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PONTOS GATILHOS FISIOTERAPIA PONTO GATILHO Ponto-gatilho = “trigger point”, sendo assim nomeado por Travell e Simons (1983). Conceitos anteriores: • Reumatismo muscular (1900) • Fibrosite (1904). • Miogelose (1921). (SIMONS, 2004; GOWERS, 2004; SCHIFFMAN, 1990) PONTOS GATILHO O trigger point provoca dor local e não referida, podendo ser encontrado tanto na musculatura como em estruturas ósseas e articulares. (Chaitow, 2008) Permanecem imprecisas as informações sobre o desenvolvimento dos PGMs, com teorias ainda não comprovadas. PONTO GATILHO É um ponto de hiperirritabilidade no interior de um músculo esquelético que promove dor referida mesmo quando se realiza pressões moderadas (HUGO PEDROSA, 2009). São nódulos palpáveis encontrados numa faixa tensa no músculo de forma espontânea ou à dígito-pressão, que determinam um padrão de dor referida pelo paciente (TRAVEL, 1999). PONTO GATILHO FATORES DETERMINANTES PARA OS PONTOS GATILHO: • Estresse mecânico repetido (sobrecarga funcional) • Estresse emocional • Isquemia • Micro ou macrotrauma • Resposta inflamatória localizada • Redução da mobilidade por longo tempo (HUGO PEDROSA, 2009). PONTO GATILHO FATORES QUE POTENCIALIZAM: (HUGO PEDROSA, 2009). REFLEXOS • Sensibilidade da pele na região do ponto gatilho • Disfunção articular • Disfunção visceral • Vasoconstrição REFLEXOS SISTÊMICOS • Disfunções enzimática, metabólica ou endócrina • Infecção crônica • Dieta insuficiente • Estresse psicológico REFLEXOS MECÂNICOS • Desvio postural na posição em pé e sentado, e na forma de andar • Falta de mobilidade • Estresse profissional • Sapatos e roupas apertadas PONTO GATILHO SINTOMATOLOGIA: • Dor referida que, por vezes, são confundidas com dor visceral (CHAITOW, 2007) • Diminuição da flexibilidade muscular • Fraqueza muscular • Alteração da propriocepção (KOSTOPOULOS; RIZOPOULOS, 2007). PONTO GATILHO Localizado numa faixa compacta das fibras musculares A palpação desta região pode promover: • Resposta contrátil • Padrão característico de dor referida • Restrição do movimento relacionado a dor miofascial (HUGO PEDROSA, 2009). PONTO GATILHO DIAGNÓSTICO • O diagnóstico dos PGMs é essencialmente clínico, sendo extremamente importante a anamnese e avaliação física bem realizada, a fim de identificar as características clínicas • Não existem indicadores laboratoriais que possam identificar com precisão a presença de PGMs DIAGNÓSTICO • Pesquisa da sua fisiopatologia é dirigida para verificação das teorias existentes. • Alguns estudos identificaram fibras musculares edemaciadas nos locais de presença de nós, apresentando também sarcômeros contraídos, o que revela uma tensão exacerbada pela alteração da relação comprimento-tensão DIAGNÓSTICO Teorias: • Hipótese do fuso muscular • Hipótese da placa motora (Motor endplate hipothesis) ou dos botões sinápticos disfuncionais • Hipótese da crise energética • Hipótese do processo neuropático para dor muscular (Radiculopathic model for a muscular pain). • Hipótese do tecido cicatricial. DIAGNÓSTICO : Teorias: • Hipótese do fuso muscular Fusos musculares (FMs) anormais como os principais responsáveis pela formação dos PGMs Dois fatos contrariam essa teoria: 1- fusos musculares estão distribuídos por todo o músculo, incluindo áreas em que não há atividade eletromiográfica; 2- tratamentos eficazes como a toxina botulínica, uma das modalidades usadas para o tratamento dos PGMs, interrompem a transmissão do impulso nervoso para o fuso através da ação direta na placa neuro-muscular. ( KOSTOPOULOS; NELSON; INGBER; LARKIN, 2008) (HUBBARD; BERKOFF, 1993) DIAGNÓSTICO Teorias: • Hipótese da placa motora (Motor endplate hipothesis) ou dos botões sinápticos disfuncionais Disfunção dos botões sinápticos Liberação contínua de acetilcolina (Ach) no espaço sináptico Repetidas ativações de alguns elementos contrácteis das fibras musculares Grau de encurtamento entre os sarcômeros envolvidos DIAGNÓSTICO Teorias: • Hipótese da crise energética lesão no sarcolema Destruição do retículo sarcoplasmático Microtraumatismo Liberação e acúmulo de Ca++ próximo ao local da lesão Ca++ interage com miofilamentos Circulação normal Circulação deficiente Remoção do Ca++ área rígida, isquêmica, com acúmulo de resíduos metabólicos e sem chegada de fontes de energia DIAGNÓSTICO Teorias: • Hipótese do processo neuropático para dor muscular (Radiculopathic model for a muscular pain). • Um nervo patológico, este pode gerar um processo de hipersensibilidade e formação de PGMs. • Assim, o músculo acometido não apresenta patologia relacionada com as alterações sensoriais, motoras e autonômicas (GUNN, 1996) DIAGNÓSTICO Teorias: • Hipótese do tecido cicatricial • Estudos histológicos observaram a presença de tecido fibroso próximo ao tecido cicatricial em casos de lesões graves, • Este achado não serve para diagnosticar o ponto gatilho, apesar da síndrome crônica do ponto gatilho gerar a formação de tecido cicatricial TRATAMENTO • A dor promovida no tratamento deve estar dentro de uma zona de conforto • Paciente fica em uma postura que relaxe o músculo • Pontos gatilhos muito ativos (dor intensa a palpação) a pressão deve ser menor TRATAMENTO Objetivo: • Diminuir ou eliminar a hiperirritabilidade do ponto gatilho por meio do impedimento mecânico das terminações nervosas sensitivas que medeiam a atividade do ponto gatilho TRATAMENTO Técnica de pressão direta- sustentar a compressão contínua ou variável do ponto até atingir o fuso muscular (90”) Final do procedimento: • Ausência de dor • Relaxamento do músculo A pressão variável evita a irritação adicional do ponto gatilho TRATAMENTO Técnica de pressão direta- • Maior pressão do terapeuta quando o tecido está mais relaxado • Menor pressão do terapeuta quando os tecidos estão mais tensos • Tratar de 6 a 8 pontos gatilho • Dor e sensibilidade (24 – 48 horas após oatendimento) TRATAMENTO Técnica de pressão direta-Forma de aplicação • Encontrar o ponto gatilho • Posicionar o paciente e o músculo mais confortavelmente • Terapeuta adota uma posição mais ergonômica • Terapeuta aplica a pressão de acordo com a dor e tensão do músculo • Pressionar por 90” • Terapeuta alivia a pressão e faz estiramento do músculo 15” PONTOS GATILHOS PONTOS GATILHOS PONTOS GATILHOS PONTOS GATILHOS PONTOS GATILHO- INIBIÇÃO PONTOS GATILHO- INIBIÇÃO PONTOS GATILHO- INIBIÇÃO PONTOS GATILHO- INIBIÇÃO Fontes de pesquisa Travel JG, Simons DG, Simons LS. Myofascial Pain and Dysfunction: The Trigger Point Manual-Upper Half of Body. Baltimore, Md: Wiliams & Wilkins; 1999. Chaitow L. Técnicas de Energia Muscular. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 320 p. 7. Kostopoulos D, Rizopoulos K. Pontos-gatilho miofasciais: teoria, diagnóstico, tratamento. Rio de Janeiro: Ed. Lab; 2007 Travell JG, Simons DG. Myofascial pain and dysfuntion: The trigger point manual. Baltimore: Williams & Wilkins; 1983. Simons DG. Review of enigmatic MTrPs as a common cause of enigmatic musculoskeletal pain and dysfunction. Journal of electromyography and kinesiology : official journal of the International Society of Electrophysiological Kinesiology. 2004;14(1):95-107. Gowers WR. Lumbago: its lesions and analogues. Br. Med. J. 1904;16:117-21. Schiffman EL, Fricton JR, Haley DP et al. The prevalence and treatment needs of subjects with temporomandibular disorders. J. Am. Dent. Assoc., 1990;120:295303. Chaitow L. Técnicas de liberação posicional para alívio da dor. Rio de Janeiro: Elsevier;2008. Referências Hubbard DR, Berkoff GM. Myofascial Trigger points show spontaneous needle EMG activity. Spine. 1993;18:1803-7 Bom Estudo!!!!!!!
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