Unidade IV - Introdução ao pensamento Sistêmico - Holístico e análise da paisagem - Meio Ambiente e Sociedade

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Estudos Sociais 
e Ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responsável pelo Conteúdo: 
Prof Ms Marcello Alves 
Introdução ao pensamento Sistêmico / Holístico e análise da 
paisagem - Meio Ambiente e Sociedade 
Material teórico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução ao pensamento Sistêmico / 
Holístico e análise da paisagem - Meio 
Ambiente e Sociedade 
O momento agora é de introdução ao um dos temas mais 
tratados na atualidade o pensamento Sistêmico que no dará 
suporte às analises ambientais, econômicas, espaciais e sociais 
e seu reflexo na paisagem como um todo. 
A proposta então é realizar as análises da forma mais ampla 
possível agregando o maior número de variáveis e baseando-
se em autores como: Capra, Maturana, Morin, Bertrand, 
Comune, Herrera, Metzger que buscaram conceber a 
realidade das análises através desta ótica. 
O presente material lhes apresentará um conjunto de textos, 
exercícios e imagens para reflexão e construção do pensar. 
 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
 
Vocâ sabia que a Sustentabilidade é um conceito sistêmico, 
relaciona que tem como base os aspectos econômicos, sociais, culturais e 
ambientais da sociedade humana? 
 
 
Na gestão de um modo em geral a visão sistêmica e holística vem sendo 
defendida, de forma paralela à evolução do conceito de globalização econômica. Neste 
sentido as empresa não são vista mais como um conjunto de departamentos que executam 
atividades isoladas, mas sim um corpo só, um sistema aberto em contínua interação? 
 
 
Como o arquiteto, o planejador urbano, os economistas, e administradores se 
inserem neste tema? 
 
 
Como planejar, organizar e compreender o território a partir da visão Sistêmica 
e Holística? 
 
 
Segundo o US CENSUS BUREAU, em 1960 o mundo tinha aproximadamente 
3 bilhões de habitantes, hoje conta com mais de 6 bilhões e com uma perspectiva para 
2020 de 8 bilhões. Estamos preparados para tamanhas mudanças? 
 
 
Contextualização 
 
 
 
 
 
Introdução à abordagem Sistêmica / Holística para os Estudos 
Ambientais e Sociais. 
 
 Os sistemas segundo Christofoletti (1979) são: 
 
“A organização do conjunto decorrente das relações entre os elementos, e o grau de 
organização entre eles. O que lhes confere o estado e a função de um todo e cada todo está 
inserido em um conjunto maior”. 
mas... 
 
Vocês perceberam que o tema inicial foi combinado 
com outra palavra? 
“Holística” 
 
 
 A palavra Holística vem do grego “hólos” e significa inteiro; 
composto. 
 
Segundo (Capra, 1999), A perspectiva holística da realidade é 
representada pela idéia de uma consciência transdiciplinar. Presente em todos 
os setores do conhecimento, ela diz respeito ao conjunto de saberes 
particulares, visando o entendimento acerca dos mecanismos de 
funcionamentos humano e físico. a compreensão do real, sob a ótica Sistêmica 
/ Holística, somente alcança uma definição, ainda que provisória, a partir da análise das 
interrelações com outros elementos, e não pelo método cartesiano, que "analisa o mundo em 
partes e organiza essas partes de acordo com leis causais”. 
Material Teórico 
 
 
O mundo em que vivemos passa por constantes transformações que muitas vezes com 
o dinamismo dos nossos dias, nos passam despercebidas. 
De acordo com Comune (1994), “Desde seu aparecimento na face da terra, o homem 
vem provocando diferentes interferências no meio em que vive. Num primeiro momento, ele 
se contentou simplesmente em viver no meio natural sem prejudicá-lo, sem alterar a paisagem 
que o rodeava. Em seguida, começou a modelar o meio, de inicio através da criação de 
animais e posteriormente , pelo plantio e pela agricultura” 
Herrera (1974) propõe que a idéia de que a escassez de recursos naturais 
pode por, eventualmente um limite ao crescimento humano não é nova e foi 
repetidamente exposta nos últimos séculos. 
E Comune (1994) contata que no passado à economia condicionou a 
utilização do meio ambiente, sem se preocupar com a degradação e exaustão de seus 
recursos, hoje é o meio ambiente que deve condicionar a economia. 
Ainda segundo o autor, se as condições apresentadas no quadro atual (degradação, 
poluição, desmatamentos excessivos etc) continuarem neste ritmo, muito provavelmente o 
homem tenderá a procurar a adaptar-se aos meios mais poluídos e inóspitos da terra. 
 
 
 No entanto.... 
 
Um dos marcos do dialogo ambiental e social foi divulgado em abril de 1987, o 
relatório "Our Common Future" (O Nosso Futuro Comum) ou Relatório Brundtland, como é 
conhecido. O mesmo foi resultado do trabalho de uma comissão, que teve como presidentes 
Gro Harlem Brundtland e Mansour Khalid, daí o nome do relatório final. 
Composta por ONGs e cientistas do mundo inteiro, foi criada pela Comissão Mundial 
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Organização das Nações Unidas, em 1983. 
Seu trabalho durou quatro anos e envolveu a realização de discussões no mundo todo. Foi 
neste relatório que se apresentou pela primeira vez o termo, Sustentabilidade. 
 
 
 
 Bom, neste sentido... 
 
O primeiro texto para leitura é do Professor Pedro Roberto Jacobi, titular da faculdade 
de educação e do programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade de 
São Paulo-USP. 
O presente texto foi extraído de uma publicação do Centro de Estudos e Pesquisas de 
Administração Municipal (Cepam). Intitulado “Meio Ambiente e Sustentabilidade”, o mesmo 
faz um apanhado de todo processo histórico contido na complexa relação ambiente e 
sociedade e seus paradigmas e discussões mundiais. 
 
 
 Tenham todos uma excelente leitura. 
 
 
http://www.scribd.com/full/7506458?access_key=key-i2yjzf8buz2iw58y3pt 
 
 
 
 Interessante não? 
 
Agora que já entendemos como os processos, as vertentes do pensamento e as bases 
teóricas foram estruturadas através dos tempos, vamos explicar um conceito novo que servira 
de apoio à visão sistêmica e holística. 
 
 
 
 
A princípio o termo, Ecologia da Paisagem pode até parecer um 
pouco fora de contexto, pois logo pensamos em ambientes naturais, mas 
neste caso vocês ficarão surpresos. 
 
Pois.... 
 
 Então vamos lá 
 
O termo Ecologia da Paisagem foi introduzido por Troll (1971), como um espaço total 
integrando a geosfera e a biosfera. 
Como destacam Naveh & Lieberman (1994), Troll olhava a paisagem como uma 
entidade integrada, holística significando que o “todo” é mais do que a soma das partes. Parte 
desta visão integrada de Troll, certamente deve-se ao uso de fotografias aéreas, sendo ele um 
dos pioneiros em sua utilização. 
Na Alemanha, talvez em face da ausência de áreas naturais e o avanço da urbanização, 
a ecologia da paisagem passa a ser um instrumento do planejamento urbano atendendo 
demandas da sociedade industrial. O mesmo ocorre em países do leste e do centro da Europa, 
onde a ecologia da paisagem teve um grande avanço, impulsionado pela importância que é 
dada tanto a conservação natural quanto a necessidade de um planejamento urbano e rural. 
O link abaixo lhes levará a página de download do texto base para compreensão do 
termo em questão. Jean Paul Metzger é professor do laboratório de Paisagens e Conservação - 
Leapc – USP. 
Neste texto ele aborda a importância de entendermos as relações dialéticas que 
ocorrem no espaço e contemplam o Homem, a natureza, seus anseios, objetivos e, a dinâmica 
de transformação das paisagens. 
 
 
 
 
 
 
 
Boa leitura! 
http://www.biotaneotropica.org.br/v1n12/pt/download?thematic-
review+BN00701122001+item 
Mas olha, há necessidade de baixar o texto 
Você estará baixando um arquivo da revista virtual do projeto Biota– Fapesp 
 
 
Agora acredito que podemos começar pensar o mundo de uma forma diferente. 
 
 
 E lembre-se o constatado por G. Bertrand. 
 
“A paisagem é resultado da combinação dinâmica, portanto instável, de elementos 
físicos, biológicos e antrópicos que reagem dialeticamente entre si, formando assim, 
um conjunto, indissociável e em perpétua evolução”. Bertrand (1968) 
 
 
Agora vamos refletir um pouco sobre o assunto? 
 
As figuras abaixo envolvem um conjunto de problemas de ordem estrutural, 
econômica, social, ambiental entre muitíssimos outros. Pensem de forma Sistêmica / Holística 
quais fatores estariam envolvidos na ocorrência deste processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 Por exemplo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Complete agora com suas idéias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tema em questão trata de características e métodos de análise que envolve a materialização 
e cristalização de formas sobre o espaço e suas implicações sociais e ambientais. 
Assim, o Prof. Henrique Rattner que foi professor titular da Escola de Administração de 
Empresas de São Paulo da FGV, professor titular aposentado da FEA/USP, e coordenador do 
programa Prolides da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Lideranças (ABDL) 
apresenta o texto, “Sustentabilidade - uma visão humanista”. 
 O link abaixo leva ao texto do autor 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X1999000200020 
 
Perceberam que a frase inicial do autor marca o cerne do debate em questão. 
 “Um dos resultados mais perceptíveis das conferências internacionais nas ultimas décadas, foi 
a incorporação da sustentabilidade nos debates sobre desenvolvimento.”..... 
Na unidade passada expusemos e contextualizamos as diferenças existentes entre 
desenvolvimento e ao crescimento. 
 
 
 
Material Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
BERTRAND, G. "Revue Géographique des Pyrenées et du Sud-Quest" Toulouse, 
1968 - traduzido por Cruz, O. - Universidade de São Paulo. Departamento de Geografia, São 
Paulo, 1971. 
 
CAPRA, Fritjof. Ecoliteracy: the challenge for education in the next 
century.Liverpool Schumacher lectures, Berkeley, California. March 20, 1999. 
 
CAPRA, F. As conexões ocultas. Ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Ed. 
Cultrix, 2002. 
 
CHRISTOFOLETTI, A. Análise de sistemas em geografia. São Paulo: Hucitec/Edusp, 
1979. 
 
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO Nosso Futuro 
Comum, 2ª. Edição. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 430p. 1991. 
 
COMUNE, A. E. Meio Ambiente e Economistas. IN: MAY, 
 
P.H. E Mota, RS, (org). Valorando a Natureza – Análise econômica para o 
Desenvolvimento Sustentável. Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1994. p.45 – 59. 
 
HERRERA, A. O. (1974). Los recursos minerales y los límites del crecimiento 
económico. Buenos Aires: Siglo Veintuno Editores. 
 
JACOBI, Pedro Roberto . Meio ambiente e sustentabilidade. In: CEPAM. (Org.). O 
Município no século XXI. São Paulo: CEPAM, 1999, v. , p. 175-184. 
 
METZGER, J. P. . O que é ecologia de paisagens? . Biota Neotropica (Ed. Portuguesa), 
Campinas, SP, v. 1, n. 1/2, p. 1-9, 2001. 
 
NAVEH, Z. & LIEBERMAN, A. S. Landscape ecology. Nova York, Springer- Verlag. 255p, 
1994. 
Referências 
 
 
 
RATTNER, Henrique. Sustentabilidade - uma visão humanista. Ambient. soc. [online]. 
1999, n.5 [cited 2011-04-16], pp. 233-240 . Available from: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
753X1999000200020&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1414-753X. doi: 10.1590/S1414-
753X1999000200020. Acessado em 16/04/2011. 
 
REVISTA BRASIL ESCOLA - http://www.brasilescola.com/geografia/protocolo-kyoto.htm - 
acessado em 15/04/2011. 
 
REVISTA VEJA ONLINE 
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/protocolo_kioto/index.shtml . 
Acessado em 16/04/2011. 
 
US CENSUS BUREAU - http://www.census.gov/ - acessado em 15/04/2011. 
 
TROLL, c. 1971. Landscape ecology (geo-ecology) and biogeocenology: a terminological 
study. Geoforum. Pages. 43-46. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anotações