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Relatorio de estagio em radiologia veterinária - pré aula 3

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Prévia do material em texto

1 
 
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO 
RIO GRANDE DO SUL 
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruno Gustavo Duarte Frank 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR 
SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ijuí, RS 
2018 
 
2 
 
Bruno Gustavo Duarte Frank 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR 
SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Estágio Curricular 
Supervisionado, apresentado ao Curso de 
Medicina Veterinária, da Universidade 
Regional do Noroeste do Estado do Rio 
Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como 
requisito parcial para obtenção do grau 
de Médico Veterinário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profª Drª Med. Vet. Denize da Rosa Fraga 
Supervisora: Profª MSc. Med.Vet. Cristiane Elise Teichmann 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ijuí, RS 
2018 
3 
 
Bruno Gustavo Duarte Frank 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR 
SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Estágio Curricular 
Supervisionado, apresentado ao Curso de 
Medicina Veterinária, da Universidade 
Regional do Noroeste do Estado do Rio 
Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como 
requisito parcial para obtenção do grau 
de Médico Veterinário. 
 
 
 
 
Aprovado em 29 de Novembro de 2018: 
 
 
 
 
______________________________________ 
Denize da Rosa Fraga, Drª. (UNIJUÍ) 
(Orientadora) 
 
 
______________________________________ 
Cristiane Beck, Drª (UNIJUÍ) 
 (Banca) 
 
 
 
 
 
 
 
Ijuí, RS 
2018 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha mãe Elaine Seloi Cruchi Duarte, e ao meu pai Evair 
Dahlke, pessoas que apoiaram-me sempre em todas as que decisões que me colocaram 
nesta posição, me guiando pelo melhor caminho, sempre fazendo o respeito, o amor e a 
dedicação prevalecerem. Com eles aprendi que nenhuma dificuldade é suficiente para 
impedir que um objetivo seja alcançado. Minha mãe, alegre e sonhadora, ensinou-me a 
sonhar, e que, com determinação podemos chegar a lugares que no passado já foram 
citados como inalcançáveis. Meu pai, paciente e carinhoso, ensinou-me o poder da 
tranquilidade em momentos de dificuldade, e mesmo quando insisti em não ouvir, 
nunca desistiu de me apresentar a realidade. Amo muito vocês! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Sozinho não conseguiria chegar até aqui, muitas pessoas me apoiaram e 
dedicaram um pouco de suas vidas à me acompanharem nessa trajetória vitoriosa. 
Gostaria de agradecer imensamente as seguintes pessoas: 
- Aos meus pais, Elaine Seloi Cruchi Duarte e Evair Dahlke, por não medirem 
esforços para que eu concluísse esse objetivo. Sem vocês isso não seria possível, essa 
conquista também é de vocês! 
- Ao meu irmão Vinicios Duarte, que mesmo fora de casa, nunca deixou de 
torcer por mim. 
- A minha avó Maria Eli Cruchi Duarte, que sempre me têm em seus 
pensamentos positivos e orações. 
- A minha inteligente e linda namorada, Ana Louíse Diel, que me acompanhou 
ao longo de toda graduação, compartilhando das minhas alegrias, tristezas, medos, 
incertezas e todas as conquistas, me amparando em momentos difíceis, me ensinando a 
enfrentar todos os desafios de cabeça erguida, acreditando no meu potencial e me 
motivando a todo instante! 
- A minha “filha” canina Leona, que foi o escape de toda tensão, me recebendo 
todos os dias com muito amor e carinho, alegrando meus dias independente da 
situação! 
- A família da minha namorada, que sempre entendeu minha ausência em 
momentos de estudo, e sempre me tratou com muito amor e carinho, como um filho. 
- A minha querida professora orientadora Denize da Rosa Fraga, pessoa 
iluminada, guerreira e vitoriosa. Tenho orgulho em dizer que recebi orientações de 
uma professora tão especial, com vasto conhecimento, humilde e disposta a ajudar 
sempre! 
- A professora Cristiane Elise Teichmann, que me atendeu quando busquei 
aprender mais sobre a sua área de atuação, sempre disposta a ensinar, companheira, 
divertida e excelente profissional, um exemplo a ser seguido! 
- Ao meu novo amigo Marcio Kieling, pessoa incrível que tive o prazer de 
conhecer durante a realização do estágio final. Companheiro, humilde, alegre e 
excelente profissional! 
 - A todos os professores que compartilharam seus conhecimentos, agregando de 
forma valiosa para a minha formação acadêmica e pessoal. 
6 
 
- As minhas amigas e colegas Rafaela Zini Machado e Patricia Lang, 
companheiras de conversa, chimarrão, lanches e trabalhos durante quase toda 
graduação, sempre divertidas me ajudando a superar as dificuldades desse trajeto. 
- Aos meus amigos do grupo Missa do Gado, parceiros de longa data! 
- Ao meu amigo Moisés Augusto Rambo. Amizade sincera e eterna. 
- A todos os colegas que compartilham deste mesmo objetivo, e que em algum 
momento agregaram valor ao dia-a-dia, seja na hora do estudo e tensão, ou nas 
conversas, risadas e festas. 
Por fim, agradeço a todos que de alguma forma acrescentaram algo de positivo 
na minha graduação, vocês foram importantíssimos nessa conquista! 
 
 
 
 
 
 
Muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O sucesso normalmente vem para quem 
está ocupado demais para procurar por 
ele.” 
 
Henry David Thoreau 
 
 
 
8 
 
RESUMO 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR 
SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
AUTOR: BRUNO GUSTAVO DUARTE FRANK 
ORIENTADORA: DENIZE DA ROSA FRAGA 
 
O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de 
Diagnóstico por Imagem, com ênfase em Radiologia de cães e gatos. Este foi realizado 
no Hospital Veterinário da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio 
Grande do Sul – Unijuí, localizado na cidade de Ijuí, Rio Grande do Sul, no período de 
06 de agosto a 28 de setembro de 2018, totalizando 150 horas de atividades realizadas. 
A supervisão interna de estágio ficou a cargo da professora Mestra Médica Veterinária, 
Cristiane Elise Teichmann, e a orientação pela professora Doutora Médica Veterinária, 
Denize da Rosa Fraga. O estágio desenvolvido teve como objetivo principal ampliar os 
conhecimentos na área de Radiologia Veterinária através do auxílio na realização de 
exames radiográficos, acompanhando técnicos e médicos veterinários qualificados. As 
atividades desenvolvidas serão expressas em forma de tabelas, sendo especificados os 
exames realizados da cavidade torácica e abdominal, esqueletos axial e apendicular, 
cabeça, pescoço, e região pélvica. Será realizada uma revisão bibliográfica sobre o 
exame radiográfico da cavidade torácica. A realização do Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária foi de grande valia, pois permitiu vivenciar o 
dia-a-dia dos profissionais da área de Radiologia Veterinária, associando conhecimentos 
teóricos e práticos, trabalhando em equipe e adquirindo novos conhecimentos para o 
futuro. 
 
Palavras-chave: Diagnóstico por imagem. Radiologia Veterinária. Tórax 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - 
 
Resumo das Atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por 
Imagem, realizado no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em Ijuí, 
RS, no período de 06 de agosto a 28 de setembro de 
2018.................................................................................................................. 
 
 
 
 
13 
 
Tabela 2 - 
 
Radiografias da cavidade torácica acompanhadasdurante o Estágio 
Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico 
por Imagem, realizado no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em 
Ijuí, RS, no período de 06 de agosto a 28 de setembro de 
2018.................................................................................................................. 
 
 
 
 
 
13 
 
Tabela 3 - 
 
Radiografias do esqueleto apendicular acompanhadas durante o Estágio 
Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico 
por Imagem, realizado no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em 
Ijuí, RS, no período de 06 de agosto a 28 de setembro de 2018................... 
 
 
 
 
14 
 
 
Tabela 4 - 
 
Radiografias do esqueleto axial acompanhadas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por 
Imagem, realizado no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em Ijuí, 
RS, no período de 06 de agosto a 28 de setembro de 
2018.................................................................................................................. 
 
 
 
 
 
14 
 
Tabela 5 - 
 
Radiografias da cavidade abdominal acompanhadas durante o Estágio 
Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico 
por Imagem, realizado no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em 
Ijuí, RS, no período de 06 de agosto a 28 de setembro de 
2018.…………………………………………................................................. 
 
 
 
 
 
14 
 
Tabela 6 - 
 
Radiografias da região cervical acompanhadas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por 
Imagem, realizado no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em Ijuí, 
RS, no período de 06 de agosto a 28 de setembro de 
2018.................................................................................................................. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
10 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 12 
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ......................................................................... 13 
3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ................................................................................. 16 
3.1 AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DA CAVIDADE TORÁCICA DE CÃES E 
GATOS ........................................................................................................................... 16 
3.1.1 Introdução ............................................................................................................ 16 
3.1.2 Posicionamentos e técnica ................................................................................... 17 
3.1.2.1 Posicionamentos ................................................................................................ 17 
3.1.2.2 Projeções látero-laterais ................................................................................... 18 
3.1.2.3 Projeções ventro-dorsais e dorso-ventrais ...................................................... 18 
3.1.2.4 Técnica ............................................................................................................... 19 
3.1.3 A Cavidade Torácica ........................................................................................... 19 
3.1.3.1 Região extratorácica ......................................................................................... 20 
3.1.3.1.1 Esqueleto torácico .......................................................................................... 20 
3.1.3.1.2 Diafragma ....................................................................................................... 21 
3.1.3.2 Espaço pleural ................................................................................................... 22 
3.1.3.3 Parênquima pulmonar ..................................................................................... 22 
3.1.3.3.1 Padrões pulmonares ...................................................................................... 24 
3.1.3.3.1.1 Padrão alveolar ........................................................................................... 24 
3.1.3.3.1.2 Padrão brônquico ....................................................................................... 24 
3.1.3.3.1.3 Padrão intersticial ...................................................................................... 25 
3.1.3.3.1.4 Padrão vascular .......................................................................................... 25 
3.1.3.4 Mediastino ......................................................................................................... 26 
3.1.3.4.1 Traqueia ......................................................................................................... 27 
3.1.3.4.2 Esôfago ............................................................................................................ 27 
3.1.3.4.3 Silhueta cardíaca e grandes vasos ................................................................ 28 
3.1.3.4.3.1 Métodos de avaliação da silhueta cardíaca .............................................. 29 
3.1.3.4.3.2 Aorta ............................................................................................................ 30 
3.1.3.4.3.3 Veia Cava Caudal ....................................................................................... 30 
3.1.4 Conclusão ............................................................................................................. 30 
11 
 
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 32 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária apresenta-se 
como uma sistematização teórica e prática de todo aprendizado adquirido durante a 
graduação, sendo de suma importância na formação acadêmica. 
 O presente estágio foi realizado no Hospital Veterinário da Universidade 
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí, localizado em Ijuí, Rio 
Grande do Sul, Brasil. A área de atuação foi a de Diagnóstico por Imagem em pequenos 
animais, com ênfase em Radiologia, durante o período de 06 de agosto a 28 de setembro 
de 2018, totalizando 150 horas de atividades. A supervisão interna ficou a cargo da 
professora, Mestra Médica Veterinária, Cristiane Elise Teichmann com a orientação da 
professora, Doutora Médica Veterinária, Denize da Rosa Fraga. 
Fundado em 05 de abril de 2013, o Hospital Veterinário da Unijuí possui uma 
moderna estrutura que consta com uma área ambulatorial para atendimentos clínicos, 
laboratórios de análises clínicas, doenças parasitárias, diagnóstico por imagem, 
microbiologia e histopatologia, e um centro cirúrgico bem equipado. Tem como 
objetivo prestar atendimento clínico e cirúrgico de cães e gatos da comunidade ijuiense 
e região, e servir como espaço para aprendizagem de graduandos do curso de Medicina 
Veterinária da instituição. O laboratório de radiologia possui um equipamento fixo de 
raio X, e um sistema de revelação analógico, com a utilização de uma máquina 
processadora 
 A principal atividade realizada durante o período de estágio foi o 
acompanhamento de todas as radiografias realizadas em cães e gatos, desde a 
imobilização do paciente até a captação da imagem a revelação da mesma. Pelo fato do 
Hospital Veterinário da Unijuí ser uma referência na região na área de diagnóstico por 
imagem, com profissionais qualificados e com uma rotina movimentada, foi o local 
escolhido para realização do estágio. 
 O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária teve como 
finalidade proporcionar conhecimentos teóricos e práticosreferentes à radiologia 
veterinária, demonstrar a rotina dos profissionais da área, apresentando desafios e 
questionamentos, instigando a pesquisa contribuindo para a formação pessoal e 
profissional futura. 
 
13 
 
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por Imagem, com 
ênfase em Radiologia, serão apresentadas a seguir resumidamente na Tabela 1 e 
especificadas nas Tabelas 2 a 6. 
 
Tabela 1 - Resumo das Atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por Imagem, realizado 
no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em Ijuí, RS, no período de 06 de agosto a 
28 de setembro de 2018. 
 
Resumo das Atividades n % 
Radiografias da cavidade torácica 
Radiografias do esqueleto apendicular 
56 
25 
48,28 
21,55 
Radiografias do esqueleto axial 20 17,24 
Radiografias da cavidade abdominal 11 9,48 
Radiografias da região cervical 4 3,44 
Total 116 100,00 
 
Tabela 2 – Radiografias da cavidade torácica acompanhadas durante o Estágio 
Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por 
Imagem, realizado no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em Ijuí, RS, no período 
de 06 de agosto a 28 de setembro de 2018. 
 
Radiografias da cavidade torácica n % 
Cardiopatia 
Sem alterações 
Pneumopatia 
Efusão pleural 
Metástases pulmonares 
 22 
 20 
 10 
 2 
 2 
39,29 
35,71 
17,85 
3,57 
3,57 
Total 56 100,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Tabela 3 – Radiografias do esqueleto apendicular acompanhadas durante o Estágio 
Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por 
Imagem, realizado no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em Ijuí, RS, no período 
de 06 de agosto a 28 de setembro de 2018. 
 
Radiografias do esqueleto apendicular n % 
Fratura de radio e ulna 
Controle pós-operatório 
Fratura de pelve 
Sem alterações 
Luxação de patela 
Displasia coxofemoral 
Ruptura de ligamento cruzado cranial 
Artrose 
6 
5 
4 
4 
2 
2 
1 
1 
24,00 
20,00 
16,00 
 16,00 
8,00 
8,00 
4,00 
4,00 
Total 25 100,00 
 
 
Tabela 4 – Radiografias do esqueleto axial acompanhadas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por Imagem, realizado 
no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em Ijuí, RS, no período de 06 de agosto a 
28 de setembro de 2018. 
 
Radiografias do esqueleto axial n % 
Sem alterações 
Calcificação de disco intervertebral 
Diminuição de espaço intervertebral 
Fratura de vértebra 
Controle pós-operatório 
Fratura de mandíbula 
Fratura de costelas 
6 
4 
4 
2 
2 
1 
1 
 
30,00 
20,00 
20,00 
10,00 
10,00 
5,00 
5,00 
Total 20 100,00 
 
Tabela 5 – Radiografias da cavidade abdominal acompanhadas durante o Estágio 
Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por 
Imagem, realizado no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em Ijuí, RS, no período 
de 06 de agosto a 28 de setembro de 2018. 
 
Radiografias da cavidade abdominal n % 
Sem alterações 
Gestação 
Fecaloma 
Ruptura de uretra 
Urolitíase 
4 
2 
2 
2 
1 
36,36 
18,18 
18,18 
18,18 
9,09 
Total 11 100,00 
 
 
15 
 
Tabela 6 - Radiografias da região cervical acompanhadas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Diagnóstico por Imagem, realizado 
no Hospital Veterinário da Unijuí, localizado em Ijuí, RS, no período de 06 de agosto a 
28 de setembro de 2018. 
 
Região cervical n % 
Colapso traqueal 
Sem alterações 
2 
2 
50,00 
50,00 
Total 4 100,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 
 
3.1 AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DA CAVIDADE TORÁCICA DE CÃES E 
GATOS 
 
3.1.1 Introdução 
 
 Os raios X foram descobertos pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen, em 
8 de novembro de 1895, revolucionando o diagnóstico e o tratamento de doenças. Mais 
de 120 anos após sua descoberta, a radiografia é um dos exames complementares mais 
importante, e amplamente utilizado em pessoas e animais (THRALL e WIDMER, 
2018). 
 A radiologia torácica é uma ferramenta importante para auxílio no diagnóstico 
de doenças torácicas e sistêmicas, sendo eficiente em termos de tempo e custo, é 
relativamente fácil de executar, geralmente não requer anestesia geral, não é invasiva, e 
causa estresse relativamente baixo ao paciente (RUDORF et al., 2008). Além de auxiliar 
no diagnóstico de patologias, a radiografia torácica serve para acompanhar a resposta a 
um tratamento clínico ou a progressão de uma doença (BERRY et al., 2010). 
 Obter radiografias de tórax que possuam boa qualidade é relativamente fácil, 
desde que os princípios básicos sejam seguidos, utilizando a técnica correta e um 
posicionamento adequado. Devido a grande complexidade do tórax em relação as 
múltiplas estruturas que são visibilizadas, qualquer perda na qualidade da imagem 
levará a uma perda na qualidade diagnóstica (THRALL, 2014a). 
 A interpretação da imagem, muitas vezes pode ser frustrante, devido a 
insegurança na diferenciação do normal e anormal, e pelo fato de muitas anormalidades 
radiográficas serem inespecíficas. Através de uma abordagem organizada na hora da 
interpretação, e também com aquisição de experiência, é possível superar esses 
obstáculos (BERRY et al., 2010). 
 É indicado realizar um exame radiográfico torácico em pequenos animais em 
diversas situações, por exemplo: pacientes que apresentam tosse, dispneia, taquipneia, 
ruído respiratório anormal, disfagia persistente, regurgitação, intolerância ao exercício, 
trauma cervical ou torácico, estadiamento de doença neoplásica suspeita ou conhecida, 
17 
 
para investigação de sopros cardíacos, investigação de massas palpáveis, ou em casos de 
suspeita de ingestão de corpo estranho (BRADLEY, 2013). 
As radiografias torácicas possuem suas limitações, pois nos fornecem 
informações, não respostas, pois as respostas derivam da interpretação adequada dos 
sinais radiográficos em combinação com aspectos clínicos do caso. Alterações podem 
ser observadas nas radiografias, porém, sem um bom conhecimento clínico, conclusões 
incorretas podem ser obtidas. Radiografias de baixa qualidade são consideradas 
desperdício de tempo e dinheiro (O’BRIEN, 2003a). 
 O objetivo desta revisão bibliográfica é apresentar os aspectos mais importantes 
referentes à avaliação de um estudo radiográfico da cavidade torácica de cães e gatos. 
 
3.1.2 Posicionamentos e técnica 
 
3.1.2.1 Posicionamentos 
 
Para obtermos um exame radiográfico de qualidade é extremamente importante 
a utilização de um posicionamento adequado do paciente. Basicamente, o exame deve 
ser composto por no mínimo duas projeções ortogonais, sendo uma látero-lateral 
esquerda ou direita, e uma projeção ventro-dorsal ou dorso-ventral. Já está se tornando 
padrão a utilização de três projeções na clínica de pequenos animais, duas laterais e uma 
em decúbito esternal ou dorsal, pois não há motivos para limitar o número de projeções, 
em especial os estabelecimentos que possuem um sistema digital direto de captação de 
imagem, onde se obtém o instantaneamente a imagem desejada. A nomenclatura 
utilizada para descrever os posicionamentos látero-laterais esquerdo ou direito esta 
relacionada ao decúbito do animal sobre a mesa, diferente das projeções ventro-dorsal 
ou dorso-ventral, que utiliza sua terminologia se referindo ao ponto de entrada e saída 
do feixe de raio X (BERRY et al., 2010; THRALL, 2014a). 
Antes da realização do exame radiográfico, deve-se remover objetos que possam 
interferir na qualidade da imagem, como coleiras, correntes, bandagens, sujeiras, água esangue. O animal deve ser contido de forma física, e se necessário de forma química. A 
utilização de sacos de areia, cordas ou fitas é indicada para minimizar a exposição dos 
profissionais e proprietários à radiação (O`BRIEN, 2003a). 
 
18 
 
3.1.2.2 Projeções látero-laterais 
 
Após o animal ser colocado em decúbito lateral, devemos tracionar cranialmente 
e de forma paralela os membros torácicos, para que os mesmos não fiquem sobrepostos 
ao tórax. A cabeça deve ser estendida em uma posição neutra, para evitar um falso 
estreitamento nas vias aéreas. A elevação do esterno às vezes é necessária para que ele 
fique alinhado à coluna vertebral e ambos tenham a mesma distância do chassi. O feixe 
de raio X é centrado no quinto espaço intercostal, geralmente na borda caudal da 
escápula. São poucas as diferenças entre os posicionamentos laterais direito e esquerdo, 
porém em decúbito lateral direito o ligamento frenopericárdico restringe a 
movimentação do ápice cardíaco, tornando essa posição preferível. Projeções laterais 
nos dão melhores informações sobre doenças focais, como pneumonias lobares e 
massas nodulares (AYERS, 2012; KEALY et al., 2012; THRALL, 2014a). 
 
3.1.2.3 Projeções ventro-dorsal e dorso-ventral 
 
A projeção ventro-dorsal (VD) é rotineiramente a mais utilizada para 
acompanhar as projeções laterais. Em alguns casos não é possível realizar a posição 
ventro-dorsal, devido à dor ou dispneia, sendo então indicada a posição dorso-ventral. 
Na projeção ventro-dorsal, o animal é colocado em decúbito dorsal, com os membros 
torácicos tracionados cranialmente e o feixe de raio X deve ser centrado a meia 
distância entre as articulações do ombro e a cartilagem xifoide. O esterno deve ficar 
sobreposto às vertebras torácicas da coluna vertebral. Para realizar uma projeção dorso-
ventral, o animal é posicionado em decúbito esternal, com os membros torácicos 
ligeiramente tracionados cranialmente, com a cabeça entre os mesmos, na linha média, e 
os membros pélvicos devem ser tracionados caudalmente com os jarretes repousando 
sobre a mesa. O esterno deve ficar sobreposto às vertebras torácicas. A projeção ventro-
dorsal é preferível para avaliação pulmonar, pois nessa posição é possível obter 
melhores radiografias em inspiração. Se a sombra cardíaca for o foco do exame, na 
posição dorso-ventral a silhueta cardíaca é menos distorcida, sendo a posição mais 
adequada (KEALY et al, 2012; THRALL, 2014a). 
 
19 
 
3.1.2.4 Técnica 
 
 Em uma radiografia corretamente exposta, deve-se observar claramente todas 
as partes anatômicas em caso de normalidade, com clara diferenciação entre tecidos. A 
exposição radiográfica é criada por uma associação de miliamperes- segundo (mAs) e 
quilovoltagem (kV), fatores que são configurados diretamente no aparelho de raio X. O 
Kv é responsável pela força de penetração dos fótons de raio X nos tecidos, e o mAs 
representa a quantidade de radiação produzida em determinada fração de segundos 
(CAINE e DENNIS, 2013). 
O regime adequado para realização de radiografias da cavidade torácica deve 
possuir alto kVp e baixo mAs. O tórax apresenta alto contraste e suporta elevada kVp. 
Radiografias um pouco mais acinzentadas são de mais fácil interpretação do que 
imagens em preto e branco. Devido aos movimentos respiratórios da região torácica, 
devemos usar um curto tempo de exposição, para evitar a influência desses movimentos 
na qualidade da imagem, podendo causar uma desfocagem. Para detecção de 99,9% das 
doenças, devemos realizar o exame no momento de inspiração do paciente, pois há um 
melhor contraste entre o ar e que preenche os pulmões e doenças que aumentam a 
opacidade pulmonar (pneumonia, nódulos, etc.) (O´BRIEN, 2003). 
 
3.1.3 A Cavidade Torácica 
 
O tórax divide-se em quatro regiões anatômicas básicas: a região extratorácica, o 
espaço pleural, o parênquima pulmonar e o mediastino (incluindo coração e grandes 
vasos). A base da avaliação radiográfica do tórax é a observação de cada uma destas 
quatro áreas. É essencial saber o limite de cada região, assim como o entendimento 
básico da fisiologia relacionada às estruturas de cada área (BERRY et al., 2010). 
Antes de reconhecer as anormalidades radiográficas devemos ter um 
entendimento completo da aparência radiográfica normal. Cada estrutura anatômica em 
uma radiografia possui tamanho, formato, opacidade, margem, contorno, número e 
localização característicos. Variações decorrentes da idade, raça, sexo e condição 
corporal estão dentro da normalidade (BERRY et al., 2010). 
 
20 
 
3.1.3.1 Região extratorácica 
 
Um exame radiográfico completo da cavidade torácica inclui a avaliação das 
estruturas extratorácicas, sempre observando duas projeções ortogonais. Incluem-se na 
região extratorácica o esqueleto torácico e os tecidos moles da parede torácica e do 
diafragma. Os limites dessa região são o esterno, ventralmente, os corpos vertebrais e as 
costelas, dorsalmente, as costelas, os tecidos moles intercostais, as estruturas 
subcutâneas e os membros torácicos, lateralmente, e o diafragma, caudalmente 
(THRALL, 2014a). 
 
3.1.3.1.1 Esqueleto torácico 
 
As costelas geralmente seguem em direção craniodorsal a caudoventral, podendo 
variar entre as raças caninas. Cães e gatos possuem 13 pares de costelas, e cada costela 
apresenta uma porção óssea dorsal e uma porção cartilaginosa ventral, chamada de 
cartilagem costal. O arco costal é constituído pelas cartilagens dos décimo primeiro e 
segundo pares de costelas. As cartilagens do décimo terceiro par de costelas são livres 
de inserções, sendo denominadas costelas flutuantes (O’BRIEN, 2003b; KEALY et al., 
2012). O delineamento de cada costela deve ser examinado para descartar alterações 
nestas estruturas (BERRY et al., 2010). 
O esterno é composto por oito segmentos chamados esternébras, formando o 
assoalho da cavidade torácica. A primeira esternébra é denominada manúbrio, e a última 
apresenta um prolongamento caudal denominado processo xifoide. O esterno articula-se 
com as primeiras nove costelas através das cartilagens costais. (KEALY et al, 2012). 
Alterações no esterno cursam geralmente com achados acidentais. Dois tipos de 
deformidade são mais observados no esterno, o pectus excavatum, caracterizado pelo 
desvio dorsal das esternébras caudais, e o pectus carinatum, onde há um deslocamento 
ventral das esternébras caudais (O’BRIEN, 2003b). 
A porção torácica da coluna vertebral é composta por 13 vértebras. O processo 
espinhoso é alto e podem não ser totalmente visíveis. As vértebras devem ser avaliadas 
em relação a sua forma, alinhamento, marginação e estrutura trabecular (BRADLEY, 
2013). 
 
21 
 
3.1.3.1.2 Diafragma 
 
 O diafragma é uma bainha musculotendínea responsável por separar a cavidade 
abdominal da cavidade torácica. O diafragma é composto por uma cúpula tendínea 
central e duas cruras musculares direita e esquerda. Existem três aberturas no 
diafragma: (1) o hiato aórtico localizado dorsalmente, contendo a aorta, as veias ázigos 
e hemiázigos e a cisterna lombar do ducto torácico, (2) o hiato esofágico localizado 
centralmente, por onde passa o esôfago e os troncos do nervo vago, e (3) o forame da 
veia cava caudal, situado na junção das porções tendinosa e muscular do diafragma 
(PARK, 2010). 
Radiograficamente, o aspecto diafragmático depende de diversos fatores, como a 
postura do animal, fase do ciclo respiratório, conformação, obesidade, idade, 
preenchimento gástrico e posicionamento e direcionamento do feixe de raios X. 
Conseguimos visualizar apenas uma pequena parte do diafragma, em qualquer projeção. 
Em decúbito lateral direito, as cruras aparecem praticamente paralelas uma à outra, já 
no decúbito lateral esquerdo, elas formam uma intersecção aproximadamente na altura 
da veia cava caudal. Em relação a veia cava caudal, em decúbito lateral direito, pode serseguida até a crura de localização mais cranial (direita). Em decúbito lateral esquerdo, 
observa-se a veia cava passando sobre a crura esquerda, de localização cranial, 
chegando até a crura direita, caudalmente (PARK, 2010; KEALY et al., 2012). 
 O diafragma deve ser avaliado para verificação da normalidade de seu contorno, 
posicionamento e interface com os pulmões (BERRY et al, 2010). 
Sinais diretamente associados ao diafragma não são tão específicos em relação a 
vários outros órgãos. As alterações radiográficas geralmente encontradas, diretamente 
relacionadas ao diafragma, são a perda generalizada ou focal da linha diafragmática e 
alterações no posicionamento e formato do diafragma (RANDALL e PARK, 2014). 
 As patologias mais observadas em diafragmas de cães e gatos são as hérnias, que 
podem ser traumáticas ou congênitas. A hérnia diafragmática é caracterizada como a 
protrusão de órgãos abdominais para a cavidade torácica. Lesões traumáticas são a 
principal causa da ocorrência de hérnias (RANDALL, 2018). 
 
 
22 
 
3.1.3.2 Espaço pleural 
 
O espaço, ou cavidade pleural situa-se entre as pleuras parietal e visceral. A 
pleura visceral é aderente às superfícies pulmonares e recobre as fissuras interlobares, 
formando dois sacos pleurais na cavidade. A pleura parietal reveste a parede da 
cavidade torácica internamente. Neste espaço encontramos uma pequena quantidade de 
fluido seroso, que normalmente não é visível em radiografias. Com exceção deste 
fluído, as pleuras visceral e parietal estão em contato uma com a outra. Em situações de 
normalidade, a pleura não é visualizada nas radiografias, porém, ocasionalmente 
observa-se a pleura localizada em alguma das fissuras interlobares como uma fina linha 
radiopaca (DENNIS et al., 2010a; KEALY et al., 2012). 
Alterações no espaço pleural ocupam espaço e as principais doenças são o 
acumulo de ar (pneumotórax) ou fluido (efusão pleural). Ambas alterações são causas 
frequentes de morte em cães e gatos. Em casos de acúmulo anormal de ar, em projeções 
laterais, observa-se elevação da silhueta cardíaca em relação ao esterno, e, em projeções 
laterais ou ventrodorsais, é possível observar retração de lobos pulmonares em relação a 
parede torácica. Em casos de presença de líquido no espaço pleural, em projeções 
laterais e ventrodorsais, observamos a retração dos lobos pulmonares em relação a 
parede torácica, com possível visualização de fissuras interlobares. A presença de ar 
entre as pleuras parietal e visceral é vista em preto (imagem radiolucente) na 
radiografia, e o fluido aparece em branco ou cinza (imagem radiopaca) (O’BRIEN, 
2003c; THRALL, 2018a). 
 
3.1.3.3 Parênquima pulmonar 
 
Interpretar radiografias torácicas para avaliação do parênquima pulmonar pode 
ser desafiador, a estrutura pulmonar é heterogênea, criando um fundo complexo no qual 
ocorrem alterações. Durante o exame radiográfico do tórax encontramos uma série de 
fatores que podem influenciar na aparência radiográfica pulmonar: a técnica 
radiográfica (fatores de exposição e o tipo de equipamento utilizado para aquisição da 
imagem), o posicionamento do animal, efeitos da atelectasia por decúbito e da fase 
respiratória e conformação corporal do paciente. Todos esses fatores devem ser 
considerados durante a avaliação pulmonar (THRALL, 2014b). 
23 
 
A lobulação pulmonar de cães e gatos é idêntica, ambos possuem quatro lobos 
no pulmão direito (cranial, médio, caudal e acessório) e dois lobos no pulmão esquerdo 
(cranial e caudal). O lobo cranial do pulmão esquerdo apresenta dois segmentos 
distintos, o cranial e o caudal (THRALL, 2014b). 
Os lobos craniais dos pulmões direito e esquerdo não são simétricos, o lobo 
cranial esquerdo se estende mais à frente do que o direito, passando a linha média em 
projeções DV. Em projeções laterais, a ponta do lobo cranial do pulmão esquerdo 
(chamada de língula) se estende levemente através da linha média, resultando em uma 
área de lucidez que varia de formato triangular a oval, sobreposta às duas primeiras 
costelas (BRADLEY, 2013). 
Os itens responsáveis pela formação da opacidade pulmonar são a opacidade do 
ar dentro dos brônquios, bronquíolos e alvéolos, opacidade dos vasos sanguíneos, 
interstício pulmonar e paredes brônquicas e alveolares, e a sobreposição dos tecidos 
moles (parede torácica e mediastino, por exemplo) (MAI, et al., 2008). 
Três estruturas são normalmente visibilizadas em radiografias: a parede das vias 
aéreas, as artérias e veias pulmonares e o interstício pulmonar. Obter a imagem durante 
a inspiração ou expiração causa diferenças expressivas na capacidade de visualização 
destas estruturas. As vias aéreas possuem ar e, portanto, apresentam opacidade 
radiotransparente. O ar presente na árvore brônquica e nos alvéolos é um bom meio de 
contraste, no qual a vascularização pulmonar pode ser observada. As paredes 
brônquicas podem ser vistas como linhas radiopacas finas (ou circulares quando vistas 
de frente). Somente os brônquios maiores próximos a região do hilo pulmonar são 
observados em radiografias normais, e normalmente não devem ser visíveis na periferia 
dos pulmões (BERRY et al., 2010; KEALY et al., 2012). 
A divisão entre os lobos pulmonares geralmente não é visualizada, exceto 
quando uma reflexão pleural se encontra tangencialmente ao feixe de raio X, sendo 
projetada como uma fina linha radiopaca, o fundo do parênquima pulmonar é 
radioluscente devido à grande proporção de alvéolos cheios de ar, os vasos sanguíneos 
são visibilizados como opacidades lineares de tecidos moles, e devem ser as únicas 
marcas pulmonares presentes na periferia do tórax. Os vasos devem afilar gradualmente 
em direção periférica. Artérias e veias devem ter aproximadamente o mesmo tamanho 
(BRADLEY, 2013). 
Familiarizar-se com as variáveis do paciente e com fatores técnicos que resultam 
em um aumento artificial da opacidade pulmonar é muito importante. A incapacidade de 
24 
 
perceber que a opacidade pulmonar é maior nas radiografias laterais do que nas 
radiografias VD ou DV é um dos erros mais comuns na avaliação dos pulmões, esse 
aumento de opacidade ocorre em função da atelectasia pulmonar que ocorre com o 
paciente em decúbito lateral. Esse aumento de opacidade é comumente interpretado 
como doença pulmonar (THRALL e ROBERTSON, 2011). 
 
3.1.3.3.1 Padrões pulmonares 
 
Anormalidades radiográficas do pulmão são dividas em relação ao envolvimento 
primário de alvéolos, brônquios, vasos ou do interstício. Focando nessas estruturas, é 
possível definir padrões que conduzem a uma avaliação organizada do pulmão 
(THRALL, 2014b). 
 
3.1.3.3.1.1 Padrão alveolar 
 
O padrão alveolar é formado quando o ar do interior dos alvéolos é substituído 
por conteúdo de maior densidade física, aumentando a opacidade pulmonar. Os 
broncogramas aéreos são considerados um marco do padrão alveolar. Um broncograma 
aéreo é definido como um brônquio cheio de ar, passando por uma região anormal do 
pulmão, onde o ar alveolar foi substituído por exsudato, hemorragia ou fluido de edema 
(THRALL, 2014b). 
 
3.1.3.3.1.2 Padrão brônquico 
 
 O padrão brônquico é caracterizado pelo espessamento da parede dos 
brônquios, pela infiltração celular ou líquida na parede brônquica ou no espaço 
peribronquial. Essa alteração, radiograficamente é visualizada como um aumento no 
número de sombras em anel, criadas por uma relação final entre o brônquio anormal e o 
feixe de raios X primário. O padrão bronquial geralmente se manifesta em casos de 
inflamação brônquica, porém, pode ser observado em casos de mineralização dos 
brônquios em pacientes idosos (O’BRIEN, 2003d; THRALL, 2018b). 
 
25 
 
3.1.3.3.1.3 Padrão intersticial 
 
O interstício é composto pelos elementos pulmonares que não contêm ar, com 
exceção dos vasos macroscópicos. Estão inclusos no interstício o septo alveolar, o septointerlobular e os vasos sanguíneos microscópicos. O aumento na radiopacidade do 
interstício se da pelo acumulo de células ou fluido. O padrão intersticial é dividido em 
estruturado e não estruturado. O diagnóstico definitivo de um padrão intersticial pode 
necessitar de coleta de uma amostra para citologia direta, através da aspiração com 
agulha ou biópsia (LAMB, 2010). 
No padrão intersticial estruturado observa-se lesões nodulares ou formações nos 
pulmões. Detectar radiograficamente nódulos ou formações pulmonares deve ser 
associada ao contexto dos achados e também do histórico do paciente. Nódulos de 
tecido mole necessita ter um diâmetro de 4 a 5 mm para ser visível radiograficamente, 
pois o nódulo precisa ser grande o suficiente para absorver uma quantidade mínima de 
raios X para se tornar visível. Lesões que possuam diâmetro menor que 2 cm são 
chamadas de nódulos, e acima deste valor são chamadas de formações (THRALL, 
2014b). 
No padrão intersticial não estruturado, há ausência geral de contraste e a imagem 
da vascularização pulmonar é indefinida. Essa apresentação é resultado de uma elevada 
atenuação dos raios X criada pelo excesso de fluido, crescimentos celulares ou 
infiltrações no interstício. Essas alterações não se organizam de forma solitária, ou em 
várias lesões discretas, mas envolvem o interstício de forma uniforme (KEALY et al., 
2012; THRALL, 2014b). 
 
3.1.3.3.1.4 Padrão vascular 
 
O padrão vascular é caracterizado pela mudança na aparência dos vasos 
sanguíneos pulmonares, como resultado de alterações dentro dos próprios vasos. Um 
padrão vascular anormal é reconhecido por uma alteração no número, tamanho, forma 
ou radiopacidade dos vasos sanguíneos pulmonares (DENNIS et al., 2010b; KEALY et 
al., 2011). 
 
 
26 
 
3.1.3.4 Mediastino 
 
 O mediastino é o espaço entre os sacos pleurais direito e esquerdo, delimitado 
pela pleura mediastinal. O mediastino se estende da entrada torácica ao diafragma, 
também se comunica com o pescoço através da entrada torácica e com o espaço 
retroperitoneal através do hiato aórtico. Diferente do espaço pleural, não é uma cavidade 
fechada, pois cranialmente se comunica com o pescoço através dos planos fasciais, e 
caudalmente, com o espaço retroperitoneal, através do hiato aórtico. O mediastino 
divide-se em partes cranial, media e caudal, cada uma contendo compartimentos 
imaginários ventral e dorsal (O’BRIEN, 2003e; THRALL e ROBERTSON, 2011). 
Algumas estruturas do mediastino são prontamente visíveis, porém, muitas 
estruturas não são normalmente detectadas, pois podem ser pequenas demais, casos de 
utilização de uma técnica radiográfica de baixo contraste, ou as estruturas estão em 
contato com outras de mesma opacidade (BAINES, 2008). 
A traquéia é a estrutura mais óbvia na porção cranial do mediastino, seguindo 
em direção caudal até a bifurcação brônquica da carina. O timo é visualizado apenas em 
neonatos. Na região cranial do mediastino, ao redor da traquéia, em projeções laterais, 
existe uma confluência de estruturas de tecidos moles de dificil diferenciação, o tronco 
braquicefálico, o esôfago, os linfonodos mediastinais craniais, a veia ázigos, as artérias 
e veias torácicas internas, a veia cava caudal, os nervos, os vasos linfáticos, a silhueta 
cardíaca, as artérais carótidas comuns e os vasos subclávicos (THRALL, 2014a). 
No mediastino medial, a silhueta cardíaca se destaca, sendo composta pelo 
perícardio, grandes vasos (aorta ascendente, arco aórtico, artéria pulmonar principal), 
coração e sangue intracardíaco. As estruturas visíveis presentes no mediastino caudal 
incluem a veia cava caudal, ventralmente, e a aorta descentente, dorsalmente (THRALL 
e ROBERTSON, 2011). 
Em sua maior parte, em vista ventral ou dorsal, o mediastino se situa na linha 
média, porém, em três reflexões mediastinais (recessos) o mediastino se devia 
lateralmente. As reflexões mediastinais cranioventral e caudoventral, e também a 
reflexão da veia cava. A reflexão mediastinal cranioventral é a divisão entre o lobo 
pulmonar cranial direito e a parte cranial do lobo cranial esquerdo. A reflexão 
caudoventral mediastinal é resultante do crescimento do lobo pulmonar acessório que, 
durante seu desenvolvimento, empurra o mediastino da direita para a esquerda. A 
reflexão mediastinal caval não é visivel como uma estrutura distina, mas representa o 
27 
 
mediastino que se enrola na veia cava caudal no hemitórax direito. Estes recessos são 
importantes pontos de referência anatômica (THRALL, 2014a). 
 
3.1.3.4.1 Traqueia 
 
 A traqueia é um tubo semi-rígido que conecta a laringe ao sistema brônquico, 
constituído por cartilagens em forma de C, que são abertas dorsalmente e conectadas 
pelo músculo traqueal e tecido conjuntivo. A parede da traquéia é apenas distinguível do 
tecido mole cervical e mediastino vizinho se houver ar presente no esôfago, fornecendo 
o 'sinal da faixa traqueal' ou se as cartilagens traqueais estiverem mineralizadas 
(HAYWARD, 2008). 
Devido à presença de ar em seu interior, é possivel visualizar facilmente a 
traqueia em projeções laterais. A posição VD é util para avaliar deslocamentos 
traqueais. Existe uma leve divergência entre a traqueia e a coluna torácica, pois a 
traqueia angula-se levemente em sentido ventral até a bifurcação para os brônquios 
principais. Em animais normais, não existe variância significativa na traqueia em fases 
diferentes da respiração (KNELLER, 2010). 
Alterações traqueais estão relacionadas ao seu diametro como a hipoplasia 
traqueal ou colapso traqueal, por exemplo (O’BRIEN, 2003e). 
 
3.1.3.4.2 Esôfago 
 
 O esôfago é um tubo musculomembranoso que conecta a faringe ao estômago, 
sendo limitado em suas extremidades por um esfíncter. Em sua porção cervical, o 
esôfago situa-se ligeiramente à esquerda da traqueia, ficando totalmente lateral na 
entrada do tórax, e posteriormente volta a se deslocar dorsalmente a traqueia torácica 
(WATROUS, 2010). 
Em radiografias torácicas, o esôfago normal geralmente está vazio e raramente é 
evidente devido à sua localização interior do mediastino e sua silhueta formada com 
músculos adjacentes e estruturas mediastínicas. Acúmulo de gás no esôfago pode ser 
considerado normal em animais que estão excitados, sedados e dispneicos ou sob 
28 
 
anestesia geral. Este acúmulo geralmente é mínimo e o local mais comum é 
imediatamente cranial à bifurcação da traqueia (GASCHEN, 2014). 
Nas projeções ventrodorsais ou dorso-ventrais existe a sobreposição de outras 
estruturas sobre o esôfago, especialmente da coluna vertebral, por isso, projeções 
laterais fornecem mais informações (KEALY et al., 2012). 
Algumas anormalidades esofágicas podem ser visibilizadas em radiografias 
simples, porém, frequentemente é necessária a realização de um exame contrastado do 
esôfago (esofagograma). O sulfato de bário em creme ou pasta é o meio de contraste 
indicado para realização do esofagograma, pois foi formulado para apresentar extrema 
radiopacidade e boa aderência a mucosa. A dose recomendada de contraste é 3 a 5 
mL/kg de peso vivo que deve ser administrado via oral. É preciso tomar cuidado com 
pacientes que apresentam dificuldade em deglutir, pela possibilidade de ocorrer 
aspiração de contraste, mesmo que pacientes com pulmões sadios apresentem tolerância 
a pequenas quantidades de contraste. Agentes iodados orgânicos não iônicos são 
recomendados em casos de suspeita de ruptura esofágica, pois não apresentam riscos às 
cavidades corpóreas (WATROUS, 2010; KEALY et al., 2012). 
 Alterações esofágicas podem ser relacionadas à mudanças em seu tamanho ou 
localização (p. ex. megaesôfago, esofagite, corpo estranho, massa, anomalia de anel 
vascular, doença neuromuscular), e também alterações de sua radiopacidade pela 
presença de gás, líquido ou conteúdo alimentício (BRADLEY, 2013). 
 
3.1.3.4.3 Silhueta cardíacae grandes vasos 
 
O coração é predominante em uma radiografia torácica, pois é a maior opacidade 
de tecidos moles no tórax. Localiza-se dentro do mediastino, aproximadamente entre os 
terceiro e sexto espaços intercostais. A parte maior e mais dorsal do coração é 
conhecida como base, e a parte menor e mais ventral é conhecida como ápice. O ápice 
se posiciona mais caudal em relação a base em posições laterais. Em visões 
ventrodorsais ou dorso-ventrais o ápice geralmente aponta para a esquerda (JOHNSON 
et al., 2008). 
Radiograficamente não é possivel diferenciar o coração do pericárdio e a origem 
da aorta e da artéria pulmonar principal, portanto, utiliza-se o termo silhueta cardiáca 
29 
 
para descrever a sombra composta pelo coração associado a estas outras estruturas 
(JOHNSON et al., 2008; BRADLEY, 2013). 
Muitos fatores podem interferir na aparência da silhueta cardíaca, como o 
estágio da respiração, variações raciais, estágio de contração do coração, a centralização 
do feixe de raio X e o posicionamento do animal (KEALY et al., 2012). 
Em relação ao habitus do corpo, cães que possuem um tórax em forma de barril 
têm uma silhueta cardíaca que aparenta ser grande, já animais com uma cavidade 
torácica comprimida lateralmente, mas profunda, como os Collies, Dobermans e 
Galgos, aparentam ter uma silhueta cardíaca pequena, podendo ser considerada anormal 
por algumas pessoas. Por esse motivo, padrões corpóreos dos cães devem ser 
considerados na hora de avaliar o coração. Em casos de suspeita de doenças cardíacas, 
devido à aparencia radiográfica ou ao histórico clínico, o indícado é a realização de uma 
ecocardiografia. A aparência radiográfica do coração de gatos apresenta menos 
variações entre pacientes, porém, é possivel identificar alterações decorrentes ao 
acumulo de gordura ao redor do coração (BAHR, 2018). 
Radiografias cardíacas são uteis como ferramenta de triagem para avaliar 
anomalias cardíacas acentuadas, para avaliar circulação pulmonar, ocorrência de 
descompensação cardíaca e também resposta à terapias (BAHR, 2014). 
 
3.1.3.4.3.1 Métodos de avaliação da silhueta cardíaca 
 
 Para identificarmos um aumento focal das câmaras cardíacas, tanto em cães 
como em gatos, o metódo indicado é o que faz analogia da silhueta cardíaca com um 
relógio. Está analogia considera o contorno externo do coração. Utilizando este critério, 
em projeções laterais, devemos considerar a bifurcação da traquéia como se fosse a 
posição de 12h no relógio. Em projeções VD ou DV, a linha média cranial está na 
posição de 12h. O ápice cardíaco é considerado a posição de 6h em ambas as projeções, 
mesmo que o ápice situe-se fora da linha média. Em projeções laterais, usando a 
analogia do relógio, teremos: 12-3h o átrio esquerdo, 3-6h o ventrículo esquerdo, 3-9 o 
ventrículo direito, 9-12h a aurícula direita, arco aórtico e tronco pulmonar. Em 
projeções VD ou DV observa-se: 11-1h o arco aórtico, 1-2h artéria pulmonar principal, 
12-3h, aurícula esquerda, 3-6h o ventrículo esquerdo, 3-9h o ventrículo direito, 9-11h o 
átrio direito (O’BRIEN, 2003f). 
30 
 
Para detectarmos um aumento generalizado do coração utiliza-se o método 
“Vertebral Heart Scale System (VHS)”, que significa comparar o tamanho da silhueta 
cardíaca em relação às vértebras torácicas. Esta técnica consiste em medir a distância 
entre o aspecto ventral da carina até o ápice cardíaco, posteriormente realiza-se uma 
segunda medição perpendicular à primeira no ponto mais largo da silhueta cardíaca. 
Estas medidas podem ser feitas através de um pedaço de papel. Após obter as medidas 
dos eixos longo e curto da área cardíaca, é necessario transportar essas duas medidas 
para as vértebras torácicas, de forma paralela à coluna, a partir da margem cranial da 4ª 
vértebra torácica. Após transportar as medidas, deve-se contar o número de córpos 
vertebrais obtidos (O’BRIEN, 2003e; JOHNSON et al., 2008). 
O valor de referência para a escala vertebral do coração é de 8,7 a 10,7 corpos 
vertebrais, sendo esta faixa de normalidade ampla devido à diferença do tamanho do 
coração entre as raças (BAHR, 2010). 
 
3.1.3.4.3.2 Aorta 
 
Em projeções laterais, o arco aórtico é visível craniodorsal à silhueta cardíaca. 
Na ausência de patologias, é possível observar a extensão da aorta até o diafragma. Seu 
diâmetro é semelhante à altura de um corpo vertebral torácico. Em projeções VD ou DV 
o arco aórtico é visibilizado cranial e a esquerda da silhueta cardíaca (BRADLEY, 
2013). 
3.1.3.4.3.3 Veia Cava Caudal 
 
A Veia Cava Caudal normal é vísivel, em projeções laterais e VD/DV, na região 
caudal do tórax, entre a silhueta cardíaca e o diafragma, e seu tamanho é relacionado 
com o tamanho da Aorta, porém varia em relação a fase da respiração e do ciclo 
cardíaco (KEALY et al., 2012). 
 
3.1.4 Conclusão 
 
O exame radiográfico da cavidade torácica é relativamente fácil de ser executado 
se utilizarmos um posicionamento correto e uma técnica adequada, no entanto, nos 
31 
 
fornece imagens complexas de serem avaliadas. É necessário observar as imagens de 
maneira metódica e detalhada, com conhecimentos anatômicos, sabendo reconhecer a 
normalidade e as possíveis alterações a serem encontradas. É um exame complementar 
valioso no auxílio do diagnóstico de patologias da cavidade torácica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
4 CONCLUSÃO 
 
A realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi 
de grande valia na formação acadêmica, permitindo associar conhecimentos teóricos e 
práticos adquiridos durante a graduação, agregando experiência para a vida profissional 
futura. Presenciar a rotina de profissionais e adquirir conhecimentos técnicos, e também 
valores éticos é de suma importância para buscar espaço no mercado de trabalho. 
Durante o período de estágio, ficou clara a importância da radiografia como 
exame complementar, auxiliando de forma sólida os médicos veterinários clínicos na 
obtenção de um diagnóstico correto, e na instituição de terapias adequadas. Em algumas 
situações pude observar a falta de conhecimento teórico de alguns profissionais na área 
de radiologia veterinária, mostrando que é uma área carente de especialistas, com amplo 
mercado a ser explorado. 
Auxiliar profissionais qualificados, recebendo orientações teóricas e práticas de 
alto nível, tendo contato com pacientes diversos e com os respectivos tutores, 
certamente foram aspectos que tornaram este estágio uma experiência valiosa, na qual 
pude desenvolver um pensamento crítico sobre a área. A área de diagnóstico por 
imagem em sua amplitude está em constante expansão, exigindo aperfeiçoamento dos 
médicos veterinários para qualificar seu atendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
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	1 INTRODUÇÃO
	2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
	3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
	3.1 AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DA CAVIDADE TORÁCICA DE CÃES E GATOS
	3.1.1 Introdução
	3.1.2 Posicionamentos e técnica
	3.1.2.1 Posicionamentos
	3.1.2.2 Projeções látero-laterais
	3.1.2.3 Projeções ventro-dorsal e dorso-ventral
	3.1.2.4 Técnica
	3.1.3 A Cavidade Torácica
	3.1.3.1 Região extratorácica
	3.1.3.1.1 Esqueleto torácico
	3.1.3.1.2 Diafragma
	3.1.3.2 Espaço pleural
	3.1.3.3 Parênquima pulmonar
	3.1.3.3.1 Padrões pulmonares
	3.1.3.3.1.1 Padrão alveolar
	3.1.3.3.1.2 Padrão brônquico
	3.1.3.3.1.3 Padrão intersticial
	3.1.3.3.1.4 Padrão vascular
	3.1.3.4 Mediastino
	3.1.3.4.1 Traqueia
	3.1.3.4.2 Esôfago
	3.1.3.4.3 Silhueta cardíaca e grandes vasos
	3.1.3.4.3.1 Métodos de avaliação da silhueta cardíaca
	3.1.3.4.3.2 Aorta
	3.1.3.4.3.3 Veia Cava Caudal
	3.1.4 Conclusão
	4 CONCLUSÃO
	5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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