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AGRAVO DE INSTRUMENTO CIVIL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ______. 
 
 
Agravante: JOÃO 
Agravado: PAULO 
Proc. de origem nº. _____– 00ª Vara de Família da Cidade_____ 
Ação de Alimentos 
 
 
JOÃO, menor impúbere, já qualificado nos autos, representado por sua genitora, não se 
conformando, venia permissa maxima, com a r. decisão interlocutória que acolhera 
parcialmente pleito de alimentos provisórios, essa proferida nos autos de Ação de 
Alimentos em face de PAULO, razão qual vem, o devido respeito a Vossa Excelência, 
interpor o presente recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO com guarida no art. 
1.015, inc. I, do Código de Processo Civil, em razão das justificativas abaixo 
evidenciadas. 
 
NOMES DOS ADVOGADOS 
 
O Agravante informa o(s) nome(s) e endereço(s) dos advogados habilitados nos autos, 
aptos a serem intimados dos atos processuais (CPC, art. 1.016, inc. IV): 
DOS AGRAVANTES: XXXXXXXXXXXX 
 
DO AGRAVADO: XXXXXXXXXXXXXX 
 
DA TEMPESTIVIDADE 
O patrono da parte Agravante fora intimado da decisão atacada na data de XX de XXX 
de XXXX, consoante se vê da certidão ora acostada. (CPC, art. 1.017, inc. I). 
Deste modo, conforme o estabelecido no art. 1019, inciso II, do Código de Processo Civil, 
o presente recurso merece seguimento diante da interposição dentro do prazo recursal 
estabelecido. 
 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
O agravante deixa de recolher as taxas judiciárias, nos termos do artigo 1.017, §1º do 
CPC, tendo em vista que é beneficiário da gratuidade judicial, conforme R. Decisão 
Prolata pelo Juízo a quo; 
 
DA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO 
Conforme estabelecido no artigo 1.017, §5º do CPC, tendo em vista que os autos são 
eletrônicos, deixa o agravante de apresentar os documentos relacionados nos incisos I e 
II do caput do referido artigo; 
 
Diante disso, pleiteia-se o processamento do presente recurso, sendo o mesmo distribuído 
a uma das Câmaras Cíveis deste Egrégio Tribunal de Justiça (CPC, art. 1.016, caput). 
 
Termos em que 
Pede deferimento 
 
Local, data 
 
Advogada 
OAB/XX nº 
 
 
 
 
RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
AÇÃO DE ALIMENTOS 
Agravante: JOÃO 
Agravado: PAULO 
Vara de Origem: XXXXX 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXX 
 
PRECLARO RELATOR 
 
1. DOS FATOS 
O agravante JOÃO, menor, representado por sua genitora XXX, ajuizou ação de 
alimentos contra seu genitor PAULO. 
Na exordial, o pedido de alimentos provisórios foi fixado em 30% dos rendimentos 
líquidos do réu, incidindo sobre o 13º salário e o terço constitucional de férias, tendo em 
vista que, Paulo trabalha registrado e recebe remuneração mensal em torna de R$ 
3.000,00, mais comissões e participação nos lucros. 
O magistrado a quo acolhera parcialmente o pedido. Com isso, fixou os alimentos 
provisórios em 30% do salário-mínimo vigente, negando a possibilidade da incidência 
dos alimentos sobre o 13º salário e o terço constitucional. 
 
A DECISÃO RECORRIDA 
 
De bom alvitre que evidenciemos, em síntese, a decisão interlocutória hostilizada, in 
verbis: 
 
“[...] defiro parcialmente o pedido e fixo os alimentos provisórios em 
30% do salário-mínimo vigente [...] mesmo se a pensão tivesse sido 
fixada com base no salário de Paulo, não haveria a incidência dos 
alimentos sobre o 13º salário e o terço constitucional de férias, sob o 
fundamento de que não caracterizam verbas de caráter habitual e 
permanente”. 
 
Eis, pois, a decisão interlocutória guerreada, a qual, sem sombra de dúvidas, concessa 
venia, deve ser reformada. 
 
2. RAZÕES 
 
ERROR IN JUDICANDO (CPC, art. 1.016, inc. II) 
Cabe preliminarmente analisar à interpretação do artigo 400 do Código Civil, in verbis: 
 
“Art. 400. Os alimentos devem ser fixados na proporção das 
necessidades do alimentante e dos recursos da pessoa obrigada” 
 
A despeito da generalidade e imprecisão da regra aludida, que atribui ao juiz o encargo 
de fixar a prestação alimentícia embasado no exame do caso concreto, esta decisão, 
conquanto discricionária, não pode ser arbitraria, devendo pautar-se nos parâmetros 
legais, sob pena de ilegalidade. O entendimento explícito dos tribunais é de que os 
alimentos incidam sobre os rendimentos líquidos do alimentante, isto é, as verbas pagas 
em caráter habitual, incluídas permanentemente no salário do empregado, se excluindo 
apenas a participação de lucros por se tratar de verba transitória e desvinculada da 
remuneração habitual. Como bem se observa na jurisprudência a seguir: 
 
RECURSO ESPECIAL. ALIMENTOS. BASE DE CÁLCULO. 
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. VERBAS INDENIZATÓRIAS. 
EXCLUSÃO. ART. 7º, XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
REMUNERAÇÃO. DESVINCULAÇÃO. ARTIGO 3º DA LEI Nº 
10.101/2000. 1. Recurso especial interposto contra acordão publicado 
na vigência do Código de Processo Civil de 1973 (Enunciados 
Administrativos nº 2 e 3/ STJ). 2. Os alimentos incidem sobre verbas 
pagas em caráter habitual, aquelas incluídas permanentemente no 
salário do empregado, ou seja, sobre vencimento, salários ou 
proventos, valores auferidos pelo devedor no desempenho de sua 
função ou de suas atividades empregatícias, decorrentes dos 
rendimentos ordinários do devedor. 3. A parcela denominada 
participação nos lucros (PLR) tem natureza indenizatória e está 
excluída do desconto para fins de pensão alimentícia, porquanto verba 
transitória e desvinculada da remuneração habitualmente recebida 
submetida ao cumprimento de metas e produtividade estabelecidas pelo 
empregador. 4. A participação de que trata o art. 2º não substitui ou 
complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem 
constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, consoante 
preceitua o art. 3º da Lei nº 10.101/2000. 5. A percepção do PLR não 
produz impacto nos alimentos, ressalvadas as situações em que haja 
alteração superveniente do binômio necessidade e possibilidade, 
readequação que deve ser analisada no caso concreto. 6. Recurso 
especial provido. 
(STJ – Resp: 1719372 SP 2018/0012110-4, Relator: Ministro 
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 05/02/2019, 
T3 – TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 01/03/2019) 
 
Sendo assim, a decisão arbitraria do magistrado, pautada sob o fundamento de que 13º 
salário e o terço constitucional de férias não caracterizam verbas de caráter habitual e 
permanente, está totalmente equivocada, sem embasamento jurisprudencial. 
Nesse diapasão, os alimentos fixados com base no salário-mínimo vigente ao invés do 
rendimento líquido do réu lesam os direitos disposto do Agravante, lhe causando 
prejuízos quanto sua condição de sobrevivência. Para culminar, não houve qualquer 
comprovação do Agravado quanto a incapacidade financeira de arcar com o pedido feito 
na exordial, sendo totalmente infundada a decisão. Nesse sentido: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação de alimentos c/c guarda. 
Alimentos provisórios fixados em 20% da renda auferida pelo genitor 
da menor. Insurgência do réu. Percentual arbitrado de acordo com o 
binômio necessidade/possibilidade. Recorrente que não logrou 
comprovar a alegada incapacidade financeira para arcar com a 
prestação no percentual estabelecido pela magistrada de piso. Redução 
que trará graves prejuízos à alimentanda, menor com apenas um ano 
de idade. Manutenção do decisum. Recurso conhecido e não provido, 
por unanimidade. (TJSE; AI 201900833926; Ac. 2431/2020; Segunda 
Câmara Cível; Rel. Des. Luiz Antônio Araújo Mendonça; DJSE 
17/02/2020) 
 
Diante disso, ou seja, face à carência de fundamentação, mostra-se necessária a anulação 
do decisum combatido, e, por tal motivo, seja proferida nova decisão (CPC, art. 1.013, § 
1º), concedendo o pedido realizado na inicial Ação de Alimentos. 
 
3. DO PEDIDO 
Requer que o presente recurso seja RECEBIDO, CONHECIDO E PROVIDO, para o 
fim de fixação em 30% dos rendimentos líquidos do réu, incidindo sobre o 13º salário e 
o terço constitucionalde férias 
Solicito, ainda, caso este seja o entendimento de Vossa Excelência, a requisição de 
informações, no prazo legal, ao juiz da causa, bem como, se for o caso a intimação do 
agravado, nos termos do artigo 527, III, do Código de Processo Civil 
O agravado seja intimado no prazo de 15 (quinze) dias, conforme estabelece o artigo 
1.019, II, do Código de Processo Civil; 
 
Termos em que 
Pede deferimento 
 
Local, data 
 
Advogada 
OAB/XX nº

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