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Nome: Eduardo Fernandes Reis Demberg Disciplina: CCJ0228 - DIREITO CONSTITUCIONAL II Turma: 3015 Professor (a): DEMETRIUS RAMOS Data: 07/10/2020 1) Segundo Pedro Lenza "A Constituição fixa, de maneira clara, a repartição de competências entre os entes federativos, que, conforme visto, são autônomos cada qual dentro de sua parcela de atribuições e capacidades de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação" (LENZA, 2012, p. 454). Partindo desta premissa, em que consiste a competência comum administrativa? (1,6) R: Possibilidade da União, Estados e Distrito Federal legislarem sobre determinada matéria. 2) Na federação brasileira, os entes federativos possuem autonomia, logo podem desligar-se da federação de acordo com a sua vontade. Analise a afirmativa e indique se é falsa ou verdadeira. Justificando sua resposta exaurindo o tema fazendo a distinção entre Federação e Confederação. (1,6) R: Falsa. A fundamentação pode ser encontrada no Caput ou Cabeça do Art. 1º da nossa Constituição Federal (1988). Esse dispositivo legal diz que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Municípios, Estados e Distrito Federal. Nessa direção, os membros citados não podem simplesmente se desligar da federação, que é a forma de Estado oficial presente em nosso país. Portanto, é incorreto afirmar que os entes da Federação possam se desligar desta forma de Estado. 3) Podemos afirmar que a intervenção federal nada mais é do que o afastamento temporário da autonomia de um ente federal que tem por objetivo a preservação da própria federação. Quais as características da intervenção federal no Brasil destacadas pela doutrina? Responda de maneira justificada exaurindo cada uma das características. (1,6) R:Da Excepcionalidade – Aplica-se somente em casos de anormalidade, sendo a regra a não – intervenção. Do cunho limitado ( provisoriedade) – Tal limitação será tanto de aspectos de “ordem espacial, temporal, procedimental e quanto ao objeto, visto que o ato interventivo, já pela sua natureza e caráter excepcional, não implica um espécie de “ cheque em branco” passada ao interventor, devendo, pelo contrário, obediência a critérios rígidos previstos na CF” Da taxatividade – somente pode ocorrer nos casos taxativamente previstos na constituição. Doutrina: Art 34 CF 4) Segundo Peña de Moraes (2016, p. 351) “O sistema de freios e contrapesos provoca a limitação do poder político na medida em que estabelece a interpenetração das funções estatais e o controle recíproco entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, com a finalidade de impedir excessos dos Poderes do Estado, funcionando como condição de legitimidade do Governo”. Com base na assertiva acima, apresente, ao menos, três medidas constitucionais de controle do poder executivo pelo legislativo e/ou judiciário e vice-versa. (1,6) R: O Poder Executivo em relação ao Legislativo: adoção de Medidas Provisórias, com força de Lei, conforme determina o artigo 62 da Constituição Federal de 1988 – “Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar Medidas Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional”. O Poder Legislativo em relação ao Executivo: compete ao legislativo processar e julgar o Presidente e Vice-Presidente da República, assim como promover processo de impeachment. Poder Judiciário em relação ao Legislativo: observa-se o Art. 53. §1º, que diz que “os deputados e senadores desde a expedição do diploma serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal”. Esse mecanismo assegura que nenhum poder irá sobrepor-se ao outro, trazendo uma independência harmônica nas relações de governança. Existem diversas outras medidas de relacionamento desses poderes tendo sempre como escopo o equilíbrio. Na nossa atual Constituição Federal, a divisão dos Poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário é Cláusula Pétrea, 5) Para Ana Paula de Barcellos (2018, p. 267) “Os mecanismos de controle do poder sobre o poder variam de acordo com as relações entre os órgãos de soberania – particularmente entre o Executivo e o Legislativo. Estas, por sua vez, divergem bastante de país para país, formando, conforme já mencionado, os diferentes sistemas de governo”. Discorra sobre os dois principais sistemas de governo reconhecidos pela doutrina, apresentando, ao menos, três características de cada um dos sistemas. (1,6) R: Presidencialismo O Brasil adota um sistema de governo presidencialista. O presidencialismo pode ser definido como sistema de governo cujo chefe de estado e governo se concentram na figura do presidente, o qual possui um mandato fixo e independente de confiança parlamentar. Ou seja, nós votamos para um presidente que possui mandato fixo, podendo ser reeleito - de acordo com a nossa constituição. O presidente só será destituído do cargo através de processo de impeachment, ele não pode ser removido de suas funções por não estar alinhado à maioria legislativa, por exemplo. Além do Brasil, Estados Unidos, Argentina, Uruguai são exemplos de países presidencialistas. Parlamentarismo No parlamentarismo, o Executivo e Legislativo caminham juntos, e o Parlamento é a instituição soberana. O parlamentarismo pode ser definido como um sistema de governo em que o primeiro-ministro e seu gabinete são responsivos perante uma maioria parlamentar, podendo ser retirados dos cargos por esta mesma maioria através do voto de desconfiança. Em sistemas parlamentaristas, a população elege os legisladores e estes, dentro do Parlamento, selecionarão o primeiro-ministro e os demais ministros de gabinete, podendo, da mesma forma, destituí-los do cargo. Exemplos de países que adotam o parlamentarismo: Inglaterra, Japão, Jamaica, e Austrália.
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