CASO CONCRETO 1 - DOMINGAS GOMES

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EXCELÊNTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DO FÓRUM REGIONAL DE JACAREPAGUÁ
Maria de Lourdes, brasileira, casada, profissão não informada, portadora do RG nº não informado e CPF nº 012.412.000- 85, detentora do endereço eletrônico não informado, residente e domiciliada à Rua dos Três Rios, nº 10, Bairro Jacarepaguá, na cidade de Rio de Janeiro – RJ, CEP: não informado. 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS
pelo rito previsto na Lei 9.099/9, em face da EMPRESA MALBORO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 000.123.412/0001/22, com sede na Avenida Costa Ribeiro, nº 41, Bairro: Pedra de Guaratiba, Rio de Janeiro, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS: 
A autora relata que trafegava em uma avenida quando avistou um outdoor com sua fotografia exposta sem a sua devida permissão e com isso lhe causou uma grande surpresa e desconforto, por sua vez entrou em contato com o Réu que se negou a retirar a fotografia. 
DO DIREITO
Refere-se de relação jurídica amparada pela Constituição Federal e pelo Código Civil, analisamos excelência que a conduta da ré causa danos a autora, embora vejamos no artigo 5° Inciso X da Constituição Federal o direito a indenização e assegurado, o Superior Tribunal De Justiça na sua súmula 403 compreende que o direito à indenização independe ao prejuízo no caso concreto e não deve levar em consideração o argumento falho da ré quanto ao objetivo final do anúncio que é a questão educativa. 
Assim descrevem o artigo e a súmula acima mencionadas: 
Artigo 5º -Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Súmula 403 - Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
O comportamento da ré viola o Princípio da Boa-Fé e o Princípio da Eticidade, a função social que se compreende a condição aqui manifestada a autora foi lesada sim e essa lesão independe do prejuízo com fulcro com a súmula 403 do Supremo Tribunal De Justiça, desse modo excelência é inteiramente cabível pleito autoral buscando a condenação da ré com efeito de máxima justiça no caso concreto. 
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se: 
A) Citação da empresa requerida para que apresente contestação no prazo legal, sob pena de revelia. 
B) A retirada da imagem da autora do outdoor e de maneira subsidiária os danos morais 
C) Condenada o mérito a imagem da autora do outdoor localizado na avenida: endereço não informado, sob pena de multa e mais os danos morais
D) Que seja julgado procedente o pedido de indenização por danos morais condenando a parte Ré a pagar os danos morais no montante justo de R$ 10.000,00 (dez mil reais) 
E) Requer a parte autora a admissão de todos os meios de prova e direito em especial documental, testemunhal e suplementar 
Nestes termos dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Termos em que pede deferimento. 
Rio de Janeiro, 17/03/2021
Maria de Lourdes