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Relatório Ensino Fundamental

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Prévia do material em texto

FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS DO 
ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
ANA CLAUDIA SANTOS LEANDRO - 170131483 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2019 
 
 
 
FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS DO 
ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial para a atribuição de nota na disciplina 
de Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais 
do Ensino Fundamental, do curso de 
Licenciatura em Pedagogia da Faculdade 
Educacional da Lapa – FAEL. 
 
Orientador: Prof.ª ​ ​Aide Mara Bachtold Dias 
 
ANA CLAUDIA SANTOS LEANDRO - 170131483 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2019 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 4 
2 DESENVOLVIMENTO 5 
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 5 
2.2 INCLUSÃO NA ESCOLA ESTAGIADA 8 
2.3 OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE DA TURMA 10 
2.4 DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA 12 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 1​5 
 ​4 ​REFERÊNCIAS 1​6 
ANEXO A – Ficha de Avaliação na Escola-campo 1​7 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho refere-se ao Relatório de Estágio Supervisionado nos Anos 
Iniciais do Ensino Fundamental, realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental 
Elizabete de Paula Honorato. 
Este estágio tem por objetivo fundamental inserir o estudante acadêmico no 
contexto histórico escolar, afim de que se possa vivenciar na prática as disciplinas outrora 
aprendidas na teoria, tendo uma visão mais ampla de como atuar como futuros pedagogos. 
 
“A Educação Fundamental compõe um dos níveis da Educação Básica do Brasil. 
Abrange crianças a partir de 6 anos de idade e tem como finalidade a formação básica do 
cidadão. Para isso, segundo o Art.32 da LDB, é necessário: 
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o 
pleno domínio da leitura da escrita e do cálculo; 
II – A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, 
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
III- O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição 
de conhecimentos e habilidades e formação de atitudes e valores; 
IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e 
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
Desde de 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos, 
passou a ser de 9 anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB9395/96) foi alterada 
em seus artigos 29, 30, 32 e 87 através da Lei Ordinária 11.274/2006, e ampliou a duração do 
Ensino Fundamental para 9 anos, estabelecendo como prazo para implementação da Lei pelos 
sistemas de ensino, o ano de 2010. 
Anos Iniciais - Que compreende do 1° ao 5° ano, sendo que a criança no 1° ano aos 6 
anos de idade; 
 
 
Para realizar a elaboração deste relatório, foram realizadas observações participantes 
em uma turma do 5° Ano (crianças de 10 e 11 anos). A proposta pedagógica da escola está 
pautada no construtivismo de Jean Piaget e nas contribuições do sociointeracionismo de Lev 
 
 
 
Vigotsky. Foram planejados e aplicados planos de aula com temas e conteúdo diversos, que 
envolveram, língua portuguesa, história, geografia, matemática e ciências. Todos os alunos 
demonstraram interesse e participaram ativamente das aulas, houve necessidade de parar 
alguns momentos para relembrar os combinados, mas a maioria dos objetivos propostos nas 
aulas foram atingidos. 
O texto deste relatório está subdividido da seguinte forma: Introdução que nos 
apresenta de uma forma geral o conteúdo do trabalho; o Desenvolvimento que apresenta a 
caracterização da Instituição e a observação frente aos processos de inclusão na escola 
estagiada de acordo com o Projeto Político Pedagógico; a observação participante da turma 
em sua rotina diária em sala; a descrição da docência onde se encontram os planos de aula e 
como foram conduzidos e aplicados pelos acadêmicos; as Considerações Finais, onde 
descrevemos sobre o aprendizado e experiências vividas no estágio e as facilidades e 
dificuldades encontradas no decorrer desse processo, e as Referências; onde nos embasamos 
para a realização deste relatório. 
 
 
 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
Neste item do relatório serão descritas todas as etapas cumpridas no Estágio 
Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, articulando-se a descrição das 
observações feitas na EMEF Elizabete de Paula Honorato e das ações realizadas junto a uma 
turma de alunos da instituição, com o referencial teórico pertinente a cada situação informada. 
 
 
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 
 
O Estágio Supervisionado na Educação Infantil, foi realizado na E.M.E.F. Elizabete 
de Paula Honorato, situada à Rua Aurélio Portilho Castelhanos, nº 124, Jardim Mariana I, 
telefone (12) 3912-9467. 
 
 
 
Na escola trabalham 87 pessoas: a diretora, a vice diretora, a orientadora pedagógica, 
60 professoras, 2 secretárias, 1 almoxarife, 8 estagiárias e funcionários de empresas 
terceirizadas, sendo 4 responsáveis pela segurança, 4 cozinheiras e 6 responsáveis pela 
limpeza. 
Quanto aos horários de trabalho, a equipe gestora permanece na escola em período 
integral; as professoras trabalham das 07:00h às 12:15h e as estagiárias podem permanecer na 
escola das 07:00h as 18:00h. 
Há na escola 1057, alunos matriculados em 33 turmas sendo 16 turmas no período 
matutino, 14 no período vespertino e 3 no período noturno (1° ano - crianças de 6 anos, 35 
alunos por turma, 2° ano - crianças de 7 anos, 35 alunos por turma, 3° ano – crianças de 8 e 9 
anos, 35 alunos por turma, 4° ano - crianças de 9 e 10 anos, 35 alunos por turma, 5° ano - 
crianças de 10 anos, 35 alunos por turma, 6° ano - crianças de 11 anos, 35 alunos por turma, 
7° ano - crianças de 12 anos, 35 alunos por turma, 8° ano - crianças de 13 e 14 anos, 35 
alunos por turma, 9° ano - crianças de 14 e 15 anos, 35 alunos por turma, EJA – Adultos de 
idades variadas, até 50 alunos por turma). Destes 1057 alunos, 30 necessitam de A.E.E. Nos 
bairros adjacentes há 65 alunos inscritos na escola aguardando abertura de vagas. 
Para atender aos alunos, a escola é térrea e possui rampas de acesso na entrada, tem 1 
secretaria, 15 salas de aula (Todas com projetor, quadro branco e notebook com acesso a 
internet), sala de recursos, sala de leitura (que pode ser usada também como sala interativa ou 
biblioteca), sala RI (Reforço Intensivo), laboratório de informática (com 20 computadores e 
50 tablets), cozinha, refeitório, pátio coberto, parque (com escorregador, balanço, barras e 
brinquedos para escalar, gira-gira e gangorra), e quadra de esportes coberta, jardim e horta. 
Há 6 banheiros masculinos e 6 banheiros femininos, todos eles com acessibilidade para 
deficientes, não há trocadores e chuveiros. 
A escola possui três projetos de grande impacto: 
No período noturno a escola oferece gratuitamente aulas de danças urbanas, capoeira, 
judô e esportes como futsal basquete e handball, para as pessoas que moram nos bairros da 
região. 
A escola forneceo material, apoio e suporte pedagógico necessário para que os alunos 
escrevam e distribuam o “Bete News” um jornal com edição bimestral com uma tiragem de 
2000 exemplares, recheados de fotografias, notícias, informações e curiosidades sobre 
diversos temas, além de uma tirinha divertida na última página. 
Tem também a “Pegada Ecológica”, toda sexta feira um grupo de alunos dos anos 
iniciais vai a uma área externa e aprende na pratica como plantar avaliando o tipo de solo, o 
 
 
 
clima, as possíveis pragas, a quantidade de insumo e agua necessários para cada vegetal. O 
intuito é auxiliar nas matérias de ciências e geografia e, por vezes, matemática, mas o 
aprendizado acaba se estendendo a valores éticos como o respeito à vida, a convivência e ao 
tempo natural do crescimento. O que possibilitou uma interação entre a teoria e a prática. 
Além disso, adquirem o hábito da alimentação saudável e desenvolvimento sustentável, pois 
produzem, na “composteira” da escola, o adubo para a horta e o jardim usando cascas de 
frutas, por exemplo. As alfaces e couves (entre outros alimentos produzidos) são colhidos e 
consumidos nos momentos de refeição dos alunos. 
A agenda escolar é o meio de comunicação usado diariamente para comunicação entre 
pais e professores. Por meio de reuniões de pais, a escola promove um contato direto entre 
família e escola, gerando oportunidade da família conhecer mais detalhes do trabalho 
realizado, desenvolvimento dos seus filhos e suas necessidades. Para a escola são momentos 
de reafirmar a parceria família- escola, conhecendo um pouco mais sobre cada criança. Além 
disso, há o conselho participativo bimestral onde pais e professores se reúnem para falar sobre 
os avanços e também as dificuldades individuais e coletivas de cada turma. 
Nesta escola o lúdico é muito valorizado, a escola trabalha com o brincar como 
instrumento pedagógico. O brincar no dia a dia promove o desenvolvimento da criança, pois 
nesse momento a mesma expressa suas vivências, desejos e opiniões, experimenta o mundo, 
explora possibilidades de conhecimento e elabora relações sociais, organizando assim suas 
emoções e desenvolvendo autonomia de suas ações. A escola busca sempre oferecer uma 
rotina que permita o brincar de forma mais espontânea. 
 
“O brincar espontâneo abre a possibilidade de observar e escutar a criança nas suas 
linguagens expressivas mais autênticas. Esse brincar incentiva a criatividade e constitui um 
dos meios essenciais de estimular o desenvolvimento infantil e as diversas aprendizagens. 
Friedmann Adriana (p.47, O brincar na educação infantil). 
 
“Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e 
da autonomia. O fato de as crianças, desde muito cedo poder se comunicar por meio de 
gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela 
desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas 
 
 
 
capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação.” 
(REFERENCIAL CURRICULAR, 1998, p.22) 
 
A avaliação é feita diariamente através da observação que o professor faz do 
desenvolvimento de seus alunos, os pontos mais significativos dessa observação são 
registrados e impressos em forma de relatórios entregues bimestralmente aos pais dos alunos, 
no conselho de classe. Há também avaliações bimestrais, (questões discursivas e de múltipla 
escolha impressas em uma folha), trabalhos de pesquisa, maquetes, etc. É considerado o fator 
de evolução do aluno nos quatro bimestres para obter a nota final. Não há retenção por motivo 
de baixo desempenho, são aplicados trabalhos e avaliações complementares e o aluno passa a 
frequentar aulas de reforço, caso não atinja o resultado esperado. 
Só fica retido o aluno que faltar excessivamente ao longo do ano (40% das aulas). 
 
“A avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, 
sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental” (incluído pela Lei 
nº 12.796, de 2013) 
 
Há bastante incentivo por parte da escola para que mais pais queiram participar do 
conselho de escola, (O grupo é formado por 56 pessoas), porém os que comparecem as 
reuniões são participativos, estão sempre dando opiniões e sugestões contribuindo nas 
decisões juntamente com os professores, funcionários e equipe gestora. As reuniões são 
sempre pré-agendadas a cada dois meses (já incluídas no calendário escolar) ou podem surgir 
conforme há necessidade da escola ou dos pais, respeitando o quórum mínimo para acontecer. 
A escola busca acolher os alunos com deficiência, realizando num primeiro momento 
a escuta dessas crianças e seus familiares, observando as ações no dia a dia em relação ao 
social, intelectual e cognitivo, mesmo porque é preciso observar fora do ambiente familiar 
para levantar dados e auxiliá-lo em sua adaptação a uma nova rotina. As informações 
fornecidas pela família auxiliam nesse acolhimento, pois dá um direcionamento para preparar 
a equipe da escola como um todo e principalmente a turma que irá receber esse aluno. 
 
 
 
 
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Na E.M.E.F. Elizabete de Paula Honorato, há 30 alunos inclusos, destes todos 
apresentaram laudos. Mais 7 alunos estão passando por acompanhamento e avaliação clínica 
para investigar a possíveis deficiências e dificuldades neuropsicológicas. 
 
 
 
 
“Incluir não é simplesmente colocar alunos com deficiência nas classes regulares. 
Trata-se de um processo – e, por isso mesmo, lento, de caráter contínuo e transformador – que 
exige planejamento, recursos, sistematização e acompanhamento.” Mori – 2003, p.188 
 
O AEE (Atendimento Educacional Especializado) se inicia quando o professor regente 
realiza suas observações em formato de relatório e encaminha para a equipe gestora, esta 
realiza mais observações e agenda uma primeira entrevista com a família, levantando 
informações importantes sobre o desenvolvimento da criança. Após esse primeiro momento 
os registros retornam para a professora do AEE que realizará atendimento a criança e se julgar 
necessário marcará um novo encontro com a família para realizar a anamnese e pedir os 
laudos médicos. 
Feito este procedimento e com a autorização dos pais, a criança será matriculada na 
sala de recursos e terá seus dados lançados no SISTAE e GEDAE. 
Na entrada da escola há rampas de acesso, as portas são largas em todos os ambientes, 
bebedouros e pias na altura adequada, há 6 banheiros com barras de apoio e vaso sanitário 
adaptado, que são suficientes até o presente momento. Além disso a prefeitura oferece 
transporte gratuito, vans, para levar e buscar as crianças com dificuldades de locomoção. 
Até o presente momento, não houve matrículas de alunos surdos ou mudos, não há 
profissionais intérpretes. Dos alunos inclusos, 8 contam com uma estagiária de pedagogia 
para auxiliá-lo durante as aulas, os demais não necessitam de acompanhamento específico, 
mas tem à disposição professoras eventuais paraauxiliá-los quando necessário. 
A equipe pedagógica oferece uma sala de recursos com materiais didáticos específicos, 
recursos pedagógicos e de acessibilidade para as especificidades de cada aluno. Os alunos têm 
uma aula semanal nesta sala com a professora especializada em AEE. A mesma fornece 
também alguns materiais pedagógicos diferenciados para que as estagiárias trabalhem com 
esses alunos quando julgarem necessário. Todos os alunos inclusos possuem material didático 
adaptado para as suas necessidades. 
A relação com os pais dos alunos inclusos se dá por meio de bilhetes na agenda 
escolar e reuniões com os pais professores e equipe gestora sempre que houver necessidade 
por parte da família ou escola. 
A interação dos alunos inclusos com os demais é espontânea e se dá a todo momento, 
todos participam das mesmas atividades, a intervenção dos educadores só ocorre quando o 
 
 
 
aluno necessita de apoio e atenção ou quando apresenta alguma dificuldade, somente nos 
momentos oportunos. 
A prefeitura fornece material didático específico para cada aluno. 
A escola busca desenvolver a autonomia de todos os alunos, oferece conteúdo 
semelhante para todos e vai aprofundando este conteúdo de acordo com a aprendizagem de 
cada aluno, os alunos trocam conhecimentos entre si e com os professores, o diálogo é sempre 
presente nas aulas. O processo de avaliação dos alunos inclusos acontece da mesma forma que 
os demais, porém com o apoio da professora de AEE. 
 
 
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As aulas do período, acontecem das 13:00h às 17:45h. 
A Rotina da sala de aula inclui, diariamente, na hora da entrada, momentos de 
brincadeira, em que a criança escolhe livremente seus brinquedos, podendo inclusive usar 
 
 
 
brinquedos que traz de casa, chamado o momento “Diversificado”, caso não deseje brincar, 
pode fazer atividades nas mesas preparadas para trabalhos de arte, matemática e linguagem, 
onde a criança escolhe a atividade que deseja fazer. Os alunos têm também dois momentos de 
alimentação, um após a acolhida onde é oferecido um lanche mais leve (frutas, leite ou 
biscoitos) e uma refeição no meio do período (arroz com feijão ou macarrão, legumes, 
verduras, carne e suco de frutas). Todos os dias há atividades de linguagem e matemática e a 
“Hora da História”, leitura de livros infantis. E fazem em cada dia da semana uma atividade 
dirigida de acordo com o planejamento do professor (um ou dois eixos de acordo com o 
tempo disponível). 
Diariamente, também, as crianças participam do “Parque com Intervenção” onde, em 
um mesmo momento, 4 turmas se dirigem aos parques e as crianças podem escolher 
livremente onde brincar, tendo como regra brincar somente onde há professoras presentes 
(podem brincar com alunos de outras turmas na casinha, quadra, balanço, escorregador, etc. a 
sua livre escolha).Quatro vezes por semana os alunos participam de aulas de música e 
literatura na sala interativa da escola. 
As salas estão organizadas com 35 cadeiras e mesas divididas em 5 fileiras de 7 
carteiras, à frente da sala está a mesa da professora e um armário com o notebook usado nas 
aulas, a sala conta também com um projetor e um grande quadro branco, há também um 
armário no fundo da sala com os livros didáticos e avaliações dos alunos. Cada sala possui um 
mural interno e um externo para exposições de trabalhos dos alunos. 
As professoras são receptivas e gentis, transmitem o conteúdo programado com 
clareza e objetividade, sempre buscando a participação de todos os alunos da turma. Exercem 
autoridade de maneira firme, porém adequada a faixa etária dos alunos. Todos são tratados 
com respeito e atenção em sala de aula. E os conflitos que ocorrem eventualmente são 
solucionados através do diálogo entre professor e alunos, em casos muito extremos os alunos 
são encaminhados à diretoria da escola, ou os pais são chamados para ficarem cientes da 
situação. 
 
“A ação do professor de educação infantil, como mediador das relações entre as 
crianças e os diversos universos sociais nos quais elas interagem, possibilita a criação de 
condições para que elas possam, gradativamente, desenvolver capacidades ligadas à tomada 
de decisões, à construção de regras, à cooperação, à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si 
mesmas e ao outro, assim como desenvolver sentimentos de justiça e ações de cuidado para 
consigo e para com os outros.”​ ​(Referencial Curricular, 1998, p. 43) 
 
Trabalha- se o construtivismo na educação, a criança é sujeito da aprendizagem, 
participa ativamente, é ouvida, sua experiência e algumas preferências são respeitadas. As 
professoras desenvolvem atividades que estimulem o interesse dos alunos. Dessa forma o 
conhecimento é construído através das interações da criança com outras pessoas e com o 
ambiente. 
 
Segundo Bettelhein, “Muitas vezes a infância é ainda considerada como a uma 
preparação a uma determinada vida futura, enquanto, na realidade, cada momento é 
importante por si só mesmo, e não pelo que acontecerá mais tarde como consequência.” 
(Como amar uma criança, 1997, p.05) 
 
A prefeitura disponibiliza, no início do ano, materiais básicos como cadernos, lápis, 
borracha, canetinha, giz de cera, régua, apontador, pastas para guardar avaliações, dicionários 
(um kit para cada aluno). O professor entrega esse material aos alunos e caso eles percam ou 
 
 
 
gastem o material recebido antes do tempo previsto a reposição é de responsabilidade dos pais 
dos alunos. As salas de aula têm livros, revistas, jogos e cartazes. Cada professora equipa sua 
sala com o material que julgar necessário e adequado a faixa etária de seus alunos. 
O currículo semestral é determinado em HTC, onde é decidido democraticamente e 
todas as turmas (da mesma faixa etária) trabalham o mesmo conteúdo, porem cada professora 
desenvolve suas aulas de acordo com o perfil de seus alunos e seu perfil pessoal. 
As professoras trabalham de modo que seus alunos avaliem seus trabalhos e atitudes 
e percebam seus erros fazendo a autocorreção; através de trabalhos em grupo, leitura coletiva 
de textos e reflexão sobre fatos que ocorrem na rotina das crianças. 
A avaliação é feita por meio da observação e registro do desenvolvimento dos alunos 
em forma de relatório, avaliações bimestrais, questões dissertativas e de múltipla escolha, 
pesquisas, redações, produções de texto, atividades orais, produções de teatro, atividades 
físicas e esportivas e trabalhos em grupo que valem notas de 0 a 10. É considerado o fator de 
evolução do aluno nos quatro bimestres do ano para se chegar a nota final e não há retenção 
por motivo de baixo desempenho. São oferecidos atividades e apoio pedagógicos 
complementares até que o aluno acompanhe o mesmo desempenho dos demais alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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No dia 26 de setembro 2019, apliquei o plano de aula de Português, “Seres 
Imaginários” com previsão de duração de 2 horas, com o objetivo geral de e​laborar um livro 
contendoas ilustrações e as descrições dos seres imaginários; mural com exposição para a 
comunidade escolar. E objetivo específico de compreender sobre as lendas e como surgiram; 
realizar a leitura a escrita; r​ealizar textos coerentes e coesos; ​e​screver corretamente as 
palavras recorrentes desses textos; utilizando os sinais de pontuação; 
Com os alunos sentados em roda, conversamos sobre o tema “Seres Imaginários”, 
como surgiram as histórias, contos populares de cada região. Depois que ja que já aprendemos 
bastante sobre os monstros medievais e já descrevemos também alguns monstros de que 
ouvimos falar atualmente, escrevemos as coisas que achamos mais interessantes sobre os 
monstros de ontem e de hoje. Convidamos os alunos para a produção de um simples livro. 
Após, cada um elaborou uma história através de um texto sobre o tema “Seres Imaginários”. 
Quando terminamos os textos, cada um leu para seus colegas e conversamos de onde tiraram 
o seu “Ser imaginário”, logo depois confeccionamos um livro contendo todas as histórias. 
Fizemos também uma atividade com massinha de modelar aonde as crianças exploram, de 
forma artística, as informações que haviam coletado sobre os diversos seres imaginários. Ao 
término da nossa elaboração dos textos, pedimos que os alunos retratassem em forma de 
desenho o “Ser” da história que contou. Fizemos juntos uma exposição de um mural com os 
desenhos, as esculturas com a massinha de modelar e o livro criado. 
Os objetivos propostos foram alcançados, no tempo certo de duração da aula. 
No dia 27 de setembro de 2019, aplicamos o plano de aula do eixo de Geografia; 
investigando os tipos de solo. Com o objetivo geral de: ​aprender sobre os diferentes tipos de 
solo. E como objetivo específico de conhecer tipos variados de solo; compreender sobre suas 
diferenças e características; identificar onde são encontrados; realizar a interação e trabalho 
em equipe. 
Começamos convidando os estudantes a um passeio no jardim da escola e no jardim 
nos sentamos em roda no chão e conversamos sobre o assunto abordado, após fizemos a 
 
 
 
leitura d​o texto: “Se a terra não existisse, a gente pisava onde?”, de Ricardo Azevedo. ​Ainda 
na roda de conversa, os alunos observaram e manipularam três tipos de solo que foram 
coletados e reservados em diferentes recipientes: arenoso, argiloso e orgânico – porém sem 
identificação. Após o professor explicou os porquês e as característica, assim identificamos 
juntos com os alunos cada tipo de solo dos que estão nos recipientes. Munidos de lupas, cada 
um analisou características como cor, textura e capacidade de absorção de água de cada 
amostra. O cheiro também é um aspecto que foi analisado, assim como a origem do material. 
Ao término saímos em um passeio pela escola analisando e coletando os diferentes 
tipos de solo encontrados ali e investigamos se no local encontramos algum tipo de solo igual 
aos que foram apresentados nos recipientes. 
De maneira geral o objetivo da aula foi atingido e o tempo de duração foi de 2 horas 
conforme o previsto. 
Iniciamos a semana, no 30 de setembro de 2019, aplicando um plano de aula do eixo 
de Ciências, sobre “As fases da lua”. Com o objetivo geral de aprender sobre as fases da lua. 
E o objetivo específico: aprender quanto ​tempo leva para a Lua girar em torno da Terra; 
c​ompreend​er como a lua gira ao redor da Terra e declarar múltiplos fatos sobre a lua em 
relação ao sol, terra e planetas; i​dentificar as fases pelo calendário. 
Começamos assistindo o vídeo sobre as fases da lua e fomos conversando com os 
alunos sobre cada uma delas. Pedimos para que os alunos fizessem anotações sobre suas 
partes favoritas. Ao ficar observando o calendário cada um foi marcando cada fase da lua com 
uma cor de lápis diferente. ​Usando desenhos encontrados on-line, cada aluno pintou as fases 
da lua. Após esse período, discutimos sobre as diferentes formas da lua: nova, crescente, 
minguante e cheia. Eles ainda podem fazer essas formas de lua com lápis e papel. 
Com uma lanterna e uma bola de isopor e um lápis espetamos a bola (lua) no lápis e 
a use para demonstrar as fases lunares. Os alunos trabalharam em grupos para completar suas 
tarefas. ​Os objetivos da aula foram alcançados e o tempo utilizado foi o tempo previsto. 
Dia 01 de outubro de 2019, trabalhamos o eixo de História, com previsão de duração 
de 2 horas. Com o objetivo geral de​: analisar crítica sobre a escravidão. E objetivo específico: 
perceber informações importantes sobre a escravidão no Brasil; nomear a criatividade, 
motricidade fina e atenção; realizar a prática da confecção da boneca Abayomi. 
Com os alunos sentados em suas carteiras organizadas em fileiras, projetamos o texto 
“Navios Negreiros” no quadro branco e solicitamos que cada aluno leia um parágrafo do texto 
até que a leitura completa seja concluída.​ ​Após a leitura do texto, explicamos o mesmo e 
esclarecemos as dúvidas dos alunos, temos também um momento onde aqueles alunos que 
quiserem fazer comentários ou dar opiniões podem se expressar. Exibimos então o vídeo 
tutorial e distribuímos retalhos de tecidos e tesouras, além de auxiliar os alunos a fazer a sua 
boneca Abayomi. Ao final cada aluno teve sua boneca que pode dar de presente a um colega 
ou levou para casa de acordo com sua preferência. 
Distribuímos uma folha com 5 questões para cada aluno, eles puderam consultar o 
texto no quadro branco para responder. Ficamos próximas aos alunos para ajudar conforme a 
necessidade de cada um. (Questões: Onde viviam as pessoas escravizadas? Como essas 
pessoas eram trazidas para o Brasil? Como retiravam as pessoas do seu país de origem? Por 
que esses homens, mulheres e crianças eram capturados? De acordo com o vídeo, por que 
eram feitas as bonecas Abayomi?). 
O tempo de duração da aula foi de 2 horas também e os objetivos propostos foram 
alcançados. 
 
 
 
Finalizei meus planos de aula dia 02 de outubro de 2019, com uma aula do eixo de 
Matemática, sobre “A matemática no dia a dia”. Com previsão de duração de 120 minutos, 
tendo como objetivo geral o tratamento da informação e Resolução de situações problema. E 
objetivo específico: realizar a leitura e interpretação de informações presentes nos meios de 
comunicação e no comércio; realizar situações problema envolvendo interpretação de tabelas; 
realizar operações de soma, subtração e divisão; compreender noções do sistema monetário 
brasileiro (reais, centavos, troco, pagamento, lucro, prejuízo...) 
Apresentamos a proposta de um lanche coletivo (imaginário) e escolhemos cinco 
produtos para esse lanche (arroz, feijão, tomate, café e açúcar) mostramos três folhetos de 
supermercado, lendo, comparando e anotando todos os dados no quadro branco. Somamos o 
valor dos cinco produtos no “supermercado A”, “no supermercado B” e no “supermercado 
C”, comparamos os preços para saber qual é o supermercado mais barato e o mais caro, 
sempre assinalando e anotando os resultados. Calculamos a diferença entre o mais barato e o 
mais caro e fazemos a seguinte anotação “Comprando no supermercado... economizamos 
R$...” Enfatizamos qual foi o mais barato e formamos um grupo (3 professoras). Fazemos 
então a seguinte questão “Se fizermosnossa compra no supermercado mais barato e 
dividirmos o valor da compra entre os participantes do grupo quanto cada um gastará, no 
nosso lanche coletivo?” Fizemos o cálculo e registramos as informações no quadro branco. 
Dividimos os alunos em grupos de 5, distribuímos 3 folhetos para cada grupo e pedimos para 
que cada grupo refaça o exercício de acordo com os preços dos folhetos que receberam e 
quantidade de pessoas no seu grupo, escolhendo produtos similares de sua preferência. Os 
alunos refazem a atividade, em seus cadernos, utilizando o modelo feito no quadro branco 
como referência. Ficamos a disposição para auxiliar, explicar e tirar dúvidas conforme a 
necessidade de cada aluno. Ao término da atividade, apagamos o exemplo do quadro e cada 
grupo escolhe um representante para anotar seus resultados no quadro branco. Após todos os 
grupos se apresentarem, interpretamos os resultados para ver o que cada grupo comprou, qual 
mercado escolheu e qual grupo gastou menos. 
Desenvolvi meus planos com conteúdo alinhado ao currículo feito pela professora 
regente, participei ativamente das aulas desenvolvidas por ela, dando o apoio solicitado dentro 
de minhas possibilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os objetivos propostos para este Estágio foram alcançados, vivenciei na prática as disciplinas 
aprendidas na teoria (simultaneamente, o que facilitou o processo), tendo uma visão mais 
ampla de como atuar como futuro pedagoga. Tive o apoio das professoras, da secretária, 
que foi muito solicita e nos orientou no início do estágio, e da diretora da escola. Foi 
necessário providenciar alguns materiais e recursos que foram utilizados nas aulas 
ministradas. Em alguns momentos, as professoras precisam trabalhar além de suas 
atribuições e investir recursos financeiros próprios, nada que seja impossível ou caro 
demais, mas é necessário ter sempre generosidade, empatia, dinamismo, criatividade, 
profissionalismo e flexibilidade para ser pedagogo. 
Ser professor nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é ser mediador no processo 
de ensino aprendizagem, sendo uma referência de comportamento e não detentor do 
conhecimento, buscando sempre atualizações de acordo com as necessidades dos alunos. É 
necessário estar atento às mudanças que ocorrem na sociedade atual, pois os alunos nessa 
faixa etária estão ligados no que acontece ao seu redor e tem dúvidas que vão além do 
conteúdo estudado, é preciso estar preparado para sanar essas dúvidas de forma didática, sem 
expor sentimentos ou preferencias pessoais, de forma neutra e imparcial para que o aluno tire 
conclusões por si só, baseadas em fatos e informações, não em opiniões. 
O trabalho realizado foi fundamental, na vida pessoal e na vida profissional, já que 
aprendi na prática como conduzir as aulas, a me relacionar com meus colegas de trabalho, 
com os alunos e seus familiares e como superar algumas dificuldades presentes no trabalho 
escolar, respeitando regras e hierarquias no ambiente escolar. Aprendemos que o aluno é o 
centro do processo de ensino aprendizagem. E aprendemos que a rotina escolar nem sempre 
acontece conforme o que planejamos, é necessário pensar sempre além dos planos, já que 
lidamos diariamente com pessoas, que tem emoções, ideias e necessidades que podem mudar 
ao longo do tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS 
 
BRASIL - Lei de Diretrizes e Bases, art.29. 
 
BRASIL – Matriz Curricular, p.27 
 
BRASIL - Lei nº 12.796, de 2013 
 
BETTELHEIN, Como amar uma criança, 1997, p.05 
 
FRIEDMANN ADRIANA p.47, O brincar na educação infantil 
 
MORI – 2003, p.188 
 
REFERENCIAL CURRICULAR, 1998, p.22 
 
REFERENCIAL CURRICULAR - 1998, p. 4

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