), devemos ter cuidado para não esquecer a bolsa, o cantil. Não se esqueça, amiguinho, de que indo à escola ou voltando dela, nós percebemos que a vida está em movimento. Podemos até dizer que a vida é um caminho. Sempre em frente! Para o futuro! Para começar Um caminho pode dar em muitos lugares. E se, no caminho, aparecer uma encruzilhada, você precisa decidir qual caminho seguir! S hu tte rs to ck .c om /A R IM A G Cidadania Moral e Ética I 1o ano 21 CMeE_1A_2017_01a96.indd 21 18/07/17 14:12 Na abertura desta lição aponta-se a importância de a criança estar sempre atenta e alerta para as peculiaridades de seu trajeto de ida e vol- ta à escola. O educador pode elucidar que a viagem até a escola e de volta para casa não precisa ser um trajeto monótono, e sim um passeio. ME_CMeE_1A_2017.indd 23 29/07/17 01:56 24 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 22 Orientação didática Para fazer 1. Observando o caminho abaixo, pinte o que você vê durante sua ida à escola. Resposta pessoal 2. Você já viu lixo nas ruas da sua cidade? Por que você acha que isso acontece? Mar- que a alternativa que mais se aproxima da explicação para que isso aconteça: Resposta pessoal As pessoas não têm educação. Faltam lixeiras e coleta do lixo. Ninguém sabe que esse lixo vai poluir os rios e mares. Cidadania Moral e Ética I 1o ano22 CMeE_1A_2017_01a96.indd 22 18/07/17 14:12 A forma lúdica das atividades aqui apresenta- das reforça a ideia do texto de abertura. Depois de realizarem as tarefas, o educador pode promover uma leitura em sala das respostas individuais da atividade 2. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 24 29/07/17 01:56 25Manual do Educador – 1o ano 23 Orientação didática 3. Ouça as informações e, depois, pinte as imagens. Cuidados no caminho para a escola. Criança, atenção! Na hora de atravessar, é preciso estar atenta. Para a sua segurança, utilize a faixa de pedestre, andando pela direita. Permita que a mamãe segure seu pulso com firmeza, ao atravessar Procure ver e ser visto pelos motoristas. Para ser visto, atravesse onde não há carro estacionado. Antes de atravessar uma rua, pare em cima da calçada, afastado do meio-fio. Olhe com atenção para um lado e outro. Se não vier nenhum veículo, atravesse em linha reta. Desembarcando do ônibus, aguarde que ele saia, para você atravessar com segurança. Nunca atravesse na frente ou atrás do ônibus. Cidadania Moral e Ética I 1o ano 23 CMeE_1A_2017_01a96.indd 23 18/07/17 14:12 É importante falar sobre a cidadania também na questão do direito e do dever! No trânsito, o exercício da cidadania é muito sério. A consciência de observar e ajudar. É muito importante que as crianças sejam sempre incentivadas para praticar o positivo porque é o certo. Às vezes, o que é ousado e aparentemente divertido, além de perigoso, pode prejudicar outras pessoas. ME_CMeE_1A_2017.indd 25 29/07/17 01:56 26 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 24 Orientação didática 4. Observe a imagem abaixo e circule as pessoas que estão obedecendo às leis de trânsito. Resposta pessoal 5. Observe, na imagem abaixo, as pessoas com deficiência física e assinale quais as alternativas que estão indicando a forma certa de ajudá-las: Segurar na mão da pessoa e puxá-la apressadamente por causa do sinal. X Oferecer ajuda, pedindo que a pessoa coloque a mão no ombro ou no braço. Cumprimentar o cadeirante. X Oferecer ajuda ao cadeirante conduzindo-o pela rampa e faixa até o outro lado. X Perguntar se a pessoa precisa de ajuda. Cidadania Moral e Ética I 1o ano24 CMeE_1A_2017_01a96.indd 24 18/07/17 14:12 Aqui, por meio da exposição das imagens o aluno vai julgar o que é coerente com uma atitude responsável de um pedestre ou condutor. Também reforça atitudes de empatia para com pes- soas que possuam deficiências. ME_CMeE_1A_2017.indd 26 29/07/17 01:56 27Manual do Educador – 1o ano 25 Orientação didática Quem já ouviu falar na palavra PONTUALIDADE? Ser pontual é cumprir com os horários, isto é, chegar na hora certa. Assim é nos cine- mas, nos hospitais, nas reuniões, nas excursões. Na escola, não é diferente. Existe a hora de chegar à escola e de sair dela. Quando nos atrasamos, perdemos o começo das aulas e isso nos atrapalha, como também afeta os colegas da sala de aula e a professora. Claro que pode acontecer algo inesperado, ou seja, ninguém sabia que ia acontecer, como um furo no pneu do carro, ou uma chuva muito forte. Mas devemos estar atentos para a nossa chegada. É tão bom chegar um pouco antes para conversar com os ami- gos! E, na saída, também devemos prestar atenção para o lugar combinado onde sem- pre o adulto vem nos pegar. Para começar HORA DE SAIR, HORA DE CHEGAR S hu tte rs to ck .c om /T om W an g Cidadania Moral e Ética I 1o ano 25 CMeE_1A_2017_01a96.indd 25 18/07/17 14:12 Em círculo, comece antes do primeiro texto com um relógio de cartolina ou outro material, pendura- do no pescoço. Estimule os alunos sobre o objeto em questão, deixe que falem à vontade e prestan- do atenção no texto. É interessante dar uma pausa para a confecção de um relógio “coletivo” numa cartolina industrial. Entregue às crianças os números, os ponteiros, o círculo ou retângulo que emoldura o relógio e a palavra “pontualidade” letra por letra para ser co- locada na cartolina. ME_CMeE_1A_2017.indd 27 29/07/17 01:56 28 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 26 Orientação didática Na escola, existe horário para tudo! 1. Escreva, abaixo, o que você e seus colegas fazem quando: a. Chegam à sala de aula. Resposta pessoal b. Estão no recreio. Resposta pessoal c. Chega o final da última aula. Resposta pessoal Para fazer 2. Marque, nos relógios abaixo, as horas do início e do final das atividades em sua escola. Resposta pessoal No finalNo início Cidadania Moral e Ética I 1o ano26 CMeE_1A_2017_01a96.indd 26 18/07/17 14:12 Nas atividades propostas, os questionamentos vão instigar os alunos a reco- nhecer, ordenar e aferir sentido à rotina diária dentro da instituição escolar. O educador pode utilizar do relógio feito anteriormente, manipulando seus pontei- ros para auxiliar os alunos nas respostas. ME_CMeE_1A_2017.indd 28 29/07/17 01:56 29Manual do Educador – 1o ano 27 Orientação didática3. Ouça a leitura do texto abaixo. 4. É importante não perder a hora, como Joãozinho, que deixou de passear com os seus colegas da escola porque chegou atrasado e por não ter mostrado a agenda aos seus pais. Marque SIM ou NÃO: Resposta pessoal a. Você já chegou atrasado(a) em algum lugar? SIM NÃO b. Você já faltou à escola porque perdeu a hora? SIM NÃO c. Você chega atrasado(a) na escola? SIM NÃO Joãozinho era um garoto do 1o ano que vivia reclamando da hora. Ele dizia sempre que esse negócio de hora é muito ruim e só atrapalha. Uma vez, esse menino reclamão foi à escola e chegou bem atrasado. Era dia de visitar o parquinho da cidade, que tinha um monte de brinquedos especiais. Joãozinho voltou para casa chorando. Seus pais foram buscá-lo bem tarde porque ele não tinha mostrado a agenda. Ah! Coitado do pequeno reclamão, não passeou, não tinha colegas na escola e ainda ficou um tempão esperando que viessem buscá-lo. Será que Joãozinho ainda acha que a hora não é importante? Quando chegamos na hora certa, dizemos que somos pontuais. Pois é, aquele meni- ninho do 1o ano nunca mais esqueceu o que era pontualidade. Imagine se a professora chegasse só depois do recreio para dar aula. E se o médico se atrasasse para atender um paciente? Muitos seriam prejudicados. Cidadania Moral e Ética I 1o ano 27 CMeE_1A_2017_01a96.indd 27 18/07/17 14:13 Relembre a história de Alice no país das Maravi- lhas e direcionar para o Coelho. O que ele sempre dizia, o que ele estava sempre olhando? Converse que sempre agimos igual ao “Sr. Coelho” quando estamos atrasados e que muitas vezes esquecemos algo importante para o lugar que vamos, ou por chegar atrasados nós perdemos o começo do compromisso que estávamos que- rendo ir. A história de Cinderela pode ser contada como está indicando o livro. Mas pela relação do atraso nas badaladas da meia-noite ela correu tanto que terminou deixando para trás um sapatinho. O ideal seria um trecho de cada filme para ilustrar a aula. ME_CMeE_1A_2017.indd 29 29/07/17 01:56 30 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 28 Orientação didática 5. Responda às perguntas abaixo. Resposta pessoal a. Que horas você acorda? horas. b. Que horas você faz as tarefas? horas. c. Que horas você toma banho? horas. d. Que horas você dorme? horas. 6. Observe o calendário e pinte os dias em que você tem aula. Resposta pessoal 7. Marque um X nas medidas que podemos adotar para sempre mantermos a pontuali- dade: X Ajustar nossos relógios para marcar a hora certa. Ir aos compromissos marcados apenas na hora que der vontade. X Ter uma agenda para lembrar de nossos horários. Fazer os outros nos esperarem. X Ao marcar um compromisso, sempre procurar chegar um pouco antes do horá- rio combinado. Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 MARÇO Cidadania Moral e Ética I 1o ano28 CMeE_1A_2017_01a96.indd 28 18/07/17 14:13 Converse com os alunos sobre os temas vis- tos até então. A pontualidade e o relógio que nos ajudam a cumprir nossas atividades escolares no tempo certo. E assim vamos ser cidadãos que buscam fazer o melhor. Aproveite e faça o link com o cuidado para com o outro, relembrando o direito de falar e escutar de todos. Assim, já estão sendo preparados para o fechamento dessa unidade. ME_CMeE_1A_2017.indd 30 29/07/17 01:56 31Manual do Educador – 1o ano 29 Orientação didática POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR? Olá, amiguinho! Você sabe o que é um cientista? É um pesquisador, um estudio- so. Os cientistas vivem procurando solu- ções para os problemas do meio ambien- te, da saúde... Eles não param de estudar! Então, podemos concluir que o conheci- mento não tem fim! Há sempre o que sa- ber, descobrir, melhorar, não é verdade? Por isso, é tão importante ir à escola. Lá é o lugar para pesquisar sobre o Universo. Na escola, descobrimos e aprendemos muitas coisas! Os conhecimentos de cada disciplina que desenvolvemos não têm fim. A vida em comunidade com os nossos amigos e os adultos da escola também é aprendiza- do! Entendemos que somos diferentes e isso é muito bom porque aprendemos uns com os outros, fazemos novos amigos. Nunca paramos de aprender. Haverá sempre o que saber. E, quanto mais sa- bemos, mais temos a responsabilidade de melhorar a nossa vida e a vida do Planeta. Por isso, as crianças são a esperança da humanidade! Você já pensou nisso? Para começar S hu tte rs to ck .c om /a ny ai va no va S hu tte rs to ck .c om /w av eb re ak m ed ia Cidadania Moral e Ética I 1o ano 29 CMeE_1A_2017_01a96.indd 29 18/07/17 14:13 A abertura desta lição além de ressaltar a importância do trabalho científico, incentiva o alunado a jamais parar de ir em busca de conhe- cimento, para melhorar a sua vida, a vida das pessoas ao seu redor e consequentemente contribuir para uma melhora geral no mundo. ME_CMeE_1A_2017.indd 31 29/07/17 01:56 32 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 30 Orientação didática 1. Leia e responda às perguntas abaixo. Resposta pessoal a. Qual é a disciplina de que você mais gosta? Por quê? b. Você acha que as tarefas são importantes ? Por quê? Escutar a fala do professor Chegar sempre atrasado perdendo a primeira aula Pesquisar o que foi discutido na sala de aula Dormir muito tarde durante a semana jogando video game Fazer as tarefas de casa e da sala de aula Se você gosta de Matemática, você é feliz, contando 2 + 1 + 1 + 1. Se você gosta desta bandinha, você é feliz, tocando trá-lá-lá, TIM-bum, TIM-bum! O segredo da felicidade é amar, é amar. (bis) Se você gosta do seu vizinho, você é feliz, chegando à janela Vamos cantar! O segredo da Felicidade Maria Sardenberg 2. Cada pessoa, por ser diferente, às vezes, tem um jeito diferente da outra de apren- der e estudar. Mas há algumas coisas que, de modo geral, precisamos fazer para desenvolver o conhecimento. Pinte os livros que indicam os passos para adquirirmos conhecimento como estudantes: Para fazer ou ao portão. Se você gosta do seu gatinho, você é feliz quando ele faz rom-rom, miau, miau! Se você gosta de sua escola, você é feliz na hora da entrada: oi, oi, oi! Se você gosta de sua casa, você é feliz na hora da saída: Tchau, tchau, tchau! Cidadania Moral e Ética I 1o ano30 CMeE_1A_2017_01a96.indd 30 01/08/17 14:17 As atividades aqui presentes ajudam a “quebrar o gelo” sobre como o alunado enxerga sua expe- riência em sala de aula, e também reforça compor- tamentos que devem ser seguidos. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 32 01/08/17 14:20 33Manual do Educador – 1o ano 31 Orientação didática 3. Sublinhe as frases que relatam os motivos que indicam por que as crianças não vão à escola. a. As crianças não estudam porque querem brincar. b. As crianças não estudam porque precisam trabalhar para ajudar a família. c. As crianças não estudam porque onde elas moram chove muito. 4. Como você se organiza para estudar? Pinte a bolinha que corresponde à sua res- posta: Resposta pessoal Na frente da TV. Deitado na cama. Em qualquer lugar da casa, mas sempre com um lanche. Em uma mesa com todo material ao redor. No sofá, ouvindo música. 5. Observe os dois quadros e depois complete a frase abaixo: Estas imagens mostram bem qual é o direito da criança e o que é proibido pela lei. Lugar de criança é na escola . S hu tte rs to ck .c om /m ic ha el ju ng S hu tte rs to ck .c om /S O M R E R K W IT TH AY A N A N T Cidadania Moral e Ética I 1o ano 31 CMeE_1A_2017_01a96.indd 31 18/07/17 14:13 Nas atividades finais desta unidade o alunado é convidado a refletir nova- mente sobre os direitos e deveres da criança. O educador pode promover uma dinâmica com a atividade 4, perguntando a cada aluno sua resposta e pedindo que comentem sobre tal. ME_CMeE_1A_2017.indd 33 29/07/17 01:56 34 CidadaniaMoral e Ética I 1o ano FUNDAMENTAÇÃO [...] Ao ler “O monge e o executivo”, do escritor James Hunter, aclarei as ideias sobre o que dese- java transmitir. O livro conta a história de um gran- de executivo que busca ressignificar a própria vida e o sentido da liderança, ao perceber que, apesar de todo o sucesso, não está apto para compreen- der e atuar como líder. Penso que já havia em mim o gérmen do pensa- mento exposto na história, porque o conceito de autoridade é apresentado consoante ao que pen- so. O autor referenda a autoridade como “a habi- lidade de levar as pessoas a fazerem de boa von- tade o que você quer por causa da sua influência pessoal” (HUNTER, 2005, p. 26) e fundamenta um conceito importante para a compreensão des- te tema: a autoridade. Neste caso, a nossa ênfase será sobre a autoridade do professor. Por outro lado, o conceito de poder é citado Professor é autoridade sim! Aplicar o que aprendeu para exigir mais como a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. (HUNTER, 2005, p. 26) Essa tomada dos conceitos de autoridade e po- der aqui expostos levam a indagações: De quais maneiras você, professor, se utiliza para trabalhar, com seus alunos em classe, isto é, para levá-los a realizar as tarefas ou mesmo a interessar-se pelos temas com os quais você trabalha? O que vigora em sua classe: o poder ou a autoridade? Se, nos últimos tempos, você tem gritado muito, utiliza-se das provas para ameaçar ou conseguir bom comportamento dos alunos, ameaça levá-los à direção ou à coordenação, em várias situações, e coisas similares, é provável que você esteja fa- zendo uso e mau uso do poder. Mas, ao agirmos assim, conscientizemo-nos de que o uso do poder shutterstock/wavebreakmedia ME_CMeE_1A_2017.indd 34 29/07/17 01:56 35Manual do Educador – 1o ano significa ausência da autoridade porque o primeiro é dado pelo simples status de ser professor, mas a autoridade é uma conquista que não se atrela a uma função ou cargo, é fruto de muita dedicação. Professor é autoridade sim, quando conquista os seus alunos e os faz perceber o sentido do que aprendem e do compromisso e das metas que cole- tivamente elaboram. Como tornar isto possível? Ao construir relações pessoais que favorecem a apren- dizagem, assim prezando tanto pelo cumprimento das tarefas quanto das relações harmoniosas e sin- ceras. Daí, executam-se as tarefas, enquanto cons- troem-se as relações, é o que propõe Hunter. Mas, como agir quando utilizamos em demasia o poder e não sabemos mais fazer diferente? Para resgatarmos a autoridade, temos de res- gatar a nossa responsabilidade, ou, ao menos, parte dela em relação às questões da educação. Mas, é ingênuo pensar que devemos assumir o ônus completo pela maneira como a educação se encontra. Devemos, sim, fazer o que nos cabe, tra- balhar com afinco, ensinar direito, sem nos deixar- mos culpabilizar por todos os males que hoje sofre a educação. Ser responsável não é ser culpado, é, sim, responder a, é ser agente de um ato voluntá- rio que designa uma ação da vontade, e vontade é a própria possibilidade de escolha. Não podemos ensinar mal porque o governo paga mal, ou fingir que tudo está bem e que somos capazes de alterar a ordem das coisas. Execute- mos eficazmente a nossa função educativa para que nos respeitem e exijamos o que é nosso por direito com melhores condições de trabalho. É in- coerente o profissional que participa de movimen- tos grevistas e, em sala de aula, não oportuniza a fala dos alunos e até a veta, pois, como é possível formar um agente crítico, impedindo que falem? Os alunos necessitam exercer a sua autonomia. É pertinente uma reflexão sobre o que poderá shutterstock/Lorena Fernandez ME_CMeE_1A_2017.indd 35 29/07/17 01:56 36 Cidadania Moral e Ética I 1o ano favorecer a mudança de postura dos maus go- vernantes mais rapidamente. Proporcionar uma formação capenga às pessoas por meio de uma escola que ensina mal e deforma ao invés de con- tribuir para uma formação conscienciosa? Ou possibilitar a formação de pessoas bem prepara- das por uma escola que lhes ensina a perceber a lógica das relações histórico-sociais e, portanto, tornam-se capazes de interferir e evitar os abusos de força e poder? O tipo de aluno que ajudamos a educar é fato decisivo para o futuro que ajudamos a consolidar, inclusive nos ambientes educacionais, institucio- nalizados ou não. Muitos mestres questionam: Por que não somos mais autoridade? Porque o concei- to de autoridade também mudou. O que havia, em muitos momentos, não passava de autoritarismo, um exarcebamento da autoridade. Hoje os profes- sores e a família não educam ou educam mal? De qual modo contribuem as tantas teorias pedagógi- cas para a transformação dos sujeitos? Dão conta de orientar os professores e empolgar os alunos? E vamos buscando atores para repassar a culpa pelo fracasso das relações e dos resultados dos alunos na escola. O que fazer diante da crucial realidade? Primeiro, não existem fórmulas prontas, é pre- ciso permitir a dúvida. Busco, mais uma vez, as palavras do meu professor Dorival: “A dúvida é o charminho da verdade”. Eu transponho essa frase: “A dúvida é o caminho da verdade, quem não du- sh ut te rs to ck / a tm an er ME_CMeE_1A_2017.indd 36 29/07/17 01:56 37Manual do Educador – 1o ano LIMA, Lilian. Escola não é circo, professor não é palhaço: intencionalidade e educação. 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008. vida não pensa, não elabora hipóteses, compreen- de mal o mundo”. É o paradoxo do conhecimento, compreender o que é o agora, entendendo que, daqui a pouco, ele não mais o será, porém nada impede que retorne, se instale e desfaça sempre. Tradições, valores, paradigmas mudam. “Para erigir um santuário, é necessário antes destruí-lo” — já dizia Nietzsche. Autoridade é fruto de conquista, autoritários se destronam porque não há mais lugar para reis, rainhas ou detentores da verdade. Está ultrapassado o estig- ma do professor-sol, a mais potente estrela a iluminar os planetas. O professor, quando age assim, desper- ta antipatia e constrangimento, é mais fácil aprender quando se gosta de quem ensina. O professor, em situações difíceis, deve apre- sentar as razões da angústia, mas perceber que elas são temporais e recuperar o seu entusiasmo e dinamismo em classe. Recuperará também o respeito e a credibilidade diante de seus alunos e quem sabe conquistará a empatia, sendo capaz de sentir e estar no lugar do outro. Dessa forma, cuidando de si mesmo e com- prometendo-se a tornar as aulas interessantes e construtivas para os educandos, auxiliando o de- senvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva, percebendo-se e fazendo-os perceberem-se como construtores da história humana, o professor, sem dúvida, é autoridade sim, o resto é bobagem. sh ut te rs to ck /k ur ha n ME_CMeE_1A_2017.indd 37 29/07/17 01:56 Unidade 2 CMeE_1A_2017_01a96.indd 32 18/07/17 14:13 Na abertura desta unidade será oportuno ao educador pro- mover uma grande revisão, com a finalidade de, além de solidi- ficar as lições ensinadas durante a unidade anterior, organizar os devidos ajustes para a condução da disciplina. ME_CMeE_1A_2017.indd 38 29/07/17 01:56 E EU COM ISSO? • Como é a sua sala de aula? • Na sua sala de aula, todos têm voz e vez? Como isso acontece? • Sua sala de aula é organizada? • Como você se comporta na sala de aula? • Quem é responsável pela organização da sua sala de aula? • Todas as salas de aula são iguais? CMeE_1A_2017_01a96.indd 33 18/07/17 14:13 Unidade 2 CMeE_1A_2017_01a96.indd 32 18/07/17 14:13 As indagações iniciais vão auxiliar no ajuste harmônico da convivência dentro da sala de aula, e também abrem espaço para a promoção do autoexame por parte dos educandos. ME_CMeE_1A_2017.indd 39 29/07/17 01:56 40 Cidadania Moral e Ética I1o ano 34 Orientação didática MINHA SALA DE AULA Existe um lugar que é diferente dos outros porque tudo que tem nele desperta para o conhecimento, para a amizade e até para fazer o pensamento voar. Esse lugar tem um perfume especial: é o perfume do saber. Nele, tudo lembra conhecimento! Já descobriu que lugar mágico é esse? A sala de aula, é claro! Os objetos principais desse ambiente são a lousa (quadro onde a professora escreve), as bancas para os alu- nos, uma mesa maior para a professora e a lixeira. Todos os outros objetos, como armá- rios, som, quadros de aviso, espaço para exposição de trabalhos e espaço para nossas bolsas vão depender de cada escola. Para começar S hu tte rs to ck .c om /w av eb re ak m ed ia Cidadania Moral e Ética I 1o ano34 CMeE_1A_2017_01a96.indd 34 18/07/17 14:13 Os educandos são convidados a viver um de- safio. Eles terão que tirar todos os objetos da sala (exceto os materiais muito pesados) e colocá-los lá fora. Haverá duas regras principais: sempre te- rão de ajudar alguém e não poderão ficar sozinhos. Isso vale mesmo para os objetos que são leves. Depois que estiver tudo lá fora, o educador fará um círculo dentro da sala e perguntará aos edu- candos como foi realizar essa tarefa, quais proble- mas aconteceram e o que pode ser feito para me- lhorar. Agora, ele convida a todos para arrumarem a sala como estava antes. ME_CMeE_1A_2017.indd 40 01/08/17 08:44 41Manual do Educador – 1o ano 35 Sabe, uma vez, vi uma foto sobre uma criança estudando em um lugar de muita pobre- za. Havia um tambor de plástico que ela usou como cadeira, um caixote de madeira, que era a sua mesa, e um professor escrevendo em um pequeno quadro verde. Antigamente era assim, a lousa era verde e se escrevia nela com um giz branquinho. Hoje, quase não se usa mais esse material. Mas nos lugares muito pobres, onde as pessoas querem aprender e outras querem ensinar, o giz e o quadro verde (ou preto) são bem usados. “Somos do tamanho de nossos sonhos” disse Fernando Pessoa. Isso quer dizer que se sonhamos com um mundo melhor, então vamos aprender muita coisa para melhorá- -lo! E é na escola que nossos sonhos podem começar a se realizar, pois é lá que vamos descobrindo o conhecimento para realizar o que desejamos! Quando há um professor, um aluno apenas e a vontade de aprender e ensinar, ali já está formada uma sala de aula! S hu tte rs to ck .c om /E S B P ro fe ss io na l Cidadania Moral e Ética I 1o ano 35 CMeE_1A_2017_01a96.indd 35 18/07/17 14:13 As mesmas regras devem ser mantidas. Ao final, o educador avalia os educandos novamente, com questionamentos, e fecha a atividade, anotando na lousa as palavras importantes que foram utiliza- das no momento em que eles trabalharam juntos. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 41 29/07/17 01:56 42 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 36 Orientação didática Estas atividades são de reforço visual, com o intuito de o alunado saber apon- tar por si só os elementos dentro do espaço físico da escola, e como contribuir para os mesmos serem utilizados de forma responsável, a fim de que sejam usa- dos plenamente. 1. Observe o desenho a seguir e coloque o nome dos objetos retirando do quadrinho. 2. Devemos tomar cuidado com os objetos da sala de aula. Circule, abaixo, a criança que está cuidando da sala de aula e faça um X nas que não estão cuidando dela. mesa – lousa – lixeira – armário – livros para leitura bancas – cadeiras – material para todos – cadernos A SALA DE AULA Para fazer mesa lousa lixeira armário livros para leitura bancas cadeiras material para todos cadernos Cidadania Moral e Ética I 1o ano36 CMeE_1A_2017_01a96.indd 36 18/07/17 14:13 ME_CMeE_1A_2017.indd 42 29/07/17 01:57 43Manual do Educador – 1o ano 37 Orientação didática 3. Desenhe as crianças do quesito anterior, que usaram os objetos de maneira errada, cuidando dos objetos corretamente. Resposta pessoal 4. Sobre sua sala de aula, responda às perguntas abaixo. Resposta pessoal a. Ela é sempre limpa? SIM NÃO b. Ela é arejada? SIM NÃO c. Ela tem bancas? SIM NÃO 5. Observe as imagens abaixo e encontre cinco diferenças na sala de aula. Uma proposta Vigilantes da limpeza: Formar um grupo com quatro alunos para ser responsável por estimular os colegas a não sujar a sala de aula. A cada semana, muda-se o grupo de alunos. Cidadania Moral e Ética I 1o ano 37 CMeE_1A_2017_01a96.indd 37 18/07/17 14:13 A rotatividade na função “vigilante da limpeza” é para que se firme na mente dos educandos que a responsabilidade de manter o ambiente limpo é coletiva. O educador também deve incentivar os alunos a sempre serem solícitos durante a organi- zação de seus lares. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 43 29/07/17 01:57 44 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 38 Orientação didática Às vezes, quando estamos na escola, bate saudade de casa. Quando bem pequenininhos, até choramos achando que não vamos voltar para casa. Mas é muito bom quando a gente en- tende que a escola é mais um lugar de alegria e de amigos também! Quando encontramos nossos colegas da sala de aula, até conhecemos amiguinhos que vão a nossa casa e a amizade aumenta. O papai e a mamãe têm amigos que eles conheceram na es- cola desde que tinham a sua idade. E ainda hoje se encontram! É muito bom quando chegamos à escola e a professora nos recebe cheia de sorrisos. Dar um abraço nela faz muito bem! Aí a saudade de casa passa e a gente começa a fazer as atividades. Os professores têm sempre uma surpresa para seus alunos e isso faz a gente ficar cheio de curiosidade! Lá na escola tem a hora do con- to! Todo mundo para pra ouvir. A gente viaja ao mundo da imaginação! É maravilhoso! Também é muito bom quando a professora leva uma canção nova para a gente aprender e depois há sempre uma lição relacionada à letra da música! Para começar E você, já abraçou sua professora hoje? Já abraçou os amigos da sala de aula também? Que tal fazer isso agora? MEUS COLEGAS, MINHA PROFESSORA S hu tte rs to ck .c om /w av eb re ak m ed ia S hu tte rs to ck .c om /G ag lia rd iIm ag es Cidadania Moral e Ética I 1o ano38 CMeE_1A_2017_01a96.indd 38 18/07/17 14:13 Na abertura da lição o texto ilustra que o am- biente escolar não é estéril por não ser nosso lar. Muito pelo contrário: é um lugar vivo, com pes- soas que são todas amigas em potencial! ME_CMeE_1A_2017.indd 44 29/07/17 01:57 45Manual do Educador – 1o ano 39 Orientação didática Ouça a história a seguir. Sobre o amor Em uma sala de aula, havia várias crianças. Quando uma delas perguntou à professo- ra o que é o amor, ela sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, a professora pediu a cada aluno para dar uma volta pelo pátio da escola e trazer o que mais despertasse nele o sentimento de amor. As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse: − Quero que cada um mostre o que trouxe consigo. A primeira criança disse: − Eu trouxe esta flor. Não é linda? A segunda criança falou: − Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas! Vou colocá-la em minha coleção. A terceira criança completou: − Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho com outro irmão. Não é uma gracinha? E assim as crianças foram se colocando. Era uma vez S hu tte rs to ck .c om /w av eb re ak m ed ia Cidadania Moral e Ética I 1o ano 39 CMeE_1A_2017_01a96.indd 39 18/07/17 14:13 A história apresentada tem por intenção mos- trar aos alunos que o sentimento de apreço não precisa estar amarrado ao sentimento de posse. O apreço é uma forma de ter as coisas dentro de nós mesmos, em nossos corações. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 45 29/07/17 01:57 46 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 40 Orientação didática Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo.Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido. A professora se dirigiu a ela e perguntou: − Meu bem, por que você nada trouxe? E a criança timidamente respondeu: − Desculpe-me, professora, vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la, para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o per- fume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe? A professora agradeceu à criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única a per- ceber que só podemos trazer o amor no coração. Autor desconhecido Cidadania Moral e Ética I 1o ano40 CMeE_1A_2017_01a96.indd 40 18/07/17 14:13 Ainda no sentido da conversa, o educador pode perguntar aos alunos quais deles têm animais de estimação em casa, para ilustrar-lhes que os animais, assim como nós, não são meros objetos, como uma caneta ou borracha, para clamar- mos posse. Se os acolhemos em nosso lar, é por escolha de compartilhar a vida com eles, e não para “ter um animal em casa”. ME_CMeE_1A_2017.indd 46 29/07/17 01:57 47Manual do Educador – 1o ano 41 Orientação didática 1. Pensando no texto lido “Sobre o amor”, escreva e desenhe abaixo o que mais desper- tou nas crianças o sentimento de AMOR. Para fazer Uma flor. Uma borboleta. Um filhote de passarinho. Cidadania Moral e Ética I 1o ano 41 CMeE_1A_2017_01a96.indd 41 18/07/17 14:13 Nessa atividade os alunos vão precisar revisitar o texto, e vão con- sequentemente reforçar as lições ensinadas nele. O educador pode promover uma dinâmica para os alunos desenharem as coisas que eles amam, e explicar o porquê delas. ME_CMeE_1A_2017.indd 47 01/08/17 14:19 48 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 42 Orientação didática 2. Missão quase impossível: escreva o nome de todos os seus colegas da turma. Pode levantar e ir junto de cada um e anotar o primeiro nome dentro deste grande coração que é o seu. Não se esqueça da professora! E, se sobrar espaço, desenhe alguns desses amigos. Resposta pessoal 3. Pinte as imagens que demonstram amizade. Ha! Ha! Ha! Cidadania Moral e Ética I 1o ano42 CMeE_1A_2017_01a96.indd 42 18/07/17 14:13 A atividade 2 pode ser reproduzida fora do livro. O educador pode confeccionar numa cartolina uma reprodução do coração, e instruir cada aluno a tra- zer o seu nome escrito num papel colorido, para co- lagem no cartaz. Após o trabalho coletivo, o painel será exposto em sala ou em alguma área de convi- vência da escola. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 48 29/07/17 01:57 49Manual do Educador – 1o ano 43 Orientação didática 4. Na história sobre o amor, as crianças levaram o que elas acharam ser sinal de amor. Mas uma criança não levou nada. Por quê? Sugestão de resposta: Porque ela levou, no coração, o amor que sentiu. Resposta pessoal Amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui. Se a fase é ruim e são tantos problemas que não tem fim, não se esqueça de que ouviu de mim: Amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui. Os seus problemas são meus também. E isso eu faço por você e mais ninguém, o que eu quero é ver o seu bem, amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui Randy Newman. Tradução: Zé da Viola Vamos cantar! 5. Ouça a canção e desenhe, no quadro abaixo, você dizendo a um amigo “amigo, estou aqui”: Os outros podem ser até bem melhores do que eu, bons brinquedos são. Porém, amigo seu é coisa séria, pois é opção do coração (viu?). O tempo vai passar. Os anos vão confirmar as três palavras que proferi: Amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui. S hu tte rs to ck .c om /w av eb re ak m ed ia Cidadania Moral e Ética I 1o ano 43 CMeE_1A_2017_01a96.indd 43 18/07/17 14:13 A música “Amigo, estou aqui” é parte da trilha sonora da saga cinematográfica Toy Story, que além de divertir, ensina de forma lúdica valores como como a lealdade, determinação e o valor de uma amizade verdadeira. O professor pode passar aos alunos a atividade de assistir um dos filmes da saga e no caderno anotar qual dos filmes viu e que lições tiraram dele, para exposição na sala de aula. ME_CMeE_1A_2017.indd 49 29/07/17 01:57 50 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 44 Orientação didática Há momentos, na sala de aula, nos quais conversamos muito e esquecemos que a professora tem muita coisa para fazer conosco. A gente vai falando e falando e brin- cando e o tempo vai passando. A professora sempre espera. Sabe como ela faz? Fica quieta, em silêncio. Parece que se transformou em uma estátua! Aí cada um de nós vai parando e parando até que os últimos que estão falando percebem que suas vozes es- tão muito altas! E aí o silêncio é total. Nossa professora, na maior tranquilidade, diz: “Então, agora que estamos todos em silêncio vamos ouvir...” E aí, ela começa a aula! Para começar SABER FALAR, SABER OUVIR... Shutterstock.com/wavebreakmedia Cidadania Moral e Ética I 1o ano44 CMeE_1A_2017_01a96.indd 44 18/07/17 14:13 A abertura da lição é útil para reforçar na mente do alunado o valor do silêncio e ordem no ambien- te da sala de aula, uma vez que sem estes elemen- tos, nenhuma atividade que necessite de atenção irá conseguir discorrer da forma esperada. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 50 29/07/17 01:57 51Manual do Educador – 1o ano 45 Orientação didática Vamos ouvir a história: Era fim de tarde e o avô passeava com o neto por uma das movimentadas praças da barulhenta cidade em que viviam. Havia o barulho de pessoas, celulares, carros, ônibus, buzinas, sirenes, construções. − Está ouvindo as cigarras cantando? − Não, vô. − Chegue mais perto, elas estão ali. − Eu nunca vi uma cigarra por aqui! Será que elas ainda existem na cidade, vô? O avô se abaixou próximo ao banco da praça. − As cigarras se mimetizam, disfarçam-se na folhagem e é difícil ver as danadinhas, mas sei que estão por perto. Ainda moram por aqui, sim! Se formos de encontro ao som que emitem, talvez possamos ver a vibração de suas membranas, que é como cantam. O neto se abaixou e conseguiu, enfim, ouvir a cigarra. Esta, com medo, parou de “can- tar”. Mas os três continuaram lá, observando-a, e quando a cigarra percebeu que o avô e neto não lhe representavam perigo, recomeçou a melodia. Os dois conseguiram vê-la e ouvi-la direitinho desta vez. Saber ouvir Por Fabio Lisboa Era uma vez Cidadania Moral e Ética I 1o ano 45 CMeE_1A_2017_01a96.indd 45 18/07/17 14:13 Relembrar a história e pedir aos alunos que fechem os olhos e escutem os sons que o educador fará (sino, palma, moeda no chão, um canto de pássaro gravado). Levar em consideração se tem alguém com necessidade auditiva. Caso haja, re- pensar como abordar o tema e a dinâmica. ME_CMeE_1A_2017.indd 51 29/07/17 01:57 52 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 46 Orientação didática − Vô, como você consegue ouvir tão bem? − Na verdade, eu não ouço mais tão bem, mas aprendi a prestar atenção ao que vale a pena ser escutado. E, naquele momento, a criança e o velho ouviam muito bem a natureza da cidade. − Veja que muitos passam e poucos escutam o som das cigarras. Agora veja o que acontece, se alguém ouvir este som baixíssimo. O avô tira do bolso e deixa cair delicadamente uma moeda na calçada. Na mesma hora, mesmo com a poluição sonora ao redor, várias pessoas olham para o chão bem na direção do dinheiro. − Viu, não se trata de ouvir, mas de saber ouvir. Saber o que ouvir e escutar melhor. GOLDSPINNER, Jay; GREEM, Katie. Spinning Tales, Weaving Hope: Stories, storytelling, and activities for peace, justice and the environment. New Society Publishers: Canada, 2002 p. 201. Cidadania Moral e Ética I 1o ano46 CMeE_1A_2017_01a96.indd46 18/07/17 14:13 Será de grande valia promover uma dinâmica em que os alunos vão avaliar em quais situações na vida o silêncio e contemplação são mais úteis do que encher o ar de palavras. ME_CMeE_1A_2017.indd 52 29/07/17 01:57 53Manual do Educador – 1o ano 47 Orientação didática 1. Ouvir é sinal de sabedoria. Quem sabe escutar o outro aprende mais e entende me- lhor o que está acontecendo, porque, enquanto escuta, o pensamento vai crescendo. Então, saber ouvir é ter também muita atenção. Quando alguém fala conosco é muito importante parar e olhar para essa pessoa! Observe as cenas abaixo e circule as crianças que estão prestando atenção: 2. Quando a professora fala sobre um assunto e depois passa uma tarefa e alguns alu- nos não param para ouvir, o que pode acontecer com esses alunos que não a escu- taram? Sugestão de resposta: Eles poderão ficar sem entender o que a professora falou. a. b. c. Para fazer Cidadania Moral e Ética I 1o ano 47 CMeE_1A_2017_01a96.indd 47 18/07/17 14:13 O educador pode promover uma dinâmica em que se provará em vias práticas o valor do silêncio para uma comunicação plena. Para tal, o professor vai escrever uma frase curta em um pedaço de papel e selecionar um aluno para lê-la para toda a turma. Para aqueles que forem ouvir, será instruído que se fale por cima da voz do leitor (deve-se tomar cuidado para não haver exaltação extrema durante o atrapalho da leitura). ME_CMeE_1A_2017.indd 53 29/07/17 01:57 54 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 48 3. De acordo com o quesito anterior, marque um X no que pode acontecer com as crianças que não ouviram a explicação da professora. Explicar bem o assunto. X Tirar notas baixas. X Não vão aprender sobre o assunto. Saber contar tudo que aprenderam em casa. 4. Existem lugares em que podemos falar muito alto ou até mesmo gritar, mas há lugares em que devemos ouvir. Circule os lugares em que devemos ouvir, e não falar alto. De cima para baixo da esquerda para direita: Shutterstock.com/Marcio Jose Bastos Silva, Protasov AN, CP DC Press, Thithawat.S, Denis Rozhnovsky e Aleksey StemmerCidadania Moral e Ética I 1o ano48 CMeE_1A_2017_01a96.indd 48 18/07/17 14:13 Após duas ou três tentativas frustradas de leitura, o educador vai instruir que o leitor desista, e vai indagar aos demais o que ele estava tentando comunicar à turma. Provavelmente não haverá nenhuma resposta coesa. Caso alguém acerte, o educa- dor deve lhe indagar se foi fácil compreender o colega sob tanto barulho. A partir dos possíveis resultados, o educador vai ressaltar que a dificuldade em saber calar e ouvir repercute na dificuldade de comunicar. ME_CMeE_1A_2017.indd 54 29/07/17 01:57 55Manual do Educador – 1o ano 49 Orientação didática Toda criança gosta de mágica! Não é verdade? Quando vemos um filme, uma peça de teatro ou um show de mágica, nossa imaginação nos faz sonhar! Porque a mágica é sempre sinal de que tudo pode acontecer e até mudar completa- mente! Mas existem atitudes em nossa vida e palavras também que, como em um passe de mágica, mudam a nossa vida ou a de alguém! Então, vamos agora ouvir uma história cheia de magia. Era uma vez uma menininha cha- mada Clarice. Ela era muito mimada, tudo queria e os pais sempre davam. Clarice não tinha muitos amigos na escola, pois ela não os tratava bem. O aniversário de Clarice estava se aproximando. Ela distribuiu convites, e todo mundo queria ir, porque sabia que as festas na casa dela eram com muitos doces e brincadeiras. A festa aconteceu. Clarice esta- va muito feliz, mas ao mesmo tempo triste, pois sabia que os amigos esta- vam ali porque havia muita diversão e comidas gostosas. Não era por cau- sa dela. Para começar Era uma vez PALAVRAS MÁGICAS De cima para baixo da esquerda para direita: Shutterstock.com/Marcio Jose Bastos Silva, Protasov AN, CP DC Press, Thithawat.S, Denis Rozhnovsky e Aleksey Stemmer Cidadania Moral e Ética I 1o ano 49 CMeE_1A_2017_01a96.indd 49 18/07/17 14:13 Anotações Por meio do apelo ao fantástico, a história refor- ça lições de educação básica para as crianças. É sempre importante as boas maneiras serem ensi- nadas por meios menos ortodoxos e autoritários e mais lúdicos, afinal uma lição imposta é mais fardo que aprendizado. ME_CMeE_1A_2017.indd 55 29/07/17 01:57 56 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 50 Orientação didática Na hora de dormir, ela começou a chorar. Será que Clarice estava sentido falta do amor e da amizade de seus colegas? Nossa menininha dormiu chorando. De repente: plim! Uma luz forte e uma fada encantada apareceu! − Quem é você? Que linda! − disse Clarice. − Clarice, você estava chorando. Eu sou a fada que cuida das crianças que choram. − Eu não tenho amigos. − disse Clarice. − Oh, minha menina, todo mundo sabe que existem palavras mágicas que fazem amigos. − É? Eu não sabia. Quais são? − “Com licença”, “obrigada”, “por favor”, “desculpe-me”. − Eu não uso essas palavras. − Então, Clarice, durma e pense nelas. No dia seguinte, ela acordou. − Bom-dia! Com licença! Até mais tarde. − Olá, minha gente! − parecia um papagaio que não parava de falar. Ela não sabia se tinha sido um sonho ou não. Mas, seja lá como for, as palavras fun- cionavam. Clarice também descobriu que tinha muitas palavras mágicas além daquelas. Por exemplo: perguntar para alguém “Quer ajuda?” faz as pessoas sorrirem. Então, não esqueçam: palavras podem ser mágicas e transformam as pessoas! Patrícia Senna Cidadania Moral e Ética I 1o ano50 CMeE_1A_2017_01a96.indd 50 18/07/17 14:13 A árvore da gentileza: O educador pode confeccionar em uma cartolina uma árvore sem folhas, onde os alunos vão colar pequenas folhas de papel colorido, com palavras de gentileza escritas (obrigado, obrigada, com licença, bom-dia, etc.). Após o trabalho coletivo, o educador pode exibir a obra de arte resultante em sala ou em espaços de con- vívio social da escola. ME_CMeE_1A_2017.indd 56 29/07/17 01:57 57Manual do Educador – 1o ano 51 Orientação didática 1. Observe os desenhos abaixo e escreva qual é a palavra mágica que está sendo pro- nunciada. Escreva no espaço abaixo. obrigado com licença por favor Para fazer Palavras Mágicas Pedro Bandeira Se você quer ser feliz e amizades conquistar, quatro palavrinhas mágicas vou agora revelar. Não é nem “Abre-te Sézamo” e nem é “Sin-sa-la-bin”! Nenhuma é “Abracadabra”, minha mãe disse pra mim: Guarde as quatro palavrinhas, tenha as quatro sempre à mão, para usar a toda hora, em qualquer ocasião. Use sempre essas palavras, delas nunca tenha medo, pois eu quero ajudar, vou contar o meu segredo: Diga sempre a sorrir, pra não ser mal-educado: com licença, me desculpe, por favor e obrigado! Acredite no que eu digo, pois comigo funcionou. São palavras de uma fada, foi mamãe quem me ensinou! 2. Depois de escutar o poema a seguir, encontre as palavras mágicas que você ouviu e pinte-as. Cidadania Moral e Ética I 1o ano 51 CMeE_1A_2017_01a96.indd 51 18/07/17 14:14 Baseado no primeiro exercício, o educador pode promover uma brincadeira em que serão dis- tribuídos, através de sorteio, pequenos pedaços de papel para os alunos, em que estão escritas situações corriqueiras como esbarrar em alguém, pedir passagem ou ganhar algum presente. O ob- jetivo é que cada um interprete a situação por meio de mímica, e aos outros que assistirem, responder com a “palavra mágica” adequada à situação (des- culpe, obrigado(a), com licença, etc.). ME_CMeE_1A_2017.indd 57 29/07/17 01:57 58 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 52 Orientação didática A escola tem muitos lugares, não é? Mas tem um especial, de muito silêncio e con- centração! É a biblioteca! Ela é linda! Cheinha de livros e mesinhas. Lá tem as mais fantásticas histórias! Tem contos de fada, lendas, reportagens, tem muita coisa sobre a natureza e a história dos povos do mundo inteiro! É simplesmente mágico! Mas tem uma regra principal a ser cumprida para que esse lugar continuemágico: FAZER SILÊNCIO! Pois tem muita gente lendo ao mesmo tempo! Quase todos os dias eu vou visitar a biblioteca e sempre trago um livro para ler em casa quando já entreguei outro. Não é ótimo? Poder levar o livro para casa e ler? Tenho amigos que só leem pelo computador! Mas nada se compara a folhear um livro em um local bem legal da nossa casa e deixar a imaginação cuidar dos pensamentos! E você, já foi à biblioteca hoje? Para começar A BIBLIOTECA Matemática História Português Geografia Ciências Shutterstock.com/Sergey Novikov Cidadania Moral e Ética I 1o ano52 CMeE_1A_2017_01a96.indd 52 18/07/17 14:14 Anotações A lição inicia-se com uma introdução sobre um dos ambientes que mais podem induzir a plena ex- pansão do conhecimento: A biblioteca! O educa- dor pode ressaltar a importância desse espaço físi- co dedicado, em tempos em que os livros digitais ameaçam tornar obsoleto este ambiente. ME_CMeE_1A_2017.indd 58 29/07/17 01:57 59Manual do Educador – 1o ano 53 Orientação didática 1. Você gosta de ler? Por quê? Resposta pessoal 2. Observe a biblioteca abaixo. Como toda biblioteca, ela está com os livros arrumados por assuntos. Descubra qual é o livro que está no lugar errado. Quando encontrá-lo, faça um X nele. Para fazer Matemática História Português Geografia Ciências Cidadania Moral e Ética I 1o ano 53 CMeE_1A_2017_01a96.indd 53 18/07/17 14:14 Estas atividades tem por objetivo injetar ludicidade no apren- der sobre este ambiente tão importante, de livros e leitura. A bi- blioteca é lugar de diversão! ME_CMeE_1A_2017.indd 59 29/07/17 01:57 60 Cidadania Moral e Ética I 1o ano 54 Orientação didática 3. Qual é o lugar da sua escola onde a convivência com os livros facilita a aprendizagem? 4. A biblioteca é um lugar para ler e estudar. Não é lugar para fazer barulho. Decifre os códigos e descubra a placa que está na biblioteca. 5. Ouça o poema “Livrinho falante” e, depois, pinte a ilustração. Resposta pessoal Livrinho falante B I B L I O T E C A C Ê L I N O S S I L Ê N C I O Sou o livrinho falante e não paro na estante. Ajudo toda gente que a mim vem consultar. Sobre planetas, estrelas, e o que neles podem achar. Sei tudo sobre jatos, cápsulas, controles, nações, conheço a história antiga, navios à vela, aviões. Sou o livrinho falante que registra a todo instante tudo que no mundo acontece, nasce, cresce e aparece. Sei histórias fascinantes, além da imaginação, posso contar a vocês: “Tenho alma e coração”. Cantiga popular Cidadania Moral e Ética I 1o ano54 CMeE_1A_2017_01a96.indd 54 18/07/17 14:14 Passar o vídeo: “Os fantásticos livros voadores do Senhor Lessmo- re”. Depois haverá muito o que explorar com as crianças sobre esse vídeo, em outros momentos na sala de aula. ME_CMeE_1A_2017.indd 60 29/07/17 01:57 61Manual do Educador – 1o ano 55 Orientação didática 6. Observe as cenas abaixo e faça o que se pede: • Pinte a cena em que a criança está cuidando do livro. • Faça um X na criança que está fazendo mau uso do livro. • Circule a criança que está triste por ver a situação do livro. 7. Vamos construir um Contrato de Convivência Escolar? Abaixo, marque, com um X, as regras que devem estar escritas nesse contrato. X Respeitar os professores. Falar palavrão. X Não mentir para a professora e para os coleguinhas. X Não rabiscar as carteiras e a parede. Não prestar atenção à aula. X Brincar só no recreio ou nos momentos indicados pela professora. X Respeitar os horários de entrada e saída. Brigar com os coleguinhas. Desrespeitar os funcionários da escola. X Ajudar os coleguinhas quando estiverem com dificuldade. Cidadania Moral e Ética I 1o ano 55 CMeE_1A_2017_01a96.indd 55 18/07/17 14:14 Fazer um contrato em cartolina para fechar a unidade com um mural! As crianças vão dizendo as regras e o educador vai orientando quando ne- cessário, fazendo os devidos ajustes. Anotações ME_CMeE_1A_2017.indd 61 29/07/17 01:57 62 Cidadania Moral e Ética I 1o ano FUNDAMENTAÇÃO Lembro-me de ter lido, muitos anos atrás, um livro de um psicanalista, Denis Vassê, que me mar- cou enormemente por esta imagem que o autor traz: “Quando o umbigo se fecha, a boca se abre...”. Essa singela frase simplesmente enviesou meu próprio corpo naquele então, e o enviesa até hoje, pelo fascínio e espanto que senti ao saber que é pela voz que nosso corpo descobre e confirma que não é mais extensão do corpo do outro. Ou seja, nosso corpo é simbolizado pela voz dos nos- sos pais. Dessa forma, somos marcados desde cedo pela força da palavra, que nos introduz no mundo dos significados. As lembranças que tenho de como fui iniciada no aprendizado da escuta e, por conseguinte, da fala, estão ligadas à voz do meu pai, que preparava meu corpo irrequieto, que não queria dormir, ao som das suas cantigas de ninar. De certa forma, acredito que a escuta se tor- nou algo de prazeroso e importante na minha vida de educadora por ter sido significada pela voz de 1. VASSE, D. O umbigo e a voz. São Paulo: Loyola, 1977. Sobre o aprender a escutar acalanto do meu pai. Aprendi a significar a gosto- sura que era me sentir amada, naqueles momen- tos, ao sentir que ele dedicava seu tempo a mim. Coisa fantástica é a memória corpórea... sua ca- pacidade de se fazer presente, viva, gerando mo- vimentos, gestos e gostos que vêm de um tempo que acreditávamos esquecidos... E, no entanto, a nossa memória afetiva se encarrega de nos trazer tudo de volta. Fui iniciada também no ato da escuta por minha mãe; cedo ela me pôs nas malhas, nos fios, do possível texto do outro. Já pequena eu me exerci- tava nos enredos das redes de significados que me invadiam e, de certa forma, eu me via levada a sempre ressignificá-los. Pergunto-me se não data dessa época meu prazer de brincar com o simbólico, meu fascínio, minha paixão, minha curiosidade sobre as coisas não ditas e as ditas além do querer dizer. Essas vivências da minha infância marcaram tanto meu corpo que a sensação que tenho é a de que, às sh ut te rs to ck /S ky di ve E ric k ME_CMeE_1A_2017.indd 62 29/07/17 01:57 63Manual do Educador – 1o ano vezes, ainda hoje, eu vejo com os ouvidos e escu- to com os olhos... Sensação estranha? Sim, tal- vez, mas gostosa de ser vivida. Foi assim que o aprendizado do ato de escutar entrou na minha vida, fazendo parte da minha história e da minha forma de estar no mundo. O ato de educar o outro é hoje para mim, como educadora, uma das primeiras posturas pedagógi- cas que trabalho com o educador no seu processo de formação. Descubro e redescubro sempre com cada novo grupo que formo, pelas resistências en- contradas nos diferentes e inúmeros corpos nos quais já “pus a mão”, que é uma tarefa difícil. Pergunto-me constantemente o porquê de nos- sa dificuldade de escutar realmente o outro. Que acontece com nossa capacidade de escuta? Fal- ta de paciência? Falta de curiosidade pelo outro? Falta de tempo? Fala de espaço interno? Nas minhas andanças pelas escolas, o que te- nho visto são corpos sempre tão apressados que não conseguem parar para escutar. Na maioria das vezes são corpos que, além de estar sempre apressados, estão tão “cheios”, talvez de si mes- mos, que se encontram impossibilitados de cons- truir espaço interno para a escuta do outro. Se quisermos escutar o que o outro tem a di- zer, temos de estar com nosso corpo “vazio” para poder recebê-lo e, dessa forma, ser depositário da sua fala. “Corpo cheio” é corpo sem espaço para o outro; o outro sobra, está a mais. Fica como se es- tivesse a ver navios que nunca ancorarão no porto. É por meio da escuta da fala do outro que o educador realiza sua intervenção. Sem interven- ção no processo do outro, o ato de educar perde seu sentido em cai no vazio. No entanto, o mais complicado é que a caída no vazio no processo shutterstock/michaeljung ME_CMeE_1A_2017.indd 63 29/07/17 01:57 64 Cidadania Moral e Ética I 1o ano de marcar
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