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AGRICULTURA GERAL CANA DE AÇUCAR Introdução: - Alimento pouco utilizado na alimentação de bovinos, por possui baixa baixo teor de proteínas; - Boa alternativa (custo baixo) na alimentação de bovinos em períodos da seca; - É uma forrageira que produz uma alta quantidade de MS e energia por hectare; - Deve ser cortada 1 vez por ano; -Pode produzir de 60 a 120 T por hectares; Cultura da Cana – de Açúcar ORIGEM: Ásia, Índia e China; PRINCIPAIS PRODUTORES: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás. - Brasil é um do principal produtor de cana de açúcar COMPONENTES QUIMICOS: - Baixa quantidade de Proteínas; PRODUTOS E SUBPRODUTOS: - Álcool e açúcar; - Melaço (40 a 60 kg/tonelada); - Palhiço (fonte E); - Vinhaça ( 12 a 13 L/L de álcool); - Bagaço (fonte E); - Levedura (2,5 kg/100l de álcool); - Torta de Filtro (20 a 40 kg/tonelada);Fertilizante 1 Hectare de cana = 60 barris de petróleo (cada barril possui 159 L) CUSTO DE PRODUÇÃO: 20% - Gasto com plantio; 33% - Tratos Culturais; 27 % - Transporte; 20% - Corte da Cana; CLASSIFICAÇÃO: - Botânica: · 32 espécies catalogadas; · Exemplos mais conhecidas: - Saccharum offinarum L. (alta riqueza em sacarose, macia, baixo teor de fibras); - Saccharum spontaneum L. (Resistente a doenças); - Saccharum sinense Roxb (Grande desenvolvimento radicular) Cana planta – é a cana em seu primeiro corte (primeiro plantio do tolete); Cana soca – A partir do seu primeiro corte; MORFOLOGIA: TOUCEIRAS: - Área: Colmos, Folhas e inflorescência - Subterrânea: Raízes e Rizomas. - Planta de ciclo Perene SISTEMA RADICULAR • RAÍZES: Amplo e bem desenvolvido, fasciculado (renova a cada corte). - Raízes primarias: Fixação finas e ramificadas, origina- se dos toletes, entre 60 a 90 dias, com função de fixar o tolete no solo. (*brotação com base nas reservas); - Raízes secundarias: Fixação, Água, Nutrientes grosso e vigorosos, nasce a partir do rizoma. - Raízes Cordão: 5m (solos profundos), água. CAULE • Tipo colmo, órgão de reserva, envolto de folhas alternadas, ereto ou decumbente, formados por nós e entrenós. - Subterrâneas; Gemas: origina os perfilho, responsáveis pela emissão de novas brotações. FOLHAS - Dispostas nos colmos alternadamente, uma para cada nó e se dividem em bainha e lâmina foliar. Algumas variedades apresentam bainhas recoberta de pelos curtos e rígidos, chamado de “joçal”. • LAMINA FOLIAR: Formato lanceolado, nervura central em forma de canaleta e bordos serrilhados. INFLORESCÊNCIA Tipo panícula aberta plumosa, com 3 eixos; - Eixo principal chamado ‘ráquis’, de onde saem eixos secundários, que dão origem a terciários, originando as ramificações laterais. - ESPIGUETAS: Onde desenvolve-se a flor, sendo ela hermafrodita. Florescimento é agronomicamente indesejável. FRUTO • Tipo panícula caripés, sendo pequeno, e uma grama equivale a 600 sementes, contém pouca reserva e só nascem bem em câmera de germinação. FISIOLOGIA - Pouco resistente a baixas temperaturas; - Ciclo fotossintético C4; - Elevado índice de área foliar; FENOLOGIA: 1. Germinação ou Brotação – Tolete - Primeiros 30 dias, a cana fica depende das reservas dos toletes; - A partir dos 30 dias, começa a nascer raízes (absorção de nutrientes passa a ser pelas raízes); 2. Perfilhamento – Crescimento - Despois do brotamento e crescimento (sistema radicular desenvolvido); - Passando por condições de chuvas e temperaturas altas (30°C); 3. Alongamento do Caule - Sistema Radicular rigoroso; -Crescimento do Caule (em altura); 4. Maturação - Ocorre em períodos secos moderados e temperaturas (abaixo de 15 a 20ºC); -Ocorre a produção e estimulo de sacarose (entre os nós da planta); Os fatores que influenciam no cultivo da cana-de- açúcar são os fatores ambientais (temperatura, luminosidade e umidade relativa do ar e o solo), os fatores genéticos e fisiológicos (variedade, idade, tamanho e sanidade das gemas) e por fim, os fatores fitotécnicos (práticas agrícolas realizadas no manejo). CICLO DA CANA CANA DE ANO (12 MESES) - Plantada em outubro ou novembro (início das chuvas); - Possui pouco tempo para o crescimento; - Maturação em 6 meses depois de plantada; - Menor produtividade na primeira Colheita; CANA DE ANO E MEIO (18 MESES) - Plantada em fevereiro ou março (final do período das chuvas); - Curto período de brotação, planta inersa (sem crescimento no inverno), apenas na chegada das chuvas; - Final das chuvas, inicia a maturação; - Plantas mais altas e maior produtividade também; CANA DE INVERNO (12 MESES) - Plantada em junho ou julho, utilização da torta de filtro ou vinhaça para ajudar na brotação (períodos sem chuvas); - Colheita após 12 meses; - Produtividade menor comparada com a cana de ano e meio; ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS · É uma forrageira; · Primeira planta utilizada na alimentação suplementar de animais; · Grande Produtividade em poucas áreas; · Baixo custo e facilidade na produção; · Disponibilidade em períodos de secas; · Baixa quantidade de proteínas (1,5 a 5% - relativamente baixo) · Fibra – FDN são altos (>50%) ----- Está ligado ao consumo e desempenho animal. ALIMENTAÇÃO SUPLEMENTAR Volumosos suplementares: Ruminantes: necessidade de consumir forrageiras e alimentos com mínimo de 7 % PB para manutenção funcional dos microrganismos do rúmen. Cana: 1,5 a 5 % PB!! Dietas exclusivas à base de cana = problema, pois necessita de correção da % PB. Correção mais comum: ureia FORMAS DE UTILIZAÇÃO CANA FRESCA · O mais importante é dimensionar a produção; · Área de Cana = Volume Requerido/Produção (variedade, sistema de produção, região) · Volume Requerido = nº de Animais x Consumo Diário x nº de Dias Exemplo: 25 vacas lactantes consumindo 25kg de cana por dia por 150 dias, deve-se obter +/- 75 toneladas, ou seja +/- 1ha. - A grosso modo, 2ha são suficientes para 50 bovinos em 150 dias CANA QUEIMADA · Deteriora mais rápido; · Favorece a quebra da sacarose (Glicose + frutose); CANA+ URÉIA - CORREÇÃO DA CANA · Ganho de até 600g/dia; · Melhora o aproveitamento do volumoso e a vida dos microrganismos do rúmen; · Ureia é uma fonte de Nitrogênio não proteico. Ureia não contem proteína, mas ela se torna proteína quando vira microrganismo do rumem (equivalente proteico). Como Fazer a Correção? · Preparação da mistura ureia e fonte de enxofre (U + S) - pode ser preparada em quantidade suficiente para alimentar o rebanho por vários dias. A mistura recomendada é composta de nove partes de ureia e uma parte de sulfato de amônio ou oito partes de ureia e duas partes de sulfato de cálcio. Uma vez preparada, a mistura U + S deve ser guardada em saco plástico em local seco e fora do alcance dos animais. · Colheita da cana-de-açúcar - pode ser efetuada a cada dois dias, utilizando a planta inteira – colmo e folhas. · Picagem da cana - é feita no momento de fornecer aos animais, para evitar fermentações indesejáveis, que irão reduzir o consumo. · Dosagem de ureia e fornecimento da mistura cana + ureia: 1- Primeira semana (período de adaptação): usar 0,5% de ureia na cana-de-açúcar. Para 100 kg de cana picada, adicionar 500 g da mistura ureia + fonte de enxofre, diluída em quatro litros de água; 2- Segunda semana em diante (período de rotina): usar 1% de ureia na cana-de-açúcar. Para 100 kg de cana picada, adicionar um quilo de ureia + fonte de enxofre, diluída em quatro litros de água; A diluição de ureia em água é indicada para facilitar e assegurar a incorporação uniforme da ureia à cana-de-açúcar. Esta solução é distribuída sobre a cana picada e, em seguida (antes de fornecer aos animais), incorporada de forma a assegurar uma mistura homogênea, evitando, assim, os riscos de intoxicação pela concentração de ureia em alguma parte do cocho. CUIDADOS: · Não observar período de adaptação;· Utilizar muita ureia; · Errar na proporção Nitrogênio/Enxofre; · Má homogeneização da mistura; · Diluição inadequada. CANA + VOLUMOSO · Ganhos acima de 700g/dia; · Técnica para melhorar a palatabilidade e diminuir o FDN%; · Melhora na digestibilidade e degrabilidade potencial; SILAGEM DE CANA · Boa Alternativa: baixos custo, produção em pequenas áreas, alta produtividade e corte único. · Problemas: Uso de aditivos, rápida proliferação de leveduras, produção de etanol; OBS: Adiciona aditivos na cana antes da compactação, e é necessário realizar a fermentação da cana para depois realizar a vedação.
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