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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA - UFRA CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL RELATÓRIO DE PRÁTICA DE FERTILIDADE DO SOLO LANNA VITÓRIA RIBEIRO SANTOS WESLEN HENRIQUE G. DA SILVA PARAUAPEBAS 2019 • INTRODUÇÃO A amostragem do solo é a base para o uso racional, sustentável e econômico dos solos, por meio da recomendação correta de fertilizantes e corretivos, tem esse papel importante de teste por oferecer uma estimativa da capacidade do solo de suprir nutrientes adequados às necessidades de plantações em crescimento. Existe uma variação grande entre solos de diferentes locais em uma mesma região, por isso é necessário conhecer a fertilidade da terra, para que se possa interpretar e realizar as recomendações necessárias para as condições ideais de crescimento da planta. Dessa forma, o monitoramento periódico do estado de compactação do solo por meio da resistência à penetração é uma forma prática de avaliação dos efeitos dos diferentes sistemas de manejo na estrutura do solo e no crescimento radicular das diferentes culturas, permitindo assim pesquisas e avaliações na propriedade rural. Na amostragem a avaliação precisa representar a área total, observando uniformidade da área, cultura e fertilização. As amostras simples são retiradas de pequenas amostras de tamanho reduzido, enquanto as amostras compostas são a junção de várias amostras simples, para retira-las de forma correta é necessário manter distância de 1 m da cerca, evitar formigueiros e cupinzeiros, evitar locais com objetos de ferro ou alumínio em decomposição. A prática foi realizada na Universidade Federal Rural da Amazônia, localizada na área rural de Parauapebas, no setor de cultura anual de milho. A área possuía diferença de relevo. O objetivo da aula prática foi avaliar e observar os efeitos de uma área com mesma cultura na amostragem do solo. • MATERIAL E MÉTODOS Para a realização da prática utilizamos ferramentas que facilitaram a amostragem, tais como: o trado holandês, consiste em um equipamento operado para estudos pedológicos em solos com textura média a muito argilosa, mas não recomendado para solos rasos de textura rochosa (litossolos) pois pode destruir a ponteira de aço; a sonda (figura1), consiste em um tipo de trado de aço inoxidável utilizado para coleta de amostras de forma rápida, de fácil manuseio, que através do impacto da marreta é inserida no solo até a profundidade desejada, a amostra fica retida dentro da sonda e retirada pela parte superior do equipamento. No entanto, acaba retirando uma porção menor de amostras, sendo necessário um número maior de amostras simples. Também foram utilizados balde e bandeja de plástico devidamente higienizados, sem resíduos e contaminantes para garantir resultados confiáveis para a deposição das amostras de 0-20cm e 20-40cm. Outros equipamentos foram apenas citados, como o trado de rosca, onde a porção do solo fica retida ao longo da rosca e a pá, que nesse caso é necessário cavar uma cova em “V”, em uma das paredes efetuar um corte de uma fatia de aproximadamente de 5 cm de espessura e remover as bordas laterais da fatia, deixando apenas uma parte central. A amostragem do milharal (figura 2) poderia ter começado da parte inferior até a superior, entretanto para a otimização das atividades dividiram a área em dois, sendo cada equipe ficou em uma área, equipe 1 com trado holandês e a 2 com a sonda. Mesmo que seja realizada corretamente a divisão da propriedade em subáreas homogêneas, é importante notar que dentro dessas subáreas aparentemente uniformes ainda poderão existir variações nos atributos químicos do solo, que devem ser levados Figura 1: Sonda sendo inserida no solo Fonte: acervo pessoal Figura 2: Cultura anual de milho Fonte: acervo pessoal em conta para que se tenha uma adequada avaliação da fertilidade do solo. Como forma de minimizar essa variabilidade e obter maior representatividade, durante o procedimento de coleta de solo, devem ser retiradas diversas subamostras para uma avaliação adequada da área amostrada. Desse modo, cada área dividida foi percorrida em ziguezague coletando no mínimo 3 amostras em cada, para obtenção da máxima representatividade de fertilidade. Para áreas de até 10 ha são necessárias de 5-10 amostras simples, quando misturadas formarão uma composta. A primeira amostra do grupo 1 foi retirada da parte inferior da área com o auxílio do trado holandês, foi inserido no solo e girado no sentido horário até alcançar a profundidade de 0-20cm, para retirar o trado foi necessário girar no mesmo sentido e empurrar da esquerda para direita para assim, perder menos solo possível. Antes de inseri-la na bandeja raspamos a terra lateral do trado com o auxílio de uma caneta e retiramos a parte superior da amostra pois há um maior acumulo de serapilheira e se torna menos representativo, utilizando apenas a parte central da amostra. Recolocamos o trado no mesmo buraco e giramos no sentido horário até atingir a profundidade de 20-40cm, tivemos mais dificuldades de retira-lo, pois quanto mais profundo mais trabalhoso. Retiramos os excessos laterais e superiores e inserimos no balde. Respeitando o ziguezague seguimos tirando mais amostras até chegar na parte superior da área, totalizando 4 amostras de 0-20 cm e 4 de 20-40 cm. Colocamos no mesmo recipiente as amostras com a mesma profundidade e destorroamos a terra das bandejas e baldes, retiramos qualquer material estranho como gravetos, pedras, para homogeneizar, e posteriormente poderá ser separada no mínimo 200g em saco plástico para direciona-la ao laboratório devidamente protegido de poeiras e identificado por aproximadamente 3 dias. A textura do solo pode influenciar no tempo da coleta, solos de texturas argilosas possuem alta plasticidade, o que dificulta a adesão do solo na ferramenta, e alta coesão, o que dificulta a penetração do instrumento. As amostras de 0-20 cm são caracterizadas como amostras de rotina pois concentram-se na camada mais superficial do solo, e são realizadas pela maioria das culturas cultivadas onde concentram-se a maior quantidade de raízes e afins. Contudo, analises mais profundas (20-40 e 40-60 cm) são necessárias para outros tipos de culturas como modo de identificar deficiência de nutrientes (Mg, Ca) e/ou intoxicação por Al. Segundo Miranda (1982) para culturas anuais tais como milho, soja e até forragem, as amostras devem ter profundidade de 15-20 cm e para a silvicultura e fruticultura é aconselhável retirar amostras de 50- 60 cm, mas se as culturas já estiverem plantadas, faz-se através da projeção da copa amostras de 5-10 cm. • CONCLUSÃO Notamos que a aula prática é de suma importância para o desenvolvimento intelectual e científico, pois estudos referentes a amostragem do solo e suas características, nos permite ter uma visão ampla que acrescenta conhecimento prático, entretanto estudos teóricos são tão importantes quanto para obter uma base. • REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA BARCELOS, A.A.; CASSOL, E.A. & DENARDIN, J.E. Infiltração de água em um Latossolo Vermelho-Escuro sob condições de chuva intensa em diferentes sistemas de manejo. R. Bras. Ci. Solo, 23:35-43, 1999. BUCHTER, B.; HINZ, C. & FLUHLER, H. Sample size for determination of coarse fragment content in a stony soil. Geoderma, 63:265-275, 1994. CANTARUTTI, R. B.; ALVARES VENEGAS, V. H.; RIBEIRO, A. C. Amostragem de solo. In: RIBEIRO, A. C.; GUIMARÃES, P. T. G.; ALVARES VENEGAS, V. H. (Ed.). Recomendação para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5ª aproximação. Viçosa: Comissão de Fertilidade doSolo do Estado de Minas Gerais, 1999. p. 13-20. CRAVO, M. S.; VIÉGAS, I. J. M.; BRASIL, E. C. Recomendações de adubação e calagem para o estado do Pará. 1. ed. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2007. 31- 38 p. MIRANDA, L. N. de. Amostragem de solo para análise química. Brasília: Embrapa-CPAC, 1982. 15 p. (Embrapa-CPAC. Circular técnica, .11).
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