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a cultura da cenoura

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A Cultura da Cenoura
(Daucus carota) 
Aspectos econômicos
 Família: Apiaceae
 (ex) Umbelliferae
 Grupo das raízes tuberosas
 Cultivada em larga escala nas 
regiões Sudeste, Nordeste e Sul do 
Brasil
 Área plantada no Brasil em 2005:
 26 mil hectares
 produção de 766 mil toneladas de 
raízes.
N: < 300 ha (1%)
NE: 7000 ha (20%)
CO: 2000 ha (5%)
SE: 13500 ha (50%)
S: 6000 ha (17%)
 Carandaí, Santa Juliana e São Gotardo (Minas 
Gerais);
 Piedade, Ibiúna e Mogi das Cruzes (São Paulo);
 Marilândia (Paraná); 
 Lapão e Irecê (Bahia). 
 O plantio de cenoura vem-se expandindo também 
nos Estados da Bahia e de Goiás - cultivares 
tolerantes ao calor e com resistência às principais 
doenças de folhagem
Principais Municípios Produtores
Origem
 É nativa do Afeganistão (Ásia Central) 
 Centro de origem: Oriente Médio 
 Cultivada pelo homem há cerca de 2000 anos
www.plantsciences.ucdavis.edu/
 Por volta do século XI os mouros levaram a cenoura para a 
Europa Ocidental (Mediterrâneo)
 Século XII: China e India
 No início do século XVII:
 Seleção de tipos carotênicos (alaranjados)
 Europa (Holanda)
 1721: Quatro variedades de raízes alaranjadas 
(Holanda):
 ‘Early half long’
 ‘Half long’
 ‘Scarlet horn’
 ‘Long orange’
 Geraram as cvs. atuais
Still Life with Fruit and Vegetables by Juan Sánchez Cotán (1560-1627) 
 Tipos cultivados constituem dois grupos:
 D. carota var. atrorubens (cenouras orientais)
 D. carota var. sativus (cenouras ocidentais –
raízes alaranjadas ou carotênicas)
 Tipos silvestres:
 Subespécie grupo carota
 Subespécie grupo gigidium
 As cenouras domesticadas se cruzam 
livremente com as silvestres, ampliando a 
variabilidade genética
Cultivares
Variabilidade
http://ars.usda.govPurple Haze Carrot 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/32/Carrots_of_many_colors.jpg
Diversidade
www.parkseedjournal.com www.sciencephoto.com
Aspectos Botânicos
 Caule pouco perceptível
 Folhas formadas por 
folíolos recortados
 Atinge 50 cm de altura
 Parte utilizável é a raiz 
tuberosa, lisa, reta, sem 
ramificações de formato 
cilíndrico ou cônico
 Bienal
 Alógama
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9f/Daucus_Carota.jpg
Floema
Xilema
Câmbio
vascular
www.uga.edu/...photographs/carrot.htm
Anatomia da raiz
www.uga.edu/.../photographs/carrot.htm 
Colo
Ombro ou 
coroa
 Corte longitudinal da raiz
www.uga.edu/.../photographs/carrot.htm 
Formatos de raiz
www.biometris.wur.nl/.../carrot_shape_small.jpg 
http://www.biometris.wur.nl/NR/rdonlyres/608F17B5-143C-40E9-8E1D-AB0A2BC0A7CC/34130/carrot_shape.jpg
 Inflorescência:
 Umbela composta - conjunto de 
flores que partem os pedicelos, 
iguais, do eixo central, com 
formato de um guarda-chuva;
 Umbela central ou primária 
(aparece na extremidade do talo 
principal;
 Sucessivas ramificações
 Umbelas de 2ª. a 7ª. Ordens
 Sementes nas umbelas de 1ª. a 4ª 
ordens.
 Polinização entomófila - abelhas
www.answers.com/topic/umbel 
Frutos e sementes
 Esquizocarpo ou diaquênio
 Originado de ovário ínfero bilocular
www.eeob.iastate.edu/.../fruit/fruit.html 
Aspectos nutricionais
Tabela 1 - Composição nutricional de 100 gramas de raízes de cenoura crua
Componente Unidade Quantidade
Calorias Kcal 43,00
Gorduras g 0,19
Carboidratos g 10,14
Fibras g 3,00
Proteínas g 1,03
Sódio mg 35,00
Potássio mg 323,00
Cálcio mg 27,00
Ferro mg 0,50
Zinco mg 0,20
Vitamina A UI 12.000
Vitamina C mg 9,00
Vitamina E mg 0,46
 Vitamina A - necessidades diárias supridas com 100 g
 olhos, pele e mucosas. 
 Cor alaranjada - beta-caroteno - precursor da vit. A.
 Sais minerais: P, Cl, K, Ca e Na
 Vitaminas do Complexo B, 
 Regula o sistema nervoso e aparelho digestivo. 
 Fibras
 Ajuda a prevenir a cegueira
 Diminui os níveis de colesterol no sangue
 Protege contra o câncer
 Estimula o sistema imunológico 
 Ameniza os sintomas da TPM 
Aspectos nutricionais
Usos
 in natura
 matéria prima para 
indústrias:
 minimamente 
processada (mini-
cenouras, cubos, 
ralada, em rodelas)
 processada na forma 
de seleta de 
legumes, alimentos 
infantis e sopas 
instantâneas
 Cozimento: aumenta o 
valor nutritivo da cenoura 
- quebra as membranas 
que envolvem o beta-
caroteno. 
 Para converter o beta-
caroteno em vit A -
pequena quantidade de 
gordura, porque a 
vitamina A é solúvel em 
gordura, e não em água. 
 Consumo exagerado: 
pigmentos na pele
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.rainhasdolar.com/media/1/20070918-sufle_cenoura.jpg&imgrefurl=http://www.rainhasdolar.com/index.php?blogid=1&archive=2007-09&h=383&w=426&sz=88&hl=pt-BR&start=11&tbnid=2NEWquOJp9SLJM:&tbnh=113&tbnw=126&prev=/images?q=cenoura+centro+origem&gbv=2&hl=pt-BR
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://bp2.blogger.com/_jwMsx0m2wCw/RiN-mXaUf0I/AAAAAAAAAhE/5zWPoCgyTjU/s400/Sopa_cenoura_gengibre.jpg&imgrefurl=http://reidacolher.blogspot.com/2007_04_01_archive.html&h=355&w=376&sz=40&hl=pt-BR&start=13&tbnid=h5HbnC70xOi3EM:&tbnh=115&tbnw=122&prev=/images?q=cenoura+centro+origem&gbv=2&hl=pt-BR
http://commons.wikimedia.org/wiki/Image:Carrots_Julienne.jpg
Clima
 Áreas de clima ameno
 A temperatura é o fator climático mais importante 
para a produção de raízes.
 A alta umidade relativa do ar e temperaturas 
elevadas:
 favorece o desenvolvimento de doenças nas folhas 
durante a fase vegetativa da cultura.
Temperatura
 10º a 15º C - favorecem o alongamento e o 
desenvolvimento de coloração característica nas 
raízes.
 Superiores a 21 ºC - estimulam a formação de 
raízes curtas e de coloração deficiente.
 Existem cvs de verão - formam boas raízes sob 
temp. de 18 a 25 ºC
 Acima de 30ºC - o ciclo vegetativo reduzido - afeta 
o desenvolvimento das raízes e a produtividade. 
 Temperaturas baixas associadas a dias longos 
induzem o florescimento precoce – prejudica a 
qualidade das raízes
Temperatura
 De 8 a 35 ºC: germinação das sementes 
 A velocidade e a uniformidade de germinação variam com 
a temperatura dentro destes limites. 
 De 20 a 30 ºC: faixa ideal para uma germinação 
rápida e uniforme
 Emergência de 7 a 10 dias após a semeadura. 
www.takii.com.br/cenoura.html 
Umidade
 Alta umidade relativa do ar 
associada a temperaturas 
elevadas favorece o 
desenvolvimento de doenças 
nas folhas durante a fase 
vegetativa da cultura 
Queima-das-folhas
Cultivares
 1950: cultivares de outono-inverno
 Hoje: agrupadas segundo a classificação 
termoclimática:
 Européia - cultivares de outono-inverno
 Nantes (francesa) e Forto (holandesa) - semeaduras 
na primavera-verão
 Cenouras cilíndricas e ótimo aspecto e sabor
 Resistentes ao florescimento precoce
 Exige temp. amena e pouca chuva (suscetibilidade a queima-
das-folhas)
 Cultivares híbridas em estudo
Cultivares Brasileiras
 Adaptação a alta temperatura e pluviosidade
 Resistência a queima-das-folhas
 Se expostas à baixas temperaturas – florescimento
 ‘Brasília’ e derivadas: mais utilizada em várias 
regiões produtoras
 ‘Alvorada’: 
 Melhor qualidade em terra
 Formato cilíndrico
 Maior teor de carotenóides
 Resistência a nematóides
 Resistência a queima-das-folhas
Tabela 2 - Principais cultivares de cenoura disponíveis atualmente no mercado e suas características
Cultivar Formato das raízes Ciclo
(dias)
Comprimento das 
raízes
(cm)
Resistência(R) ou 
Tolerância (T) à 
doenças
Clima mais
Favorável
para cultivo
Brasília Cilíndrica 90-100 15-22 R - queima das 
folhas 
T – nematóides
ameno para 
quente
Kuronan Ligeiramente 
cônica
100-120 15-25 R - queima das folhas ameno para 
quente
Nova
Kuroda
Ligeiramente 
cônica
100 15-18 R- alternária ameno para 
quente 
Prima Cilíndrica 90-100 16-18 R - queima das folhas ameno para 
quente
Nova
Carandaí 
Cilíndrica 80-90 18-20 R - alternária ameno para 
quente
Nantes Cilíndrica 90-110 13-15- frio
Harumaki
Kinko Gossum
Ligeiramente 
cônica
85-110 16-18 T- queima das folhas ameno
Tropical Ligeiramente 
Cônica
80-90 20-25 R - queima das folhas ameno para 
quente
Alvorada Cilíndrica 100-105 15-20 R - queima das 
folhas 
R - nematóides
ameno para 
quente
Fonte: Embrapa-Hortaliças e Catálogos de Companhias Produtoras de Sementes
Cultivares Brasileiras
‘Brasília’ ‘Alvorada’
http://marisamota.com/cenoura2_files/image002.jpg
Produção de sementes
 Brasil: Bagé, Candiota, RS
 Clima frio - florescimento
 90% da produção
 800 quilos por hectare e máximas de 1 .200 
quilos por hectare 
Local de plantio
www.uga.edu/.../photographs/carrot.htm 
Solos
 Hortaliça tuberosa: Propriedades físicas: textura, 
estrutura e permeabilidade
 Textura média
 Leves, soltos e arejados
 Sem obstáculos ao crescimento das raízes
 Solos pesados e argilosos são inadequados
 Aplicação de matéria orgânica e condicionadores 
de solo. 
Solo
 Pouco tolerante a acidez – pH entre 5,7 a 6,8
 Calagem: Saturação de bases para 70-80% e pH 
para 6,5
pro.corbis.com/images/
Preparo do solo
 Aração, gradagem e levantamento dos canteiros. 
 Deve ser evitado o uso excessivo do encanteirador:
 causa a destruição da estrutura do solo
 facilita a formação de crosta e a compactação do 
subsolo, que deformam e prejudicam o 
crescimento das raízes. 
Canteiros
 0,80 a 1,40 m de largura, 15 a 30 cm de altura 
dependendo do equipamento utilizado
 Distância de 30 cm entre canteiros
 Em solos argilosos, no período das chuvas, a altura 
deve ser maior, para facilitar a drenagem. 
 Os sulcos para a distribuição das sementes, pode 
ser transversal ou longitudinal
Adubação
 Adubação Orgânica
 Especialmente em solos de baixa fertilidade e/ou 
compactados. 
 É fundamental que o adubo orgânico esteja bem 
curtido.
 A distribuição é feita a lanço sobre os canteiros, 
seguida de incorporação, que é feita utilizando-se 
enxada rotativa.
 Esterco de gado: 30 t ou 60 m3/ha antes do plantio. 
 Esterco de galinha: aplica-se 1/3 desta quantidade.
Adubação Química
 Análise química do solo, principalmente de acordo 
com seus níveis de fósforo e potássio. 
 No plantio:
 40 kg/ha de nitrogênio, 
 12 kg/ha de bórax (17,5% B)
 12 kg/ha de sulfato de zinco monohidratado (35% 
Zn). 
Adubação Química
Tabela 3 : Recomendação de adubação para produção de cenoura no 
Estado do Rio de Janeiro, com base na análise do solo .
Fósforo Potássio
Teor no solo 
(ppm)
Dose 
recomendada de
P2O5 (Kg ha
-1)
Teor no solo 
(ppm)
Dose 
recomendada de 
K2O (Kg ha
-1)
0 - 10 120 0 - 45 120
11 - 20 90 46 - 90 90
21 - 30 60 91 - 135 60
>30 0 > 135 0
Fonte: Manual de Adubação para o Estado do Rio de Janeiro
Adubação em cobertura 
 40 kg/ha de nitrogênio (N).
 Nos plantios em épocas chuvosas:
 Aplicação de 60 kg/ha de N e 60 kg/ha de K2O, aos 
30 e 60 dias após a emergência. 
 Normalmente, quando se incorpora o esterco de 
galinha na dosagem recomendada, a adubação de 
cobertura com nitrogênio pode ser dispensada, se o 
desenvolvimento das plantas for normal.
Deficiências Nutricionais
 Nitrogênio: 
 Reduz o crescimento da planta. 
 As folhas mais velhas ficam amareladas 
uniformemente e, com a evolução da deficiência, 
tornam-se avermelhadas. 
 As condições que predispõem à deficiência:
 Insuficiência de fertilizante nitrogenado
 Elevado nível de MO não decomposto no solo,
 Compactação do solo
 Elevada intensidade de precipitação 
 Condições desfavoráveis à mineralização da MO
Deficiências Nutricionais
 Fósforo: 
 Folhas mais velhas apresentam coloração castanho-
arroxeada. 
 Com a evolução da deficiência as folhas amarelecem 
e caem.
 Potássio:
 Folhas mais velhas apresentam as margens dos 
folíolos queimadas.
 Com o avanço da deficiência, os pecíolos coalescem, 
secam e morrem.
Deficiências Nutricionais
 Cálcio: 
 Causa necrose dos pontos de crescimento das folhas 
novas.
 O pecíolo apresenta pequenas áreas coalescentes.
 Há morte das folhas ainda com a coloração verde. 
 Magnésio: 
 Folhas mais velhas ficam cloróticas nas bordas. 
 Coloração levemente avermelhada nas margens e se 
expande em direção ao centro dos folíolos. 
 Pode ser confundida com a deficiência de nitrogênio 
ou virose. 
Deficiências Nutricionais
 Boro: 
 Encrespamento das folhas, que se dobram para o solo
 Folhas com tonalidade vermelha ou amarela, 
 Pode ser confundida com viroses. 
 As folhas novas são pequenas e é comum a morte do 
broto com aparecimento de necrose progressiva. 
 Na raiz, ocorre o fendilhamento longitudinal com 
posterior cicatrização.
 Pode ser provocada por excesso
de calcário, de N e de chuva.
Implantação da cultura
 Plantio
 Semeadura direta
 Sulcos com 1 a 2 cm de profundidade e distanciados 
de 20 cm entre si.
 Manualmente ou com o emprego de semeadeira 
manual ou mecânica.
 A semeadura manual é mais trabalhosa, menos 
eficiente e implica em maior gasto de sementes (6 
kg/ha). 
 Semeadeiras mecânicas - abrem os sulcos, distribuem 
as sementes e cobrem os sulcos. 
 Gasta-se de 2 a 3 kg de sementes por hectare. 
Semeadura de precisão
Cuidados
 As sementes de cenoura são pequenas (840 
sementes/g)
 Possuem pouca reserva e as plântulas que 
emergem são tenras e delicadas.
 Profundidade de semeadura:
 Maior que 2 cm - plântulas com dificuldades de 
emergir ou até mesmo não emergirem. 
 menos de 1 cm - falhas de germinação - secamento 
da camada superficial do solo, arranquio ou arraste 
das sementes pela água de irrigação ou chuva forte 
Tratos culturais
 Raleio
 Semeadura manual ou 
mecânica
 Aumenta disponibilidade 
de espaço, água, luz e 
nutrientes por planta
 Raízes de maior tamanho 
e melhor qualidade
 Feita aos 25-30 dias após 
a semeadura
 Espaço de 4 a 5 cm entre 
plantas
 20 cm entre linhas
20 cm
5 cm
Manejo de plantas daninhas
 O controle das plantas daninhas pode ser feito por 
métodos culturais, manuais ou mecânicos, ou 
químico com o uso de herbicidas 
www.isla.com.br/cgi-bin/news_sementito.cgi?se... 
Tabela 4 - Herbicidas registrados para a cultura de cenoura – Agrofit 2002, MAPA/SDSV/DIPROF.
Grupos de Plantas 
Daninhas 
Controladas
Nome comum dos 
herbicidas
Dosagem (kg/ha do i.a.) 
e formulação (kg ou 
L/ha)
Época ou modo de 
aplicação (*)
1 – Folhas largas Linuron (0,99 a 1,98) 2,20 a 4,40 Pré e pós
Prometryne (0,96 a 1,60 ) 1,20 a 2,00 Pré
2 – Folhas estreitas Clethodim (0,08 a 0,11) 0,35 a 0,45 Pós
(Gramíneas) Fenoxaprop-p (0,07 a 0,11) 0,63 a 1,00 Pós
Fluazifop-p (0,09 a 0,25) 0,75 a 2,00 Pós
Oxadiazon (1,00) 4,00 Pré e pós
Trifluralin (1,80 a 2,40) 3,00 a 4,00 Pré
(0,53 a 1,07) 1,20 a 2,40 Ppi
(*)ppi = pré-plantio-incorporado; pré = pré-emergência; pós = pós-emergência.
Irrigação 
 A produtividade e a qualidade das raízes de cenoura 
são e influenciadas pelas condições de umidade do 
solo. 
 necessário o controle da umidade do solo durante 
todo o ciclo da cultura
 Pequenas áreas
 aspersão convencional
 Grandes áreas
 utiliza-se o sistema pivô central
Irrigação
 Primeira irrigação:
 Após o plantio 
 Molhar até 20 cm de 
profundidade. 
 Do plantio até o raleio:
 leves e frequentes (1 a 2 
dias). 
 Do raleio até a colheita:
 pode-se aumentar a lâmina 
de água e o turno de rega 
Principais Doenças
 Podridão de pré e pós-emergência
 Alternaria dauci, A. radicina, Pythium sp., Rhizoctonia 
solani e Xanthomonas campestris pv. carotae. 
 Pré-emergência - falhas no estande. 
 Pós-emergência (tombamento) - as plântulas com 
encharcamento na região do hipocótilo rente ao solo, 
provocando reboleiras de plantas tombadas ou mortas.
 Controle:
 Sementes de boa qualidade, 
 Rotação de cultura, 
 Adequada profundidade de plantio e 
 Manejo adequado de água.
Queima-das-folhas
 É a doença mais comumda cenoura. 
 Alternaria dauci, Cercospora carotae e Xanthomonas 
campestris, pv. carotae.
 Os três patógenos podem ser encontrados na mesma 
planta, e até em uma única lesão.
 Necrose das folhas 
 Controle:
 Cultivares resistentes - Brasília, Kuroda e Kuronan 
 Químico:
 3 patógenos estão presentes - produtos à base de cobre 
intercalados com outros fungicidas ditiocarbamatos
Queima-das-folhas
Podridão das raízes
 Fungos - Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum
 Bactéria Erwinia carotovora
 Pré-colheita
 Crescimento reduzido com as folhas superiores 
amareladas,
 Podridão mole nas raízes
 Após a colheita, 
 Podridões secas e moles
Podridão das raízes
Podridão das raízes causadas pelo fundo 
Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum e pela 
bactéria Erwinia carotovora
Nematóides
 Meloidogyne incognita, M. javanica, M. arenaria e 
M. hapla 
 Plantas - crescimento reduzido e amarelecimento 
nas folhas semelhante ao sintoma de deficiência 
mineral. 
 Raízes - tamanhos reduzidos com deformações 
devido a intensa formação de galhas
 Controle:
 Rotação de cultura
 Resistência genética – ‘Alvorada’
Nematóides
Principais Pragas
Lagarta Falsa-medideira
Lagarta-rosca
Larva de 
Crisomelídeos Pulgões
Principais Pragas 
 Controle:
 Praticas culturais
 preparo de solo, incorporação dos restos culturais e 
eliminação das plantas daninhas, especialmente 
gramíneas
 Ação de inimigos naturais 
 como parasitóides e predadores (micro-himenópteros) 
 Poucos os inseticidas registrados
 Pouco recomendável para a cultura.
Colheita
 80 a 120 dias depois da semeadura
 Ponto de colheita:
 Amarelecimento e secamento das folhas mais 
velhas
 Arqueamento para baixo das folhas mais novas 
 Manualmente ou semi-mecanizado, acoplando-se 
uma lâmina cortante no sistema hidráulico do 
trator. 
 Deve-se arrancar somente a quantidade possível 
de ser preparada no mesmo dia.
Colheita Manual e Mecanizada
Pós-Colheita
 Após o arranquio:
 Parte aérea é destacada (quebrada) da raiz
 Pré-seleção eliminando as raízes com defeitos.
 Lavadas, selecionadas, classificadas e acondicionadas. 
 Classificadas conforme o comprimento e a % de 
raízes com defeitos
Pós-Colheita
 Pequenos produtores:
 máquinas simples para lavar as raízes 
 a seleção e a classificação são feitas 
manualmente.
 Os grande produtores
 possuem máquinas que lavam, secam e 
classificam. 
 A seleção e o acondicionamento são feitos 
manualmente.
Classificação
Quanto ao comprimento:
 Classe 10 = raízes com 10 a menos de 14 cm de 
comprimento;
 Classe 14 = raízes com 14 a menos de 18 cm de 
comprimento;
 Classe 18 = raízes com 18 a menos de 22 cm de 
comprimento;
 Classe 22 = raízes com 22 a menos de 26 cm de 
comprimento e
 Classe 26 = raízes com mais de 26,5 cm de 
comprimento.
Classificação e padronização
Categoria Extra Cat I Cat II Cat III
Defeitos Graves
Podridão mole
Deformação
Podridão Seca
Ombro Verde ou Roxo >10%
Lenhosa
Murcha
Rachada
Dano Mecânico >10% ou >3mm
Injúria por Pragas ou Doenças
0%
0%
0%
2%
1%
0%
0%
1%
0%
0%
1
%
1
%
3
%
2
%
2
%
1
%
2
%
1
%
1%
3
%
2
%
4
%
3
%
3
%
2
%
3
%
3
%
3%
5%
5%
6%
4%
4%
5%
5%
5%
Total de Defeitos Graves 3% 6% 10% 20%
Total de Defeitos Leves 4% 10% 25% 100%
EXIGÊNCIA MÍNIMA DE QUALIDADE
Ausência de defeitos graves
Ombro Verde / Roxo Deformação
Podridão Mole Lenhosa
www.ceagesp.com.br
Podridão Seca
Murcha
Dano Mecânico Injúria por pragas
Rachada
Comercialização
Comercialização
Tabela 5 - Embalagens de cenoura admitidas no Brasil
Dimensões em mm
Embalagens Comprimento Largura Altura
Sacos de polietileno ou polipropileno – IV 700 - 480
Caixa K – madeira 495 230 355
Caixa papelão ondulado I 490 220 350
Caixa papelão ondulado II 356 205 237
Fonte: Portaria no 306, de 26/11/90 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento
Processamento de Cenoura
 Principal hortaliça usada no 
processamento:
 Rodelas, palito, cubo, 
ralada
 Farinha
 Polpa
 Minicenoura (cenourete e 
catetinho)
 Seleta de legumes
 Alimentos infantis
 Sopas instantâneas
Matéria prima
Cenourete Catetinho
Rodelas, palito, cubo, 
ralada, polpa e farinha
Tabela 6 - Número necessário de caixas de cenoura para o pagamento dos custos 
diretos (mão-de-obra e insumos, e indiretos (depreciação de máquinas e equipamentos) 
utilizados no cultivo de um hectare de cenoura.
Descrição Quantidade (cx) Quantidade (%)
Máquinas e equipamentos de irrigação 372,0 31,00
Mão-de-obra, operações diversas 37,2 3,10
Adubos e corretivos 313,5 26,10
Herbicidas, inseticidas e fungicidas 105,0 8,75
Colheita, classificação e equipamento 334,8 27,90
Sementes 37,5 3,12
Total 1200,0 100
Fonte: EMBRAPA-HORTALIÇAS
Custo de produção

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