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LIBERDADE PROVISÁRIA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA xxxx VARA DO 
TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA DE xxx 
 
 
 
 
 
JAQUELINE DA SILVA, brasileira, estado civil, profissão, residente e domiciliada na 
rua xxx, nº xxx, bairro xxx, CEP nº xxx, município xxx, estado xxx, por seu advogado que 
esta subscreve vem, com fulcro no artigo 5.º inciso LXVI da Constituição Federal de 1988 e 
dos artigos 321 e 334, do Código de Processo Penal (CPP), requerer a LIBERDADE 
PROVISÓRIA COM FIANÇA, pelos motivos de fatos e de direito a seguir expostos. 
 
I. DOS FATOS 
 
A requerente foi presa em flagrante pelo suposto delito tipificado no artigo 121, do 
Código Penal pela autoridade policial em virtude de ter praticado o referido crime contra o seu 
companheiro Rodrigo Almeida. 
A requerente mantinha relação conjugal com o Rodrigo Almeidaa e em virtude de 
desconfiar que este estava traindo procurava provas que comprovasse as suas suspeitas no 
interior de sua residência, encontrando um bilhete com o número de telefone de outra mulher. 
A requerente, cega de ciúmes aguardou a vítima chegar do trabalho, quando ao avistar 
partiu para cima do mesmo e desferiu três facadas em seu peito, vindo este a falecer 
imediatamente. 
Desesperada com o acontecido e totalmente arrependida do ilícito que acabara de 
cometer, a requerente conta à sua vizinha o que acabara de praticar e pede que esta ligue para a 
polícia informando o fato e posteriormente com a chegada da polícia, presa em flagrante na 
cena do crime e, após realizada a perícia e remoção do cadáver, foi conduzida à delegacia onde 
foi autuada pelo ilícito penal. 
Acontece excelência que a requerente é primária, com bons antecedentes criminais, 
possui residência fixa e, apesar, da manifestação do parquet pela prisão preventiva, não se 
vislumbra, no caso em tela, os pressupostos para decretação de tal medida cautelar nos termos 
dos artigos 312 e 313, do Código de Processo Penal. 
 
II. DO DIREITO 
 
No caso em tela não estão presentes os requisitos para a decretação da prisão preventiva, 
conforme requisição do douto representante do Ministério Público, nos termos do artigo 312 e 
313, do Código de Processo Penal, c/c art. 321, em virtude da requerente ser primária, possuir 
bons antecedentes criminais e residência e endereços fixos. 
Ausentes os requisitos para manutenção da prisão preventiva, dado que a acusada se 
apresentou espontaneamente em virtude de ter requerido à sua vizinha que chamasse a polícia, 
o art. 321, Código de Processo Penal, concede a ela o direito de pleitear e ter garantida a sua 
liberdade provisória, o que no caso em tela, a nosso ver, seria o caminho mais correto, pois não 
há o que se falar em prisão em flagrante do agente que se apresenta espontaneamente à polícia. 
Ademais, em virtude de a requerente possuir bons antecedentes criminais, ser primária, 
possuir residência fixa e ter se apresentado espontaneamente é possível a decretação da 
liberdade provisória com o arbitramento de fiança, com fulcro no artigo 310, inciso III, do 
Código de Processo Penal, c/c os artigos 319 e 282, ambos do Código de Processo Penal. 
O Código de Processo Penal, no seu artigo 344, ainda garante a acusada o direito à 
fiança, sem a necessidade de oitiva prévia do MP, dado que o processo não transitou em julgado; 
pior, ainda se encontram em fase inquérito policial. 
 
III. DOS PEDIDOS 
 
Diante dos fatos apresentados, requer-se o indeferimento do pedido de prisão 
preventiva requerido pelo parquet, em virtude de não se vislumbrar os requisitos previstos nos 
artigos 312 e 313, do Código de Processo Penal e a CONCESSÃO A LIBERDADE 
PROVISÓRIA DA REQUERENTE COM O ARBITRAMENTO DE FIANÇA, nos termos 
do artigo 321, c/c o artigo 313, 319 e 324, todos do Código de Processo Penal, com a expedição 
do competente alvará de soltura da requerente 
 
Termos em que pede deferimento. 
 
Local e data, xxxx/xxxx/xxx 
 
Advogado. OAB/nº xxx .

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