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APG 3 - Nervos e Medula Espinal

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APG 3: NERVOS E MEDULA ESPINAL Carlos Eugênio
7
1. Estudar a morfofisiologia dos nervos.
2. Analisar a morfofisiologia da medula espinal.
3. Compreender a interligação entre o Sistema Sensorial e o Sistema Nervoso Central.
MORFOFISIOLOGIA DOS NERVOS
· Nervos: são cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras nervosas, reforçados por tecido conjuntivo, que unem o SNC aos órgãos periféricos.
- São divididos em Espinais (medula espinal) e Cranianos (encéfalo).
· Possuem a função de conduzir, através de suas fibras, impulsos nervosos do SNC para a periferia (eferentes) e da periferia para o SNC (aferentes).
· As fibras nervosas que os constituem são, em geral, mielínicas com neurilema (estrutura que recobre a fibra).
· São altamente vascularizados, porém, quase totalmente desprovidos de sensibilidade.
- São percorridos longitudinalmente por vasos que anastomosam-se.
- Se um nervo é estimulado ao longo do trajeto, a sensação geralmente dolorosa é sentida no território sensitivo que ele inerva, não no ponto estimulado.
OBS: Dor fantasma.
· Origem Real: corresponde ao local onde estão localizados os corpos dos neurônios que constituem os nervos.
- P. ex: coluna anterior da medula, núcleos dos nervos cranianos ou gânglios sensitivos.
· Origem aparente: corresponde ao ponto de emergência ou entrada no nervo na superfície do SNC.
- P. ex: sulcos lateral anterior e lateral posterior da medula.
· Nos nervos, a condução de impulsos nervosos sensitivos (aferentes) se faz através dos prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos.
- A velocidade de condução nas fibras nervosas varia de 1 a 120m/s, dependendo do calibre da fibra, sendo maior nas fibras mais calibrosas.
- Levando-se em conta características eletrofisiológicas, sobretudo a velocidade de condução, as fibras nervosas são classificadas em três grupos principais: 
· Fibras A: são de grande calibre, ricamente mielinizadas.
· Fibras B: são de médio calibre.
· Fibras C: são de pequeno calibre.
1. Nervos Espinais
· São aqueles que fazem conexão com a medula espinal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça.
- São feixes paralelos de axônios e sua neuroglia associada, envolvidos por camadas de tecido conjuntivo.
- Conectam o SNC a receptores sensitivos, músculos e glândulas.
· São em 31 pares, que correspondem a 31segmentos medulares existentes, divididos em:
- 8 pares de nervos cervicais, 12 pares de nervos torácico, 5 pares de nervos lombares, 5 pares de nervos sacrais, 1 par de nervo coccígeo.
- Cada nervo espinal é formado pela união das raízes dorsal e ventral, as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula, através de filamentos radiculares.
· Na raiz dorsal, localiza-se o gânglio espinhal (gânglio da raiz dorsal) onde estão os corpos dos neurônios sensitivos pseudounipolares, cujos prolongamentos central e periférico formam a raiz.
· A raiz ventral é formada por axônios que se originam em neurônios situados nas colunas anterior e lateral da medula.
· Da união da raiz dorsal (sensitiva), com a raiz ventral (motora), forma-se o tronco do nervo espinhal, no forame intervertebral, que funcionalmente é misto.
· Revestimento de Tecido conjuntivo dos nervos espinais.
- Endoneuro (interno): malha de fibras de colágeno, fibroblastos e macrófagos, envolvendo cada axônio.
- Perineuro (mediano): envolve os fascículos (feixes de axônios), sendo uma camada espessa de tecido conjuntivo.
- Epineuro (externa): envolve todo o nervo.
· Classificação funcional das fibras dos nervos espinais:
- Fibras aferentes: se ligam perifericamente a terminações nervosas aferentes e conduzem os impulsos centripetamente.
· Viscerais: se originam em interoceptores (receptores localizados nas vísceras). 
· Somáticas: se originam em proprioceptores (receptores mais internamente na musculatura) ou exteroceptores (superfície externa do corpo).
a) Exteroceptivas: originadas em exteroceptores, que conduzem impulsos originados na superfície, relacionados com temperatura, dor, pressão e tato. 
b) Proprioceptivas: podem ser conscientes ou inconscientes. 
- Fibras eferentes: se ligam perifericamente a terminações nervosas eferentes e conduzem os impulsos nervosos centrifugamente. 
· Somáticas: terminam em músculos estriados esqueléticos.
· Viscerais: terminam em músculos cardíacos, liso ou glândulas, integrando o SNA.
· Do ponto de vista funcional, os nervos espinhais são muito heterogêneos e, em um mesmo nervo, em determinado momento, podem existir fibras situadas lado a lado, conduzindo impulsos nervosos de direções diferentes para estruturas diferentes, enquanto outras fibras podem estar inativas. 
- Isto é possível pelo fato de as fibras nervosas que constituem os nervos serem "isoladas" umas das outras e, portanto, de funcionamento independente.
· Trajeto dos Nervos Espinhais: 
- O tronco do nervo espinhal sai do canal vertebral pelo forame intervertebral e logo se divide em um ramo dorsal e um ramo ventral, ambos mistos. 
- Os ramos dorsais se distribuem aos músculos e à pele da região dorsal do tronco, da nuca e da região occipital. 
- Os ramos ventrais se distribuem pela musculatura, pele, ossos e vasos dos membros, bem como pela região anterolateral do pescoço e do tronco.
· Distribuição dos Nervos Espinais
- Ramos: cada nervo espinal se divide em ramos.
· Nervos Unissegmentares (fibras originadas de um segmento medular).
- Plexos: os axônios dos ramos formam plexos (redes nervosas), por meio da ligação de vários axônios.
· Nervos Plurissegmentares (fibras originadas em mais de um segmento medular
- Nervos Intercostais: os nervos T2 e T12 não formam plexos, na qual se conectam diretamente às estruturas supridas nos espaços intercostais.
· Dermátomo: território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal, recebendo o nome da raiz que o inerva (p.ex. os dermátomos C3, T5, L4 etc.).
· O estudo da topografia dos dermátomos é importante para a localização de lesões radiculares ou medulares. 
- Existem mapas onde os dermátomos são representados nas diversas partes do corpo. 
- Ao ter uma raiz seccionada, o dermátomo correspondente não perde completamente a sensibilidade, visto que raízes dorsais adjacentes inervam áreas sobrepostas. 
- Para a perda completa da sensibilidade em todo um dermátomo, seria necessária a secção de três raízes.
- No embrião, os dermátomos se sucedem na mesma sequência das raízes espinhais, em faixas aproximadamente paralelas, disposição essa que, após o nascimento, se mantém apenas no tronco.
- Limites entre os dermátomos cervicais, torácicos, lombares e sacrais em posição quadrúpede. 
- As fibras radiculares podem chegar aos dermátomos através de nervos: 
· Unissegmentares: cada nervo corresponde a um dermátomo, que se localiza em seu território de distribuição cutânea. 
· Plurissegmentares: o nervo contribui com fibras para vários dermátomos, pois recebe fibras sensitivas de várias raízes.
2. Nervos Cranianos
· São os nervos que fazem conexão com o encéfalo. 
· A maioria deles liga-se ao tronco encefálico, excetuando-se apenas os nervos olfatório e óptico, que se ligam, respectivamente, ao telencéfalo e ao diencéfalo. 
· Classificação funcional dos nervos cranianos:
- Componentes aferentes: 
· Fibras aferentes somáticas gerais: originam- -se em exteroceptores e proprioceptores, conduzindo impulsos de temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção.
· Fibras aferentes somáticas especiais: originam na retina e no ouvido interno, relacionando-se com a visão, audição e equilíbrio.
· Fibras aferentes viscerais gerais: originam-se em visceroceptores e conduzem, por exemplo, impulsos relacionados com a dor visceral.
· Fibras aferentes viscerais especiais: originam-se em receptores gustativos e olfatórios, considerados viscerais por estarem localizados em sistemas viscerais, como os sistemas digestivo e respiratório.
- Componentes Eferentes:
OBS: Os músculos estriadosesqueléticos, em sua maioria, são derivados dos somitos. No entanto, existem somitos existentes nos olhos (somitos pré-ópticos) que não formam os músculos estriados esqueléticos, sendo derivados dos arcos branquiais.
· Fibras eferentes somáticas: inervam os músculos estriados esqueléticos miotômicos. 
· Fibras eferentes viscerais gerais: inervam músculos lisos, o músculo cardíaco e as glândulas.
· Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos estriados esqueléticos branquioméricos.
OBS: os núcleos que originam as fibras eferentes viscerais especiais têm posição muito diferente daqueles que originam as fibras eferentes somáticas ou viscerais gerais.
ANATOMIA EXTERNA DA MEDULA ESPINAL
· A Medula espinal está localizada dentro da coluna vertebral, na qual os forames vertebrais, empilhados uns sobre os outros, formam o canal vertebral.
- As vértebras formam um abrigo resistente.
· A medula espinal tem formato oval, sendo levemente achatada anteroposteriormente. Ela se estende do bulbo, a parte inferior do encéfalo, até a margem superior da segunda vértebra lombar. 
- A medula espinal não acompanha toda a extensão da coluna vertebral, que varia de 42 a 45cm de comprimento e um diâmetro de 1,5cm.
· Intumescência cervical (superior): se estende da C4 até a T1. 
- Os nervos dos membros superiores são derivados desta região. 
· Intumescência lombar (inferior): se estende da T9 até a T12.
- Formam os nervos dos membros inferiores.
· Cone medular: estrutura cônica que termina a medula espinal.
- Estende-se até o nível do disco intervertebral entre a L1 e a L2, em adultos. 
· Filamento terminal: uma extensão de pia-máter que se estende inferiormente, se funde com a aracnoide-máter e com a dura-máter, e ancora a medula espinal no cóccix. 
· Os nervos espinais são vias de comunicação entre a medula espinal e regiões específicas do corpo. 
· A medula espinal parece ser segmentada, pois os 31 pares de nervos espinais se originam, em intervalos regulares, dos forames intervertebrais. 
- 8 pares de nervos cervicais (C1 a C8). 
- 12 pares de nervos torácicos (T1 a T12). 
- 5 pares de nervos lombares (L1 a L5). 
- 5 pares de nervos sacrais (S1 a S5). 
- 1 par de nervos coccígeos (Co1). 
· Dois feixes de axônios (raízes), conectam cada nervo espinal a um segmento da medula por meio de feixes ainda menores de axônios (radículas). 
- Raiz posterior (dorsal): contêm apenas axônios sensitivos, os quais conduzem impulsos nervosos de receptores sensitivos da pele, dos músculos e dos órgãos internos para o sistema nervoso central. 
- Raiz anterior (ventral): contêm axônios de neurônios motores, que conduzem impulsos nervosos do SNC até os órgãos efetores (músculos e glândulas). 
· Os nervos espinais se ramificam a partir da medula espinal e se projetam lateralmente para sair do canal vertebral, pelos forames intervertebrais entre vértebras. 
· Cauda equina: as raízes dos nervos inferiores (lombar, sacral e coccígeo) se angulam inferiormente, pois não saem da coluna vertebral no mesmo nível em que deixam a medula espinal.
ANATOMIA INTERNA DA MEDULA ESPINAL
· A substância branca envolve a parte interna, formada pela substância cinzenta. 
- Substância branca: composta basicamente por feixes de axônios mielinizados. 
· Dois sulcos na substância branca da medula espinal a dividem em lados direito e esquerdo. 
· A fissura mediana anterior é um sulco largo situado na parte anterior. O sulco mediano posterior é um sulco mais estreito localizado na parte posterior. 
- Substância cinzenta: composta por dendritos e corpos celulares, axônios não mielinizados e neuroglia. 
· A comissura cinzenta forma uma barra transversal
· No centro da comissura, encontra-se um pequeno espaço chamado de canal central, que passa por toda a extensão da medula espinal e é preenchido com líquido cerebrospinal. 
· Na substância cinzenta da medula espinal e do encéfalo, agrupamentos de corpos celulares neuronais constituem os núcleos. 
- Núcleos sensitivos: recebem aferências (influxo) de receptores por meio de neurônios sensitivos.
- Núcleos motores: originam eferências para tecidos efetores por meio de neurônios motores. 
· A substância cinzenta de cada lado da medula espinal é subdividida em cornos. 
- Cornos posteriores (dorsais): contêm corpos celulares e axônios de interneurônios, e axônios de neurônios sensitivos.
- Cornos anteriores (ventrais): encontram-se núcleos motores somáticos, que são agrupamentos de corpos celulares de neurônios motores somáticos que geram os impulsos nervosos necessários para a contração dos músculos esqueléticos. 
- Corno lateral: situado entre os cornos posteriores e os anteriores, os quais são encontrados apenas nos segmentos torácico e lombar alto da medula espinal, na qual contêm neurônios motores autônomos, agrupamentos de corpos celulares de neurônios motores autônomos, que regulam a atividade dos músculos cardíacos, lisos e das glândulas.
· A substância branca da medula espinal está organizada em regiões. Os cornos anteriores e posteriores dividem a substância branca de cada lado em funículos (anteriores, posteriores e laterais). 
- Cada funículo possui diferentes feixes de axônios, com origem ou destinos comuns. 
- Estes feixes, que podem se estender por grandes distâncias, na medula espinal, são os tratos. 
· Tratos: feixes de axônios no SNC, enquanto os nervos são feixes de axônios no SNP. 
· Tratos sensitivos (ascendentes): formados por axônios que conduzem impulsos nervosos em direção ao encéfalo. 
· Tratos motores (descendentes): feixes de axônios que levam os impulsos nervosos que saem do encéfalo. 
· Os tratos sensitivos e motores da medula espinal são contínuos com os tratos sensitivos e motores do encéfalo.
FISIOLOGIA DA MEDULA ESPINAL
· Uma das maneiras das quais a medula espinal contribui para a homeostasia é por meio da condução dos impulsos
- Trato sensitivo: os impulsos se propagam pela medula espinal até o encéfalo. Mantém o SNC informado sobre mudanças no ambiente
· As informações sensitivas são integradas por interneurônios na medula espinal e no encéfalo.
- Trato motor: os impulsos se propagam do tronco encefálico ou do córtex cerebral para o corpo.
· Vias motoras diretas: transmitem do córtex cerebral e controlam os movimentos voluntários dos músculos esqueléticos.
· Vias motoras indiretas: transmitem do tronco encefálico e controlam os movimentos involuntários e a coordenação dos movimentos. 
· Além da condução, a medula espinal serve como centro de integração de alguns reflexos.
· Reflexo: é uma sequência de ações automática, rápida e involuntária, que ocorre em resposta a um determinado estímulo, antes mesmo de ter uma percepção consciente.
- Podem ser reflexos naturais ou adquiridos.
- Reflexo espinal: quando a integração ocorre na substância cinzenta da medula espinal. P.ex. o reflexo patelar.
- Reflexo craniano: quando a integração ocorre no tronco encefálico. P.ex. a movimentação dos olhos.
- Reflexos somáticos: envolvem a contração dos músculos esqueléticos
- Reflexos autônomos (viscerais): envolvem respostas dos músculos lisos, cardíaco e das glândulas
· A via seguida pelos impulsos nervosos que produzem um reflexo é o Arco Reflexo (circuito reflexo), que inclui cinco componentes funcionais:
OBS: os impulsos nervosos que se propagam em direção ao SNC, dentro dele ou para fora dele, seguem padrões específicos, dependendo do tipo de informação, de sua origem e de seu destino.
- Receptor sensitivo: a terminação distal de um neurônio sensitivo (dendrito) ou de uma estrutura sensitiva associada exerce essa função. Ela responde a um estímulo específico por meio da geração de um potencial graduado (potencial gerador), que, se atinge o limiar de despolarização, gera impulsos nervosos. 
- Neurônio sensitivo: os impulsos nervosos se propagam, a partir do receptor sensitivo, pelo axônio do neurônio sensitivo até as terminações axônicas. Nestes pontos, interneurônios enviam impulsos nervosos para a área do encéfalo responsável pela percepção consciente de que aconteceu um reflexo.
- Centrointegrador: uma ou mais áreas de substância cinzenta (SNC) atuam no processamento. 
· Reflexo monossináptico: tipo mais simples de reflexo, na qual o centro de integração é uma sinapse entre um neurônio sensitivo e motor.
· Reflexo polissináptico: compostos por um ou mais interneurônios, os quais podem transmitir impulsos para outros interneurônios ou para um neurônio motor.
- Neurônio motor: impulsos gerados pelos centros de integração se propagam para fora do SNC em um neurônio motor que se estende até a parte do corpo que executará a resposta. 
- Efetor: parte do corpo que responde ao impulso nervoso motor, como um músculo ou uma glândula. Esta resposta é conhecida como reflexo. 
· Reflexo somático: o efetor é um músculo esquelético. 
· Reflexo autônomo: o efetor é um músculo liso, um músculo cardíaco ou uma glândula.
· Como os reflexos são de modo geral previsíveis, eles fornecem informações úteis sobre a saúde do sistema nervoso e podem ajudar muito no diagnóstico de doenças. 
- Lesões ou doenças em qualquer parte do arco reflexo podem causar a ausência de reflexos ou sua exacerbação. 
FISIOLOGIA SENSORIAL
· Todas as vias sensoriais possuem certos elementos em comum. 
- Inicia-se com um estímulo (energia física), que atua em um receptor sensorial (transdutor), que converte o estímulo em um potencial de membrana que, se atinge o limiar, são gerados potenciais de ação que são transmitidos de um neurônio sensorial até o SNC, onde os sinais de entrada são integrados. Alguns estímulos chegam ao córtex cerebral, onde geram a percepção consciente, porém, outros agem inconscientemente, sem a nossa consciência.
· Os receptores do sistema sensorial variam amplamente em complexidade, desde terminações ramificadas de um neurônio único até células extremamente organizadas.
- Os receptores mais simples são terminações nervosas não encapsuladas (“livres”). 
- Os receptores mais complexos são terminações nervosas envoltas por cápsulas de tecido conectivo.
· Os sentidos especiais possuem os receptores mais especializados.
· As estruturas acessórias não neurais são críticas para o funcionamento de muitos sistemas sensoriais.
- Essas estruturas frequentemente aumentam a capacidade de obtenção de informação do sistema.
· Os receptores são divididos em 4 grupos funcionais:
- Quimiorreceptores, mecanorreceptores, fotorreceptores e termorreceptores.
· A transdução sensorial converte os estímulos em potenciais graduados.
- Transdução: conversão da energia do estímulo em informação que pode ser processada pelo SN.
- Abertura ou fechamento dos canais iônicos.
- Cada receptor sensorial tem um estimulo adequado (forma particular de energia à qual é mais responsivo)
- A mudança no potencial de membrana do receptor sensorial é o potencial graduado (potencial receptor), que pode desencadear um potencial de ação na fibra sensorial ou influencia a liberação de neurotransmissores.
· Um neurônio sensorial tem um campo receptivo
- Campo receptivo: área física específica na qual os neurônios específicos são ativados por estímulos.
- Os campos receptivos frequentemente se sobrepõem aos campos receptivos vizinhos. Podem apresentar convergência.
- Permite que vários estímulos subliminares simultâneos se somem no neurônio pós-sináptico. 
- Em algumas áreas, muitos neurônios primários convergem para um único neurônio secundário, de modo que o campo receptivo secundário é muito grande. Em contrapartida, áreas mais sensíveis, como a ponta dos dedos, possuem campos receptivos menores, com uma proporção entre neurônios sensoriais primários e secundários de 1:1.
· O sistema nervoso central integra a informação sensorial.
- A informação sensorial da maioria do corpo entra na medula espinal e segue por vias ascendentes até o encéfalo. Algumas informações sensoriais vão diretamente para o tronco encefálico pelos nervos cranianos. 
- As informações sensoriais que iniciam os reflexos viscerais são integradas no tronco encefálico ou na medula espinal, e, em geral, não chegam à percepção consciente.
- Cada uma das principais divisões do encéfalo processa um ou mais tipos de informação sensorial.
- Limiar receptivo: intensidade do estímulo necessária para que você tome consciência de uma determinada sensação.
- Modulação inibidora: diminuição da percepção de um estímulo, ou habituação a ele.

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