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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA MMª ___ DO FORO REGIONAL DO JABAQUARA DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP. 
PETERSON SILVA, brasileiro, solteiro, balconista, portador do RG:___ e do CPF: ___, residente na rua:___, nº___, Bairro:___, CEP: ___, Santo André/SP, endereço eletrônico:___, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seus patronos, que esta subscreve, com procuração acostada (doc. 01), com fulcro nos artigos186 e 927 do Código Civil e demais normas aplicáveis à espécie, propor a competente:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de Laura Fernandes, brasileira, divorciada, psicóloga, portadora do RG: ___ e do CPF:___, residente na rua:___, nº___, Bairro: Jabaquara, CEP:___, São Paulo/SP, endereço eletrônico:___, o que o faz pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
O autor não possui condições de arcar com as custas e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, com fundamento no art. 5º, LXXIV da Constituição Federal e art. 98 do Código de Processo Civil. Sendo assim, o autor faz jus à concessão da gratuidade de Justiça. 
I - DOS FATOS 
Em 22 de outubro de 2021, por volta das 19 horas, a Ré entrou na farmácia onde o Autor labora, com seu cachorro no colo, a procura de lenços umedecidos. 
Acontece Excelência, que o Autor foi acionado pela Requerida para sanar dúvidas em relações aos preços do referido produto, que se encontravam em promoção.
O Autor, com o Intuito de cumprir com suas obrigações, se dirigiu até a Ré, quando se deparou com o animal de estimação solto no chão. Importante mencionar que esta conduta é proibida, visto que o art. 22 da Lei Municipal nº 13.131 de 18 de maio de 2001 expressa com muita clareza a proibição de animais em estabelecimentos farmacêuticos. 
	O Requente, ao se deparar com a cena mencionada no parágrafo acima, solicitou que a Requerida recolhesse seu animal do chão. 
	Para a infelicidade do Autor, a Requerida recolheu o animal e iniciou uma cizânia com o Requerente, e em determinado momento, a ré ofendeu gravemente o autor ao chama-lo de “sua bicha louca surtada”. Sendo de suma importância trazer à baila que o Autor é homossexual assumido.
Após todas as ofensas, a Gerente da drogaria foi acionada, e não conseguiu que as partes parassem com a discussão, circunstância que foi presenciada pela outra preposta que labora no local, Bianca. 
No caso em tela, o dano é moral, vez que a ofensa funesta e vexatória perpetrada pela ré atingiu a honra subjetiva do ofendido, acarretando-lhe severo sofrimento e problemas psicólogos, o que não restou alternativa ao Autor, a não ser ingressar com a presente ação. 
II - DO DIREITO
O caso em tela revela um forte abalo psíquico do autor, gerado por reações desproporcionais, ofensivas à honra e criminosas da ré.
A ré, pelo comportamento demonstrado é uma pessoa que merece saber por via de uma sentença judicial, lições que vêm do berço, como o mínimo de educação e urbanidade, bem como a obediência às leis, pois parecem ter faltado isso em sua vida!
O fato de chamar uma pessoa de “sua bicha louca surtada” é extremamente ofensivo e constrangedor, ainda mais quando se dá acompanhado de um show de insubordinação, má educação e muita soberba!
A situação revolta também pelo fato que essa reação desproporcional se deu porque a ré não quis cumprir com as regras do estabelecimento. 
A ação praticada pela ré, de proferir palavras de baixo calão, violou a intimidade do autor e sua honra, causando-lhe dano exclusivamente moral, portanto, ato ilícito na classificação legal, vejamos:
“CC - Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Por consequência, ocorre a obrigação da reparação do dano por parte da ré, porque cometeu ato ilícito, sendo imposição legal, que repare, pois há, nesse caso, presunção legal da ocorrência do dano, o que é assunto do artigo 927 do Código civil, a seguir transcrito:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
A jurisprudência reconhece que xingamentos no ambiente de trabalho, na presença de terceiros enseja o pagamento de danos morais, vejamos:
“APELAÇÃO - Ação de Indenização por Danos Morais – Alegação de que a ré proferiu ofensas e xingamentos contra a autora, na presença de terceiros - Sentença de procedência, para condenar a ré ao pagamento de R$ 24.880,00, a título de dano morais – Inconformismo - Declarações prestadas pela autora e por testemunha, perante autoridade policial, confirmadas pelas testemunhas inquiridas judicialmente, no sentido de que a ré proferiu inúmeros xingamentos contra a autora – Danos morais devidos e fixados em patamar razoável - Recurso desprovido. (TJ-SP - APL: 00091200820118260576 SP 0009120-08.2011.8.26.0576, Relator: José Aparício Coelho Prado Neto, Data de Julgamento: 30/06/2015, 14ª Câmara Extraordinária de Direito Privado, Data de Publicação: 30/06/2015)” (grifos do subscritor)
O ataque à condição sexual da pessoa destoa de qualquer lógica plausível em uma discussão, pois não tem finalidade outra senão a de ofender, vejamos o que a jurisprudência já deliberou a respeito:
“DANO MORAL. SUPOSTA OPÇÃO SEXUAL. DISCRIMINAÇÃO. DISPENSA INDIRETA. ATO LESIVO DA HONRA E BOA FAMA. CABIMENTO. Enseja indenização por dano moral, de responsabilidade da empresa, atos reiterados de chefe que, no ambiente de trabalho, ridiculariza, chamando pejorativamente de "gay" e "veado", por suposta opção sexual. Aliás, é odiosa a discriminação por orientação sexual, mormente no local de labor. O tratamento dispensado com requintes de discriminação, humilhação e desprezo a pessoa. (TRT-15 - RO: 16097 SP 016097/2006, Relator: EDISON DOS SANTOS PELEGRINI, Data de Publicação: 07/04/2006)”
O julgado acima pode muito bem ser aplicado analogicamente à hipótese dos autos, pois foi exatamente o que sofreu o autor, guardadas as respectivas diferenças entre os casos.
Diante todo exposto acima, requer que vossa excelência condene a Requerida com total procedência da presente ação. 
DOS PEDIDOS
Face ao exposto, pleiteia o autor que Vossa Excelência:
 a) Dê total procedência ao pedido do autor, condenando a ré ao pagamento de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), suportando, ainda, as verbas de sucumbência; 
b) Conceda os benefícios da justiça gratuita, conforme art. 5º, inciso LXXIV e art. 98 do CPC; 
c) Mande citar a ré para que responda à presente ação, no prazo legal, sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos narrados na petição inicial, aplicando-se a confissão ficta; 
d) Permita provar o alegado por meio de todas as provas admitidas em direito, em especial pela oitiva da testemunha, a senhora Bianca Costa, brasileira, solteira, residente no Bairro do Ipiranga, São Paulo/SP; 
e). Mande intimar a testemunha fundamental para comparecer à Audiência de Instrução e Julgamento.
 Atribui à causa o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
Nesses termos, 
pede deferimento.
Local e data.
Advogado OAB/SP XXX.XX

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