Buscar

Serotonina e Noradrenalina no transtorno depressivo (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A FUNCIONALIDADE DOS
NEUROTRANSMISSORES NO
TRANSTORNO DEPRESSIVO
SEROTONINA E NORADRENALINA
UNIDADE: UPE – CAMPUS GARANHUNS
CURSO: BACHARELADO EM PSICOLOGIA
COMPONENTE CURRICULAR: F ISIOLOGIA DOS SISTEMAS
DOCENTE: SINARA MÔNICA VITALINO DE ALMEIDA
DISCENTE: VIVIAN ARAÚJO FREITAS
 
O QUE É A DEPRESSÃO?
 A depressão é um distúrbio de humor caracterizado por uma sensação persistente de
tristeza ou perda de interesse que caracteriza a depressão pode levar a uma variedade de
sintomas físicos e comportamentais, como: alterações no sono, apetite, nível de energia,
concentração, comportamento diário ou autoestima, além de ser associada a pensamentos,
planos ou tentativas suicidas. As causas de tal distúrbio são variadas e podem vir de uma
combinação de origens biológicas, psicológicas e sociais de angústia. Tais fatores podem
causar mudanças na função cerebral, incluindo alteração na atividade de determinados
circuitos neuronais no cérebro, esses são os neurotransmissores. 
A QUÍMICA NA DEPRESSÃO
 Quando uma pessoa está deprimida, é porque as regiões do cérebro que
lidam com emoções negativas estão sofrendo alterações químicas que
desencadeiam uma dificuldade de lidar com todos esses sentimentos
negativos. O cérebro usa os neurotransmissores, substâncias produzidas
pelos neurônios, para enviar informações para outras células. Os principais
neurotransmissores envolvidos na depressão são a serotonina e a
noradrenalina. Quando há um desequilíbrio na produção delas, a doença se
instala.
COMO FUNCIONAM OS
NEUROTRANSMISSORES. 
 Os impulsos nervosos ao passarem de um neurônio para
outro,através do axônio, precisam atravessar a fenda
sináptica (espaço entre neurônios). Para isso, precisam de
uma “ponte”, função daqueles que chamamos de
neurotransmissores. Esses, são substâncias produzidas
pelos neurônios. Essas substâncias são liberadas quando o
axônio de um neurônio pré-sináptico é excitado. Estas
substâncias, então viajam pelas sinapse até a célula alvo, 
 a inibindo ou a excitando. A disfunção na quantidade
produzida e utilizada de neurotransmissores está
intimamente ligada a depressão.
SEROTONINA NORADRENALINA
 A hipótese das monoaminas diz que a redução de monoaminas (noradrenalina,
serotonina e dopamina) na fenda sináptica é responsável por desencadear sintomas de
depressão. Desse modo, acredita-se que pacientes deprimidos possuem uma
diminuição desses neurotransmissores. Nessa apresentação estudaremos o
funcionamento dos neurotrasmissores Noradrenalina e Serotonina.
A SEROTONINA 
 O hormônio Serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT) faz parte do grupo
monoamina neurotransmissora e é produzida em dois locais principais em
nosso organismo: no Sistema Nervoso Central (SNC), pelos neurônios
serotoninérgicos dos núcleos da rafe, e no trato gastrointestinal, pelas
células enterocromafins (células de Kulchitsky). A serotonina também se
encontra em vários cogumelos e plantas, incluindo frutas e vegetais.
Acredita-se que ela realiza o papel ,no sistema nervoso central, de
neurotransmissor na inibição da ira, agressão, temperatura corporal,
humor, sono, vômito e apetite. Estas inibições estão diretamente
relacionadas com os sintomas da depressão. Seu local de
armazenamento principal são as plaquetas na circulação sanguínea. Sua
produção se dá principalmente pela manhã e na presença de luz solar,
que, ao penetrar pela retina, estimula a liberação de serotonina.
ESTRUTURA QUÍMICA 
DA SEROTONINA
 Como a maioria dos hormônios produzidos em nosso
organismo ela necessita de um substrato para ser
produzida. O substrato necessário para produção da
serotonina é o aminoácido triptofano. Obtido por meio da
alimentação, encontrado em alimentos como: chocolate
preto, vinho tinto, banana, abacaxi, cereais integrais,
castanha do Pará, leite, tomate, e carnes magras. Além de
se ter o substrato para a produção, estímulos internos ou
externos podem alterar a produção. Nas mulheres, os
hormônios produzidos pelos ovários (estrogênio e
progesterona) alteram a produção da serotonina, e, assim,
alterações em tais hormônios podem afetar a síntese
serotoninérgica.
ATUAÇÃO DA SEROTONINA
E SEUS RECEPTORES
 Após ser produzida, tanto no SNC ou seja no trato gastrointestinal, a
serotonina é liberada e atua em seus receptores, os receptores de 5–HT. Cerca
de 7 famílias de receptores 5-HT1, 5-HT2, 5-HT3, 5-HT4, 5-HT5, 5-HT6 e 5-HT7.
Além das 7 famílias, muitas possuem subtipos de receptores, o que gera ao final
um número ainda maior de receptores nos quais a serotonina atua. Com
exceção do 5-HT3, que é um receptor ionotrópico, ou seja, ligado a um canal
iônico, os demais são receptores metabotrópicos, associados à proteína G.
Cada um desses receptores é expresso em um determinado local, e atuam de
formas distintas. As principais ações da serotonina em nosso organismo são
inibitórias. Muitos dos receptores quando estão ativos provocam efeitos
maléficos ao nosso organismo, por exemplo, quadros de ansiedade e
depressão.
FUNÇÕES DOS RECEPTORES
-O receptor 5-HT1 é acoplado a proteína Gi, ou seja, têm caráter inibitório.
-O receptor 5-HT2 é acoplado a proteína Gq, e é relacionados ao comportamento, envolvidos na
termorregulação, controle do sono e fome, humor e aprendizado
 -O subtipo 5-HT 2A, é acoplado à proteína G, está presente na musculatura lisa, plaquetas e
córtex cerebral. E é envolvido na contração do músculo liso traqueal.
 -O subtipo 5-HT 2C, é acoplado à proteína G, possui ação reguladora do humor, ansiedade,
alimentação, e comportamento reprodutivo. Além de regular a liberação de dopamina no SNC.
-O receptor 5-HT 3, é acoplado a um canal iônico, permitindo despolarização e excitação neuronal.
Controlam a atividade emética (controle do vômito).
-O receptor 5-HT4, é acoplado à proteína G. É relacionado ao aumento do peristaltismo, contração
da musculatura lisa vesical, e a contração dos átrios. É relacionado, também, à memória e a
aprendizagem. Além de ter relação na redução da atividade do sistema de recompensa.
-O receptor 5-HT 6, é acoplado à proteína G. É envolvido no controle da cognição, peso corporal,
alimentação, ansiedade, memória, convulsões e estado afetivo.
COMO A AÇÃO DE ALGUNS RECEPTORES PODEM
INFLUENCIAR NOS TRATAMENTOS FARMATOLÓGICOS
 Dentre todas as famílias de receptores da serotonina, alguns possuem uma considerável
importância, e atuam inclusive como alvos farmacológicos. Por exemplo: os receptores da
família 5-HT 2A por estarem presentes também no córtex cerebral, podem ser utilizados para
tratamento de sintomas depressivos, ansiedade e pânico, onde realiza- se o bloqueio de tais
receptores, por meio de antagonistas (nefazodona e mirtazapina); Já o subtipo, 5-HT 2C, por
regular a liberação de dopamina no SNC controla a liberação de substâncias agonistas (por
exemplo, Lorcaserina) o que incentiva o aumento de ansiedade e depressão. Além disso,
quando se utilizam substâncias antagonistas (como amitriptilina, clozapina e risperidona),
percebe-se benefícios no tratamento de depressivos. Os receptores 5-HT4, por se relacionar
à redução da atividade do sistema de recompensa, seu bloqueio pode ser utilizado para
redução do alcoolismo e do uso de drogas, que influênciam no estado depressivo.
COMO A FALTA DE SEROTONINA AFETA O
ESTADO DEPRESSIVO
 Quando há queda das concentrações de serotonina observamos sintomas como:
mau humor, sonolência ao longo do dia, diminuição do desejo sexual, aumento do
desejo de ingerir alimentos (polifagia) levando ao aumento de peso, distúrbios de
memória, aprendizado e concentração, e intensa irritabilidade. Além do aumento da
tristeza e isolamento social e perda do ânimo, o que varia em intensidade, e pode
chegar a depressão. Esses são sinais e sintomas que devem alertar quanto à
necessidade de aumentar os níveis de serotonina, seja pela alimentação, por atividade
física, ou ainda por uso de medicamentos que promovam esseaumento. Os inibidores
seletivos da recaptação de serotonina são muito utilizados, pois inibem a recaptação
da serotonina, mantendo-a na fenda e com isso aumentando sua atuação.
A NORADRENALINA 
A noradrenalina faz parte de um grupo de hormônios amina sintetizados a
partir do aminoácido tirosina. É produzida pela medula suprarrenal e atua
em situações de estresse de curta duração. Também é sintetizada no
sistema nervoso e, nesse caso, atua como um neurotransmissor, exercendo
papel excitatório no sistema nervoso autônomo. Os neurônios pós-
ganglionares da divisão simpática são responsáveis por produzir
noradrenalina. Quando em déficit, ela parece estar associada ao
problema da depressão. Um dos efeitos mais conhecidos da
noradrenalina é o de provocação aumento da pressão arterial. A
noradrenalina também possui efeito inotrópico positivo, ou seja, ela possui
a capacidade de aumentar a força de contração do coração. A
noradrenalina é também relacionada com nossa capacidade de ficar em
alerta e ter uma boa memória.
 O substrato necessário para produção da
Noradrenalina é o aminoácido tirosina. Obtido por
meio da alimentação, encontrado em alimentos
como: Ovos, Peixes , carnes, nozes, castanhas,
Abacate, Ervilhas, feijão, Centeio e cevada. Por
também fazer parte das monoaminas (junto com a
serotonina e a dopamina), seu déficit influência na
ocorrência da depressão. A noradrenalina é
importante na capacidade do corpo de reconhecer
e responder ao estresse. A diminuição dos níveis de
noradrenalina freqüentemente sofrem de
instabilidade emocional. Por esse motivo, alguns
pacientes apresentam melhora significativa dos
sintomas de depressão quando os níveis de
norepinefrina aumentam.
A QUÍMICA DA 
NORADRENALINA
ATUAÇÃO DA NORADRENALINA
E SEUS RECEPTORES
 Os receptores adrenérgicos ou adrenorreceptores pertencem à classe de
receptores ligados à proteína G e que são alvos das catecolaminas (como a
noradrenalina). Após ser produzida, tanto pela medula suprarrenal quanto pelo
sistema nervoso, a noradrenalina é liberada e atua em seus receptores, que
são: α1, α2 e β1. 
-O receptor α1 atuna na vasoconstrição, no aumento da resistência periférica,
e da pressão arterial, dilatação da pupílarela e rexamento da musculatura lisa,
secreção salivar e glicogenólise.
-O receptor α2 atua na inibição da liberação de noradrenalina e na inibição
da liberação de insulina.
-O receptor β1 atua na taquicardia, no aumento da lipóllise, no aumento da
contratilidade do miocárdio e no relaxamento muscular.
TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS LIGADOS
COM A RECAPTAÇÃO DE NORADRENALINA
 Através dos Inibidores de recaptação de noradrenalina (tais quais bupropiona
,desvenlafaxina, duloxetina, levomilnaciprano, venlafaxina e vortioxetina). Que são um
tipo de fármaco que atua como um inibidor da recaptação da noradrenalina,
bloqueando a ação do transportador de norepinefrina. Isso, por sua vez, leva ao
aumento das concentrações extracelulares de norepinefrina e, portanto, aumentam a
neurotransmissão adrenérgica. Os IRNs são comumente usados como antidepressivos
para o tratamento de transtorno depressivo maior. É importante mencionar que os NRIs
sem propriedades combinadas de inibidor de recaptação de dopamina (DRI) não são
significativamente recompensadores e, portanto, o potencial de abuso é considerados
como significativamente menor. No entanto, a norepinefrina pode agir sinergicamente
com a dopamina quando as ações nos dois neurotransmissores são combinadas.
A IMPORTÂNCIA DE SABER QUE OS
NEUROTRANSMISSORES DESREGULADOS
CAUSAM A DEPRESSÃO. 
 Tal importância está principalmente no fato de se dar uma explicação biológica
para o problema. Através da explicação da falha de tais neurotransmissores podemos
provar que a depressão é um disturbio mental real, é uma doença. Saber que a
depressão tem uma origem biológica ajuda tanto o deprimido quanto sua família e
amigos a ter mais empatia em relação a doença. O paciente não adquire tanta culpa,
e os entes queridos são capazes de ver a depressão numa perspectiva mais solidária.E
compreender que ela é uma doença. O entendimento biológico da doença é
importante também na hora de buscar ajuda, partindo do pensamento que: se é uma
doença ela precisa ser tratada como tal. Mas acima de tudo, tal importância está na
ajuda que tal conhecimento trás para o tratamento do paciente.
 POR FIM
 A depressão é uma doença grave por afetar todas as áreas da vida do indivíduo que
sofre diversas alterações que levam ao comprometimento do cotidiano.A depressão pode
ocorrer por algumas causas como: genética , eventos vitais, e a bioquímica cerebral. O
tratamento para a depressão geralmente é medicamentoso (por exemplo, aumentando as
concentrações de serotonina e na recaptação da noradrenalina) e psicoterápico. A fim
de prevenir a depressão, é importante que tenha-se uma alimentação saudável e variada
(consumir fontes de triptofano, por exemplo), prática de atividade física, ter uma boa
rotina de sono, controlar as atividades estressantes, ter momentos felizes realizando
atividades prazerosas.
Obrigada pela atenção!

Continue navegando