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Apostila de cirurgia

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Apostila de 
Cirurgia 
 
Avaliação do estado de saúde pré-
Operatório
ANAMNESE 
A anamnese é uma aliada para o profissional 
de saúde. Sendo a primeira etapa em 
qualquer consulta odontológica. 
Consiste em avaliar os sinais da doença, 
podendo lançar mão de exames de imagens 
ou outros exames complementares para 
fechar o diagnóstico. 
 Inspeção 
As principais manobras são: Palpação 
 Auscultação 
 Percussão 
 
A inspeção física deve levar em consideração 
todos as características gerais do paciente, 
cor de pele, desenvolvimento dos ossos da 
face, tonicidade, mobilidade da musculatura, a 
expressão dos olhos. 
 
A inspeção local é dirigida para a região de 
cabeça e pescoço. Estruturas anatômicas 
relacionadas com a cavidade oral como ATM, 
ossos do sistema estomatognático, glândulas 
salivares, língua, gânglios, devem ser 
inspecionadas. 
 
Inspeção intrabucal inicia-se face interna do 
lábio, gengiva, fundo de sulco, rebordo 
alveolar, mucosa jugal, língua, assoalho bucal, 
palato e dentes. 
 
É através dessa ficha, que se dará o 
direcionamento para a solicitação de exames 
de imagem e outros, quando preciso. Além 
de ser importante para as etapas sequentes 
do tratamento. 
 
É recomendável que o paciente seja 
classificado de acordo com seu estado de 
saúde geral. 
A classificação ASA (American Society of 
Anesthesiologists) é a mais utilizada. É uma 
classificação do estado físico para cálculo do 
risco cirúrgico. 
Classificação ASA 1 
 
Se trata do grupo de pessoas que estão 
saudáveis, não havendo nenhum distúrbio 
orgânico, fisiológico, bioquímico ou 
psiquiátrico. Ou seja, pacientes 100% 
saudáveis, que não fumam e que não fazem 
uso de grandes quantidades de álcool. 
Classificação ASA I I 
 
Essa classificação engloba pacientes com 
doenças sistêmicas leves a moderados, que 
normalmente não estão relacionados a 
cirurgia. Essas doenças não prejudicam ou 
afetam as funcionalidades do organismo e 
nessa classificação está presente as seguintes 
comorbidades: 
• Paciente ansioso, com história mal-estar 
ou desmaio. 
• Paciente com ˃ 65 anos. 
• Obesidade moderada. 
• Primeiros dois trimestre da gestação. 
• Hipertensão arterial controlada com 
medicação. 
• Diabético tipo II, controlado com dieta ou 
medicamento. 
• Portador de distúrbios convulsivos. 
• Asmático, que usa broncodilatador. 
• Tabagista, sem doença pulmonar 
obstrutiva crônica. 
• Angina estável, assintomática, exceto 
em extremas condições de estresse. 
• Paciente com história de infarto do 
miocárdio, há mais de 6 meses – sem 
sintomas. 
Classificação ASA I I I 
 
Essa classificação engloba pacientes com 
distúrbios sistêmicos mais graves, que podem 
estar relacionados a cirurgia ou não. 
Essas doenças podem prejudicar ou limitar 
algumas funcionalidades do organismo, como 
por exemplo: 
• Obesidade mórbida. 
• Último trimestre da gestação. 
• Diabéticos tipo I (uso de insulina), com 
doença moderada. 
• Hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 
95-99 mmHg. 
• História de episódios frequentes de angina 
do peito. 
• Insuficiência cardíaca congestiva, com 
inchaço nos tornozelos. 
• Doença pulmonar obstrutiva crônica. 
• Episódios frequentes de convulsão ou 
crise asmática. 
• Paciente sob quimioterapia. 
https://www.asahq.org/
https://www.asahq.org/
https://blog.clinspace.com.br/cid-10-codigo-internacional-de-doencas-2020/
Classificação ASA IV 
 
Se trata de pacientes com distúrbios sistêmicos 
graves, que comprometem o risco de vida 
constante, com ou sem cirurgia. 
Exemplos de pacientes que encaixam nessa 
classificação ASA: 
 
• Paciente com dor no peito ou falta de 
ar, enquanto sentado. 
• Pacientes com angina que estão 
piorando, mesmo com medicação. 
• História de infarto do miocárdio 
• Pressão arterial ˃200-100. 
• Pacientes que necessitam da 
administração suplementar de oxigênio. 
• Pacientes com acidente vascular 
cerebral (AVC); 
• Isquemia cerebral; 
• Isquemia miocárdica; 
• Insuficiência respiratória aguda; 
• Insuficiência cardíaca crônica (ICC); 
• Doença renal grave 
 
 
 
 
 
Classificação ASA V 
 
Classificação que indica que o paciente não 
terá esperança de sobrevida caso não passe 
por uma cirurgia urgentemente. Ou seja, a 
cirurgia é seu último recurso. Nessa 
classificação, a mortalidade perioperatória é 
de 9,4% a 51%. 
Exemplos de pacientes que encaixam nessa 
classificação ASA: 
• Pacientes com doença renal, hepática ou 
infecciosa em estágio final. 
• Pacientes com câncer terminal. 
Classificação ASA VI 
 
Se trata de pacientes com morte cerebral 
declarada, em que os órgãos irão ser 
retirados para a doação. Nessa classificação, a 
mortalidade perioperatória é de 100%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrumental em cirurgia bucal 
INDUMENTARIA 
São as vestimentas ou roupas adequadas para a 
participação ou realização de um ato cirúrgico. 
Também conhecida como paramentação 
cirúrgica. 
A paramentação é um conjunto de barreiras 
contra a invasão de microrganismos nos sítios 
cirúrgicos dos pacientes e para proteção de 
exposição dos profissionais a sangue e outros 
fluidos orgânicos. 
EQUIPE CIRÚGICA 
A equipe cirúrgica é composta por todos 
aqueles que fazem parte direta ou 
indiretamente do ato operatório. Trabalham na 
sala de operação ou centro cirúrgico e tem 
controle direto do paciente antes, durante e 
depois da cirurgia. 
Faz parte da equipe cirúrgica: 
• Cirurgião: responsável pelo processo 
cirúrgico. 
• Auxiliar: ajudar o cirurgião dentista durante 
o ato cirúrgico, no preparo do paciente. Deve 
estar um passo à frente do cirurgião. 
• Instrumentador: responsável pelo preparo 
da mesa, fornece instrumentais ao cirurgião e 
o auxiliar. 
• Circulante: é responsável por buscar 
materiais, medicamentos e pegar tudo que não 
está esterilizado. (não está paramentado) 
 
• Equipe de enfermagem: enfermeiras, 
técnicos de enfermagem e auxiliar de 
enfermagem. 
 
ANESTESIA 
Seringa carpule 
 
 
 
INCISÃO 
O instrumento básico para fazer incisão é o 
bisturi, composto por um cabo reutilizável e 
por uma lâmina descartável estéril. 
A lâmina de bisturi mais utilizada em cirurgias 
odontológica é a 15. As lâminas 15, 15c, 12, 11 e 10 
também são empregadas. 
 
Para minimizar as chances de lesionar os dedos, 
a lâmina de bisturi deve ser montada no cabo 
com o auxílio de um porta agulha. 
No momento da incisão a empunhadura deve 
ser em caneta a fim de permitir o máximo de 
controle da lâmina durante a incisão. 
 
 
DESLOCAMENTO 
O Instrumento básico para fazer 
sindesmotomia dos tecidos é o molt (n°9). 
Depois de realizar a incisão o tecido deve ser 
descolado do osso cortical subjacente em 
apenas uma camada com um descolador de 
periósteo. 
A parte pontiaguda é utilizada para iniciar o 
descolamento e para descolar a papila gengival 
entre os dentes, e a parte mais larga e 
arredondada é utilizada para continuar o 
descolamento do periósteo do osso. 
 
APREENSÃO DE TECIDOS 
Pinça de Adson – sem dentes (pode usar com 
mais força) e com dentes (coisas refinadas). 
 
 
 
Pinça Dietrich – tecidos mais delicados (sutura) 
 
Pinça de Allis - utilizada para biópsia e no nosso 
caso para pegar objetos (tubetes e agulhas) 
assim como transferência de materiais. 
 
REMOÇÃO DE TECIDO OSSEO 
Pinça goiva/ alveolótomo - para remoção de 
osso em maior quantidade. 
 
 
Cinzeis – Remoção de osso 
Monoangulados/simples (remoção de osso 
mais duro) 
Golvo (mais utilizado) com formato de 
calçadeira 
Biangulado/duplo (odontosecção). 
 
 
Lima para osso – regulariza e arredonda ou 
remover espiculas ósseas. 
 
HEMOSTASIA 
Pinça hemostática Reta, curva e angulada – 
servem para hemostasiae pegar gazes. 
Para a maioria das cirurgias dentoalveolares, 
manter pressão sobre a ferida geralmente é 
suficiente para controlar o sangramento. 
 
REMOÇÃO DE TECIDOS MOLES 
Cureta periapical de Lucas - inspeção do 
alveolo e remoção de tecido de granulação ou 
lesões periapicais. 
 
SUTURA 
Porta Agulhas Mayo Hegar - segura a agulha do 
fio de sutura. 
 
 
 
Tesouras Dean 
 
 
 
Tesouras Iris – remoção de sutura 
 
Tesoura Metzenbaum - utilizada no 
transoperatório, tem a ponta romba e não 
agride os tecidos. 
 
AFASTAMENTO DE TECIDOS MOLES 
Afastador de Minessota - Afastar tecidos e 
bochecha. 
 
Afastador de Farabeuf – afastar a língua. 
 
 
Afastador de Bruenings – afastar a língua. 
 
ASPIRAÇÃO 
Aspiradores Fraser - desentupidor e controle 
de aspiração. 
 
Aspiradores metálicos – normal 
 
 
PINÇA DE CAMPO 
Backhaus - Preensão de objetos no campo (ex: 
mangueira do sugador para não escorregar. 
 
IRRIGAÇÃO 
Seringa descartavel – é utilizada para irrigação 
de alveolo quando há necessidade, para resfriar 
as pontas quando utilizado alta rotação (usar 
soro fisiologico ou água destilada) e para 
remover algumas lesões. 
EXTRATORES (ALAVANCAS) 
São os instrumentos de exerese e nós 
utilizamos 5 deles. Quando utilizado a 
empunhadura é com a palma da mão e o dedo 
indicador proximo da ponta ativa para aumentar 
a sensibilidade e diminuir as chances de 
acidentes. 
Seldin retos: a parte reta que encosta no dente 
com apoio na crista óssea alveolar. 
 
Seldin angulados: trabalha-se com movimentos 
de roda e eixo. (bandeirinha). 
 
301 e 304: indicado para extração de restos 
radiculares. 
 
FÓRCEPS 
Existem fórceps especificos para cada grupo 
de dentes tanto da mandibula quanto para a 
maxila. O que diferem eles é a angulação tendo 
em vista que os mandibulares são mais 
angulados os maxilares são mais retos. 
Para definir a escolha de um fórceps é 
necessário saber o colo anatômico desse 
dente pois isso que determina a escolha do 
fórceps. 
Os fórceps maxilares são seguros com a palma 
da mão sob o fórceps de maneira que a ponta 
ativa seja direcionada para cima. 
Os fórcepses mandibulares são seguros com a 
palma da mão sobre o fórceps de maneira que 
a ponta seja direcionada para baixo. 
 
 
 
1 – caninos 
16 – molar inferior sem coroa 
17 – molar inferior com coroa 
18R – molar superior lado direito 
18L – molares superior lado esquerdo 
150 – de pré molar a pré molar superior 
151 – de pré molar a pré molar inferior 
65 – resto radicular superior 
69 – resto radicular inferior 
 
AGULHA DE SUTURA 
A agulha utilizada no fechamento de incisões 
em mucosa geralmente é uma agulha de 
sutura pequena de meio círculo ou de 3/8 de 
círculo. A agulha é curva para permitir que ela 
passe por espaços pequenos, onde uma 
agulha reta não alcança, permitindo sua 
passagem com o giro do punho. 
 
 
 
Princípios de cirurgia 
Necessidade básica para cirurgia 
Para uma boa visibilidade são necessários três 
fatores: 
1. Acesso adequado - O paciente deve abrir 
amplamente a boca, e também requer uma] 
exposição criada cirurgicamente. A retração 
dos tecidos para longe do campo operatório 
proporciona uma boa visualização. 
2. Iluminação adequada 
3. Campo cirúrgico seco - Um aspirador 
cirúrgico pode rapidamente remover sangue 
e outros fluidos do campo, proporcionando 
uma boa visualização. 
Criterios pré cirúrgicos: 
1. Avaliar a complexidade da cirurgia. 
2. Escolha da técnica cirurgica mais adequada; 
3. Determinar qual anestésico é mais adequado 
levando em consideração a condição clínica do 
paciente e o tempo estimado da cirúrgia; 
4. Estabelecer medidas pré-operátorias; 
5. Estabelecer o padrão cirúrgico. 
Indicação para extrações dentarias 
Deve-se ter em mente que estas 
indicações são diretrizes e não regras 
absolutas: 
• Cárie extensa com lesão de furca - 
não trataveis com restauração ou 
endoddonticamente; 
• Necrose pulpar não tratavel 
endodonticamente; 
• Doença periodontal severa ou crônica; 
• Indicações ortodônticas - mais comum 
em pré - molares; 
• Dentes mal posicionados; 
• Fraturas; 
• Dentes impactados - impossibilidade de 
erupção; 
• Dentes supranumerários; 
• Dentes associados e patologias; 
• Radioterapia; 
• Dentes envolvidos em fraturas 
maxilomandibulares; 
• Condição sistêmica 
Contraindicação para extrações 
dentarias 
Contraindicações sistêmicas 
• Pacientes com leucemia ou linfoma. 
• Pacientes com doença cardíaca severa. 
• Pacientes com hipertensão maligna. 
• Pacientes com arritmia cardíaca não 
controladas e severas. 
• Gravidez – contraindicação relativa. 
• Coagulopatias severas. 
Contraindicações locais 
• Pacientes com pericoronarite severa. 
• Dentes localizados em áreas de tumor 
Exame radiográfico 
O exame radiográfico previamente a cirurgia 
é imprescindível para a avaliação das raízes, 
se há alguma patologia e considerações 
anatômicas do dente que será extraído. 
Em geral, as radiografias periapicais fornecem 
a informação mais precisa e detalhada sobre 
o dente, suas raízes e o tecido adjacente. Já 
as radiografias panorâmicas seu melhor uso é 
para dentes impactados. 
Os exames de imagem são importantes para 
determinar se o dente deve ser extraído ou 
não. Com eles é possível observar: 
• Relação com as estruturas vitais; 
• Proximidade com seio maxilar; 
• Proximidade com o canal alveolar 
inferior; 
• Forame mentoniano; 
• Condições do osso circunjacente; 
• Densidade óssea; 
• Presença de osteíte condensante; 
• Presença de lesão apicais; 
• Presença de patologias; 
• Extensão da lesão de cárie. 
 
 
 
Manobras cirúrgicas 
fundamentais 
DIERESE 
É a interrupção da integridade dos tecidos para 
atingir áreas de interesse” 
Os tipos de diérese são: 
• Incisão 
• Divulsão 
• Descolamento 
Princípios das Incisões 
1º princípio - Lâmina afiada e tamanho 
apropriado permite que incisões sejam feitas 
fácil e suavemente em apenas um movimento. 
 
2º princípio - Corte firme e contínuo, 
movimentos repetidos e hesitantes aumentam 
a quantidade de tecido danificado; 
 
3º princípio - Evitar seccionar estruturas vitais 
no momento da incisão, afim de preservar as 
estruturas vitais e osso sadio. 
 
 
Técnica 
• Bisturi perpendicular a superficie – entrar com 
o bisturi a 90º e retira ele a 90º, durante o corte 
a lâmina fica a 45º. Incisão sempre de posterior 
para anterior. 
 
Os materiais que utiliza-se para incisões são 
cabo, lâmina de bisturi. 
Planejamento de retalho 
O principal objetivo dos retalhos cirúrgicos é 
ganhar acesso cirúrgico em uma determinada 
área ou para mover tecidos de uma região 
para outra. 
Complicações que podem ocorrer no retalho: 
Necrose 
Deiscência 
Dilaceração 
 
 
Prevenção de necrose 
• Incisões convergente; 
• Base duas vezes maior que a altura; 
• Não interromper o suprimento sanguineo. 
 
 
Prevenção de deiscência 
• Borda distante da área da cirurgia e sobre 
osso sadio; 
• Manipulação cuidadosa das bordas do 
retalho; 
• Não submeter o retalho à tensão. 
Prevenção de dilaceração 
• Dstender ou comprimir a base (técnica 
atraumática); 
• Incisão relaxante. 
Tipos de retalho 
Retalho mucoperiostial ou de espessura total 
• Envolve as 3 camadas e descolamento do 
osso. (mucosa, submucosa e periosteo) 
Retalho de espessura parcial 
• Envolve só duas camadas de epitélio. Fica 
somente o periosteo. 
Duas estruturas que correm risco de serem 
danificadas durante a confecção de retalho: 
Nervo lingual 
Nervo mentoniano 
 
Incisão Horizontal 
Em envelope, intrasulcular, sem nenhuma 
relaxante. Seu comprimento na direção 
anteroposterior, geralmente, estende-se dois 
dentes. 
 
 
Incisão Triangular ou de 
Neumann 
Incisão intrasulcular com uma relaxante 
formando um triangulo.Se for feita uma incisão 
relaxante, esta deverá estender-se desde um 
dente anterior até um posterior à área de 
cirurgia. 
 
Incisão Trapezoidal ou de 
Neumann 
incisão intrasulcular com duas relaxantes 
formando um trapézio. 
 
 
 
 
Incisão de Partsh ou semilunar 
Incisão submarginal que deixa a gengiva inserida 
e a incisão é feita acima dela. Muito utilizada 
para cistos periapicais e cirurgias 
parendodônticas. 
 
 
Incisão em Y 
A incisão em Y é realizada no palato para 
acesso adequado na remoção do torus palatino. 
 
 
 
 
Divulsão e descolamento 
Cuidadosa separação ou divulsão dos tecidos 
por meio de instrumentos (molt nº9, tesouras 
(ponta romba) pinça mosquito). 
 
EXÉRISE 
Manobra de retirada do objetivo cirurgico, 
consiste na remoção de parte ou todo o órgão 
ou tecido. 
São considredas manobras de exérise: 
1. Biópisia/patologias (inluindo aspiração) 
2. Curetagem 
3. Ostectomia/osteotomia 
4. Exodontias 
Curetagem 
É a manobra cirurgica pela qual remove-se 
formações estranhas, patologicas ou não, 
presentes no campo operatório ou ainda 
decorrentes do desdobramento do ato 
cirurgico. 
A curetagem do alveolo não é recomendada 
em todos os casos, e sim quando houver 
lesão, pois a remoção do tecido pode 
interferir na cicatrização. Já a inspeção do 
alveolo é indispensável. 
 
 
 
Ostectomia 
Realizada em diversos momentos durante o ato 
cirurgurgico para facilitar a remoção do tecido 
ou então dar um acesso mais adequado. 
Principios para uma ostectomia adequada: 
• Ostectomia em linha única 
• Uso de instrumentos cortantes 
• Irrigação abundante 
• Boa visualização do campo operatório. 
• Suficiente acesso 
O procedimento de limagem com a lima para 
osso ou com a pinça goiva são consideradas 
ostectomias. 
Osteotomia = secção do osso de froma 
planejada. 
Ostectomia = remoção parcial de osso para 
se obter suporte, visualização. 
Odontosecção = secção do dente em 2 ou 
mais partes. 
 
 
 
Exodontia 
Os instrumentais básicos utilizados para 
extração de um dente do processo alveolar 
são as alavancas e os fórceps. 
Alavancas - luxação o dente. 
Fórceps – luxação por meio da expansão 
óssea e ruptura do ligamento periodontal. 
Técnicas de extração 
• Técnica primeira/fechada – remoção do dente 
com a utiliização de fórceps sem incisão, 
somente com a sindesmotomia 
• Técnica segunda/aberta – remoção do dente 
com a utilização de incisões para descolar 
papilas e conseguir apoio para a alavanca. 
• Técnica terceira/aberta – remoção do dente 
em parte odontosecção) com rotatórios ou 
martelos e cinzeis. 
Princípios da utilização - Alavancas 
As alavancas utilizam 3 princípios da física para 
remover os dentes dos alveolos: 
• Alavanca; 
• Cunha; 
• Roda e eixo. 
Alavanca – com apoio na crista óssea alveolar 
utiliza-se do braço de alavanca para extrair o 
dente. 
 
• Cunha – consiste no princípio de que dois 
corpos não ocupam o mesmo espaço, assim, 
enquanto a alavanca entra no alveolo o dente 
saí. 
 
• Roda e eixo – com as alavancas anguladas é 
feito o movimento de rotação entre dois 
dentes e com isso o que está em contato com 
a ponta ativa é extraido. 
 
 
 
Princípio de utilização - fórceps 
Os fórceps utilizam-se de 4 princípios, eles 
acontecem quase que simultaneamente, são 
eles: 
• Pressão apical – é o primeiro movimento feito 
com os fórceps serve para expandir a crista 
óssea e para deslocar o centro de rotação o 
mais apicalmente possível. 
 
• Lateral – É realizado no sentido V-L para 
expandir a cortical V-L do alvéolo. 
 
 
Em dentes da maxila a tábua óssea é mais 
fina que a lingual, assim o dente sempre deve 
sair pela vestibular uma vez que por ser mais 
fina faz com que ela tenha menos resistência. 
• Rotação – Movimento rotacional mais 
indicado para dentes com raizes cônicas. 
 
 
• Tração – Força de tração é feita para 
remoção final do dente do alvéolo. 
 
 
Em dentes da mandíbula o dente pode sair 
pela V ou L, pois na região de molares 
inferiores a região de fóvea é mais delgada 
(L), os demais dentes mandibulares saem por 
vestibular 
 
 
Técnica para extração de cada grupo 
de dente 
INCISIVOS SUPERORES 
Os incisivos maxilares são extraídos com 
fórceps n° 150. O fórceps é posicionado o 
mais apical possível. De início o movimento 
deve ser é lento, constante e firme na 
direção vestibular. 
Uma força menos vigorosa no sentido 
palatino é, então, utilizada, seguida por uma 
força rotacional lenta e firme. O movimento 
rotacional deve ser minimizado para o incisivo 
lateral, especialmente se existir uma curvatura 
no dente. 
O dente é removido para incisolabial com 
movimento de tração rotacional. 
 
CANINO SUPERIOR 
O canino maxilar é extraído com o fórceps 
n° 150, e é o dente mais longo da boca. 
O fórceps é posicionado o mais apicalmente 
possível, movimenta para a vestibular, com 
uma pressão de retorno para a palatina. 
Conforme o osso se expande e o dente é 
mobilizado, o fórceps deve ser reposicionado 
apicalmente. 
O dente é removido na direção labioincisial 
com leve força rotacional. 
 
 
 
1° PRÉ MOLAR SUPERIOR 
São extraídos com fórceps n° 150. É um 
dente unirradicular nos primeiros dois terços 
com a bifurcação em duas raízes (vestibular 
e palatina). 
Devido à grande probabilidade de fratura 
radicular, o dente deve ser luxado o máximo 
possível com a alavanca reta. Qualquer força 
rotacional deve ser evitada. 
O dente é removido na direção buco-oclusal 
com uma combinação de forças vestibulares 
e de tração. 
 
 
 
2º PRÉ MOLAR SUPERIOR 
São extraídos com fórceps n° 150. O fórceps 
é ajustado mais apicalmente possível para 
que se obtenha o máximo de vantagem 
mecânica na remoção desse dente. 
A luxação começa com pressão vestibular e 
depois pressão lingual muito leve. 
 Como a raiz desse dente é forte e romba, a 
extração demanda movimentos fortes 
vestibular e palatinamente, o dente é 
removido na direção buco-oclusal. 
 
 
MOLARES SUPERIORES 
São extraídos com os fórceps 18 R (direito) e 
18L. (esquerdo). 
Tecidos moles dos lábios e bochechas são 
retraídos, e o processo alveolar é agarrado 
com a mão oposta. As pontas do fórceps 
são ajustadas o mais apicalmente possível. A 
Luxação começa com grande força 
vestibular, seguido de pressão lingual modera 
.Forças rotacionais não são úteis para a 
extração desse dente devido às suas raízes. 
O dente é removido na direção vestíbulo-
oclusal. 
 
 
 
DENTES ANTERIORES INFERIORES 
São extraídos com o fórceps n° 151. O fórceps 
é colocado o mais apicalmente possível. 
Inicialmente é realizado uma pressão labial 
moderada, seguida de força lingual. 
Uma vez que o dente tenha sido luxado e 
tenha se tornado móvel, pode-se usar 
movimento rotacional para expandir ainda 
mais o osso alveolar. O dente é removido do 
alvéolo com forças de tração em uma 
direção vestíbulo-incisal. 
 
 
 
 
 
PRÉ MOLARES INFERIORES 
São extraídos com o fórceps n° 151. 
A mandíbula é estabilizada e os tecidos moles 
são afastados, o fórceps é posicionado o mais 
apical possível. A posição da mão é 
levemente modificada para a técnica com 
posição por trás do paciente. 
O fórceps é colocado o mais apicalmente 
possível para deslocar o centro de rotação e 
começam a expansão da crista óssea., 
Aplica-se o fórceps pela vestibular para 
começar o processo de luxação, seguida de 
leve pressão lingual. O dente é removido com 
força de tração e de rotação. 
 
 
 
MOLARES INFERIORES 
São extraídos com os fórceps n° 16, 17 ou 23. 
O fórceps é adaptado à raiz do dente de 
maneira padrão, e forte pressão apical é 
aplicada para posicionar as pontas ativas do 
fórceps o mais apicalmente possível. 
Luxação do molar é iniciada com um forte 
movimento vestibular, seguida de forte 
pressãolingual. 
Movimentos vestíbulo-lingual são, então, 
utilizados para expandir o alvéolo dentário e 
permitir que o dente seja removido na 
direção vestíbulo-oclusal. 
 
 
 
Técnica para a extração fechada: 
1ª Liberação dos tecidos moles aderidos. 
Possibilita que o cirurgião dentista tenha 
certeza de que a anestesia foi obtida. Permite 
o posicionamento mais apical da alavanca e 
do fórceps para extração, sem a interferência 
dos tecidos gengivais. 
2ª Luxação do dente com a alavanca dentária 
Expansão e a dilatação o osso alveolar e 
ruptura do ligamento periodontal . 
3ª Adaptação do fórceps 
Posicionado sobre o dente de forma que as 
extremidades das pontas ativas do fórceps 
apreendam a raiz na região de colo 
anatômico. As pontas ativas do fórceps 
devem ser mantidas paralelas ao longo eixo 
do dente. 
Na maxila e em todos os dentes 
mandibulares com exceção dos molares, o 
principal movimento é VESTIBULAR (cortical 
óssea mais fina). 
 
4ª Luxação do dente com o fórceps 
• Pressão vestibular 
• Pressão lingual 
• Pressão apical 
• Rotação 
• Força de tração 
Os movimentos rotacionais são usados para 
auxiliar na expansão do alvéolo dentário e na 
ruptura das inserções. 
5ª Remoção do dente do alvéolo 
Força de tração leve, direcionada 
vestibularmente. 
Técnica para extração aberta em 
dentes unirradiculares: 
No caso de dentes que sofreram fratura 
abaixo da linha cervical é necessário realizar 
um retalho mucoperiosteal para visualização 
e acesso adequado. 
1º Recolocar o fórceps sob visão direta. 
2º Colocar a ponta ativa do fórceps sobre a 
cortical vestibular - a ponta ativa do fórceps 
pode ser usada para remover pequena 
porção de osso . 
3º Usar a alavanca reta empurrando-a para 
baixo ao longo do espaço do ligamento 
4º Prosseguir com a remoção óssea sobre a 
área do dente. 
A osteotomia é realizada com broca 
cirúrgica 
A remoção deve ser aproximadamente de 
1∕2 a 2∕3 do comprimento da raiz 
Após a extração do dente: 
• Regularizar as bordas 
• Irrigar com soro fisiológico. 
• Reposicionar o retalho na posição 
original e suturar. 
Técnica para extração aberta em 
multirradiculares 
A principal diferença dessa técnica para as de 
unirradiculares é a odontosecção, ou seja, 
divisão do dente para facilitar a extração. 
1ª Confecção de retalho em espessura total; 
2ª Osteotomia; 
3º Odontosecção; 
4ª Luxação do dente com alavanca; 
5ª Remoção das porções individuais do dente 
com auxílio do fórceps; 
6° Reposição dos tecidos e sutura. 
Se não tiver coroa: - Usar a alavanca seldin 
R e L para remoção das raízes. 
SINTESE/SUTURA 
Conjunto de manobras que visam aproximar os 
tecidos divididos ou separados durante os atos 
cirúrgicos de incisão e divulsão”. 
A sutura tem como função estabilização do 
coágulo e redução dos espaços anatômicos. 
Princípios para uma boa sutura: 
1. Limpeza da ferida cirúrgica; 
2. Hemostasia; 
3. Minimizar “espaço morto”; 
4. Bordas da ferida limpas e regulares; 
5. Ausência de corpos estranhos; 
6. Posição anatômica correta; 
7. Tração moderada dos nós; 
8. Escolha correta dos instrumentais. 
ESPAÇO MORTO 
Qualquer área que permaneça 
completamente desprovida de tecido após o 
fechamento da ferida, possui alto potencial 
para infecções. 
Princípios da Sutura 
1. Agulha perpendicular ao tecido; 
2. Não exercer força excessiva na introdução da 
agulha para evitar quebras; 
3. Número de suturas limitado ao fechamento da 
ferida; 
4. Sutura plano a plano – todo tecido deve ser 
suturado em contato com o mesmo tipo de 
tecido, por exemplo: epitélio – epitélio, 
conjuntivo – conjuntivo; 
5. Realizar movimentos circulares que 
acompanhem a curvatura da agulha, o que 
rotaciona é o punho; 
6. Deixar de 2 a 3mm da margem da ferida 
 
 
 
Considerações 
✓ As bordas deverão ser transfixadas pela 
agulha (presa no porta agulha) com o auxílio 
de pinças de dissecção em uma ou duas 
etapas. 
✓ O primeiro ponto deverá ser realizado no 
centro da incisão, o segundo e terceiro em 
suas extremidades. A partir de então, ser 
distribuídos uniformemente e equidistantes; 
✓ Na sutura de retalhos cirúrgicos com incisões 
relaxantes, o 1° ponto deverá ser realizado no 
ângulo das incisões, de forma a reposicionar 
o retalho 
✓ O nó cirúrgico não deverá ficar sobre a ferida 
cirúrgica. 
Agulhas para sutura 
Existem diversas agulhas para suturas, elas 
variam no formato, tamanho e a montagem. 
Na odontologia para cirurgias menores 
usamos a agulha no tamanho de ½ de círculo. 
O objetivo do nó cirúrgico é reaproximar os 
tecidos, de modo que o fio de sutura não 
deve ser apertado exageradamente. 
Formato 
Cilíndrico - agulha cilíndrica com somente a 
ponta perfurante. É uma agulha traumática pois 
ela vai comprimindo o tecido durante o seu 
percurso. 
 
Triangular - agulhas com a borda triangular e 
cortante nas laterais, conforme passa no tecido 
essa vai cortando as bordas e passa de forma 
atraumática. 
 
 
Tamanho 
 
 
Fios de Sutura 
Os fios de suturas são classificados de acordo 
com a origem, absorção, filamento e cada um 
apresenta vantagem/desvantagem e suas 
devidas indicações. 
Características ideais de um fio: 
• Resistência à tração e torção; 
• Calibre fino e regular; 
• Mole, flexível e pouco elástico; 
• Biocompativel; 
• Fácil esterilização; 
• Baixo custo. 
Nenhum fio apresenta todas essas 
características. 
Quanto a origem 
Animal 
• Seda 
• Categute 
Vegetal 
• Algodão 
• Linho 
Sintética 
• Nylon 
• Poligalactina 910 
• Poliamida 
• Polipropileno 
• Teflon 
• Ác. Poliglicólico 
Quanto a absorção 
Absorvível 
• Categute 
• Poligalactina 910 
• Ác. Poliglicólico 
Não absorvível 
• Nylon 
• Seda 
• Linho 
• Poliéster 
• Polipropileno 
Quanto ao filamento 
Monofilamentares 
• Categute 
• Nylon 
• Polipropileno 
Multifilamentares - ↑ resistência 
• Seda 
• Algodão 
• Poliéster 
• Poligalactina 910 
 
Fio cromado = com sais de cromo para ele 
resistir mais tempo 
 
 
Quanto ao calibre 
 
Tipos de fios 
CATEGUTE 
• Origem animal 
• Monofilamentado 
• Absorvível - fagocitose 
• Simples ou cromado 
• Reações inflamatórias moderadas 
• Resiste de 5 a 7 dias normal e cromado de 
9 a 14 dias 
• Perda de 50% da sua força tensora nas 
primeiras 24h e o categute cromado 
resiste 40-50% por 5 dias. 
SEDA 
• Origem animal 
• Multifilamentado 
• Não absorvível 
• Embebição 
• Reação inflamatória leve 
• Retenção de placa – orientar paciente 
quanto a higienização e não é indicado para 
cirurgias periodontal. 
ALGODÃO 
• Origem vegetal 
• Multifilamentado 
• Não absorvível 
• Acúmulo de placa 
• Ligadura de vasos – não tem elasticidade 
NYLON 
• Sintético 
• Monfilamentado 
• Não absorvível 
• Reação inflamatória leve 
• Pouco acúmulo de placa 
• Trauma tecidos moles – utilizado em 
cirurgias periodontais. 
POLIESTER 
• Sintético 
• Multifilamentado 
• Trançado 
• Não absorvível 
• Reação inflamatória leve 
POLIGLICOLICO - PGA 
• Sintético 
• Multifilamentado – trançado 
• Absorvível – hidrolise de 30 a 60 dias 
• Reação inflamatória leve 
• Acúmulo de placa 
POLIGALACTINA - 910 
• Sintético (capolimero – ác. Glicóico e lático) 
• Multifilamentado – trançado 
• Absorvível – hidrolise de 60 a 80 dias 
• Reação inflamatória leve 
 
Tipos de Sutura 
Simples e interrompida 
Usado para aproximação/captação dos retalhos 
cirúrgicos, ideal para pontos sem tensão, pode 
romper e dilacerar o tecido. 
 
 
 
 
Sutura em “X” 
É mais utilizada em suturas após exodontia, tem 
como característica a cicatrização por segunda 
intenção. 
 
 
Colchoeiro horizontal ou em “U” 
 
Simples continua 
É dado um ponto simples no começo e no 
outro no final, caso um ponto solte corre o 
risco de a sutura toda se soltar e falhar, assim, 
não é vista como uma suturasegura. 
 
Sutura continua festonada 
É mais segura pois a cada alça da sutura o nó 
é travado diminuindo os riscos de soltar a 
sutura. 
 
Colchoeiro horizontal contínua 
 
Remoção de sutura 
A sutura deve ser removida idealmente 5-7 
dias após o procedimento não podendo 
estender mais que 14 dias. 
Em virtude do acúmulo de placa sobre os fios 
é necessário tomar cuidados específicos para 
não levar placa para a ferida que não está 
completamente cicatrizada. 
Para diminuir esses riscos é feito uma 
antissepsia previa e remoção com cuidado para 
não contaminar o trajeto. Cortar o fio abaixo 
do nó e remover pelo lado oposto. 
HEMOSTASIA 
Manobra cirúrgica para prevenção e 
interrupção de sangramento e hemorragias 
facilitando o tempo operatório e a cicatrização. 
O sangramento de uma arteria é pulsatil, 
enquanto de uma veia é mais continuo. . 
 
Meios para promover hemostasia 
NATURAIS 
A compressão com gazes no local é o primeiro 
que deve ser tentado. 
• Pressão 20/30 segundos caso seja um 
vaso capilar 
• Pressão 5min se for um vaso mais 
calibroso. 
 
 
 
CALOR 
A termocoagulação que consiste na utilização 
de bisturi elétrico onde ocorre o processo 
fundir as porções terminais dos vasos 
seccionados. 
Não pode nunca ser utilizado em hemostasia 
no alveolo devido ao fato do plexo 
neurovascular e com isso pode levar a uma 
parestesia local ou até paralisia dependendo 
do nervo que é lesionado. 
LIGADURA 
A pinçagem que consiste em pinçar vasos e 
suturar eles no transoperatório. Essa técnica é 
mais utilizada em vasos de maior calibre. 
VASOCONSTRITORES 
Epinefrina e substâncias de trombina ou 
colágeno. 
SUBSTÂNCIAS HEMOSTÁTICAS 
Substâncias hemostáticas são produtos que 
quando colocados no sangramento estanca o 
sangue. Temos: 
Esponja de colágeno – é uma gelatina de 
colágeno liofilizada de origem suína e absorvível 
que é colocada dentro do alvéolo e é feito a 
sutura com ela lá dentro. 
• Nome comercial: Hemospon 
 
 
Esponja de gelatina absorvível – é feita de pele 
de porco purificada que liquefaz em uma 
semana, absorvida completamente entre 4-6 
semanas. 
• Hemorragia venosa e exsudação 
• Fortemente absorvente – absorve 45 
vezes o seu peso em sangue 
• Forma um arcabouço para a formação 
do coágulo 
• Nome comercial: Gel Foam 
 
Celulose oxidada regenerada - tecido trançado 
absorvível e estéril.. É utilizado no controle de 
hemorragias de capilares, veias e pequenas 
artérias, atingido a hemostasia entre 2 a 8min. 
• Adere às cavidades a preencher, 
expande-se e, forma uma massa 
gelatinosa 
• Quando associada com solução de 
trombina sua ação é mais eficaz 
• Quando implantada nos tecidos forma 
coágulo artificial 
• Nome comercial: Surgicel 
 
• Cera para osso – é uma mistura opaca e estéril 
de cera de abelha, parafina e diluentes. Atua 
como barreira mecânica na hemostasia local, 
não possui atuação bioquímica e é 
minimamente absorvível. Indicada para 
hemorragias a partir de superfícies ósseas. 
 
Princípios de extração de dente impactado 
Um dente impactado é aquele que não conseguiu 
erupcionar na arcada dentária dentro do tempo 
esperado. Os fatores que levam a impacção de um 
dente são: dentes adjacentes, recobrimento por 
osso denso, excesso de tecido mole, ou uma 
anormalidade genética que evita a erupção. 
Motivos para extração de um dente impactado: 
• Prevenção de doença periodontal; 
• Prevenção de caries dentaria; 
• Prevenção de pericoronarite; 
• Prevenção de reabsorção radicular; 
• Prevenção de cistos e tumores. 
 
Contraindicação para remoção de dentes 
impactados 
• Extremo de idade; 
• Condição médica comprometida; 
• Dano excessivo às estruturas adjacentes. 
 
 
Classificação de Pell e 
Gregory 
O sistema de classificação mais comum, usa a 
determinação da angulação do longo eixo do 
3° molar com relação ao longo eixo do 
segundo molar adjacente. Este sistema gera 
uma avaliação inicial útil da dificuldade de 
exodontia, mas não é suficiente por si só para 
definir completamente a dificuldade de 
extração. 
A impacção aceita como a de menor 
dificuldade de remoção é a impactação 
mesioangular, quando parcialmente impactados. 
Já a impactação do tipo distoangulada é vista 
como a mais difícil. 
Relação com o plano oclusal 
Nesta classificação o grau de dificuldade é 
medido pela espessura do osso de 
recobrimento. Compara a profundidade do 
dente impactado (3° molar) comparado com a 
altura do segundo molar adjacente. 
O dente é classificado em classe A, B e C. 
CLASSE A 
O plano oclusal do 3° molar está no 
mesmo nível do 2° molar. 
 
CLASSE B 
O plano oclusal do 3° molar está entre o 
plano oclusal e a linha cervical do 2° molar 
 
CLASSE C 
O plano oclusal do 3° molar, está abaixo 
da linha cervical do 2° molar. 
 
Relação a borda anterior do ramo 
Baseado na quantidade do dente impactado 
que está coberto com o osso do rebordo 
mandibular. 
Classificado em classe I, II e III. 
CLASSE I 
3° molar tem espaço antero posterior 
suficiente (M-D a anterior do ramo) para 
irromper. 
 
CLASSE II 
Aproximadamente metade do 3° molar é 
coberta pela porção anterior do ramo da 
mandíbula. 
 
CLSSE III 
O 3° molar está completamente envolvido 
pelo osso do ramo da mandíbula. 
 
 
 
Classificação de Winter 
Usa a determinação da angulação do 
longo eixo do 3° molar impactado com 
relação ao longo eixo do segundo molar 
adjacente. 
Mesioangular 
 
Horizontal 
 
Vertical 
 
Distoangular 
 
Morfologia das raízes 
Melhor época para extração 
• Mais de 1 ∕ 3 ou 2 ∕ 3 da raiz formada. 
• Menos de 1 ∕ 3 da raiz formada - 
exodontia difícil 
Menor dificuldade 
• Raízes fusionadas com forma cônica 
• Espaço do L.P largo ou amplo 
• Saco folicular amplo 
Maior dificuldade 
• Raízes divergentes com curvatura 
severa 
Densidade do osso circundante 
• Paciente com 18 anos - Menor densidade 
óssea 
• Pacientes com mais de 35 anos - Maior 
densidade óssea. 
Neuropraxia (pressão no nervo); 
Axonotimese (rompimento do axônio); 
Neurotimese (rompimento do nervo. 
 
Técnica Cirúrgica a Retalho 
Denominada técnica aberta ou técnica terceira, 
onde é realizado um retalho. Indicado em casos 
em que precisa: 
• Expor fraturas de raíz; 
• Extrações multiplas; 
• Dentes multiradiculares com ampla 
destruição coronária; 
• Raizes convergentes e septo inter-radicular 
volumoso; 
• Anquilose; 
• Restos radiculares próximos ao seio 
maxilar; 
• Molares com raizes finas, longas e/ou 
divergentes 
• Hipercementoses; 
• Lesões apicais. 
• Quando a tecnica fechada falha. 
Odontosecção 
A principal vantagem da odontosecção é a redução 
do risco de fratura radicular e facilita na hora de 
remover o dente. Também: 
• Diminui a resistência do osso; 
• Redução do tempo operatorio; 
• Menos trauma transcirurgico; 
• Diminui o risco de lesar dentes vizinhos ou 
estruturas adjacentes. 
 
Fragmentos de raíz 
Critérios de permanência (sepultamento) 
• Comrpimento menor que 4mm; 
• Totalemente inserida em osso 
• Livre de patologias; 
• Baixo risco; 
• Acompanhar o dente a longo prazo. 
Técnica para remoção de dentes 
impcatados 
1º Descolamento adequado do retalho para 
acessibilidade 
Rebatimento do retalho mucoperiosteal. A 
incisão ideal é a incisão envelope, que se 
estende da papila mesial do primeiro molar 
inferior até a margem do ramo mandibular; A 
incisão deve divergir lateralmente para evitar 
lesão do nervo. Em casos de dente muito 
submerso no osso , uma incisão de alívio pode 
ser realizada. 
 
2ª Remoção do osso de recobrimento 
(osteotomia) 
A quantidade de osso que será removido 
depende da profundidade de impacção, 
morfologia das raízes e angulação do dente; O 
osso não deve ser removido da face lingual, 
devido ao risco de lesão do nervo lingual. 
Brocas n°08, 700 e 703 
 
3° Secção do dente 
A direção da odontosecção depende 
essencialmente da angulação do dente; O 
seccionamento dentário é realizado com uma 
broca e o dente é dividido em ¾ em direção 
a face lingual. 
Não seccionar o dente todo para não lesionar 
o nervo lingual. 
Impactação vertical 
• Seccionamento e remoção da metade 
distal da coroa. 
• Remoção da porção mesial por aplicação 
de uma alavanca na face mesial da linha 
cervical do dente. 
 
Impactação mesioangular 
• Seccionamento da metade distal da coroa. 
• Remoção da porção distal. 
• Remoção da porção mesial da coroa 
Impactação horizontal 
• Secção da coroa e remoção. 
• Remoção da raiz distal e depois mesial. 
Impactação distoangular 
• Secção da coroa e remoção. - Remoção 
da raiz distal e depois mesial. 
 
4° Remoção do dente seccionado com 
alavanca 
• A remoção do dente do alveolo deve ser 
realizado sem força exessiva para se 
evitar fraturas indesejáveis, como fratura 
do dente ajdacente ou fratura de 
mandíbula. 
5° Preparando o fechamento da ferida 
• Alisamento de espículas ósseas, com lima 
para osso; 
• Remoção de osso particualado e resíduos, 
através de irrigação com solução salina; 
• Hemostasia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização da mesa cirúrgica 
A organização da mesa cirúrgica é por 
quadrantes: 
 
 
 
Quadrante 1 
• Sequência de instrumentais usados na 
diérese. 
• Carpule 
• Cabo de bisturi 
• Descolador de molt 
• Pinça hemostática 
• Afastadores. 
 
 
Quadrante 2 
• Alavancas 
• Fórceps 
• lima para osso 
• Pinça goiva 
Quadrante 3 
• Pinças de apreensão 
• Pinça para antissepsia 
• Gaze 
• Cuba metálica 
• Seringa para irrigação 
Quadrante 4 
• Fio de sutura 
• Porta agulha 
• Pinça para manipular tecido 
• Tesoura 
 
 
 
Reparação da ferida 
Sinais cardinais da inflamação 
 
• Dor 
• Rubor 
• Calor 
• Edema 
• Perda de função 
Formação de edema 
LESÃO TECIDUAL 
Tromboxano e Lesão endotelial 
Prostagralndia 
INICIO DA CASCATA DE COAGULAÇÃO 
TGF- β PGDF FGF 
Formação de coágulo 
Aumento dos efeitos dos fatores de 
crescimento 
Vasodilatação 
Neutrófilos 
• 24h após a lesão. 
• Produção de radicais livres 
Radicais Livres 
• Destruição bacteriana 
• Substituídos por macrófagos 
Macrófagos 
• 48–96h. 
• Principal células antes dos fibroblastos. 
• Contribuem na angiogênese e sínese de 
matriz extracelular. 
Fase Proliferativa 
Epitelização 
Processo de reparo tecidual que acontece na 
fase proliferativa e também acontece no 
reparo das feridas epidérmicas. 
 
 
Formação de tecido de granulação 
PGDF TGF-β 
Fibroblastos 
Colágeno tipo I Miofibroblastos 
Contração da ferida 
Fase de Remodelamento 
O colágeno inicial é mais fino, então é 
reabsorvido e um mais espesso é produzido. 
Terá um equilíbrio entre a lise da matriz e a 
síntese da nova matriz. 
FATORES QUE INFLUENCIAM A 
CICATRIZAÇÃO 
Fatores Locais 
Presença de corpo estranho 
Esquemia de tecido 
Técnica cirúrgica inadequada 
Fatores sistêmicos 
Diabetes Melitus 
Deficiência vitamínicas 
Hipotiroidismo 
Doenças hereditárias 
Alterações de coagulação 
Insuficiência hepática, renal e respiratória 
Uso de corticosteroides 
Tabagismo 
Cicatrização 
1ª intenção 
Ocorre em situações com pouca perda 
tecidual, e as bordas das feridas estão em 
contado um com o outro. 
Os processor de reeptelização, deposição de 
colágeno, contração e remodelação são 
diminuídos. A cicatrização é mais rápida e tem 
um menor risco de infecção. 
 
Lesões que cicatrizam por 1ª intenção 
Lacerações ou incisões bem reparadas 
Fratura ósseas reduzidas 
Reanastomoses anatômicas de ramos 
nervosos. 
 
2° intenção 
Ocorre em situações com grande perda 
tecidual que não consiga através da sutura 
reaproximar as borda da ferida até ter um 
íntimo contato. 
Os bordos geralmente são irregulares, o 
tempo de cicatrização é maior. 
Os processor de reeptelização, deposição de 
colágeno, contração e remodelação são 
maiores. 
 
Lesões que cicatrizam por 2 º intenção 
Alvéolos após exodontias 
Fraturas ósseas mal reduzidas 
Úlceras profundas 
Lesões avulsivas de qualquer tipo 
 
3º Intensão 
Cicatrização de feridas onde sejam utilizados 
enxertos de tecido para cobrir, reduzir ou 
eliminar o espaço entre a margem da ferida. 
 
 
 
 
 
 
Cicatrização dos alvéolos dentários 
1° semana - Fase inflamatória 
Migração de leucócitos para dentro do 
alvéolo 
 
Estágio de fibroplasia - fase proliferativa 
Influxo de fibroblastos e capilares 
Migração do epitélio para o interior do 
alveolo 
Acúmulo dos osteoclastos ao longo da crista 
óssea 
 
2° semana 
Preenchimento do alvéolo por tecido de 
granulação 
 
Deposição de osteoide ao longo de todo 
osso alveolar 
 
Reabsorção do osso cortical e deposição do 
osso trabecular 
Manejo do paciente no pós operatório 
Orientações 
1. Repouso nas primeiras 24h em cirúrgia mais 
complexas esse tempo pode se extender; 
2. Compressas geladas nas primeiras 24 horas; 
3. Evitar esforço fisico na primeira semana; 
4. Evitar trauma na região; 
5. Seguir terapia medicamentosa; 
6. Alimentação liquida/pastosa nas primeiras 48h 
e fria nas primeiras 24h; 
7. Manter uma boa higiene bucal; 
8. Bochechos apartir do terceiro dia de cirurgia; 
9. Cabeça ligeiramente mais alta ao deitar. 
Sangramento 
• Comum nas primeiras 24h 
• Morder uma gaze umida para diminuir 
• Manter a cabeça levantada 
• Evitar pressão negativa intrabucal por sucção 
 
 
 
O que fazer quando o sangramento 
não para e não se tem hemostasia 
com as manobras locais? 
• É necessário conferir a Pressão arterial do 
paciente – Quando a PA está aumentada 
a tendência é sangrar mais. 
• Distúrbios sanguíneos como 1desnutrição – 
anemia – menos plaquetas – coagulação 
de baixa qualidade podem contribuir na 
ocorrência de hemorragias. 
• Hemofilia – deve ser consultada antes do 
procedimento 
Todo problema sistêmico deve ser observado 
no pré-operatório 
 
Dieta 
• Liquida e pastosa 
• Hipercalorica e hiperproteica 
• Alimentos frios no primiero dia 
 
 
Higiene Oral 
• Manter a região limpa, evitar escova na 
região; 
• Escovação atraumática; 
• Bochecho com antisseptico, iniciar no 
terceiro dia para não remover o coágulo. 
Edema 
• Gelo nas primeiras 24h 
• Pico máximo em 72h 
• Permanece por 4 a 6 dias 
• Desaparece em 1 semana 
• Corticóide no pré operatório só se for 
necessário (a dexametasona é o mais 
empregado) 
Equimose X hematoma 
• A equimose é um sangramento submucoso, 
comum em pacientes idosos, não aumenta a 
dor nem risco de infecção, desaparece entre 
7 e 14 dias. 
• Hematoma é o preenchimento de espaços 
morto com sangue, deve ser drenado devido 
ao seu potencial de gerar infeções. 
 
Trismo 
• Limitação da abertura da boca devido à 
inflamação envolvendo os músculos da 
mastigação. 
• Tratamento com compressas quentes 
(somente depois do segundo dia), fisioterapia 
e relaxantes muscular. 
Desconforto 
• Pico da dor ocorre 12h após a extração; 
• Não é comum persistir por mais de 2 dias 
• Controle com analgésico não opioides; 
• Tomar antes do termino do efeito anestesia 
Analgésico para dor pós operatória 
Dores leves 
Ibuprofeno 400/600mg 
Dipirona 400/600mg 
Dores moderadas 
Codeína 15/60 mg 
Hidrocodona 5/10mg 
Dores intensas 
Oxicodona 2,5/10mg 
 
 
Prevenção e tratamento de 
complicações pós cirúrgicas 
Fraturas ósseas 
Causas 
• Excesso de força; 
• Planejamento incorreto; 
• Uso do instrumental de forma 
inadequada; 
• Patologias ósseas; 
• Reabsorções ósseas. 
Conduta 
• Fragmentos pequenos remove a espicula 
e alisa (se não estiver aderido ao 
periósteo) 
• Fragmentosgrandes uma opção é 
imobilizar (se a fratura for favorável) 
• Em fraturas grandes envolvendo a 
mandíbula é necessário encaminhar para 
o bucomaxilo para realizar o tratamento 
adequado. 
 
Lesão a estruturas adjacentes 
Causas 
• Desatenção; 
• Visualização inadequada; 
• Uso errado dos instrumentais (apoio/força 
excessiva) 
• Planejamento inadequado do retalho e da 
ostectomia. 
Conduta 
• Informar/orientar o paciente 
• Lesões vasculares – manobras de 
hemostasia 
• Lacerações – suturas 
• Queimaduras – sulfadiazina de 
prata/bepantol 
 
Lesões a Nervos 
A recuperação depende do nível de lesão e 
do nervo que foi lesado. 
Nervo alveolar inferior – tem uma melhora 
após 3-6 meses (60% após um ano). 
Nervo lingual – a posição distoangular dos 
dentes 38/48 está mais associada a esse tipo 
de lesão. 
CLASSIFICAÇÃO DE SEDDON 
• Neuropraxia: não há rompimento do nervo 
ou da bainha nervosa; 
• Axonotmese: rompimento do axônio e 
manutenção da bainha de mielina; 
• Neurotmese: perda de continuidade 
anatômica (secção completa) 
CLASSIFICAÇÃO DE LABLANC 
• Anestesia: perda da sensibilidade transitória 
(sem lesão); 
• Parestesia: hipoestesia, hiperestesia, 
hipoalgesia e hiperalgesia – é temporária e 
com o tempo volta a sensibilidade (total ou 
parcial). 
• Disestesia: alodínia – mudança na qualidade 
da dor, estímulos que antes não causavam 
dor por serem leves agora causam muita 
dor. 
Luxação da ATM 
Quando ocorre o deslocamento do côndilo para 
fora da fossa mandibular. 
Etiologia 
• Trauma 
• Máxima abertura bucal 
✓ Bocejar 
✓ Gargalhada 
✓ Intubação 
✓ Atendimento odontológico 
✓ Vômito 
• Convulsão 
Tratamento 
Clínico - redução manual 
Tratamento cirúrgico - ostectomia da 
eminência articular 
 
Comunicação Buco - sinusal 
 Causas 
• Planejamento inadequado 
• Uso inadequado do instrumental 
• Falta de habilidade do cirurgião 
• Pneumatização do seio maxilar 
• Patologias radiculares 
• Anomalias radiculares 
Conduta 
• Depende do tamanho da comunicação 
• Restabelecer a reparação tecidual 
• Retalhos oclusivos 
• A manobra de Vassalva pode ajudar no 
diagnóstico. 
Manobra de Vassalva – o paciente assopra 
com o nariz, mas com ele tampado, caso haja 
essa comunicação o ar vai sair pelo alvéolo 
(ou pela comunicação onde ela estiver). 
 
Enfisema Subcutâneo 
 Causas 
• Ar dos motores (alta e baixa rotação) 
• Trauma cirúrgico – rompimento do periósteo 
• Vômito pós-operatório 
• Traumas de face 
Conduta 
• Proservação 
• Antibioticoterapia – riscos de infecção 
Prevenção 
• Descolamento cuidadoso 
• Manutenção da caneta de alta rotação 
 
 
 
Aspiração ou Deglutição de 
dentes 
 Causas 
• Paciente nervoso; 
• Posição errada; 
• Despreparo profissional; 
• Força excessiva; 
• Preensão errada do dente. 
Conduta 
• Parar o atendimento; 
• Sentar o paciente; 
• Pedir para tossir; 
• Manobra de Heimlich – 4 compressões 
(caso esteja sufocado); 
• Caso visível remover com os dedos o 
fragmento; 
• Acompanhamento. 
 
A manobra de Heimlich é uma técnica de 
primeiros socorros para asfixia que deve ser 
realizada quando a vítima engasgadas, a fim de 
retirar um pedaço de alimento ou qualquer outro 
objeto da traqueia, facilitando a passagem de ar 
para os pulmões e evitando o sufocamento. 
 
 
A técnica consiste em: 
1. Segurar a vítima engasgada por trás 
(em pé); 
2. Fechar uma das mãos, com o punho 
bem fechado e o polegar de fora; 
3. Colocar a outra mão aberta sobre o 
punho fechado; 
4. Empurrar o punho com firmeza e 
força para dentro e para cima 5 vezes; 
5. Avaliar se o alimento ou objeto já 
saiu e se a vítima respira; 
6. Se a vítima continuar não respirando, 
fazer a manobra de Heimlich 
quantas vezes forem necessárias. 
 
A maior parte dos objetos passam sem 
dificuldade pelo trato gastrointestinal. Solicitar 
exames de imagem, Rx PA e perfil da região 
cervical, torácica e abdominal, para avaliar se o 
objeto foi parar no pulmão. 
 
 
Fratura de instrumental 
 Causas 
• Uso inadequado do instrumental; 
• Força excessiva; 
• Fadiga do material; 
• Defeito de fabricação. 
Conduta 
• Remoção da porção fraturada 
• Acompanhamento 
Complicações 
As complicações pós exodontia são diversas e 
devemos ter muito cuidado quando elas 
aparecem. Dentre essas complicações 
podemos ressaltar como principais causas as: 
• Respostas inflamatórias exacerbadas 
• Extravasamento de sangue 
• Alveolite 
• Infecções 
Hemorragia mediata 
 Causas 
• Avaliação pré-operatória inadequada 
• Fatores locais 
• Tecido de granulação 
• Fragmentos ósseos 
• PA elevada 
Conduta 
• Hemostasia 
• Compressão 
• Ligadura 
• Cauterização 
• hemostáticos 
 Prevenção 
• Anamnese – doenças sistêmicas, historias 
prévias de sangramento e medicação em uso 
• Exames complementares – coagulograma 
(INR) 
• Técnica cirúrgica correta – desenho do 
retalho 
• Incisão sobre tecido ósseo 
• Identificação do feixe vasculho-nervoso do 
NAI – ostectomia e odontosecção. 
• Quando estiver em casa lavar a boca com 
água gelada e morder gaze por 30 minutos 
• No consultorio aspirar sangue e saliva, 
compressão local por 5 minutos, observar, caso 
o sangramento persista (anestesiar e identifiar a 
origem – hemostáticos) e observar por mais 30 
minutos antes de liberar o paciente. 
 
Alveolite 
• A incidencia desse tipo de inflamação no alveolo 
é menor que 5%, porem quando acontece é um 
desconforto terrivel para o paciente (dor intensa, 
pulsatil e irradiada). 
• Acomete mais terceiros molares mandibulares. 
• A etiologia da lesão é fibrinólise prematura do 
coagulo e ativação da via do plasminogeno – 
causas fisiológicas e enzimas bacterianas. 
• Induz a febre baixa, halitose e linfadenopatia 
regional. 
• Os sintomas começam a surgir a partir do 3-5 
dias após a exodontia, e os fatores de risco para 
desenvolver esse tipo de lesão são: 
 
• Doneça periodontal 
• HO ruim 
• Dentes impactado 
• Maior idade 
• Tabaco 
• Contraceptivos orais 
O tratamento consiste em: 
Controle dos sintomas 
Analgésico e antimicrobiano tópico 
Eugenol, bezocaina, guaicol e iodof´romido 
Irrigação com soro fisiologico 0,9% e remoção de 
restos de tecido necrótico e alimentos 
Trocas sucessivas da medicação (a cada 2-3 dias) 
Infecção pós operatoria 
Essa é a complicação mais séria de todas devido 
ao risco de vida que o paciente tem caso 
desenvolva um quadro infeccioso. 
É necessario observar os sintomas, duração 
deles e fazer tratamentos prévios. Dentre os 
sintomas que deve ser observado temos: 
• Postura da cabeça 
• Voz 
• Trismo (abertura bucal menor que 30cm) 
• Elevação do soalho da boca e desvio da 
úvula 
• Odinofagia/disfagia 
Tambem observar os sinais vitais: 
• Taquicardia – desidratação, dor ou febre 
• Hipotensão – desidratação e sepse 
Conduta 
Identificar gravidade da infecção – hospitar ou 
ambulatorial 
Permeabilidade das vias aéreas – infecções nos 
espaços fasciais 
Antibioticoterapia 
Remoção da causa – verificar se há 
remanescentes dentários ou fragmentos de 
tecido ósseo necrosado 
Incisão e drenagem (dreno de penrose/dreno 
rígido) 
Cultura e antiblograma. 
Cirurgia pré-protética 
O objetivo da cirurgia pré-protética é criar uma 
adequada estrutura de suporte para 
subsequente colocação de uma prótese. 
O melhor suporte para prótese total tem as 
seguintes características: 
1. Nenhuma evidência de condição patológica 
intraoral ou extraoral. 
2. Adequada relação interarcos na dimensão 
ântero-posterior, transversal e vertical. 
3. Processo alveolar o mais largo possível e 
com adequada configuração (a forma ideal do 
processo alveolar é o rebordo largo e em 
forma de U, com os componentes verticais os 
mais paralelos possível 
4. Nenhuma protuberância óssea ou de tecido 
mole ou ainda irregularidades. 
5. Adequada forma da abóbada palatina.6. Adequada chanfradura na tuberosidade 
posterior. 
7. Adequada mucosa inserida ceratinizada na 
área de suporte da prótese. 
8. Adequada profundidade vestibular para 
extensão da prótese. 
9. Força adicional onde a fratura mandibular 
pode acorrer. 
10. Proteção do feixe vasculonervoso. 
11. Adequado suporte ósseo e tecido mole 
inserido de cobertura para facilitar a instalação 
de implantes quando necessário. 
Fatores sistêmicos gerais e locais são 
responsáveis pela variação em quantidade e 
padrão de reabsorção óssea alveolar. 
Fatores sistêmicos incluem a presença de 
anormalidades nutricionais e doenças ósseas 
sistêmicas, como osteoporose, disfunção 
endócrina, ou qualquer outra condição 
sistêmica que possa afetar o metabolismo 
ósseo. 
Fatores locais que afetam a reabsorção do 
rebordo alveolar incluem técnicas de 
alveoloplastia usadas no momento da remoção 
de dentes e traumatismo localizado associado à 
perda do osso alveolar. 
O uso de prótese total também pode contribuir 
para a reabsorção do osso alveolar devido à 
inadequada adaptação da prótese ao rebordo 
ósseo ou pela inadequada distribuição de forças 
oclusais. 
 
Avaliação do paciente e plano de 
tratamento 
Antes de qualquer tratamento cirúrgico ou 
protético, devem-se observar os problemas a 
serem resolvidos e detalhar o plano de 
tratamento a ser desenvolvido para cada 
paciente. É imperativo que nenhum 
procedimento cirúrgico preparatório seja 
realizado sem o claro entendimento do projeto 
desejado da prótese final. 
O tratamento cirúrgico pré-protético deve 
iniciar-se por meio da anamnese e do exame 
físico do paciente. Um importante aspecto da 
anamnese é obter a clara ideia da queixa 
principal do paciente e a expectativa do 
tratamento cirúrgico e protético. 
O exame intraoral e extraoral do paciente deve 
incluir uma avaliação da relação oclusal 
existente se houver algum remanescente, a 
quantidade e o contorno do remanescente 
ósseo, a qualidade do tecido mole sobrejacente, 
a profundidade vestibular, a localização da 
inserção muscular e outros. 
Alveoloplastia simples 
associada à remoção de vários 
dentes 
A forma mais simples de alveoloplastia consiste 
na compressão das paredes laterais do alvéolo 
dentário após a remoção de um simples dente. 
A alveoloplastia conservadora em combinação 
com múltiplas extrações é realizada após todos 
os dentes do arco terem sido removidos. 
As áreas ósseas que necessitam de recontorno 
devem ser expostas usando-se um retalho tipo 
envelope. 
Uma incisão mucoperiosteal ao longo da crista 
do rebordo, com adequada extensão ântero-
posterior da área a ser exposta e o retalho 
rebatido, permite adequada visualização e 
acesso ao rebordo alveolar. 
Dependendo do grau da irregularidade da área 
de rebordo alveolar, o recontorno pode ser 
realizado com pinça-goiva, lima óssea, ou com 
broca para osso em uma peça de mão, isoladas 
ou combinadas. 
Irrigação abundante com solução salina deve 
ser usada durante o procedimento de 
recontorno, para evitar o superaquecimento e 
a necrose óssea. Após o recontorno ósseo, o 
retalho deve ser reaproximado por pressão 
digital e o rebordo, palpado, para assegurar que 
todas as irregularidades foram removidas. 
 
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória 
 A hiperplasia fibrosa inflamatória, é geralmente 
um aumento hiperplásico da mucosa e do 
tecido fibroso ao rebordo alveolar e na área 
vestibular, que muito frequentemente é 
resultado de próteses mal adaptadas. 
Em estágios iniciais de hiperplasia fibrosa, 
quando a fibrose é mínima, o tratamento não-
cirúrgico com a prótese em combinação com 
um condicionador de tecido é frequentemente 
suficiente para redução ou eliminação desse 
tecido. Quando essa condição permanece 
presente por algum tempo, há fibrose 
significativa dentro do tecido hiperplásico. Esse 
tecido não responde ao tratamento não-
cirúrgico; a excisão do tecido hiperplásico é o 
tratamento de escolha. 
A excisão simples e a reaproximação do tecido 
remanescente são as técnicas de eleição. 
Áreas de tecido excedente são apreendi das 
com o uso de uma pinça para tecido, uma 
incisão cortante é realizada na base do tecido 
fibroso excessivo abaixo do periósteo, e então 
o tecido hiperplásico é removido 
 
Inervação dos maxilares 
Nervo Dentes Tecidos moles 
Nervo alveolar inferior Todos os dentes mandibulares Tecido mole Vestibular dos 
pré, canino e incisivo. 
Nervo lingual Nenhum Tecido mole lingual de todos 
os dentes 
Nervo bucal Nenhum Tecido mole V dos molares e 
do 2º pré 
Nervo alveolar superior 
anterior 
Incisivos e caninos Tecido mole V dos incisivos e 
caninos 
Nervo alveolar superior médio Pré molares e parte do 1° 
molar 
Tecido mole V dos pré 
Nervo alveolar superior 
posterior 
Molares Tecido mole V dos molares 
Nervo nasopalatino Nenhum Tecido mole lingual dos 
incisivos e caninos 
Nervo palatino anterior Nenhum Tecido lingual de molares e 
pré molares 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MALAMED, Stanley L. Manual de anestesia local. 4 ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 
PETERSON, L.J. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 
3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 
HUPP, James R.; TUCKER, Myron R.; ELLIS, Edward.Cirurgia 
oral e maxilofacial contemporânea. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2015. 692 p

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