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Leonardo Scudeler Moraes 1 Leonardo Scudeler Moraes 2 SUMÁRIO Planejamento ........................................................................................................................................... pág. 3 Exames iniciais ......................................................................................................................................... pág. 4 Radiologia ................................................................................................................................................ pág. 6 Materiais dentários .................................................................................................................................. pág. 8 Anestesiologia .......................................................................................................................................... pág. 9 Dentística ............................................................................................................................................... pág. 14 Cariologia ............................................................................................................................................... pág. 17 Periodontia ............................................................................................................................................. pág. 21 Cirurgia ................................................................................................................................................... pág. 26 Endodontia ............................................................................................................................................. pág. 36 Traumatismo dental ............................................................................................................................... pág. 46 Clareamento dental ................................................................................................................................ pág. 52 Próteses em geral ................................................................................................................................... pág. 55 Prótese total ........................................................................................................................................... pág. 57 Prótese fixa ............................................................................................................................................. pág. 62 Prótese parcial removível ....................................................................................................................... pág. 72 Pacientes com necessidades especiais .................................................................................................... pág. 86 Pediatria ................................................................................................................................................. pág. 91 Ortodontia ............................................................................................................................................ pág. 107 Protocolo terapêutico ........................................................................................................................... pág. 110 Leonardo Scudeler Moraes 3 PLANEJAMENTO Sequência clínica Planejamento geral 1. Exame clínico (anamnese + exame físico). 2. Exame de PSR. 3. Periograma + exame radiográfico (se PSR maior ou igual a 3). 4. Índice de placa + profilaxia profissional + orientação de higiene bucal. 5. Odontograma (profilaxia prévia). 1. Urgência: remoção da dor. 2. Adequação ao meio: vedamento de cavidades com cimento de ionômero de vidro convencional. 3. Cirurgia: remoção de dentes previamente condenados e restos radiculares. 4. Periodontia: após termos realizado o diagnostico da doença periodontal, deveremos prever quantas sessões. 5. Endodontia: aproximadamente 4 sessões por dente. 6. Dentística: iniciar pelas restaurações dos elementos posteriores. 7. Próteses fixas ou próteses parciais removíveis: reabilitação protética. * Urgência e adequação do meio bucal não entram de fato no planejamento geral. Pode ser colocado como uma observação antes do planejamento; * Sempre separar as sessões por especialidade, obedecendo a ordem preconizada. URGÊNCIA – PLANEJAMENTO O que considerado urgência? - Dores; - Câmara pulpar exposta ao meio bucal; - Abcessos; - Fratura dentaria. - Em casos de urgência que envolvem polpa mortificada, deve-se realizar penetração desinfetante com irrigação abundante, medicação intra-canal com hidróxido de cálcio + polietilenoglicol 400 e selar com CIV. - Em casos de alterações pulpares onde não há sintomatologia, não há necessidade de tratamento com urgência. ADEQUAÇÃO DO MEIO BUCAL – PLANEJAMENTO O que considerado adequação do meio bucal? - Cavidades abertas, deve-se selar provisoriamente com CIV; - Necessidade de raspagem quando será realizado cirurgia num dente próximo ao acúmulo – evitar contaminação pós-cirurgica; - Raízes residuais; - Orientação de higiene bucal. - Sempre controlar primeiro os fatores de retenção, como cavidades abertas, raízes residuais. - Dentistica: em casos onde há lesões abertas que foram seladas na adequação, e lesões de carie não cavitadas, quando iniciar o tratamento, deve-se dar preferência as que não foram selas na adequação, ou seja, as lesões não cavitadas. Leonardo Scudeler Moraes 4 AVALIAÇÃO PERIODONTAL – EXAMES INICIAIS PSR Necessidades frente ao PSR Realizar 6 sondagens em cada dente com a sonda WHO. Não se faz em menores de 18 anos. Código *: indica presença de mobilidade, envolvimento de furca, retrações gengivais maiores que 3.0mm ou problemas mucogengivais no sextante; Código 0: parte colorida totalmente visível, sem sangramento (gengiva normal ou normalizada); Código 1: parte colorida totalmente visível, com sangramento; Código 2: parte colorida totalmente visível, com sangramento, mas com fatores retentivos (cálculo, excesso ou falta de material restaurador, próteses); Código 3: parte colorida parcialmente visível ou parcialmente coberta (+ que 3.0mm = processo inicial de perda óssea); Código 4: parte colorida totalmente coberta (mais que 5.5mm de bolsa). Código 0: prevenção; Código 1: instrução de higiene bucal (IHB); Código 2: IHB + raspagem + correção das margens das restaurações; Código 3: periograma + radiografia do sextante; Código 4: periograma + radiografia de todos os sextantes (tratamento complexo). * PSR 3 indica presença de bolsa periodontal. Índice de sangramento 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑥 6 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑎𝑛𝑔𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 100 𝑥 Periograma 1. Dente e/ou porção coronária ausente: preencher em preto; 2. Dente incluso: contornar em preto; 3. UEC-MG (união esmalte-cemento e margem gengival): marcar os valores na linha correspondente de cada quadrado, em preto; • Lembrar que o ponto de partida é a UEC; • Retração gengival: valor positivo; • Hiperplasia gengival: valor negativo; • MG = UEC: valor zero; 4. Traçar no gráfico a posição da margem gengival em relação à UEC em azul; 5. PCS (profundidade clínica de sondagem): marcar os valores na linha correspondente de cada quadrado, em preto; • Lembrar que o ponto de partida é a MG; • Se houver sangramento à sondagem (SS) fazer um ponto vermelho acima ou abaixo do número correspondente; • Pintar no gráfico, em vermelho, os valores ≥ 4.0mm; 6. NCI (nível clínico de inserção): somar os valores de UEC-MG e PCS. Anotar os valores na linha correspondente de cada quadrado, em preto; 7. Mobilidade: seguir a classificação de Miller (grau 1, 2 ou 3). Anotar em azul na face oclusal do dente correspondente. • 1: movimento vestíbulo-lingual; • 2: movimentovestíbulo-lingual e mesio-distal; • 3: gira em torno do seu eixo; 8. Envolvimento de furca: seguir a classificação de Hamp (grau I, II ou III). A ponta do triângulo deve apontar para a furca envolvida. Desenhar triângulos em vermelho, como a seguir: • Grau I: V • Grau II: ▽ • Grau III: ▼ 9. Problema muco-gengival: freio, recessão gengival, quantidade insuficiente de gengiva inserida, etc. Marcar um * verde entre o quadrado e o desenho do dente envolvido; 10. Tratamento endodôntico e/ou lesão periapical: desenhar, em azul, imitando a condição radiográfica; 11. Diastema: desenhar, em azul, o símbolo || entre os dentes envolvidos; 12. Contatos interproximais insuficientes: desenhar, em azul, o símbolo = entre os dentes envolvidos; 13. Cárie e/ou excesso marginal: desenhar, em vermelho, o símbolo ≈ na face correspondente; 14. Implante dentário: desenhar, em preto, o símbolo sobre o dente que está substituindo; 15. Prótese fixa: desenhar, em preto, o símbolo |_______| sobre os dentes adjacentes ao espaço protético. O(s) pôntico(s) é (são) simbolizadas) pelo preenchimento da(s) raiz(es) em preto. * Valor de cada linha: 2mm. Leonardo Scudeler Moraes 5 CONTROLE DE PLACA – EXAMES INICIAIS Índice de placa Orientação de higiene bucal 1. Aplicar o corante em todas as superfícies dentarias e lavar para remover o excesso - sugador o tempo todo na boca; 2. Colocar o pior índice do sextante. Códigos: • 0: sem nada; • 0,5: pontos esparsos; • 1: ate 1/3 da coroa; • 2: ate 2/3 da coroa; • 3: mais de 2/3 da coroa; 3. Somar e dividir o total pelo número de sextantes presentes (ex: 6), obtendo o índice; 4. Fazer porcentagem: 3 ---- 100% (máximo que o índice pode dar) Nº --- X Mais de 35%: alto risco. 35%: médio risco. Menos de 35%: baixo risco. Deve-se fazer uma conta para faces livres e uma para faces interproximais. Colocar X no sextante que não tem nada. Nao conta oclusal. Fio dental: fio de 25 a 40 cm enrolado no dedo, passar entre os dentes em movimento de vai e vem. Escovação: - Cerdas macias, arredondadas, retas e do tamanho correto; - Trocar escova quando as cerdas deformarem; - Guardas escova em local limpo e seco; - Sequência de escovação: toda vestibular, toda lingual e toda oclusal; - Quantidade correta de dentifrício: grão de ervilha; - Dentifrício fluoretado: adultos (1100 a 1500 ppm) crianças (1000 a 1100 ppm); - Tempo de escovação: 2 minutos. Técnicas de escovação A técnica ideal é aquela que remove e desorganiza o biofilme com maior eficiência sem causar danos aos tecidos dentais e periodontais. Técnica de Bass: sem recessão gengival, escova em 45º em relação a gengiva com movimentos vibratórios. Técnica de Bass modificada: sem recessão gengival, movimento vibratório a 45º e de varredura para oclusal. Técnica de Stillman: com recessão gengival, ângulo menor que 45º em relação a gengiva e vibratório. Técnica de Stillman modificada: ângulo menor que 45º em vibratório e movimento de varredura para oclusal. Técnica de Fones: para crianças ate 6 anos. Bolinha-bolinha, trenzinho-trenzinho. ODONTOGRAMA – EXAMES INICIAIS Previamente ao planejamento geral, deve-se realizar o odontograma. Preto: presença de restauração, prótese, pino ou tratamento endodôntico em que não será necessária substituição ou retratamento X preto: dente ausente; Verde: restauração, prótese a ser substituída ou necessidade de retratamento endodôntico; Preto tracejado: lesão de carie inativa; Azul tracejado: lesão de carie ativa em esmalte; Chave: PPR ou PT; Azul/preto: tratamento executado; Chave em vermelho: dentes com necessidades de PPR ou PT; Chave em preto: nos dentes em que há PPR ou PT e não necessita substituição; Chave em verde: nos dentes em que há PPR ou PT e necessita substituição; X vermelho: exodontia. Verde: substituir; Vermelho: novo; Preto: satisfatório. Leonardo Scudeler Moraes 6 TÉCNICAS RADIOGRAFIAS – RADIOLOGIA DEFINIÇÃO INDICAÇÃO TÉCNICA TÉCNICA PERIAPICAL PARALELISMO - Com o auxílio de posicionadores ou com o dedo; - O filme deve ficar paralelo ao longo eixo do dente e o feixe de raios X deve incidir perpendicularmente ao dente e ao filme. - Inflamações apicais; - Avaliação de carie; - Avaliação pós-operatória; - Avaliação da morfologia radicular. Paciente: - Plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal; - Arcada superior: linha tragus asa do nariz paralelo ao plano horizontal; - Arcada inferior: linha tragus comissura labial paralelo ao plano horizontal. Maxila: - Reg. Molar: 1 cm atrás da comissura palpebral externa; - Reg. Pré-molar: linha da pupila; - Reg. Canino: asa do nariz; - Reg. Incisivos: ápice nasal. Mandíbula: - Reg. Molar: 1 cm atrás da comissura palpebral externa; - Reg. Pré-molar: linha da pupila; - Reg. Canino: asa do nariz; - Reg. Incisivos: sínfise mandibular. TÉCNICA PERIAPICAL BISSETRIZ - O feixe de raios X deve incidir perpendicularmente a bissetriz do ângulo formado pelo longo eixo do dente e da película radiográfica. TÉCNICA INTERPROXIMAL - Realizar com auxílio de posicionador interproximal ou confeccionando aleta de mordida; - Registra em um único filme as coroas dentais e as cristas ósseas alveolares dos dentes superiores e inferiores. - Avaliação de carie. Paciente: - Plano Sagital Mediano perpendicular ao plano horizontal; - Plano de camper (tragus asa do nariz) paralelo ao plano horizontal. Angulação vertical: - Cabeçote posicionado com angulação positiva de 5° a 8º. TÉCNICA OCLUSAL - O filme é posicionado entre as faces oclusais dos dentes superiores e inferiores; - São mantidos em posição pela oclusão. - Localização de raízes residuais; - Avaliação de rebordo e tórus, corpos estranhos, supranumerários, ortodontia, extensão de fendas palatinas. Maxila: - Plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal; - Plano de trágus-asa do nariz paralelo ao plano horizontal. Mandíbula: - Plano oclusal formando um eixo de 90 o com o plano horizontal; - Região de Sínfise: plano oclusal a 55 o com o plano horizontal. TÉCNICA PANORÂMICA - Permite ampla visibilidade dos ossos faciais e dentes. - Avaliação inicial; - Avaliação do desenvolvimento dentário; - Avaliação do suporte ósseo periodontal; - Planejamento cirúrgico; - Avaliação de patologias; - Avaliação de alterações na ATM; - Avaliação de calcificação em tecido mole. Orientações prévias: - Remover objetos metálicos na região de cabeça e pescoço; - Demonstrar o movimento do aparelho; - Não acompanhar o movimento do aparelho com os olhos. Posicionamento do paciente: - Incisivos encaixados no sulco do bloco de mordida; - Língua no palato e lábios fechados; - Paciente ereto com pescoço estendido; - Plano sagital mediano paralelo ao plano vertical; - Plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal. Leonardo Scudeler Moraes 7 MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO – RADIOLOGIA DEFINIÇÃO INDICAÇÃO TÉCNICA MÉTODO DE CLARK - Quando dois objetos se encontram na mesma linha e são vistos de frente, o mais próximo irá encobrir o mais distante; - Se o observador se desloca para direita ou para esquerda, o objeto mais distante (palatina) irá acompanhar o deslocamento. - Dissociação de raízes e condutos radiculares; - Localização de corpos estranhos, processos patológicos e anomalias. - 3 incidências: ortoradial, mesioradial e distoradial. - Se na incidência mesioradial ou distoradial, o objeto acompanhou o deslocamento, ele esta por palatina; - Se na incidência mesioradial ou distoradial, o objeto foi para o lado contrário, ele esta por vestibular. MÉTODO DE LE MASTER - Tirar a sobreposição do arco zigomático sobre as raízes dos molares superiores quando se realiza a técnica da bissetriz. - Remover a sobreposição radiográfica do arco zigomático na raiz dosmolares. - Fixar algodão na face sensível próximo ao picote e realizar técnica da bissetriz em região de molares superiores. MÉTODO DE MILLER-WINTER - Realizar duas incidências na mesma região; - Informa a largura e altura dos objetos. - Localização de dentes não irrompidos, corpos estranhos e processos patológicos. - Realizar duas incidências na mesma região, uma convencional e uma oclusal. MÉTODO DE DONOVAN - É uma variação do método de Miller-Winter, quando não se consegue realizar a incidência oclusal. - Visualização do 3º molar ou de corpos estranhos em regiões mais posteriores. - O receptor é colocado em posição obliqua sobre o ramo ascendente da mandíbula, na área do trigono-retro- molar; - Cabeça do paciente deve ficar inclinada o máximo possível para o lado oposto examinado. MÉTODO DE PARMA - Modificação no posicionamento do filme durante o exame periapical; - Diminui as dificuldades no posicionamento do filme na região de molar inferior. - Visualização completa no sentido mesio-distal do 3º molar inferior. - Receptor (filme) fica inclinado de forma com que seu longo eixo forme um ângulo de 30º com o plano oclusal. CONTRASTE RADIOGRÁFICO - Utilização de líquidos ou objetos para marcar uma lesão ou região. - Lesões infecciosas; - Raízes residuais. - Coloca-se um cone de guta-percha no interior da fistula, ate encontrar resistência e realiza a radiografia. RADIOGRAFIA DE PERFIL - Radiografia de lado do paciente; - Tempo de exposição reduzido. - Visualização de corpos estranhos em tecidos moles da face. - Filme oclusal paralelo a face do paciente; - Feixe de radiação perpendicular ao filme. PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO – RADIOLOGIA Revelação Lavagem intermediária Fixação Lavagem final Secagem Doa-se elétrons para os íons prata da emulsão. Lavar o filme por 30 segundos para remoção do revelador. Remover os cristais não ionizados da emulsão. Executada em água corrente por 20 minutos para remoção do fixador. Secar completamente o filme em temperatura ambiente. Sem jatos de ar. Erros de processamentos Muito escura (muito densa): tempo excessivo de revelação (super-revelação), aumento da concentração do revelador, aumento da temperatura do revelador, exposição do filme à luz. Muito clara (pouco densa): tempo insuficiente de revelação (sub-revelação), baixa temperatura do revelador, fixador contaminado pelo revelador, revelador oxidado ou saturado. Manchas amareladas: falta ou pouco tempo de lavagem final. Manchas escuras: pingos de revelador após o processamento da radiografia. Mancha Branca: gota de fixador em contato com o filme antes do processamento. Distorções: angulação do cabeçote: • Imagem alongada: ângulo vertical do feixe de raios X menor do que o ideal; • Imagem encurtada: ângulo vertical do feixe de raios X maior do que o ideal. Leonardo Scudeler Moraes 8 MANIPULAÇÃO – MATERIAIS DENTÁRIOS Condicionamento acido e sistema adesivo Cimento de ionômero de vidro Cimento de hidróxido de cálcio 1. Ataque com ácido fosfórico por 5 segundos em esmalte; 2. Ataque ácido por 15 segundos em dentina (totalizando 20 segundos em esmalte e 15 em dentina); 3. Lavagem com água por 60 segundos da cavidade; 4. Secar a cavidade com jato de ar; 5. Secar a cavidade com bolinha de algodão embebida na clorexidina 2%, deixando a dentina úmida, para formação da camada hibrida; 6. Aplicar uma camada de adesivo, aguardar 15 segundos e secar por 5 segundos a uma distância de 20 cm; 7. Aplicar outra camada de adesivo, aguardar 15 segundos e secar por 5 segundos a uma distância de 20 cm; 8. Fotopolimerizar por 10 segundos. 1. Deposita uma porção do pó e uma gota do líquido sobre a placa de vidro; 2. Dividir o pó em duas porções; 3. Aglutinar a primeira parte do pó ao líquido e manipular com espátula plástica por 15 seg.; 4. Aglutinar a outra porção do pó ao líquido e manipular de 15 a 30 seg. Tipo I – CIV-C (cimentante): próteses. Tipo II – CIV-R (restaurador): provisório ou definitivo; Tipo III – CIV-F (forrador): base cavitária; 1. Depositar porções iguais das pastas sobre bloco de espatulação; 2. Espatular com aplicador de hidróxido de cálcio ate obter uma massa homogênea. Alginato Pasta zinco enólica Gesso Utilizar medidas iguais de água e pó, de acordo com o dosador. Deve-se adicionar o pó na água e espatular fazendo movimentos de 8 com espátula plástica por 45 segundos. Proporção 2:1, é feita pelo diâmetro do tubo. 1. Depositar porções de mesmo comprimento da pasta base e pasta catalizadora sobre o bloco de espatulação; 2. Espatular com espátula flexível ate obter uma massa homogênea. Comum: 50ml de água para cada 100g de gesso; Pedra: 30ml de água para cada 100g de gesso; Especial: 24ml de água para cada 100g de gesso. Manipular com espátula de metal. Não deixar o gesso encostar na moldeira. * Varia de acordo com o fabricante, sempre ler a bula; * Bula do adesivo que se utiliza na clínica (Adper Single Bond 2): imediatamente após a secagem, aplique duas camadas consecutivas de adesivo no esmalte e dentina condicionados. Aplique o pincel saturado de material agitando-o gentilmente na superfície por 15 segundos. Seque gentilmente para evaporar o solvente e fotopolimerize por 10s. SISTEMAS ADESIVOS – MATERIAIS DENTÁRIOS Condicionamento total de 3 passos Condicionamento total de 2 passos Autocondicionante de 2 passos Autocondicionante de passo único 1. Ataque acido por 20 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina; 2. Lavagem por 60 segundos; 3. Com bolinha de algodão, secar esmalte e deixar dentina úmida; 4. Aplicar primer por 5 segundos; 5. Leve jato de ar; 6. Aplicar o adesivo (bond) por 10 segundos; 7. Leve jato de ar; 8. Fotopolimerizar por 10 a 20 segundos. Indicado para restaurações anteriores. 1. Ataque acido por 20 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina; 2. Lavagem por 60 segundos; 3. Com bolinha de algodão, secar esmalte e deixar dentina úmida; 4. Aplicar 2 camadas de adesivo (primer + bond) por 15 segundos; 5. Leve jato de ar; 6. Fotopolimerizar por 10 a 20 segundos. 1. Limpeza da estrutura dental; 2. Secagem da cavidade – dentina deve estar seca; 3. Aplicar o primer ácido em toda cavidade e deixar por 20 segundos; 4. Leve jato de ar; 5. Aplicar do adesivo (bond) em toda superfície da cavidade por 10 segundos; 6. Leve jato de ar; 7. Fotopolimerizar por 10 a 20 segundos. Indicado para restaurações posteriores. 1. Limpeza da estrutura dental; 2. Secagem da cavidade – dentina deve estar seca; 3. Aplicar duas camadas do adesivo (primer acido + bonde) por 10 segundos; 4. Leve jato de ar; 5. Fotopolimerizar por 10 a 20 segundos. * Os sistemas autocondicionantes dispensam apenas o condicionamento acido da dentina, mas deve ser feito em esmalte. Leonardo Scudeler Moraes 9 ANESTÉSICOS – ANESTESIOLOGIA Metabolismo Indicação Contra-indicação Duração em horas Lidocaína 2% (com adrenalina ou noradrenalina) ou 3 % Hepático. Gestantes (máx. 2 tubetes), diabéticos, problemas renais e problemas respiratórios. Problemas hepáticos. 1,5 a 4 horas. Mepivacaína 2% (com adrenalina ou noradrenalina) ou 3 % Hepático. Odontopediatria (sem vaso) e problemas respiratórios. Problemas hepáticos. 2 a 4 horas. Prilocaina 3% (com felipressina) Renal e pulmonar. Cardiopata, problemas hepáticos e usuários de drogas. Problemas renais, problemas respiratórios, anemia falciforme e gestantes. 1,5 a 3 horas. Articaina 4% (com adrenalina) Plasma e hepático. Problema renal. Problemas respiratórios, problemas hepáticos, anêmicos, com insuficiência cardíaca e usuários de drogas. 2 a 4 horas. Bupivacaína 0,5% (com adrenalina) Hepático. Problemas respiratórios e problemas renais. Problemas hepáticos. 4 a 10 horas. CARACTERÍSTICAS DOS SAIS ANESTÉSICOSInício de ação (tempo de latência) Duração (com vasoconstritor) Meia-vida plasmática Lidocaína (referencial) 2 a 4 minutos. 1,5 a 4 horas. 1,6 horas. Mepivacaína (potência similar a lidocaína) 1,5 a 2 minutos. 2 a 4 horas. 1,9 horas. Prilocaína (potência similar a lidocaína) 2 a 4 minutos. 1,5 a 3 horas. 1,6 horas. Articaína (potência 1,5 vezes maior que a lidocaína) 2 a 4 minutos. 2 a 4 horas. 40 minutos. Bupivacaína (potência 4 vezes maior que a lidocaína) 5 a 8 minutos. 4 a 10 horas. 2,7 horas. DOSES MÁXIMAS Dose máxima Máximo absoluto Lidocaína 2% ou 3% 4,4mg 300mg Mepivacaína 2% ou 3% 4,4mg 300mg Prilocaína 3% 6mg 400mg Articaína 4% 7mg (adultos) ou 5mg (crianças) 500mg Bupivacaina 0,5% 1,3mg 90mg VASOCONSTRITORES 1:50.000 1:100.000 1:200.000 Adrenalina 5,5 tubetes. 11 tubetes. 22 tubetes. Noradrenalina 5,5 tubetes. 11 tubetes. 22 tubetes. Cardiopata 1 tubete. 2 tubetes. 4 tubetes. Felipressina Sempre 5 tubetes no máximo. CÁLCULO ANESTESICO Como fazer? Paciente 87kg; Prilocaína 3% com felipressina. 1ml ------- 30mg 6 x 87 = 522 (máx. 400mg) 1,8ml ----- X à X = 54mg. 400/54 = 7,4 tubetes (máximo de 5 tubetes devido a felipressina). Leonardo Scudeler Moraes 10 ONDE USAR – ANESTESIOLOGIA Lidocaína Mepivacaína Prilocaína Articaína Bupivacaína Saudável ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ Pressao alta ✓ Cardiopata ✓ Problema hepático X X ✓ X X Problema renal ✓ ✓ X ✓ ✓ Problema respiratório ✓ ✓ X X ✓ Gestantes ✓ máx. 2 tubetes ✓ máx. 2 tubetes X X Idosos 2ª escolha 1ª escolha 3ª escolha 3ª escolha O que são cardiopatas? É uma doença crônica do músculo cardíaco (miocárdio), em que o músculo é anormalmente aumentado, espessados ou enrijecido. O músculo do coração enfraquecido perde a capacidade de bombear o sangue de forma eficaz, resultando em batimentos cardíacos irregulares e insuficiência cardíaca. - Arritmia: ritmo anormal ou irregularidade dos batimentos cardíacos. A pulsação pode ser quer muito rapidamente (taquicardia) ou demasiado lento (bradicardia). - Angina pectoris: é uma dor no peito resultante de uma redução parcial e reversível da demanda de oxigênio no músculo cardíaco, geralmente devido à obstrução das artérias coronarianas. A dor geralmente não é bem localizada, pode ocorrer no centro do peito, costas, pescoço, queixo ou ombros. Muitas vezes é desencadeada pelo estresse emocional ou pelo exercício físico, sendo aliviada pelo repouso. - Insuficiência cardíaca congestiva: é o resultado da incapacidade do coração em fornecer um suprimento adequado de oxigênio para atender às demandas metabólicas do organismo e está associada a vários fatores de complicações. - Infarto do miocárdio: é consequência de isquemia prolongada (falta de aporte sanguíneo) no músculo cardíaco que resulta em necrose. Procedimentos odontológicos devem ser adiados pelo menos por seis meses e, idealmente, por mais de um ano após o infarto. Na maioria das vezes, o médico comunica ao cirurgião-dentista sobre a impossibilidade de uso de agentes vasoconstrictores nesses casos. Outros cuidados - Endocardite bacteriana: qualquer procedimento odontológico com risco em pacientes com comprometimento cardiovascular e sangramento deve ser avaliada a necessidade de profilaxia com antibióticos em pacientes suscetíveis ao desenvolvimento de endocardite bacteriana; • Qualquer procedimento odontológico com risco em pacientes com comprometimento cardiovascular e sangramento deve ser avaliada a necessidade de profilaxia com antibióticos em pacientes suscetíveis ao desenvolvimento de endocardite bacteriana. - Pressão arterial: • O sal anestésico não é fator limitante, deve-se tomar cuidado com os vasos constritores; • Em casos de hipertensão compensada pode-se utilizar vasoconstritores adrenérgicos (adrenalina) ate 4 tubetes 1:200.000 ou 2 tubetes 1:100.000. Classificação Pressão arterial sistólica (PAS) Pressão arterial diastólica (PAD) Normal ≤ 120 ≤ 80 Pré-hipertensão 121 – 139 81 – 89 Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99 Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 – 109 Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥110 Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA. - Diabetes: • Utilizar lidocaína com adrenalina 1:100.000, de 2 a 3 tubetes; • Cuidado com a adrenalina, pois aumenta a glicemia; • Pode-se associar com prilocaína com felipressina, de 5 a 8 tubetes. Leonardo Scudeler Moraes 11 INERVAÇÃO – ANESTESIOLOGIA Anastomose: a raiz mesio-vestibular do 1º molar superior na maioria dos casos é inervada por dois nervos, que são o n. alveolar superior posterior e n. alveolar superior médio. O posterior inerva molares e o médio inerva pré-molares, mas nessa raiz ocorre essa dupla inervação denominada anastomose. N. maxilar N. alveolar superior posterior (polpa, gengiva e periosteo vestibular dos molares) N. infra-orbital N. alveolar superior medio (polpa, gengiva e periosteo vestibular dos pré-molares) N. alveolar superior anterior (polpa, gengiva e periosteo vestibular dos dentes anteriores) N. palatino maior (genvia e periosteo dos molares superiores ate a mesial do 1º pré-molar) N. nasopalatino (genvia e periosteo da distal dos caninos ate a distal do canino colateral) N. mandibular N. alveolar inferior (polpa de todos os dentes da mandibula) N. mentual (gengiva, periosteo vestibular e labio de incisivo cental a 2º pré-molar) N. bucal (gengiva e periosteo vestibular dos molares) N. lingual (gengiva e periosteo lingual) Leonardo Scudeler Moraes 12 TÉCNICAS INTRA ORAIS – ANESTESIOLOGIA Supra-periosteal Sub-periosteal - Agulha curta; - Bisel voltado para o osso, mas não encosta; - Agulha paralela ao longo eixo do dente; - Não penetrar no periósteo; - Punção da agulha no fundo de sulco, próxima a região ao ápice da raiz; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. Indicação: tratamento de poucos dentes ou em tecido mole; Contraindicação: regiões de inflamação e infecção aguda. - Agulha curta; - Bisel voltado para o osso; - Agulha a 45º em relação ao longo eixo do dente; - Deve penetrar no periósteo, ate chegar no osso; - Punção da agulha no fundo de sulco, próxima a região ao ápice da raiz; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. Indicação: dentes superiores; Contraindicação: dentes inferiores em adultos – compacta óssea espessa. Intra-septal Intra-ligamentar Intra-pulpar - Agulha curta; - Penetrar na papila gengival, de modo que a ponta penetre no septo do osso. Indicação: raspagem, isolamento absoluto – colocação de grampos. - Agulha curta; - Introdução da agulha sob a borda livre da gengiva ao lado mesial do dente. - Colocar algodão embebido de solução anestésica sobre a câmara pulpar; - Agulha curta; - Introduzir a agulha diretamente na polpa; - Injetar o anestésico sob compressão enérgica. - Paciente reagira bruscamente pela dor provocada. TÉCNICAS MAXILARES – ANESTESIOLOGIA Nervo alveolar superior posterior (NASP) Nervo infraorbital (NIO) Nervo nasopalatino - Agulha curta; - Bisel voltado para o osso, mas não encosta; - Punção 2mm fora de fundo de sulco na região do 2º molar; - Agulha a 45º em relação ao plano oclusal; - Avançar cerca de 2/3 da agulha; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. - Complementar no palato com prilocaina + felipressina; - Para 1º molar é necessário infiltrativa em conjunto. - Agulha longa; - Punção 2 a 3mm fora de fundo de sulco; - Agulha paralela ao longo eixo do 2º pré-molar; - Levemente angulada para encontrar no osso, em seguida recuar; - Penetrar cerca de 20mm; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. - Agulhacurta; - Paralela ao longo eixo dos incisivos; - Penetrar no forame incisivo; - Avançar cerca de 12 a 15mm; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. Indicação: tecidos moles palatinos entre os caninos. Nervo palatino anterior/maior Nervo maxilar (LABAT) Nervo maxilar (CARREA) - Agulha curta; - Punção no forame palatino maior; - Próximo a distal do 2º molar (na junção do palato duro com o rebordo alveolar); - Penetrar cerca de 10 a 12mm; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. Indicação: controle da dor em tecidos moles e duros distais ao canino; - Sempre realizar em cirurgias de 3º molar. - Agulha longa; - Fazer curvatura na agulha, mais para o final; - Punção 2 a 3mm fora de fundo se sulco, próximo a região do 2º molar; - Agulha a 45º em relação ao plano oclusal; - Penetrar de 35 a 40mm; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. - Não há hemostasia. - Agulha longa ou extralonga; - Punção no forame palatino maior; - Próximo a região de 3º molar; - Agulha paralela ao rebordo palatino e seringa apoiada na mandíbula do mesmo lado; - Penetrar cerca de 35mm; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. * Nunca utilizar noradrenalina no palato; * A bupivacaina é uma anestesia complementar, sempre utilizar para maior duração; * Mesmo trabalhando com bloqueio, fazer infiltrativa para hemostasia. Leonardo Scudeler Moraes 13 TÉCNICAS MANDIBULARES – ANESTESIOLOGIA Nervo alveolar inferior (NAI) – Direta Nervo alveolar inferior (NAI) – Indireta Nervo mentoniano Vai diretamente no nervo alveolar. - Agulha longa; - Bisel voltado para o osso; - Carpule posicionada na região de pré-molares do lado oposto; - Introduzir a agulha na região de trigono-retro- molar ate que toque no osso; - Em direção ao forame mandibular; - Recuar 1mm; - Aspirar e injetar cerca de 2/3 do tubete lentamente, sempre aspirando (NAI); - Recua, deixando 1/3 da agulha inserido; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando (lingual); - Fazer complementação próximo a região de 2º molar; - Na linha obliqua; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando (bucal). - Agulha longa; - Bisel voltado para o osso; - Agulha paralela ao plano oclusal; - Introduzir 1/3 da agulha em direção ao forame mandibular; - Aspirar e injetar ½ do tubete lentamente, sempre aspirando (bucal); - Introduzir a agulha até pouco menos da metade; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando (lingual); - Recuar levemente a seringa, mantendo a agulha em posição; - Leva carpule ate a comissura labial do lado oposto; - Introduzir ate encontrar resistência óssea; - Recuar 1mm; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando (NAI). - Com outro tubete, injetar novamente no NAI. - Agulha curta; - Punção da agulha no sentido póstero-anterior; - Punção 3 a 5mm fora de fundo de sulco, próximo ao longo eixo do 2º pré-molar; - Em direção ao forame mentual; - Tocar no osso; - Recuar 1mm; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. Indicação: tecidos moles anteriores ao forame. Nervo mandibular (GOWGATES) Nervo mandibular (AKINOSI) Paciente deitado, com a boca bem aberta e com pescoço levemente distendido para trás. - Agulha longa; - Agulha a 45º com o plano oclusal; - Carpule posicionada na região de pré-molares do lado oposto; - Punção na altura da cúspide disto-palatina do 2º molar, em sentido antero- posterior; - Em direção ao côndilo mandibular; - Introduzir ate sentir resistência óssea; - Recuar cerca de 2mm; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. Paciente em oclusão, porem relaxado e bochecha afastada. - Agulha longa; - Bisel oposto ao ramo; - Punção na altura da junção mucogengival na vestibular do 2º ou 3º molar; - Próximo a tuberosidade; - Introduzir cerca de 25mm da agulha; - Aspirar e injetar lentamente o anestésico, sempre aspirando. Indicação: abertura bucal limitada. * Trigono-retro-molar: com o dedo polegar palpar o ramo ascendente e o ligamento pterigo-mandibular Leonardo Scudeler Moraes 14 SEQUÊNCIA CLÍNICA – DENTÍSTICA Resina composta Amalgama 1. Profilaxia: pedra pomes e água; • Taça de borracha nas superfícies lisas; • Escova de Robson nas superfícies oclusais; 2. Diagnóstico da atividade da lesão (uso de exame radiográfico); 3. Verificação de contatos oclusais; 4. Seleção das cores e resinas com dente úmido e luz natural; 5. Anestesia; 6. Isolamento absoluto; 7. Preparo cavitário e limpeza da cavidade: • Uso de cunhas e matriz; • Acesso: brocas diamantadas em alta rotação com refrigeração; • Remoção do tecido cariado: curetas ou brocas carbide em baixa rotação com irrigação (remover dentina infectada); • Paredes circundantes devem estar com dentina sadia, e parede pulpar manter a dentina afetada; 8. Limpeza da cavidade com bolinha de algodão com clorexidina 2% por 1 minuto; 9. Proteção do complexo dentino-pulpar (os cimentos devem estar restritos a parede pulpar, não havendo contato com as paredes circundantes); 10. Condicionamento acido e aplicação do sistema adesivo (antes de aplicar o adesivo, lavar a cavidade e secar com leves jatos de ar distantes, mantendo a dentina úmida); 11. Inserção da resina composta pela técnica incremental (uso de cunha, matriz e porta matriz); 12. Ajuste oclusal: brocas diamantadas F e FF em baixa rotação com refrigeração; • Dente seco; • Utilizar papel carbono + pinça Muller; • Verificação de contatos em MIH, protrusão e lateralidade; 13. Acabamento: • Classe II: onde teve excesso de material pode-se retirar com lâmina de bisturi no 12; • Tiras de lixa para manter a convexidade cervico-incisal, com movimentos de tração. Inserção pela parte neutra, onde não tem granulação; • Desgastar com brocas multi-lâminadas (12 ou + lâminas), sendo com forma de Chama e Piriforme para vertentes das cúspides e formato esférico para sulcos – com refrigeração; 14. Polimento: • Brocas diamantadas F e FF; • Discos abrasivos: amarelo, verde, branco; • Discos de feltro + pasta diamantada. Acabamento e polimento após 24 horas. * Em casos de lesão por abfração, somente confeccionar bisel no ângulo cavo-superficial, não há necessidade de preparo por não ser uma lesão cariosa. 1. Profilaxia: pasta profilática ou pedra pomes e água; • Taça de borracha nas superfícies lisas; • Escova de Robson nas superfícies oclusais; 2. Diagnóstico da atividade da lesão (uso de exame radiográfico); 3. Verificação de contatos oclusais; 4. Seleção das cores e resinas com dente úmido e luz natural; 5. Anestesia; 6. Isolamento absoluto; 7. Preparo cavitário: • Uso de cunhas e matriz; • Acesso: brocas diamantadas em alta rotação com refrigeração; • Remoção do tecido cariado: curetas ou brocas carbide em baixa rotação com irrigação (ate dentina infectada); • Forma de contorno: brocas 245 ou 330; 8. Limpeza da cavidade com clorexidina 2%; 9. Proteção do complexo dentino-pulpar; 10. Trituração do amalgama: pó + líquido; 11. Inserção do amálgama com o porta amálgama (uso de cunha e matriz); 12. Condensação (1, 3, 2); 13. Brunidura pré-escultura: superfície lisa e melhorar adaptação marginal; 14. Escultura: reprodução de detalhes anatômicos, início nas vertentes da cúspide; 15. Brunidura pós-escultura; 16. Ajuste oclusal: brocas diamantadas F e FF em baixa rotação com refrigeração; • Dente seco; • Utilizar papel carbono + pinça Muller; • Verificação de contatos em MIH, protrusão e lateralidade; 17. Acabamento: • Desgastar com brocas multi-lâminadas de (12 ou + lâminas), sendo com forma de Chama e Piriforme para vertentes das cúspides e formato esférico para sulcos – com refrigeração; • Nuncafazer movimentos vai e vem, porque esquenta e risca a restauração. O movimento deve ser no sentido contrário ao movimento da broca; • Sonda exploradora para ver se a superfície se encontra lisa, sem degraus; • Tiras de lixa para manter a convexidade cervico-incisal; 18. Polimento: • Discos abrasivos: marrom, verde e azul; • Tiras de lixa em restauração classe II com pasta abrasiva; • Taça de borracha ou escova de Robinson: amalgloss + água ou pedra pomes + água. Acabamento e polimento após 48 horas. * Para amalgama, não se realiza ataque acido e aplicação de adesivo. Reparo de restaurações Possibilidade: perda de forma ou desgaste da restauração, falta de retenção, alteração de cor e durabilidade do material restaurador, integridade marginal, pontos de contato deficientes, excessos ou defeitos cervicais. 1. Profilaxia: escova de Robson, taca de borracha, pedra pomes e água. 2. Seleção da resina composta: luz ambiente, fotopolimerizar o incremento. 3. Isolamento. 4. Preparo da superfície: remoção da parte comprometida e ataque acido. 5. Aplicação dos agentes de união: sistema adesivo. 6. Aplicação da resina composta selecionada: técnica incremental, tempo de fotopolimerização de acordo com o fabricante. 7. Acabamento e polimento da restauração: movimentos em MIH, guias protrusivas e lateralidade – após 24 horas. Leonardo Scudeler Moraes 15 ISOLAMENTO ABSOLUTO – DENTÍSTICA O que isolar? Furos do perfurador Grampos Anteriores: de pré-molar a pré-molar (o grampo vai no pré-molar. Posteriores: grampo 1 dente para trás e 2 para frente. 1º furo: incisivos inferiores. 2º furo: incisivos superiores. 3º furo: caninos e pré-molar. 4º furo: molares. 5º furo: molares com grampo. 200 a 205: molares. 206 a 209: pré-molares. 210 a 212: dentes anteriores. W8A, 29, 14 e 26: posteriores com pouca retenção. PREPARO CAVITÁRIO – DENTÍSTICA REMOÇÃO DE MATERIAIS Remoção de amalgama Remoção de resina composta Remoção de tecido cariado Broca tronco cônica diamantada ou carbide em alta rotação com refrigeração. Broca esférica diamantada em alta rotação com refrigeração (1011 ou 1012). Broca esférica lisa (carbide) em baixa rotação (2, 4, 6. Ou colher de dentina. *Remover até dentina infectada, a afetada não. FORMA DO PREPARO Resina composta Amalgama Paredes circundantes paralelas entre si e perpendicular à parede de fundo. Paredes da cavidade suportadas por dentina sadia. Paredes de fundo planas e lisas. Ângulos arredondados; Brocas 3118F, 1190F e 1111F. Parede pulpar plana e perpendicular ao longo eixo de dente. Paredes vestibular e lingual convergentes para oclusal. Paredes mesial e distal divergentes para oclusal. Ângulos ligeiramente arredondados; Brocas 245 e 330. PREPAROS ATÍPICOS Slot vertical Slot horizontal Preparo tipo túnel Não envolve preparo oclusal, limita-se apenas a face proximal e a crista marginal (remoção do ponto de contato). Iniciar preparo pela crista, devendo proteger o dente vizinho com matriz. Usar quando tem lesão de carie na proximal, porem sem comprometimento da crista marginal. Preserva-se o ponto de contato fazendo o acesso pela vestibular ou lingual. Para lesão de carie inicial em pré-molares e molares, preservando crista marginal e ponto de contato. O acesso é realizado pela oclusal, longe da crista marginal, ate chegar à lesão. PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR – DENTÍSTICA Cavidade rasa (1/3 da dentina) Cavidade média (de 1/2 a 2/3) Cavidade profunda (mais de 2/3) C. profunda com exposição pulpar 1. Ataque com acido fosfórico; 2. Adesivo. 1. Cimento de ionômero de vidro; 2. Ataque com acido fosfórico; 3. Adesivo. 1. Cimento de hidróxido de cálcio; 2. Cimento de ionômero de vidro; 3. Ataque com acido fosfórico; 4. Adesivo. 1. Hidróxido de cálcio PA; 2. Cimento de hidróxido de cálcio; 3. Cimento de ionômero de vidro; 4. Ataque com acido fosfórico; 5. Adesivo. * Os cimentos devem estar restritos a parede pulpar, não havendo contato com as paredes circundantes. Leonardo Scudeler Moraes 16 TÉCNICAS RESTAURADORAS – DENTÍSTICA Técnica incremental Técnica do carimbo ou oclusal stamps - Incrementos de 2mm, sem envolver paredes opostas; - Fotopolimerizar os incrementos por 20 segundo; - O último incremento, fotopolimerizar por 40 segundos. Utilizar quando não há cavidade na oclusal e a mesma está preservada. - Silicone: manipular, moldar somente o dente e obter o molde da oclusal; - Top Dam: aplicar em toda face oclusal, apoiar microbrush, fotopolimerizar e remover (na hora de carimbar o dente, colocar barreira isolante para não grudar na resina); - Resina flow: aplicar em toda face oclusal, apoiar microbrush, fotopolimerizar e remover (na hora de carimbar o dente, colocar barreira isolante para não grudar na resina). * Em cavidades profundas, utilizar resina Bulk-fill para dar corpo a restauração em somente um incremento grande (possui menor contração), e deixar cerca de 1mm para fazer a última camada de resina convencional com a técnica incremental, devolvendo a anatomia. Pode ser utilizada em dentes anteriores e posteriores, mas não finalizar a restauração com ela por ser muito translucida. CLASSIFICAÇÃO DE BLACK – DENTÍSTICA Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V Cavidades preparadas em regiões de má coalescência. - Face oclusal de molares e pré-molares; - 2/3 oclusal da face vestibular dos molares inferiores; - Face lingual dos incisivos e caninos superiores; - 2/3 da face palatina dos molares superiores. Cavidades preparadas nas faces oclusais e proximais dos pré-molares e molares. Cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, sem remoção do ângulo incisal. Cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, com remoção do ângulo incisal. Cavidades preparadas no terço gengival, não de cicatrículas, nas faces vestibular e lingual de todos os dentes. Ordem das restaurações: de menor para maior complexidade à classe V, classe I, II, III e IV. CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS – DENTÍSTICA Características Indicação Macroparticulada (partículas grandes) - Alta resistência mecânica; - Alta rugosidade superficial; - Péssimo polimento; - Alto grau de manchamento; - Radiopacidade menor que a dentina. Dentes posteriores. Microparticulada (partículas pequenas) - Alto grau de polimento e manutenção do mesmo; - Baixa resistência mecânica; - Alto grau de sorção de pigmentos – manchamento. Dentes anteriores. Híbridas (partículas grandes e pequenas) - Maior resistência mecânica; - Relativo polimento superficial; - Dificuldade de manter o polimento. Dentes posteriores. Microhibridas (várias partículas pequenas) - Maior capacidade de manutenção de polimento que as hibridas. Dentes anteriores; Dentes posteriores. Nanoparticuladas - Excelente polimento, lisura superficial e manutenção do brilho; - Melhor que a microhibrida quanto a estética. Dentes anteriores. Nanohibridas - Características semelhantes as resinas microhibridas. Dentes anteriores; Dentes posteriores. * Se for ter somente uma no consultório, escolher a microhibrida; * Quanto maior a partícula, maior resistência mecânica. Quanto menor a partícula, melhores propriedades óticas. Leonardo Scudeler Moraes 17 DIAGNÓSTICO DE CÁRIE – CARIOLOGIA ICDAS 0: Nenhuma alteração na translucidez do esmalte apos secagem de 5s; • Manhas causadas por hábito de beber café, defeitos de desenvolvimento sem sinais de carie. 1: Opacidade visível apos secagem de 5 segundos (pigmentação restrita ao fundo da fissura); • Em superfícies lisas, opacidade notável após secagem de 5 segundos; • Em superfícies oclusais: opacidade notável após secagem de 5 segundos e pigmentação retida em fundo de fossulas e sulcos. 2: Opacidade visível mesmona presença de umidade (pigmentação difusa). • Em superfícies lisas, opacidade notável na presença de umidade; • Em superfícies oclusais: opacidade notável na presença de umidade e pigmentação extrapola fundo de fossulas e fissuras (difusa). 3: Cavidade restrita ao esmalte. 4: Sombreamento da dentina subjacente; • Pode ou não haver microcavitação, desde que não haja dentina aparente. 5: Cavidade com exposição da sentina subjacente em menos de metade da superfície. 6: Cavidade com exposição da sentina subjacente, envolvendo mais de metade da superfície. ATIVIDADE DA LESÃO ICDAS Ativa Inativa 1, 2 e 3 (em esmalte) Lesão opaca, superfície rugosa a sondagem e esbranquiçada. Lesão brilhante e polida, superfície lisa a sondagem e fundo da fissura escurecido. 4, 5 e 6 (em dentina) Presença de tecido amolecido, cor amarelada ou acastanhada, aspecto úmido, opacidade no esmalte adjacente. Tecido endurecido no fundo da lesão, cor marrom escura ou enegrecida, aspecto seco, ausência de opacidade no esmalte adjacente. TRATAMENTO DAS LESÕES Lesões ativas Lesões inativas Código 1 e 2 Código 3 e 4 Código 5 e 6 Código 1, 2 e 3 Código 4, 5 e 6 Tratamento não invasivo. Depende muito da profundidade da lesão – realizar radiografia. Tratamento restaurador, caso tenha retenção de biofilme. Ou tratamento não restaurador. Tratamento restaurador. Devolver anatomia, função e estética. Acompanhamento e orientação de higiene bucal. Tratamento restaurador. Devolver anatomia, função e estética. Leonardo Scudeler Moraes 18 MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO DO FLUOR – CARIOLOGIA Verniz fluoretato (Duraphat) Flúor gel Aplica-se em um número menor de lesões. Indicação: pacientes de todas as idades, incluindo pacientes até 5 anos. 1. Profilaxia com pedra pomes; 2. Secagem (sugador sempre na boca); 3. Isolamento relativo com gaze; 4. Aplicar verniz com microbrush em toda extensão da lesão; 5. Lubrificar com 1 ou 2 gotas de água para evaporar o álcool; 6. Não remover verniz; 7. Orientar paciente para não ingerir alimentos por 3 horas e não escovar a região por 12 horas. Aplica-se em toda cavidade. Indicação: pacientes maiores que 5 anos, pacientes com alto risco de cárie e pacientes que possuem lesões de carie ativas em vários dentes. 1. Profilaxia com pedra pomes; 2. Secagem (sugador sempre na boca); 3. Escolha da técnica: • Aplicação com cotonete: dispensar gel no dappen e aplicar com cotonete; • Aplicação com moldeira: dispensar gel na moldeira e levar na boca do paciente. 4. Deixar agir por 1 minuto; 5. Passar fio dental embebido no gel entre as faces proximais dos dentes; 6. Remover o excesso com gaze e sugador; 7. Pedir para paciente cuspir excesso; 8. Orientar para não ingerir alimentos por 30 minutos. Bochecho fluoretado Indicados para pacientes com alto risco ou atividade de carie que não estão conseguindo controlar com meios convencionais de uso de flúor. - Manipulado: • NaF 0,05% (220ppm F) para bochecho diário (para tratamento); • NaF 0,2% (900ppm F) para bochecho semanal (para prevenção). - Produto comercial: • Possui 220ppm F na forma de NaF; • Recomendado o uso 2x ao dia. FLUOR FOSFATO ACIDULADO X FLUORETO DE SÓDIO NEUTRO Fluor-fosfato acidulado Fluoreto de sódio neutro 1,23% de fluoreto de sódio em acido ortofosfórico a 0.1M. Maior formação de fluoreto de cálcio comparado ao fluoreto de sódio neutro – maior eficiência em reduzir a desmineralização do esmalte. Sempre optar por ele. Mas: - Contraindicado em caso de restauração nos dentes anteriores (aumenta a rugosidade) - Contraindicado em casos de exposição radicular (dor e sensibilidade) 2% de fluoreto de sódio em meio neutro. - Utilizar em casos de restaurações em dentes anteriores e em casos de exposição radicular. Leonardo Scudeler Moraes 19 MÉTODOS TERAPÊUTICOS DE PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR – CARIOLOGIA Tratamento restaurador atraumático (ART/TRA) Tratamento restaurador atraumático modificado Feito somente com instrumentos manuais e sem anestesia, deixando as camadas mais profundas do tecido cariado. A cavidade é selada com CIV. Indicado para dentes com lesões cariosas em dentina; Não realizar em cavidades profundas ou onde há sintomatologia dolorosa; Não é adequação do meio, e sim a restauração definitiva. 1. Profilaxia; 2. Acesso a lesão: utilizar recortadores de bordo ou machados para romper a camada de esmalte socavado; 3. Remoção total do tecido cariado das paredes circundantes; 4. Remoção seletiva do tecido cariado: remover todo o tecido amolecido da parede pulpar com curetas afiadas; 5. Isolamento relativo; 6. Limpeza da cavidade com clorexidina 2% e secagem com algodão; 7. Condicionamento de superfície com ácido poliacrílico (líquido do CIV) por 15 segundos; 8. Lavagem e secagem da cavidade com bolinha de algodão; 9. Manipulação e inserção do CIV de alta viscosidade na cavidade (utilizar matriz e cunha) com espátula de inserção; 10. Vaselinar o elemento e fazer pressão com o dedo sobre o CIV; 11. Remover excessos; 12. Ajuste oclusal; 13. Aplicar outra camada de vaselina; 14. Solicitar ao paciente para não comer por 1 hora. Mesmo princípio, porem há a utilização de ponta diamantada em alta rotação, a qual deve ser utilizada restrita ao esmalte, para a remoção da estrutura sem sustentação. Tratamento expectante Remoção parcial da cárie Consiste em remover parcialmente a dentina cariada, de forma a manter a dentina amolecida (infectada) nas paredes profundas da cavidade, com o intuito de evitar exposição pulpar. Após determinado tempo de espera, espera-se que o complexo dentinopulpar tenha estimulado a formação de uma dentina esclerosada e é realizada uma nova abordagem para remoção de todo o tecido cariado amolecido que ainda persiste. Indicação: possibilidade de exposição pulpar se houver remoção de todo o tecido cariado, pulpite irreversível. 1. Anestesia; 2. Isolamento; 3. Remoção do tecido cariado com curetas de dentina ou broca esférica carbide em baixa rotação: remover todo tecido cariado das paredes circundantes para depois remover a dentina amolecida (infectada) da parede pulpar; 4. Limpeza da cavidade com água de cal e secagem com bolinha de algodão; 5. Recobrir parede pulpar com cimento de hidróxido de cálcio; 6. Restaurar a cavidade com cimento de ionômero de vidro restaurador; 7. Aguardar de 45 a 120 dias – se não houver sintomatologia dolorosa; 8. Radiografia para avaliar formação de barreira dentinária mineralizada e periapice; 9. Remoção total do material restaurador provisório e do tecido cariado; 10. Detectar se houve remineralização da dentina cariada; 11. Restauração definitiva. Diferentemente do tratamento expectante, não é realizada uma segunda intervenção para confirmar a remineralização do tecido cariado mantido. Indicação: lesões de cárie profunda, nas quais o paciente apresenta quadro clínico compatível com pulpite reversível. Realizar selamento da cavidade com CIV (material restaurador temporário), e em seguida, adapta-lo como base cavitária (abaixar o CIV e utilizar como se fosse proteção pulpar) para realizar a restauração definitiva. Capeamento pulpar direto Recobrimento direto de polpa dentária exposta por acidentes operatórios, como, por exemplo, na troca de restaurações extensas ou em casos de traumatismo dentário. Visa formação de dentina reparadora/ponte de dentina. Indicação: pulpite reversível/hiperemia. 1. Anestesia; 2. Isolamento; 3. Limpeza da cavidade com clorexidina 2%, água de cal ou soro fisiológico; 4. Promover hemostasia; 5. Ampliação do preparo com brocas carbide para regularização das margens; 6. Limpar novamente a cavidade com água de cal (com seringa ou algodão estéril – deixar agir por 10 minutos); 7. Depositar hidróxido de cálcio PA com portaamalgama – somente no local da exposição; 8. Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio – começar depositando ao redor do pó; 9. Restauração provisória: aplicação de cimento de ionômero de vidro no restante da cavidade (pasta + pasta); 10. Aguardar de 30 a 45 dias; Se não houver sintomatologia dolorosa ou alteração pulpar: 11. Abaixar o ionômero de vidro; 12. Restauração definitiva. Capeamento pulpar indireto Esta terapia consiste na remoção de toda a dentina infectada (amolecida) e posterior forramento da parede pulpar da cavidade dentária sem que tenha ocorrido exposição da polpa, mas podendo ser observada por translucidez. 1. Anestesia; 2. Isolamento; 3. Remoção do tecido cariado: remover todo tecido cariado das paredes circundantes para depois remover a dentina amolecida (infectada) da parede pulpar; 4. Limpeza da cavidade com clorexidina 2% ou água de cal; 5. Realizar proteção pulpar de acordo com a profundidade da cavidade; 6. Restauração definitiva. Leonardo Scudeler Moraes 20 Curetagem pulpar Pulpotomia Remoção superficial da polpa coronária que eventualmente tenha sido exposta durante o tratamento conservador, e contaminada por microrganismos do meio bucal. Outra possível situação clínica ocorre após traumatismo dentário, quando o remanescente pulpar fica em contato com o meio bucal por poucas horas. 1. Anestesia; 2. Isolamento; 3. Abertura do orifício de exposição com brocas carbide; 4. Remove-se de 1,5 a 2,0 mm da polpa exposta com cureta (afiada) ou broca esférica lisa, buscando extirpar toda porção contaminada; 5. Limpeza da cavidade com clorexidina 2%, água de cal ou soro fisiológico; 6. Hemostasia: observar o estancamento do sangramento após a limpeza da cavidade e o aspecto da coloração vermelho-viva da polpa; 7. Aplicar Otosporin de 10 a 15 minutos; 8. Depositar hidróxido de cálcio PA com porta amalgama – somente no local da exposição; 9. Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio – começar depositando ao redor do pó; 10. Restauração provisória: aplicação de cimento de ionômero de vidro no restante da cavidade (pasta + pasta); 10. Aguardar de 30 a 45 dias; Se não houver sintomatologia dolorosa ou alteração pulpar: 11. Abaixar o ionômero de vidro; 12. Restauração definitiva. Remoção da polpa presente na câmara pulpar, preservando-se o tecido pulpar que está nos condutos radiculares. Essa terapia está indicada somente nos casos em que a lesão inflamatória restringe-se a uma pequena porção da polpa coronária. Indicação: pulpite reversível após o diagnóstico de cárie. 1. Anestesia; 2. Isolamento; 3. Remoção de todo tecido cariado e do teto da câmara pulpar com broca carbide; 4. Excisão da polpa coronária com cureta ou broca esférica lisa – cortar o tecido pulpar 0,5mm abaixo da entrada dos canais; 5. Limpeza da cavidade com água de cal ou soro fisiológico; 6. Hemostasia: observar o estancamento do sangramento após a limpeza da cavidade e o aspecto da coloração vermelho-viva da polpa; 7. Aplicar Otosporin de 10 a 15 minutos; 8. Depositar hidróxido de cálcio PA com porta amalgama – somente no local da exposição; 9. Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio – começar depositando ao redor do pó; 10. Restauração provisória: aplicação de cimento de ionômero de vidro no restante da cavidade (pasta + pasta); 10. Aguardar de 30 a 45 dias; Se não houver sintomatologia dolorosa ou alteração pulpar: 11. Abaixar o ionômero de vidro; 12. Restauração definitiva. * A idade do paciente interfere no prognostico do tratamento. * Pacientes mais jovens respondem melhor ao tratamento devido maior metabolismo e maior capacidade de reparo. * Já o paciente idoso apresenta menor volume da câmara pulpar, menor número de células e metabolismo deficiente. * Se está removendo o tecido cariado, tem exposição, mas ainda tem tecido cariado: tratamento endodôntico. * Água de cal: misturar 10 a 20g de hidróxido de cálcio PA em 200ml de água destilada e aguardar os constituintes sólidos decantarem. Em cima fica a uma solução alcalina de hidróxido de cálcio 0,2% – aplicar com seringa ou algodão estéril. Leonardo Scudeler Moraes 21 PROCEDIMENTOS CLÍNICOS – PERIODONTIA INSTRUMENTAIS Cureta McCall (supragengival) Cureta Gracey (subgengival) Sondas Outras Dois ângulos de corte. 13-14: anteriores; 17-18: posteriores. Um ângulo de corte. 3-4: anteriores; 5-6: anteriores e pré-molar; 11-12: posteriores na mesial; 13-14: posteriores na distal. Norte Carolina: milímetros; WHO: profundidade de sulco 3,5 e 5,5 mm; Nabers: medir bifurcações. Foice monoangulada Goldman Fox: raspador mais bruto (indicada para raspagem supra gengival em anteriores e pré-molares); Recortador gengival: recortar margem gengival. TRATAMENTOS O que pode ser realizado durante o tratamento? Como realizar a raspagem e alisamento corono-radicular (RACR)? - Instrução de higiene oral; - Reforço dessas medidas durante as sessões de tratamento; - Raspagem supragengival; - Raspagem subgengival; - Utilização de agente antimicrobianos sistêmicos ou locais; - Manutenção periodontal. No caso da periodontite agressiva, quando ainda há perda de inserção mesmo após a descontaminação do sítio, deve-se lançar mão de antimicrobianos sistêmicos. Em estágios muito avançados, pode-se fazer necessário acesso cirúrgico, facilitando o desbridamento (ultrassom) cuidadoso da região. 1. Profilaxia com clorexidina 0,12%. 2. Raspagem supragengival (Cureta McCall, foice). 3. Raspagem subgengival (Cureta Gracey). Aguardar 21 dias para reavaliação. Movimentos curtos, firmes e de tração, com rotação da mão, punho e antebraço. Pode-se associar a antibioticoterapia. Em casos de bolsas profundas, não é indicado realizar diretamente a cirurgia, deve-se realizar primeiro a RACR e instrução de higiene oral para ver se há redução da profundidade de sondagem e ganho de nível de inserção. Acesso cirúrgico para raspagem Recessão gengival e sensibilidade - Indicado para acesso para instrumentação, lesões de furca e defeitos infra ósseos; - Não realizar em sítios rasos (bolsas pequenas) menores que 7mm à pode produzir maior perda de inserção. - Realizar incisão intrasucular, preservando a papila, e em seguida deslocar; - A raspagem pode ser feita com cureta, ultrassom e brocas multilaminadas; - A raiz deve estar limpa, podendo identificar a crista óssea; - Suturar nas papilas. - Uso de bochecho contendo fluoreto de sódio 0,2% (900ppm) – uso diário; - Uso de dentifrício fluoretado; - Aplicações de verniz e flúor fosfato acidulado. Abcesso periodontal GUNA 1. Anestesia infiltrativa; 2. Sondagem do sulco; 3. Remoção do corpo estranho/curetagem; 4. Drenagem pelo sulco/bolsa (ou incisão se necessário); 5. Prescrição de medicamento. 1. Remoção dos irritantes locais (gaze para remover o tecido necrótico); 2. Controle químico do biofilme; 3. Reestabelecimento progressivo das medidas de higiene; 4. Prescrição de medicamento. Periodontite agressiva Lesões de furca - Realizar raspagem ou desbridabento, associando a medicamento (prescrição de medicamento.); - Paciente deve tomar a primeira dose do remédio antes da consulta; - Visa ganho de inserção e reduzir a profundidade de sondagem. - Nem sempre optar pela extração, tentar realizar raspagem/desbridamento em um primeiro momento (quando ainda há quantidade considerável de inserção e não há muita mobilidade). - Se houver perda de lâmina dura e aumento do espaço do ligamento periodontal, pode haver lesão endoperio à tratamento endodôntico antes da raspagem. - Onde há perda óssea em forma de cálice, pode-se optar pelo enxerto ósseo. - Realizar raspagem ou desbridabento em um primeiro momento; - Muitas vezes pode-se optar por enxerto em região de furca. * Em lesões de furca grau 3, realizar extração. * Desbridamento é feito com ultrassom(não raspa, ele desprende o cálculo, biofilme e toxinas). Leonardo Scudeler Moraes 22 TERAPIA PERIODONTAL DE SUPORTE Controle e manutenção - Reavaliação; - Voltada para controlar os fatores de risco para a recorrência da doença e perda dental (controle efetivo da doença); - Deve-se empregar tempo suficiente para que o paciente compreenda a importância do controle da placa; - Avaliar dificuldades de higienização; - Motivar e ensinar técnicas de controle de placa adequados para as necessidades de cada paciente. - Sondagem de PSR; - Raspagem subgengival nos sítios que contenham bolsas. No 1º semestre: rechamadas mensais para reavaliações; A partir do 2º semestre: consultas trimestrais ou semestrais. AUMENTO DE COROA CLÍNICA Quando realizar Espaço biológico Deve-se fazer em casos que há invasão do espaço biológico – osteotomia e gengivectomia. - Do local da lesão ate a inserção óssea, deve haver 3mm – referente ao espaço biológico; - Nem sempre se faz necessária a osteotomia, muitas vezes somente o posicionamento mais apical do retalho resolve; - Avaliar se mesmo realizando a osteotomia, ainda haverá boa inserção óssea para realizar o procedimento. Após fazer a incisão e expor a fratura, deve-se sondar o dente e avaliar: • Se distancia entre fratura e inserção for > 3mm: reposicionamento do retalho apicalmente e sutura; Se < 3mm: osteotomia e retalho apical. O espaço biológico é composto por: • Epitélio juncional: 0,97mm; • Inserção conjuntiva: 1,07mm; • Totalizando cerca de 2,04mm. - Na cirurgia de aumento de coroa clínica deve-se considerar o espaço do sulco gengival também, totalizando 3mm; - O limite biológico seguro para colocação subgengival do término cervical de uma restauração/prótese fixa em relação a margem subgengival é de 0,5mm subgengivalmente. Consequências de invasão do espaço biológico Como realizar 1 a 2 semanas: • Inflamação gengival discreta; • Reformulação do epitélio sulcular; • Reabsorção da crista óssea; • Nova unidade de fibras supracrestais. 3 a 8 semanas: • Recessão e inflamação gengival; • Migração e redução do epitélio juncional; • Reabsorção da crista óssea. 12 meses: • Recessão gengival; • Exposição da restauração; • Reabsorção da crista óssea; • Redução do epitélio juncional. Exemplo de caso: • 3mm de discrepância entre os zênites gengivais à precisa remover 3mm de tecido gengival; • Sondagem óssea (margem gengival ate a crista óssea): 4mm; • Não há bolsas e boa quantidade de gengiva inserida. - Visto que o paciente tem 4mm de distância da margem gengival ate a crista óssea e, é necessário remover 3mm, supostamente a nova relação da margem gengival ate a crista óssea seria de 1mm à não há espaço para instalação do espaço biológico (3mm); - Então deve-se realizar osteotomia de 2mm para obter espaço necessário para o espaço biológico e não haver invasão. Realizar moldgem/restauração definitiva após um período de 45 a 60 dias. Leonardo Scudeler Moraes 23 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS GENGIVAIS – PERIODONTIA Doenças gengivais induzidas por placa Doenças gengivais não induzidas por placa Periodontite crônica a. Gengivite induzida por placa e associada com placa dental somente: • Sem outros fatores contribuindo; • Com fatores locais contribuindo (anatomia dental, restaurações, fratura); b. Doenças gengivais induzida por placa e modificada por fatores sistêmicos: • Associada ao sistema endócrino (puberdade, ciclo menstrual, gravidez, diabetes mellitus); • Associada a discrasiais/alterações sanguíneas (leucemia, anemia falciforme); c. Doenças gengivais induzida por placa e modificada por medicamentos: • Ciclosporina, fenitoina, nifedipina, dilantina e contraceptivos orais; • Geram hiperplasia gengival; d. Doenças gengivais induzida por placa e modificadas por má nutrição: • Deficiência de vitamina C, outras. a. Doença gengival causada por bactéria específica; b. Doença gengival causada por vírus (herpes vírus – apresenta-se com ulcerações, muita dor, sem acúmulo de biofilme possivelmente); c. Doença gengival causada por fungos (candidíase gengival generalizada); d. Doença gengival de origem genética (fibromatose gengival hereditária); e. Manifestações gengivais de condições sistêmicas; • Desordens mucocutanas (liquen plano, eritema multiforme, induzidas por drogas, etc); • Reações alérgicas (a material restaurador, dentifrício, enxaguatórios, alimentos); f. Lesões traumáticas (injurias químicas, físicas, térmicas); g. Reações de corpo estranho; h. Não especificada. Ocorre mais em adultos Extensão (localização): • Localizada: sítio em apenas um sextante; • Generalizada: em mais de um sextante; Severidade (gravidade): • Leve (ate 1/3 de perda de inserção); • Moderada (de 1/3 a 1⁄2 de perda de inserção); • Severa (mais de 1⁄2 de perda de inserção). Periodontite agressiva Periodontite como manifestação de doença sist. Doença periodontal necrotizante - Casos fora do padrão, perda de inserção ocorre de forma rápida em sítios específicos; - Muitas vezes a gengiva parece estar normal, mas na sondagem é profunda a perda; - Quantidade de biofilme não é compatível com a quantidade de destruição tecidual; - Ocorre principalmente em jovens; - Não tem fator predisponente e poucos fatores locais. Localizada: perda de inserção localizada em incisivos e primeiros molares permanentes. Atinge normalmente pacientes próximo a puberdade); Generalizada: perda de inserção em qualquer outro dente, além dos incisivos e primeiros molares permanentes. Normalmente atinge pessoas abaixo de 30 anos e idosos. a. Associada a desordens hematológicas (neutropenia adquirida, leucocemias, etc); b. Associado com desordens genéticas (síndrome de down, síndrome de papillon, etc). Gengivite ulcerativa necrotizante (GUNA): • Necrose com inversão de papila, dor e sangramento, causada por fumo, higiene oral precária, má nutrição e stress. Sensação de cunha entre os dentes e gosto metálico, dor e mau hálito. • Presença de pseudomembrana e gosto metálico, origem bacteriana, acomete indivíduos mais adultos, acomete gengiva marginal e inserida (áreas interproximais). Periodontite ulcerativa necrotizante (PUNA): perda óssea e necrose tecidual. Abcesso periodontal Lesão endo-periodontal Condições e deformidades de desenv. ou adquir. Abcesso gengival: • Lesão de crescimento rápido, dolorido e localizado; • Limitada da gengiva marginal a papila interdental; • Tratamento: drenagem via sulco gengival. Abcesso periodontal: • Vai da margem gengival a gengiva inserida; • Há presença de cálculo residual e espessamento de ligamento periodontal; • Realizar sondagem, raspagem e drenagem para tirar do estágio agudo e diminuir carga viral; • Pode-se optar pela exodontia se necessário. Lesões combinadas periodonto-pulpares. Periodonto primaria: começa pelo periodonto. Endodôntico primaria: começa pela polpa e via canais acessórios chega ao periodonto; Combinada: ambos. a. Fatores locais relacionados ao dente que modifica ou predispõem a placa causadora da doença gengival periodontal (anatomia dos dentes, restaurações, fraturas radiculares, reabsorção cervical, etc). b. Deformidades mucogengivais e condições ao redor do dente (recessão gengival, freios, bridas, etc); c. Deformidades mucogengivais e condições em áreas edentulas; d. Trauma oclusal: • Primário: periodonto saudável não da conta das forças mastigatórias; • Secundário: periodonto reduzido não da conta da demanda fisiológica. Esta relacionado a perda óssea vertical. * Tratamento medicamentoso de GUNA e abcesso periodontal/gengival em Medicamentos. * Perda óssea: > 3 mm. Leonardo Scudeler Moraes 24 PERIODONTO E FATORES ETIOLÓGICOS – PERIODONTIA Características de normalidade do periodonto Fatores etiológicos da doença periodontalCor: rósea ou rosa pálido. Contorno: em forma de arco. Forma: em lâmina de faca. Consistência: gengiva inserida fortemente aderida ao periósteo e pontilhada (aspecto de casca de laranja). Posição ideal: nível da gengiva marginal junto com a junção amelo- cementária. Ausência de sangramento. Determinantes: causadores principais da doença (sem ele, a doença não aparece) – biofilme. Predisponentes: interferem na qualidade e quantidade de placa – morfologia do periodonto, fatores iatrogênicos, problemas mucogengivais (freios, bridas, retração), aparelhos, sistema imunológico e hereditariedade (mecanismo de defesa não age corretamente). Modificadores: podem exacerbar a doença – doenças sistêmicas, pacientes fumantes, trauma, gravidez. FASES DA TERAPIA PERIODONTAL – PERIODONTIA Fase preliminar Fase I – etiotópica Fase II – cirúrgica Fase III – restauradora Fase IV – controle e manutenção Tratamento de GUNA, pericoronarite aguda, gengivoestomatite hérpética aguda e abcessos periodontais. Controle do biofilme através da orientação de higiene bucal, controle da dieta, remoção de fatores irritantes, selamento de dentes abertos. Se necessário, inicia-se a terapia antimicrobiana, terapia oclusal, movimentos ortodônticos e esplintagem provisória. Reavaliação: após 21 dias. Cirurgias periodontais (redução de bolsa ou de correção de defeitos anatómicos), colocação de implantes (para substituir dentes extraídos) e tratamento endodôntico. Fase responsável pela estética, através de restaurações definitivas e próteses. Prevenir o reaparecimento da doença. São feitas consultas de rotina de forma a controlar a placa bacteriana, são feitas novas medições através da sondagem, verifica-se a condição gengival (bolsas periodontais e inflamação), a mobilidade dentária e qualquer outro tipo de alterações. PROGNÓSTICO – PERIODONTIA Favorável Duvidoso Desfavorável - Tratamento periodontal e manutenção irão estabilizar a condição do dente; - Perda periodontal futura é improvável. - Fatores sistêmicos e/ou locais que influenciam o estado periodontal do dente podem ou não ser controlados; - Se controlados, a condição periodontal pode ser estabilizada com o tratamento periodontal; - Se não forem controlados, pode ocorrer perda periodontal futura. - Perda de inserção > 50%; - Relação coroa raiz desfavorável; - Envolvimento de furca Classe II (localização e profundidade tornam o acesso difícil) ou Classe III; - Mobilidade igual ou superior a 2; - Proximidade radicular. - Inserção inadequada para manter saúde, conforto e função. - O dente deve ser extraído. Bom Razoável Ruim - O controle dos fatores etiológicos e suporte periodontal adequado asseguram que o dente será facilmente mantido pelo paciente e pelo profissional. - Aproximadamente 25% de perda de inserção; - Envolvimento de furca Classe I (localização e profundidade permitem adequado controle com boa colaboração do paciente). - Fatores sistêmicos e/ou locais que influenciam o estado periodontal do dente não podem ser controlados; - O tratamento periodontal e manutenção são improváveis de evitar dano periodontal futuro. - 50% de perda de inserção; - Envolvimento de furca Classe II (localização e profundidade tornam a manutenção possível, mas difícil). * Não é necessário ter todas as características descritas para definir-se um prognóstico. Leonardo Scudeler Moraes 25 TRAUMA OCLUSAL – PERIODONTIA Trauma primário Trauma secundário Periodonto saudável não suporta forcas oclusais e ocorre perda óssea. A perda óssea não está relacionada com o microrganismo periodonto- patogênico, e sim com injurias. Injurias: restaurações com contato prematuro, próteses gerando forcas excessivas, mesialização do dente devido a perda de dentes vizinhos, mau posicionamento dentário devido a movimentação ortodôntica inadequada. Periodonto reduzido não da conta da demanda fisiológica (devido a perda óssea. Injúria resultando de forças oclusais excessivas aplicada à um ou mais dentes com suporte inadequado. Já havia perda óssea horizontal no local, e quando associada ao trauma, a perda óssea se torna vertical. Leonardo Scudeler Moraes 26 SEQUÊNCIA CLÍNICA OPERATÓRIA – CIRURGIA Exodontia fechada 1. Aferir pressão do paciente, verificar suas condições gerais, e pedir para o mesmo aguardar na recepção para paramentação cirúrgica; 2. Colocar máscara, gorro e óculos de proteção; 3. Lavar as mãos com bucha de clorexidina e realizar antissepsia com a mesma; 4. Colocar avental cirúrgico (auxiliar amarra); 5. Colocar luva estéril (auxiliar abre); 6. Colocar campo estéril e montar mesa cirúrgica; 7. Encapar mangueira, sugador e motor; 8. Auxiliar deve desinfetar tubete anestésico e agulha anestésica com álcool 70% e gaze por 1 minuto; 9. Chamar o paciente e solicitar para que faca bochecho com clorexidina 0,12%; 10. Cobrir paciente com campo fenestrado e fazer antissepsia extra oral com clorexinina 2%; 11. Montar a carpule e realizar técnica anestésica de escolha; 12. Promover descolamento com auxílio do descolador; 13. Realizar movimentos de preensão, intrusão, luxação, rotação (se monoradicular) e avulção; 14. Após a remoção do elemento, realizar manobra de Champeaut, fazendo pressão bi-digital com gaze ao redor do alvéolo; 15. Realizar manobra de Valsalva (quando maxila), para ver se não houve comunicação com o bucosinusal; 16. Remover espiculas ósseas com lima para osso ou alveolotomo, se necessário; 17. Realizar toalete alveolar, fazendo curetagem do alvéolo e irrigação com soro fisiológico estéril; 18. Após formação do coágulo, realizar sutura adequada; 19. Passar orientação pós-cirúrgica ao paciente. * Remoção da sutura 7 dias depois. Exodontia aberta Indicação: osso espesso ou denso na cortical vestibular ou lingual, hipercementose, raízes divergentes ou com grande dilaceração, coroas destruídas por carie ou com grandes restaurações, raízes residuais cariadas. 1. Aferir pressão do paciente, verificar suas condições gerais, e pedir para o mesmo aguardar na recepção para paramentação cirúrgica; 2. Colocar máscara, gorro e óculos de proteção; 3. Lavar as mãos com bucha de clorexidina e realizar antissepsia com a mesma; 4. Colocar avental cirúrgico (auxiliar amarra); 5. Colocar luva estéril (auxiliar abre); 6. Colocar campo estéril e montar mesa cirúrgica; 7. Encapar mangueira, sugador e motor; 8. Auxiliar deve desinfetar tubete anestésico e agulha anestésica com álcool 70% e gaze por 1 minuto; 9. Chamar o paciente e solicitar para que faca bochecho com clorexidina 0,12%; 10. Cobrir paciente com campo fenestrado e fazer antissepsia extra oral com clorexinina 2%; 11. Montar a carpule e realizar técnica anestésica de escolha; 12. Realizar retalho cirúrgico adequado; 13. Promover descolamento com auxílio do descolador; 14. Realizar osteotomia (baixa rotação) e odontosecção (alta rotação), se necessário; 15. Realizar movimentos de preensão, intrusão, luxação, rotação (se monorradicular) e avulção; 16. Após a remoção do elemento, realizar manobra de Champeaut, fazendo pressão bi-digital com gaze ao redor do alvéolo; 17. Realizar manobra de Valsava (quando maxila), para ver se não houve comunicação com o bucosinusal; 18. Remover espiculas ósseas com lima para osso ou alveolotomo, se necessário; 19. Realizar toalete alveolar, fazendo curetagem do alvéolo e irrigação com soro fisiológico estéril; 20. Após formação do coágulo, realizar sutura adequada; 21. Passar orientação pós-cirúrgica ao paciente. * Remoção da sutura 7 dias depois; * Em exodontia abertas, tomar cuidado com o nervo mentual (forame mentual) ao fazer a incisão relaxante e descolamento. Raízes residuais: • Pode ser que as raízes estejam separadas naturalmente: exodontia a fórceps e alavanca;
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