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Vict�ria Kar�line Libório Card�so C�ntr�le M�t�r Introdução Função base: ativar um músculo, pois ele faz a ligação do sistema nervoso central ou de áreas centrais com órgãos efetores, que, por fim, executa uma tarefa. ● Conecta o SNC com a periferia ● Controla as funções motriciais dos nossos membros. ● Conecta o córtex à medula, aos nervos cranianos e à musculatura lisa e esquelética. De forma geral, a medula espinhal possui programas motores de geração de movimentos coordenados que são acessados, executados e modificados pelo encéfalo. Assim, o controle motor é dividido em 2 partes: 1. Medula espinhal: comanda e controla a contração coordenada dos músculos. 2. Encéfalo: comanda e controla os programas motores na medula espinhal. Órgãos somáticos ou voluntários: são os músculos estriados esqueléticos. ● Apenas possuem a função da contração. ● Estímulos de contração: adrenalina e noradrenalina. ● Inibição da contração: acetilcolina. Órgãos viscerais ou involuntários: são os músculos cardíaco, liso e glândulas. Porções que controlam o movimento humano: ● Porção superior: encéfalo. ● Porção inferior: medula. ○ Comanda a contração coordenada dos músculos. Tipos de estímulos: ● Estímulos internos: comando central. ● Estímulos externos: comando sensorial. Vict�ria Kar�line Libório Card�so ● Estímulo medular: comendo por interneurônios. Músculos sinérgicos: trabalham em conjunto. Músculos antagonistas: puxam as articulações em direções opostas. Músculos axiais: responsáveis pelo movimento do tronco. Músculos proximais: superiores - braços; inferiores - nádegas e coxa. ● Responsáveis pelo movimento do ombro, do cotovelo, da pelve e do joelho. Músculos distais: superiores - antebraços, pulsos e mãos; inferiores - pernas, a partir dos joelhos, e pés. ● Responsáveis pelo movimento das mãos, pés e dígitos. Porções anatômicas importantes para o controle motor: Cápsula interna ● Porções: perna anterior, perna posterior e joelho. ● Lesões aqui: fraqueza contralateral ao local da lesão. Grupo lateral É responsável pela motricidade fina dos membros, ou seja, pelos movimentos distais dos membros superiores e inferiores. Trato corticoespinhal lateral: ● Tem origem no córtex e possui 3 subdivisões locais para a chegada de seus neurônios: ○ Área motora primária. ○ Área motora secundária. ○ Área sensitiva. ● Ordem: 1. as fibras saem do córtex 2. direcionam-se à coroa radiada 3. confluem para a cápsula interna 4. descem pela porção anterior do tronco cerebral - base do pedúnculo Vict�ria Kar�line Libório Card�so no mesencéfalo, base da ponte e bulbo. 5. 90% das fibras cruzam a linha média na decussação das pirâmides e vão para o funículo lateral, formando o trato corticoespinhal lateral e saindo pelo corno anterior 6. já os 10% que não cruzam, formam o trato corticoespinhal anterior (sem muita importância). Obs: as células do corno anterior são células de fibras periféricas. ● Lesões do trato corticoespinhal: trata-se de uma lesão incompleta, visto que os tratos rubroespinhal e reticuloespinhal ainda podem funcionar, mantendo um pouco da motricidade. ○ Plegia: perda completa do movimento. ○ Paresia: perda parcial do movimento. ○ Hemiparesia desproporcionada: pode acometer mais de um segmento de forma incompleta. ○ Síndrome do neurônio motor superior: lesão sobre o nervo periférico, causa espasticidade,hiperreflexia, hipertonia, sinal de Babinski, sinal de Hoffman e perda de força Trato rubroespinhal: tem origem no núcleo rubro, que recebe fibras do córtex motor e do cerebelo para controlar movimentos distais. ● Está junto do trato corticoespinhal, passando pelo funículo lateral da medula espinhal. Trato corticonuclear: é igual ao trato corticoespinhal, começa no córtex motor mas termina nos núcleos dos nervos cranianos, no tronco cerebral, em vez da medula. ● Sua porção final está localizada na parte de formação reticular do tronco cerebral, com conexão aos axônios que se dirigem aos núcleos dos nervos cranianos motores (III, IV, V, VI, IX, X, XI e XII). ● Também possuem fibras sensitivas com direção ao núcleo sensitivo do trigêmeo, ao trato solitário, grácil e cuneiforme. ● Principal diferença em relação ao trato corticoespinhal: o trato corticonuclear pode ou não ser cruzado e possui motricidade de função reflexa - mastigar, piscar e deglutir. ● Trato que inerva a musculatura da face. Grupo medial Possui fibras relacionadas com a motricidade da musculatura axial e proximal; é o grupo que permite a realização de movimentos finos com qualidade das extremidades. Trato corticoespinhal anterior: ● Inerva a musculatura do tronco e a musculatura proximal dos membros. ● Termina na altura da medula torácica. Vict�ria Kar�line Libório Card�so ● Cruza a linha média na comissura branca e termina nos interneurônios (células do corno anterior da medula). Trato tetoespinhal: tem origem no colículo superior (teto do mesencéfalo) e é responsável pelo movimento da cabeça, baseado na visão. Trato vestibuloespinhal: ● Realiza o movimento da cabeça baseado no movimento dos olhos, junto com o fascículo medial (III, IV e VIII). ● Também influencia no equilíbrio, pois suas fibras que saem dos núcleos medial e lateral, formam os tratos medial e lateral que mandam fibras para a musculatura axial, principalmente para a parte extensora (que é gravitacional), responsável pela nossa postura enquanto realizamos outros movimentos. Trato reticuloespinhal: ● Origem na formação reticular do tronco cerebral, com direção à medula espinhal. ○ Pode sair da formação reticular da ponte, inervando a musculatura extensora, ou do bulbo, causando o relaxamento da musculatura - flexão do tronco). ● Função: manter a atividade da musculatura proximal para possibilitar os movimentos da musculatura distal e é o principal trato responsável pela manutenção do tônus muscular. ● Em caso de lesão do neurônio motor superior, a espasticidade ocorre principalmente pela lesão do trato rubroespinhal. Componentes periféricos ● Núcleos dos nervos cranianos motores do tronco encefálico. ● Células motoras do corno anterior da medula. ● Raízes anteriores. ● Plexos nervosos. ● Nervos periféricos MMSS: ○ Ulnar (quais músculos inervam e quais as funções desses músculos) ○ Mediano ○ Radial ○ Axilar ○ Músculo cutâneo ● Nervos periféricos MMII: ○ Ciático ■ Tibial ■ Fibular ○ Femoral ○ Obturador ● Placas motoras terminais - fendas com acetilcolina para haver a despolarização. Neurônios motores inferiores - colinérgicos Os neurônios inferiores, que possuem a acetilcolina como neurotransmissores, estão ao longo de toda a medula espinhal, realizando conexões com musculaturas dos nervos cranianos e do pescoço para baixo, incluindo a musculatura esquelética. Assim, a musculatura somática é inervada pelos neurônios somáticos do corno ventral da medula espinhal, ou seja, pelos neurônios motores inferiores Vict�ria Kar�line Libório Card�so e são apenas esses neurônios que comandam diretamente a contração muscular. Localização dos neurônios: corno anterior. Organização segmentar dos neurônios motores inferiores: 1. O corno anterior produz axônios dos neurônios motores. 2. Esses axônios formam ratículas anteriores que unem radículas de todo o segmento, formando uma raíz anterior/ventral. 3. Uma raíz anterior/ventral então se une a uma raíz posterior/dorsal, formando nervos espinhais mistos, que contêm fibras motoras e sensitivas. 4. Esses nervos espinhais, por fim, partem da medula espinhal através dos espaços intervertebrais. Neurônios motores da musculatura distal e proximal: são encontrados em segmentos cervicais e lombo-sacrais da medula espinhal. Neurônios motores da musculatura axial: são encontrados em todos os níveis. Divisão dos neurônios inferiores da medula espinhal: são 2 categorias… ● Neurônios motores alfa: são responsáveis pela geração de força pelos músculos e formam, juntamente com as fibras musculares por eles inervadas, a unidade motora. É essa unidadeentão que, combinadas com açĩes individuais, possibilita a contração muscular. Tipos de unidades motoras: ● Unidades motoras rápidas: possuem fibras brancas que rapidamente fadigam. ● Unidades motoras lentas: possuem fibras vermelhas que lentamente fadigam. Locais da origem de inervação dos neurônios: ● Intumescência cervical: inerva os MMSS. ● Intumescência lombar: inerva os MMII. ● Nervos torácicos: inerva os músculos da parede abdominal e do tórax. Obs: os neurônios motores que inervam a musculatura proximal e distal estão nos segmentos cervicais e lombo-sacrais da medula espinhal, enquanto aqueles que inervam a musculatura axial são encontrados em todos os níveis. Obs: as células que inervam os músculos axiais são mediais (mais próximas ao “meio” do corpo) às que inervam os músculos distais (mais distantes ao “meio” do corpo) e as células que inervam os flexores são dorsais (mais próximas ao dorso) às que inervam os extensores. Vict�ria Kar�line Libório Card�so Obs: as células que inervam os músculos axiais são mediais (mais próximas ao “meio” do corpo) às que inervam os músculos distais (mais distantes ao “meio” do corpo) e as células que inervam os flexores são dorsais (mais próximas ao dorso) às que inervam os extensores. Corno anterior: os neurônios que inervam os músculos superiores e inferiores são mais alongados que os neurônios que inervam outros órgãos, sendo assim, a parte do corno anterior que contêm esses neurônios é chamada de corno anterior alongado. Corno anterior alongado: possui neurônios que ficam entre os grupos medial e lateral, para inervarem a musculatura apendicular. São dois grupos: ● Grupo medial: inerva a parte proximal dos membros superiores (ombro e braço) e inferiores (nádegas e coxa). ● Grupo lateral: inerva grupos apendiculares distais superiores (antebraço e mãos), inferiores (pernas - joelho para baixo - e pés). Tipos de neurônios inferiores: ● Motoneurônio - segundo neurônio motor: trata-se do “segundo neurônio”, pois assume-se que o primeiro é um neurônio superior. ● Neurônio motor primário: nesse caso, ele é o que se conecta ao órgão efetor. ● Neurônio de terceira ordem: ocorre quando os neurônios primários (superiores) se conectam aos neurônios inferiores a partir de interneurônios. Divisão dos neurônios motores inferiores: ● Neurônios motores alfa: diretamente responsáveis pela geração de força dos músculos. ○ Esses neurônios e as fibras musculares por eles inervadas formam a unidade motora. ○ Inerva as fibras extrafusais. ● Neurônios motores gama: responsáveis pela inervação das fibras musculares esqueléticas modificadas dentro da cápsula fibrosa - fibras intrafusais. ○ A ativação dessas fibras causa a contração dos dois pólos do fuso muscular, o que mantém ativo os axônios. Vict�ria Kar�line Libório Card�so Obs: os neurônios motores alfa e gama são simultaneamente ativados por comandos descendentes do encéfalo. Controle da contração mediada pelos neurônios motores alfa: ● Princípio do tamanho: refere-se ao recrutamento ordenado de neurônios motores pela variação de tamanho do neurônio motor alfa. ● Entradas do neurônio motor alfa: ocorre por 3 fontes principais de entrada. 1. Células ganglionares da raíz dorsal: seus axônios inervam o fuso muscular, fornecendo um sinal de retroalimentação, informando o comprimento do músculo. 2. Córtex cerebral motor e tronco encefálico: são derivadas de neurônios motores superiores, sendo uma entrada importante para o início e para o controle do movimento voluntário. 3. Interneurônios da medula espinhal: essa é a maior das entradas, podendo ser excitatória ou inibitória e faz parte da circuitaria que gera os programas motores espinais. ● Tipos de unidades motoras: ○ Fibras musculares vermelhas (escuras): grande quantidade de mitocôndrias e enzimas especializadas para o metabolismo oxidativo energético. São relativamente lentas na contração, mas conseguem mantê-las por longo tempo. ■ Maior concentração nas pernas. ○ Fibras musculares brancas (claras): poucas mitocôndrias e funcionam por metabolismo anaeróbico. Possuem contração rápida, mas não conseguem mantê-las por longo tempo. ■ Maior concentração nos braços. Obs: esses tipos de fibras comumente coexistem nos músculos, entretanto cada unidade motora possui apenas um único tipo de fibra muscular. ● Unidades motoras rápidas: possuem fibras brancas que fadigam rapidamente, então possuem neurônios motores geralmente grandes e com axônios de maior diâmetro = maior velocidade de impulso. ● Unidades motoras lentas: possuem fibras vermelhas que fadigam lentamente. ● Controle espinhal das unidades motoras: a retroalimentação sensorial a partir dos próprios músculos é a primeira origem da entrada sináptica do neurônio motor alfa. Vict�ria Kar�line Libório Card�so Sistema motor somático Formado pelo córtex cerebral, pelos núcleos da base e pelo cerebelo. Córtex: envia fibras para o músculo estriado e recebe fibras do tálamo. Divisão dos músculos do corpo humano: músculos estriados esqueléticos e músculos lisos. Músculos estriados esqueléticos: são cobertos por tecido conjuntivo, formando tendões ao final de cada músculo. Dentro desses músculos existem fibras musculares e cada uma dessas fibras é inervada por uma única ramificação de axônio, proveniente do SNC. ● Assim, o conjunto desses músculos com as partes do SN que os controlam formam o sistema motor somático, que possui controle voluntário.
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