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Resenha Crítica - Gerenciamento de Riscos - Estácio

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1 
Pública 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA 
DO TRABALHO 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
 
Matheus Ribeiro Rodrigues 
 
 
 
Trabalho da disciplina Gerenciamento de Riscos (NPG2119) 
Tutor: Prof. Márcio Jorge Gomes Vicente 
 
 
São Paulo-SP 
2020 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
2 
Pública 
 
GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM UMA EMPRESA DE 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Referência: 
SILVA, Emerson Cláudio; OLIVEIRA, Ualisson Rébula. Gerenciamento de riscos 
de acidentes em uma empresa de construção civil. XI Congresso Nacional de 
Excelência em Gestão. Agosto 2015. Disponível em: Trabalhos da disciplina 
Gerenciamento de Riscos (NPG2119) no sítio 
http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/sendWork . Acesso em: 29 de outubro de 
2020. 
 
INTRODUÇÃO 
 O Anuário Estatístico da Previdência Social 2013 (AEPS) apontou o total de 
432.254 acidentes de trabalho, sendo que 40.465, excetuando-se os acidentes de 
trajeto, ocorreram no setor de Construção. A análise e investigação de acidentes 
contém informações que colaboram para melhoria contínua dos processos de 
trabalho e das normas e procedimentos de prevenção de acidentes, desde que seja 
realizado um efetivo gerenciamento de riscos do processo de produção e que as 
causas básicas identificadas sejam tratadas assertivamente. 
Neste contexto, o presente estudo de caso trata da análise e tratamento de 
acidentes ocorridos numa empresa com foco na construção civil e montagem 
industrial em dois períodos distintos: 2011 e 2012 – com maior incidência; e 2013 e 
2014 – com redução do número de acidentes. A metodologia empregada utilizou os 
conceitos básicos e aplicações práticas de quatro técnicas de gerenciamento de 
risco reversa, uma vez que os acidentes já tinham ocorrido, e complementares entre 
si, com o objetivo de: identificar os setores da empresa em que o número de 
acidentes foi mais relevante; classificar e categorizar as causas básicas do setor 
com maior incidência de acidentes; e propor a inserção de medidas preventivas, 
como novas atividades, utilizando-se de mapeamento de processos dos subsetores 
mais relevantes daquele setor mais significativo em termos de acidentes. Para tanto, 
http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/sendWork
 
 
 
3 
Pública 
utilizou-se como dados a comunicação de acidente de trabalho (CAT) e as análises 
e investigações prévias realizadas pela empresa. 
 
DESENVOLVIMENTO 
A metodologia de falhas reversa, proposta neste estudo, teve início com a 
utilização da Análise de Árvore de Causa (ADC), a qual considera apenas os fatos 
concretos. Esta teoria das ramificações de eventos demostra a característica 
multifatorial do acidente, cuja análise realizada sob o ponto de vista estatístico, 
possibilita estimar sua probabilidade de ocorrência com base nas influências das 
variáveis, proporcionando ao investigador uma visão sistêmica, sem interpretações, 
juízo de valor ou culpa do empregado. 
De posse do banco de dados gerado pela análise dos acidentes, entendeu-se 
necessária a utilização de ferramenta com o objetivo de ordenar e representar 
visualmente os setores dos acidentes e quais suas causas básicas. Sendo assim, 
adotou-se a metodologia de Pareto, utilizando seu gráfico, composto da ordenação 
decrescente em forma de barras da quantidade de casos em cada categoria (setor 
ou causa básica), assim como de linha crescente contendo o percentual acumulado 
referente à representatividade de cada categoria. 
Neste escopo, foram analisados 127 acidentes com suas respectivas causas 
e, utilizando-se a metodologia de Pareto, percebeu-se que os setores com maior 
número de acidentes foram: civil (30%); andaime (20%); e estrutura metálica (10%). 
Utilizando o mesmo método para as causas básicas, percebeu-se que as três 
principais foram: falta de percepção de risco (20%); procedimento (13%); e falha no 
planejamento (13%) – todas estas causas voltadas para a condição psicofísica dos 
trabalhadores. 
Identificado o setor e as causas básicas com maior incidência de acidentes, 
reduziu-se o grupo de dados com o objetivo de classificar e categorizar os 
subsetores a fim de determinar os mais críticos. Para isso, foi aplicada a 
metodologia de Análise de Modos de Falha e Efeitos (Failure Mode and Effects 
Analysis – FMEA), a qual originalmente baseia-se na opinião de especialistas e 
informações históricas para prever as possíveis falhas potenciais de um sistema, 
 
 
 
4 
Pública 
com o objetivo de eliminar ou minimizar os modos de falha e riscos associados. No 
caso deste trabalho, a FMEA foi utilizada a partir dos acidentes, ou seja, do efeito 
indesejado, de modo que os modos de falha não foram elencados, mas sim as 
causas básicas que deram origem à falha, ou seja, aos acidentes de trabalho com e 
sem afastamento. 
Neste estudo, a FMEA foi utilizada apenas para o setor mais crítico definido 
na metodologia de Pareto, ou seja, civil. Para tanto, foi realizada a divisão deste 
setor em subsetores e identificadas as tarefas, assim como as causas básicas que 
deram origem ao acidente. Foram definidos os índices (escala de 1 a 10): 
probabilidade de falha de ocorrência (O); classificação de severidade (S); e detecção 
(D), este último baseado nos controles atuais empregados pela empresa. No caso 
do índice de ocorrência (O) levou-se em consideração o percentual que cada setor 
apresentou no gráfico de Pareto, utilizando-se como referencial máximo o número 6. 
Para a severidade (S) considerou-se que os acidentes sem afastamento teriam peso 
de 1 a 5 e que os acidentes com afastamento variariam de 6 a 9, ambos de acordo 
com a lesão sofrida, enquanto que acidentes fatais teriam peso 10. Já o índice de 
detecção (D) teve como critério o tipo de causa básica, adotando-se maior 
relevância sempre que a causa estivesse relacionada a um fator humano que não se 
mensura e controla, levando-se em consideração a frequência desta causa básica. 
Deste modo, foi calculado o número de prioridade de risco (RPN), composto pela 
multiplicação dos índices citados (portanto, variado de 1 a 1.000), e sua 
classificação definida: baixo (1 a 100); moderado (101 a 300); alto (301 a 1.000). Por 
fim, foram propostas ações corretivas e/ou preventivas para cada causa básica. 
Como resultado, observou-se que os subsetores mais críticos foram: concretagem 
(RPN máximo 294); e forma, escoramento, descimbramento e desforma (RPN 
máximo 252). 
Por fim, foram realizados os mapeamentos dos processos referentes a estes 
dois subsetores, utilizando-se seus fluxogramas do processo de produção, 
potencializando sua visão geral, além de terem sido incluídas ações preventivas 
específicas a serem implementadas com o objetivo de prevenir acidentes de 
trabalho. 
 
 
 
5 
Pública 
Concluiu-se que a metodologia proposta de aplicação reversa dos métodos 
de gerenciamento de riscos foi viável para a análise dos acidentes de trabalho da 
empresa. Ressalta-se a importância da ADC e do Pareto, que serviram de base para 
a criação da tabela da metodologia FMEA, a qual indicou que o comportamento e as 
condições psicológicas do trabalhador representam 80% das causas básicas dos 
acidentes do setor civil, considerado nesta metodologia, e consequentemente para a 
produção dos fluxogramas de processo, por meio dos quais foram sugeridas ações 
preventivas simples que colaboraram com um trabalho mais seguro. 
 
CONCLUSÃO 
O estudo de caso partiu do universo de todos os acidentes de trabalho 
ocorridos na empresa e propôs análise mais detalhada do setor com maior 
ocorrência e, posteriormente sugeriu modificações de processo dos subsetores 
considerados mais críticos. Tais alterações foram tanto de caráter geral como 
específico. As ações gerais, como a interpretação da atividade a ser executada e o 
planejamento de inspeções devem ser estendidas a todos os setores da empresa, 
aumentando-seo controle e reduzindo-se o risco de acidentes. 
A conclusão de que o fator humano foi a principal causa básica dos acidentes 
analisados com maiores detalhes (80%) pode ser melhor desenvolvida por meio do 
desmembramento desta causa básica até as causas raízes utilizando métodos como 
os cinco porquês ou o Diagrama de Ishikawa, por exemplo. O erro humano pode ser 
ocasionado por fatores como: falta de capacitação, falta de informação, condições 
ergonômicas desfavoráveis, falta de aptidão física ou mental, entre outros e a 
aplicação de metodologias específicas permitirão resoluções mais assertivas por 
meio de ações preventivas. 
A manutenção e a eficiência dos processos de produção podem ser obtidas 
através de um sistema de gestão integrado, utilizando-se ferramentas simples como 
o PDCA (Plan – Do – Check – Act ou Planejar – Fazer – verificar – Atuar), cujo 
objetivo é o desenvolvimento constante. Este método possibilita monitorar e 
incrementar novas ações preventivas ou até descobrir novas falhas durante o 
processo.

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