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AV1 DIREITO CIVIL 2

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Universidade Estácio de Sá – Campus Sulacap 
Av1 Direito Civil II – Profª Roberta Santos 
Gabriel Carlos Magno da Silva - 201908655909 
1) Jonas, médico dermatologista, atende a seus pacientes em um consultório particular 
em sua cidade. Ana Maria, após se consultar com Jonas, passou a utilizar uma pomada 
indicada para o tratamento de micoses, prescrita pelo médico. Em decorrência de uma 
alergia imprevisível, sequer descrita na literatura médica, a pele de Ana Maria 
desenvolveu uma grave reação à pomada, o que acarretou uma mancha avermelhada 
permanente e de grandes proporções em seu antebraço direito. 
Indignada com a lesão estética permanente que sofreu, Ana Maria decidiu ajuizar ação 
indenizatória em face de Jonas. Tomando conhecimento, contudo, de que Jonas havia 
contratado previamente seguro de responsabilidade civil que cobria danos materiais, 
morais e estéticos causados aos seus pacientes, Ana Maria optou por ajuizar a ação 
apenas em face da seguradora. 
A respeito do caso narrado, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. ( XXVI 
EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2018.2) 
A) Provada a ausência de culpa de Jonas, poderia Ana Maria ser indenizada? 
R: Não. Os profissionais liberais (particulares), tem suas responsabilidades subjetivas e, 
sendo assim, terá que ser preciso ter a culpa do causador do dano, assim como previsto 
nos artigos 948 a 950 CC e artigo 14 § 4º CDC. 
B) A demanda proposta por Ana Maria em face da seguradora preenche elementos 
suficientes para ter seu mérito apreciado? 
R: Não. Há uma demanda ausente no caso proposto, é a legitimidade passiva, expressa 
no artigo 17 caput do CPC. Bem como a Responsabilidade Civil, ressalvada no artigo 
787 do CC, que diz que o terceiro prejudicado, é vedado ajuizar ação exclusivamente 
em face da seguradora. Assim também dita a Súmula 529 do STJ. 
2) Murilo precisou se submeter a procedimento cirúrgico de emergência. Foi operado 
por médico de sua confiança e pela equipe por ele indicada, nenhum dos quais era 
preposto do hospital onde ocorreu o procedimento. Durante a cirurgia, uma grave lesão 
foi causada ao intestino do paciente, o que provocou sérias complicações no período de 
convalescença. Murilo ficou internado em estado grave por vários meses, mas, 
felizmente, conseguiu se recuperar sem nenhuma sequela do ocorrido. 
Uma vez recuperado, ele decide ajuizar ação indenizatória por danos materiais e morais 
em face do médico que o atendeu. Na inicial, o autor pretende a produção de prova 
pericial, para demonstrar a imperícia do médico. 
Por meio de decisão interlocutória, porém, o juízo indeferiu o pedido de produção 
probatória, ao argumento de que, tratando-se de relação de consumo, a responsabilidade 
do médico é objetiva e, portanto, não seria relevante determinar se o profissional fora 
imperito. 
Diante do caso narrado, responda às questões a seguir.( XXV EXAME DE ORDEM 
UNIFICADO (2018.1) Definitivo (Reaplicação Porto Alegre/RS) 
A) Há razão no argumento apresentado pela decisão que denegou a produção de prova 
pericial? 
R: Não. A responsabilidade civil do profissional de medicina, bem como os demais 
profissionais liberais, está prevista no artigo 951 do CC e no artigo 14 § 4º do CDC. 
Inadequada, portanto, a invocação do regime de responsabilidade civil independente da 
culpa. 
B) Qual é a via adequada para Murilo impugnar a decisão que lhe foi desfavorável? 
R: Murilo deverá suscitar a questão como preliminar em eventual recurso de apelação 
nos termos do artigo 1.009, § 1º do NCPC. 
3) Marcos estacionou seu automóvel diante de um prédio de apartamentos. Pouco 
depois, um vaso de plantas caiu da janela de uma das unidades e atingiu o veículo, 
danificando o para-brisa e parte da lataria. Não foi possível identificar de qual das 
unidades caiu o objeto. O automóvel era importado, de modo que seu reparo foi custoso 
e demorou cerca de dez meses. 
Dois anos e meio depois da saída do automóvel da oficina, Marcos ajuíza ação 
indenizatória em face do condomínio do edifício. 
De acordo com o caso acima narrado, responda fundamentadamente às questões a 
seguir. 
A) Considerando que o vaso de plantas caiu da janela de apenas um dos apartamentos, 
pode o condomínio alegar fato exclusivo de terceiro para se eximir do dever de 
indenizar? 
R: Trata-se se hipótese de chamada de causalidade alternativa, em que é possível saber 
que um ou alguns dos membros de um grupo determinado de pessoas deu causa ao 
dano, mas não é possível identificar o efetivo causador. No caso concreto, não sendo 
possível identificar, desde logo, o apartamento de onde efetivamente caiu o objeto, o 
legislador autoriza expressamente a responsabilização de todos os condôminos, nos 
termos do artigo 938 do Código Civil, ao prever a imputabilidade não apenas ao único 
morador do prédio, bem como do morador de parte de dele. 
B) Após a contestação, ao perceber que a pretensão de Marcos está prescrita, pode o 
juiz conhecer de ofício dessa prescrição se nenhuma das partes tiver se manifestado a 
respeito? 
R: A pretensão encontra-se prescrita, aplicando-se a hipótese o prazo trienal disposto no 
artigo 206, § 3º, V do Código Civil, contado da data do evento danoso. Trata-se de 
matéria que pode ser conhecida de ofício pelo julgador (artigo 487, II do CPC). No 
entanto, após a contestação da lide pelo réu, não se autoriza ao juiz conhecer a 
prescrição sem antes oportunizar a manifestação das partes. 
4) Após sofrer acidente automobilístico, Vinícius, adolescente de 15 anos, necessita 
realizar cirurgia no joelho direito para reconstruir os ligamentos rompidos, conforme 
apontam os exames de imagem. Contudo, ao realizar a intervenção cirúrgica no Hospital 
Boa Saúde S/A, o paciente percebe que o médico realizou o procedimento no seu joelho 
esquerdo, que estava intacto. Ressalta-se que o profissional não mantém relação de 
trabalho com o hospital, utilizando sua estrutura mediante vínculo de comodato, sem 
relação de subordinação. 
Após realizar nova cirurgia no joelho correto, Vinícius, representado por sua mãe, 
decide ajuizar ação indenizatória em face do Hospital Boa Saúde S/A e do médico que 
realizou o primeiro procedimento. 
Em face do exposto, responda aos itens a seguir. (XXIII EXAME DE ORDEM 
UNIFICADO (2017.2) 
A) Na apuração da responsabilidade do hospital, dispensa-se a prova da culpa médica? 
R: Não. A responsabilidade pessoal do profissional liberal “será apurada mediante a 
verificação da culpa”, como prevê o Art. 14, § 4º, do CDC. A inclusão do hospital, que 
responde objetivamente, na forma do Art. 14, caput, do referido diploma, não tem o 
condão de dispensar a prova da culpa médica. Desse modo, o hospital responde 
solidária e objetivamente, dispensado a prova de sua culpa na causação do dano, mas 
depende da comprovação da culpa do médico, na forma do Art. 14, § 4º, da Lei nº 
8.078/90. 
B) O procedimento do juizado especial cível é cabível? 
R: Não. Na forma do Art. 8º, caput, da Lei nº 9.099/95, “não poderão ser partes, no 
processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito 
público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil”. Como o 
autor da ação é um adolescente de 15 anos, trata-se de pessoa absolutamente incapaz, na 
forma do Art. 3º do CC, motivo pelo qual deve buscar a Justiça Comum para o 
ajuizamento da demanda. 
5) Patrícia e sua vizinha Luiza estão sempre em conflito, pois Nick, o cachorro de 
Luiza, frequentemente pula a cerca entre os imóveis e invade o quintal de Patrícia, 
causando diversos danos à sua horta. Patrícia já declarou inúmeras vezes que deseja 
construir uma divisória para evitar as constantes invasões de Nick, mas não quer 
assumir sozinha o custo da alteração, ao passo que Luiza se recusa a concordar com a 
mudança da cerca limítrofe entre os terrenos. Em determinado dia, Nick acabou preso 
no quintal de Patrícia que, bastanteirritada com toda a situação, recusou-se a devolvê-lo 
e não permitiu que Luiza entrasse em seu terreno para resgatá-lo. 
Sobre a situação descrita, responda aos itens a seguir.( XX EXAME DE ORDEM 
UNIFICADO (2016.2) 
A) Tendo se recusado a devolvê-lo, pode Patrícia impedir a entrada de Luiza em sua 
propriedade com o intuito de resgatar o cachorro? 
R: A questão envolve problema de limite entre prédios e direito de tapagem, bem como 
disposições sobre direitos de vizinhança constantes na seção do Código Civil que versa 
sobre o direito de construir. Com relação à primeira pergunta, não pode Patrícia impedir 
que Luiza entre em seu terreno, mediante aviso prévio, a fim de resgatar o cachorro 
Nick (Art. 1.313, II, do Código Civil), a não ser que o devolva por conta própria, o que 
não ocorreu no caso exposto. 
B) Com relação ao pleito de Patrícia acerca da divisória entre os imóveis, é possível 
exigir de Luiza a concordância com a alteração da cerca? Em caso positivo, de quem 
seriam os custos da colocação da nova divisória? 
R: Já se levando em conta o pleito de Patrícia sobre a alteração da divisória entre os 
imóveis, observa-se que esse direito pode ser exigido pelo proprietário de um terreno a 
fim de evitar a passagem de animais de pequeno porte, sendo responsável pelas 
despesas aquele que provocou a necessidade dos tapumes especiais, ou seja, no presente 
caso, Luiza (Art. 1.297, § 3º, do Código Civil).

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