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Aula 02 - Demonstração de Fluxo de Caixa

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Demonstração dos Fluxos 
de Caixa 
Professora Me. Regiane Lopes Rodrigues
E-mail: rlrodrigues@ufu.br
Objetivo
 Com a promulgação da Lei nº 11.638 de 2007, a elaboração
da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) se tornou
obrigatória.
 A DFC substituiu a Demonstração das Origens e Aplicações
de Recursos (DOAR).
 A DFC deve ser preparada segundo as orientações do CPC
03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de caixa
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/183_CPC_03_
R2_rev%2014.pdf
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/183_CPC_03_R2_rev%2014.pdf
Objetivo
Objetivo
Objetivo e benefícios das 
informações dos fluxos de caixa
O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de
Caixa (DFC):
prover informações relevantes sobre os pagamentos
e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa,
ocorridos durante um determinado período,
ajudar os usuários das demonstrações contábeis na
análise da capacidade da entidade de gerar caixa e
equivalente de caixa, bem como suas necessidades
para utilizar esses fluxos de caixa.
Objetivo e benefícios das 
informações dos fluxos de caixa
Quando as informações da DFC são analisadas em
conjunto com as demais demonstrações financeiras,
os investidores, credores ou outros usuários podem
avaliar:
a capacidade de a empresa gerar futuros fluxos
líquidos positivos de caixa;
a capacidade de a empresa honrar seus
compromissos, pagar dividendos e retornar
empréstimos obtidos;
Objetivo e benefícios das 
informações dos fluxos de caixa
 a liquidez, a solvência e a flexibilidade financeira da
empresa;
a taxa de conversão de lucro em caixa;
o grau de precisão das estimativas passadas de fluxos
futuros de caixa;
os efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das
transações de investimento e de financiamento etc.
Requisitos
 Para o cumprimento de sua finalidade, o modelo de
DFC adotado deve atender aos seguintes requisitos:
evidenciar o efeito periódico das transações de caixa
segregadas por atividades operacionais, atividades de
investimento e atividades de financiamento, nessa
ordem;
Requisitos
evidenciar separadamente, em Notas Explicativas que
façam referência à DFC, as transações de investimento
e financiamento que afetam a posição patrimonial da
empresa, mas não impactam diretamente os fluxos de
caixa do período;
conciliar o resultado líquido (lucro/prejuízo) com o
caixa líquido gerado ou consumido nas atividades
operacionais.
Caixa e equivalentes de caixa
 O conceito de Caixa para fins da DFC é ampliado para
abranger os investimentos qualificados como equivalentes
de caixa.
 De acordo com o CPC 03,
caixa compreende numerário em espécie e depósitos
bancários disponíveis
equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto
prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis
em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a
um insignificante risco de mudança de valor.
Caixa e equivalentes de caixa
 Explicação:
 Para uma empresa, dinheiro em caixa (dinheiro em
espécie e depósitos bancários disponíveis) não rende
nada. É a mesma coisa que você guardar dinheiro
embaixo do colchão.
Considerando a existência de inflação, dinheiro
parado perde valor. Para evitar essa perda, a
empresa aplica o dinheiro em investimentos de curto
prazo. Assim, existe um rendimento e ela consegue
resgatá-lo caso necessário.
Caixa e equivalentes de caixa
 Para reconhecer um investimento como um
equivalente de caixa, é necessário o atendimento
cumulativo de três requisitos:
ser de curto prazo;
ser de alta liquidez;
apresentar insignificante risco de mudança de valor.
Classificação das movimentações 
de caixa por atividade
Na DFC, a classificação das movimentações de caixa
é feita por grupos de atividades, está relacionada
com a natureza da transação.
Classificação das movimentações 
de caixa por atividade
Classificação das movimentações 
de caixa por atividade
 Exemplos:
compra de matéria-prima para produção é uma
atividade operacional;
compra de uma máquina usada na geração de outros
produtos é uma atividade de investimento;
emissão de ações da própria empresa é uma atividade
de financiamento.
DFC x BP x DRE
Demonstração de Resultado do Exercício
Receita Líquida 
(-) CPV
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas 
(=) Resultado antes IRPJ e CSLL
(-) IRPJ e CSLL 
(=) Resultado Líquido
Atividades Operacionais
 Fluxos Financeiros Operacionais: descrevem basicamente as
transações registradas na Demonstração de Resultado do
Exercício (DRE).
 Entradas de Caixa: recebimentos de vendas realizadas à
vista e de títulos representativos de vendas a prazo;
recebimentos de receitas financeiras provenientes de
aplicações no mercado financeiro etc.
 Saídas de Caixa: pagamentos a fornecedores por compras à
vista e de títulos representativos de compras a prazo,
pagamentos de impostos etc.
Atividades Operacionais
O montante dos fluxos de caixa decorrentes das
atividades operacionais é um indicador de como a
operação da empresa tem gerado suficientes fluxos
de caixa para
manter a capacidade operacional da entidade,
amortizar empréstimos,
pagar dividendos e juros sobre o capital próprio
fazer novos investimentos sem recorrer a fontes externas
de financiamento.
Atividades Operacionais
 Envolvem todas as atividades relacionadas com a
produção e entrega de bens e serviços e os eventos
que não sejam definidos como atividades de
investimento e financiamento.
Normalmente, relacionam-se com as transações que
aparecem na Demonstração de Resultados.
Atividades Operacionais
DRE DFC
Receita Entrada de dinheiro
(-) Despesa Saída de dinheiro
= Resultado Caixa Gerado
Atividades de Investimento
 Fluxos Financeiros de Investimentos: são geralmente
determinados por variações nos ativos não circulantes (ativos
de longo prazo) e destinados à atividade operacional de
produção e venda da empresa.
 Entradas de Caixa: recebimentos pela venda de títulos de
aplicação de longo prazo (investimentos) e participações
acionárias, de imobilizados etc.
 Saídas de Caixa: aquisições de títulos de longo prazo para
investimentos, desembolsos para participação acionária em
outras companhias, compras à vista de bens imobilizados
etc.
Atividades de financiamento
 Fluxos Financeiros de Financiamentos: referem-se
basicamente às operações com credores e investidores.
 Entradas de Caixa: captações no mercado através de
emissão de títulos de dívida, obtenção de empréstimos junto
a credores, integralização de ações emitidas etc.
 Saídas de Caixa: pagamentos de dividendos e juros sobre o
capital próprio aos acionistas, amortizações de empréstimos
e financiamentos (pagamento de principal) etc.
Atividades de financiamento
Os fluxos de caixa provenientes das atividades de
financiamento são úteis para prever as exigências
sobre futuros fluxos de caixa pelos fornecedores de
capital à entidade, bem como da capacidade que
a empresa tem, utilizando recursos externos, para
financiar as atividades operacionais e de
financiamento.
Transações de investimento e 
financiamento sem efeito no caixa
As transações de investimento e financiamento que
afetam ativos e passivos, mas não impactam o caixa,
devem ser evidenciadas em Notas Explicativas.
 Isso pode ser feito tanto de forma narrativa como
resumida em tabela específica.
Transações de investimento e 
financiamento sem efeito no caixa
 Exemplos:
dívidas convertidas em aumento de capital;
aquisição de imobilizado via assunção de passivo
específico (letra hipotecária, contrato de alienação
fiduciária etc);
aquisição de imobilizado via contrato de
arrendamento mercantil;
Métodos de elaboração
A movimentação das disponibilidades do caixa
(caixa e equivalentes de caixa) da empresa, em um
dado período, deve ser estruturada na DFC em três
grupos, cujos títulos buscam expressar as entradas e
saídas de dinheiro relacionadas com as atividades:
a) operacionais;
b)de investimento; e
c) de financiamento.
Métodos de elaboração
A soma algébrica dos resultados líquidos de cada um
desses agrupamentos totaliza a variação no caixa do
período, que deve ser conciliada com a diferença
entre os saldos respectivos das disponibilidades,
constantes no Balanço, entre o início e o fim do
período considerado.
D
F
C
 N
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A
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Métodos de elaboração
 Para divulgar o fluxo de caixa oriundo das atividades
operacionais, é facultativo para a empresa utilizar o
método direto
Ou
método indireto
No entanto, o CPF 03 exige para a empresa que
utilize o método direto a conciliação entre o lucro
líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades
operacionais.
Conciliação lucro líquido versus 
caixa das operações 
Caso seja utilizado o método direto para apurar o
fluxo líquido de caixa gerado pelas operações, exige-
se a evidenciação em Notas Explicativas da
conciliação deste com o lucro líquido do período.
 Essa conciliação deve refletir, de forma segregada,
as principais classes dos itens a conciliar.
 É obrigatório evidenciar separadamente as variações
nos saldos das contas Clientes, Fornecedores e
Estoques.
Método direto
O método direto explicita as entradas e saídas brutas
de dinheiro dos principais componentes das
atividades operacionais, como os recebimentos pelas
vendas de produtos e serviços e os pagamentos a
fornecedores e empregados.
O saldo final das operações expressa o volume
líquido de caixa provido ou consumido pelas
operações durante um período.
Método direto
As empresa, ao utilizarem o método direto, devem
detalhar os fluxos das operações, no mínimo, nas
classes seguintes:
recebimentos de clientes, incluindo os recebimentos de
arrendatários, concessionários e similares;
recebimentos de juros e dividendos;
outros recebimentos das operações, se houver;
Método direto
As empresa, ao utilizarem o método direto, devem
detalhar os fluxos das operações, no mínimo, nas
classes seguintes:
pagamentos a empregados e a fornecedores de
produtos e serviços, aí incluídos segurança,
propaganda, publicidade e similares;
 juros pagos;
 impostos pagos;
outros pagamentos das operações, se houver.
Método indireto
O método indireto faz a conciliação entre o lucro
líquido e o caixa gerado pelas operações, por isso é
também chamado de método da conciliação.
 Para tanto é necessário:
remover do lucro líquido os diferimentos de transações
que foram caixa no passado, como despesas
antecipadas, crédito tributário etc. e todas as
alocações no resultado de eventos que podem ser
caixa no futuro, como as alterações nos saldos das
contas a receber e a pagar do período; e
Método indireto
 Para tanto é necessário:
remover do lucro líquido as alocações ao período do
consumo de ativos não circulante e aqueles itens cujos
efeitos no caixa sejam classificados como atividades de
investimento ou financiamento: depreciação,
amortização de intangível e ganhos e perdas na venda
de imobilizado e/ou em operações em
descontinuidade (atividades de investimento); e
ganhos e perdas na baixa de empréstimos (atividades
de financiamento).
Conciliação lucro líquido versus 
caixa das operações 
 Se for utilizado o método indireto, é exigida a
evidenciação em Notas Explicativas dos montantes
de juros pagos (exceto as parcelas capitalizadas) e
os valores do imposto de renda e da contribuição
social sobre o lucro líquido pagos durante o período.
Método direto de apuração do 
caixa das atividades operacionais
A ideia desse método é apurar e informar as entradas
e saídas de caixa das atividades operacionais por
seus volumes brutos.
 É bastante simples de ser entendido pelo usurário,
pois as movimentações de dinheiro seguem uma
ordem direta, como se faz com a administração do
caixa pessoal.
Método direto de apuração do caixa das 
atividades operacionais
DFC - Método direto
Sequência para apuração das movimentações de caixa 
Receita ou despesa (DRE) ± Ajustes pelas variações nas contas do Balanço = 
Valores para registrar na DFC
↑ saldo das contas Ativo Circulante ↓ Caixa 
↓ saldo das contas Ativo Circulante ↑ Caixa
↑ saldo das contas Passivo Circulante ↑ Caixa
↓ saldo das contas Passivo Circulante ↓ Caixa 
Obs: Esse esquema é genérico, e deve ser usado com cuidado, pois podem existir 
transações no circulante que não pertençam às atividades operacionais (empréstimo 
de curto prazo, por exemplo) e também eventos fora do circulante que fazem parte 
das operações (juros e impostos a pagar no longo prazo, créditos de longo prazo etc). 
Método indireto
 Esse método faz a ligação entre o lucro líquido
constante na Demonstração de Resultados (DRE) e o
caixa gerado pelas operações.
A lógica do método indireta é bem simples. Em
princípio, assumimos que todo o lucro afetou
diretamente o caixa. Sabemos que isso não
corresponde à realidade, e daí procedemos aos
ajustes.
Método indireto
 Parte do lucro líquido extraído da DRE e faz as
adições e subtrações a este dos itens que, no
exercício, afetam o lucro, mas não afetam o caixa, e
dos que afetam o caixa, mas não afetam o lucro.
Método indireto
Como está sendo apurado o fluxo de caixa das
atividades operacionais, se eventualmente
constarem da DRE eventos referentes a outras
atividades, estes também deverão ser adicionados
(ou subtraídos) ao lucro líquido, pois serão reportados
em seus grupos respectivos.
Por exemplo, um ganho (ou perda) na venda de um
imobilizado, é normalmente uma atividade de
investimento.
Método indireto
DFC - Método indireto
1. registrar o lucro líquido (transcrever da DRE)
2. somar (ou subtrair) os lançamentos que afetam o lucro, mas que não têm efeito no caixa, ou 
cujo efeito no caixa se reconhece em outro lugar da demonstração ou num prazo muito longo 
(depreciação, amortização, resultado de equivalência patrimonial, despesa financeira de 
longo prazo etc)
3. somar (ou subtrair) os lançamentos que, apesar de afetarem o caixa, não pertencem às 
atividades operacionais (por exemplo, ganho e perda na venda, a vista, de imobilizado ou de 
outro ativo não pertencente ao grupo circulante)
4. somar as reduções nos saldos das contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 
vinculadas às operações
5. subtrair os acréscimos nos saldos das contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 
vinculados às operações 
6. somar os acréscimos nos saldos das contas do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo 
vinculados às operações 
7. subtrair as reduções nos saldos das contas do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo 
vinculadas às operações 
Exemplo
E
X
E
M
P
LO
EXEMPLO
 Outras informações adicionais
 a) custo do imobilizado vendido = $ 15.000, já depreciado em $ 3.000;
 b) as despesas financeiras foram pagas;
 c) as despesas diversas se referem à apropriação de despesas pagas
antecipadamente;
 d) aplicações financeiras em CDBs de 30 e 60 dias e em caderneta de
poupança.
EXEMPLO
Exemplo
E
X
E
M
P
LO
Análise
 A apresentação das movimentações de caixa
segregadas por atividades operacionais, de
investimento e financiamento contém informações
muito ricas para apoio às decisões econômicas de
investidores, credores, gestores e outros usuários,
principalmente quando essas informações são
analisadas em conjunto com os demais relatórios
contábeis.
Análise
 Breve análise do exemplo apresentado:
 pelo método indireto, observa-se que apesar de a empresa ter tido um
lucro líquido de $3.900 ela só conseguiu internalizar $ 2.400 de recursos
(lucro líquido + depreciação – lucro na venda de imobilizado) para girar
em seus negócios. Ocorre que, como a conta de Clientes, líquida da
PECLD, aumentou $ 9.500, isso significa que, desses $ 2.400 contábeis, $
9.500 não viraram caixa; assim, estamos com (–) $ 7.100. Por outro lado, oaumento em Fornecedores diz que deixaram de ser pagos $ 13.000, e
assim chegamos, por enquanto, ao caixa de $ 5.900. Mas o aumento em
estoques e despesas antecipadas reduz o caixa para $ 900. A redução em
IR e salários a pagar reduz o caixa para (–) $ 6.800. Como se descontaram
$ 5.000 de duplicatas, o caixa de fato das atividades operacionais foi de
(-) $ 1.800;
Análise
 Breve análise do exemplo apresentado:
 assim, o déficit operacional de caixa, de $1.800, não foi motivado
por um desequilíbrio nos prazos do ciclo financeiro da empresa, já
que o aumento de Fornecedores iguala o acréscimo em Estoques
e em Contas a Receber ($ 13.000). Por outro lado, as atividades de
investimento também apresentaram déficit líquido de caixa, de $
5.000, situação bastante comum em empresas em expansão.
 Tal situação motivou a empresa a recorrer a financiamentos de
risco ($ 10.000) e a capital próprio ($ 10.000) para tocar seus
negócios, substituir bens de capital depreciados e pagar
dividendos;
Análise
 Breve análise do exemplo apresentado:
 pelo método direto, observamos que os juros pagos e recebidos, de $ 1.000
e $ 300, respectivamente, foram classificados nas atividades operacionais.
Se essas transações fossem remanejadas para as atividades de
investimento ($ 300) e financiamento ($ 1.000), como faculta a norma do
IASB, a movimentação líquida de caixa dos três grupos seria diferente.
Devemos ter presente que o caixa líquido gerado pelas operações, assim
como o lucro, independe de como os ativos são financiados; logo, a
classificação dos juros pagos no grupo das operações pode não ser o
procedimento mais adequado. Do mesmo modo, os juros recebidos por
aplicação em títulos patrimoniais ou não patrimoniais de outras entidades
estariam melhor classificados nas atividades de investimento. A não
consideração desses aspectos pode levar a distorções na análise do
desempenho financeiro da empresa;
Análise
 Breve análise do exemplo apresentado:
 o aumento líquido das disponibilidades no período, de $ 11.700, parece
exagerado proporcionalmente aos negócios da empresa. A gestão
financeira não está boa, pois aparentemente a empresa está obtendo
recursos remunerados à taxa de captação, de investidores e credores, e
os deixando expostos a uma remuneração menor em aplicações
financeiras (variação de $ 7.200) ou parados em Caixa/Bancos (variação
de $ 4.500);
Análise
 Breve análise do exemplo apresentado:
 informações históricas da DFC, seja pelos volumes brutos de dinheiro
movimentados nas operações, como são evidenciadas no método direto,
ou pelas variações nas contas operacionais ativas e passivas, como
mostrado no método indireto, isoladas ou em conjunto com a DRE,
permitem estimativas razoáveis dos fluxos futuros de caixa da entidade,
que no fundo são as informações mais fundamentais desejadas pelos
usuários que tomam decisões econômicas sobre a empresa;
 o método indireto incorpora a DOAR, pois para se chegar ao caixa das
operações passa-se antes pelo capital gerado por estas.
Considerações Finais
 As demonstrações DRE e DFC são complementares e não
mutuamente excludentes.
 Há dois aspectos na DFC que devem ser objeto de maior
preocupação, tanto por quem a elabora como pelo analista:
 a classificação adequada das movimentações de caixa das diversas
transações pelos três grupos de atividades e
 a criteriosa seleção dos investimentos de curto prazo considerados
como equivalentes de caixa.
Considerações Finais
 Sobre as movimentações de caixa envolvendo instrumentos financeiros
derivativos: a regra geral é que sejam classificadas nas atividades de
investimento.
 Contudo, se houver uma clara intenção de revenda dos instrumentos
adquiridos, estes devem ser lançados no grupo das operações e, se os
contratos de futuros puderem ser identificados claramente com os ativos e
passivos que eles visam proteger, então a classificação deverá ser no
grupo a que se refere o ativo ou o passivo original.
 Por exemplo, um hedge para proteger um empréstimo com encargos
vinculados à variação cambial integrará as atividades de financiamento; se for
para garantir preço de matéria-prima para produção a ser adquirida no futuro,
então a classificação será nas atividades operacionais etc.
Considerações Finais
 Quanto aos investimentos classificados como equivalentes de
caixa, é importante que os usuários possam julgar se os ativos
considerados são tão líquidos que podem equivaler ao caixa. Por
isso, o IASB e o Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração
dos Fluxos de Caixa requerem a descrição de tais ativos em Notas
Explicativas.
 Vale destacar também que, regra geral, os pagamentos e
recebimentos de caixa devem ser divulgados por seus valores
brutos, com algumas exceções.
Tratamento para as pequenas e 
médias empresas
 Os conceitos abordados neste capítulo também são aplicáveis às
entidades de pequeno e médio porte.
 Para maior detalhamento, consultar o Pronunciamento Técnico
PME – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.

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