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TAISE TERRA MED_RABISCOS Automatismo cardíaco: o coração não precisa de estímulo externo para contrair Ritmicidade do coração • Contração do músculo cardíaco: rítmica e coordenada • Movimentos semelhantes à “torção de um pano” • Fluxo sanguíneo em direção aos grandes vasos ® suprir com oxigênio e nutrientes as necessidades do corpo • Contrações: impulsos elétricos espontâneos gerados por células marca-passo do nodo sinoatrial (NSA) ® transmitidas ao miocárdio atrial ® nódulo atrioventricular (NAV) ® feixe de His ® fibras de Purkinje ® miocárdio ventricular • A origem e propagação de impulsos elétricos dependem de: § Gradiente iônico através da membrana § Mudanças rápidas e transitórias na permeabilidade da membrana • Células contráteis: especializadas em contração ® atriais e ventriculares • Células condutoras: não são células nervosas! São células musculares que conduzem sinal gerado no nodo sinoatrial Potenciais de ação cardíacos • Potencial de membrana (ou de repouso) dos cardiomiócitos é estável: aprox. -80mV (determinado pelos ions de potássio – negativo) o Determinado pelo gradiente (diferença de [ ] de íons): mais potássio dentro do que fora; o E pela membrana com permeabilidade seletiva o Em repouso: a permeabilidade de potássio é muito maior que de outros íons (valor próximo a potencial de equilíbrio pra potássio) à Hipocalemia (redução da concentração externa de potássio) e aumento da permeabilidade da membrana ao potássio, deslocam o potencial de repouso para o negativo ® hiperpolarizam à Hipercalemia (aumento de potássio externo) e redução da permeabilidade ao potássio, deslocam o potencial de repouso para positivo ® despolarizam à Canal para potássio retificador anômalo: redução acentuada da concentração externa de potássio ® despolarização do potencial de repouso Potencial limiar: valor crítico a ser atingido por uma onda despolarizante pra gerar potencial de ação Ainda sobre o potencial de ação cardíaco: ® Potencial de ação cardíaco dura até 500ms e limitam a frequência máxima de ativação cardíaca ® Diferem em forma e duração de uma região para a outra e dentro de uma mesma região ® Podem ser classificados em rápidos e lentos (de acordo com a velocidade da fase ascendente de despolarização, na transição entre potencial limiar e pico Potencial de ação rápido: células miocárdicas atriais e ventriculares, células do sistema His-Purkinje Potencial de ação lento: células nodais do NSA e do NAV Potencial de ação do tipo rápido • Fase 0: rápida despolarização do potencial de membrana até atingir o pico do potencial de ação (curso ascendente) • Fase 1: repolarização breve após o pico do potencial de ação • Fase 2: platô de longa duração que mantém o potencial de membrana em torno de 0mv • Fase 3: repolarização final (o potencial de membrana retorna dos valores do platô até os de potencial de repouso, de cerca de -80mV • Fase 4: é o potencial de repouso (ou diastólico da membrana) ® -80mV ® Esse potencial vai acontecer nas células contráteis (ventrículos e átrios) e também no sistema purkinje, sendo neste, a fase 4 é instável e chamada de potencial marca-passo ® Fase 4: repouso estável (retinho); gerado pela bomba sódio-potássio e pelos canais vazantes de potássio, que tiram mais potássio do que sódio entrando (potencial de repouso negativo) ® Fase 0: influxo de sódio estimulado pelo potencial de ação do nodo sinoatrial que leva à rápida despolarização; abertura de canais de sódio, que entram na célula rapidamente ® Fase 1: começa a sair potássio por canais voltagem dependentes; começa a repolarizar CAPÍTULO 25 TAISE TERRA MED_RABISCOS do coração TAISE TERRA MED_RABISCOS ® Fase 2: assim que o potássio começa a sair, o cálcio começa a entrar através dos canais de cálcio do tipo L (lento), que demoram um pouco mais para abrir, por isso, dá tempo do potássio sair, até gerar o platô (sem alteração de voltagem) ® mesmo volume de carga entrando e saindo § O cálcio que entra é disparador ® para acontecer a contração estimula o RS a liberar todo o cálcio para a contração ® Fase 3: o cálcio vai parar de entrar porque os canais se fecham. Temos então apenas efluxo de potássio (saída) ® repolarização Potencial de ação do nodo sinoatrial • Do tipo lento • Associado à automaticidade das células marca-passo e à baixa velocidade de propagação do impulso elétrico nas células do NAV • Não apresentam potencial de repouso estável, mas sim uma lenta e gradual despolarização diastólica (potencial marca- passo) ® Fase 4: potencial marca-passo ® instável; não fica reto. Essa fase explica o automatismo cardíaco; gerado por uma corrente de sódio If (corrente estranha) que permite que o sódio entre devagar na célula até atingir o limiar e gere potencial de ação ® isso ocorre espontaneamente, até o coração parar ® Fase 0: desflexão ascendente causada por canais de cálcio do tipo T ® Não tem fase 1 e 2!!! ® Fase 3: repolarização ® não tem platô! ® Corrente If ativando entrada de sódio: responsável pelo automatismo cardíaco ® as células condutoras, como as do NSA, possuem um tipo de canal de sódio que são abertos espontaneamente pela negatividade quando a célula repolariza; despolarizando a célula até que espontaneamente ela consiga atingir o limiar disparando o próximo potencial de ação, repetidamente. Automatismo • Permite que mesmo desligado o coração continue batendo • Células do marca-passo têm essa capacidade: NSA, NAV, feixe de his, purkinje • Como as células do NSA atingem o limiar em menor tempo e possuem maior frequência de disparo, o NSA é o marca-passo dominante, e as outras são latentes o Se precisar elas assumem; mas não assumem antes por causa da supressão por excesso de atividade no nodo sinoatrial • NSA: 70 bpm • NAV: 45-60 bpm • Feixe de his: 15-45 bpm • Purkinje: 15 bpm Obs: o automatismo é chamado de cronotropismo ® tudo que aumenta a frequência cardíaca (SN simpático) tem efeito cronotrópico positivo. Se diminuir a frequência (ex: parassimpático) tem efeito cronotrópico negativo. VELOCIDADE DE CONDUÇÃO: • Dromotrópico • Não é a mesma em todo o miocárdio • Depende da intensidade da corrente de influxo (correntes locais) ® simpático acionado (modulação) hentrada de íons hsinais • Depende também das propriedades de cabo das fibras miocárdicas hdiâmetro das fibras iresistência ao fluxo hsinais o hJunções comunicantes hsinais ®mais conexões leva a condução mais rápida de uma pra outra o Lenta no AV: fibras estreitas e pouca comunicação ® é bom que seja lento para dar tempo dos átrios contraírem antes dos ventrículos o Rápida em purkinje: pois são muitas junções comunicantes ® maior velocidade o Esse retardo no nodo AV justifica a diferença de velocidade das fibras miocárdicas e permite que o ventrículo se encha totalmente de sangue que vem do átrio, antes de contrair. Assim, assegura que no momento da contração atrial os ventrículos estejam relaxados, favorecendo maior enchimento ventricular Período refratário e excitabilidade o Excitabilidade: quantidade de corrente necessária para levar a célula miocárdica ao seu potencial limiar (para gerar potencial de ação) § Aumento de CSDV: despolarizam ainda mais a membrana § CSDV inativados: diminui a excitabilidade da membrana, tornando-a refratária a novos estímulos o Período refratário absoluto: o estímulo não é capaz de ativar um segundo potencial de ação ® as comportas de ativação não são abertas ® mecanismo de proteção! § Da fase 0 até aprox.. a metade da fase 3 § Não deixa uma contração se juntar a outra; PA em cima de PA; evita contrações sem relaxamento o Período refratário relativo: a excitabilidade da membrana ainda deprimida só permite gerar um 2º PA com estímulo de grande intensidade § Do final do período refratárioabsoluto até o final da fase 3 (onde repolariza totalmente) Efeitos do sistema nervoso autônomo sobre o coração e vasos • A atividade do NSA é modulada pelo sistema nervoso autônomo • Efeitos do SNA sobre a frequência ® efeitos cronotrópicos Simpático: Fibras nervosas simpáticas ® inervam átrios e ventrículos ® norepinefrina ® estimula receptores beta1 adrenérgicos do coração ® proteína G ativa adenilato ciclase ® AMPc h[ ]® ativa proteína quinase (PKA) ® fosforila canais iônicos, aumentando suas respectivas correntes TAISE TERRA MED_RABISCOS ® Efeito cronotrópico positivo: h da frequência cardíaca; aumenta a velocidade da corrente If, então tem mais ciclos em menos tempo ® Efeito dromotrópico positivo: h da velocidade de condução do impulso elétrico; incremento na corrente de cálcio do tipo L, que aumenta a velocidade de despolarização da fase 0 ® Efeito inotrópico positivo: h da força de contração ® Efeito lusitrópico positivo: h velocidade de relaxamento dos cardiomiócitos Parassimpático: Nervos vagos ® inervam NSA, NAV, miocárdio atrial ® liberam acetilcolina ® ativa receptores muscarínicos acoplado a proteína G inibitória ® inibe síntese de AMPc i a [ ] ® reduz atividade da proteína quinase ® desfosforilação ® redução da atividade das proteínas reguladas pela PKA ® Efeito cronotrópico negativo: i da FC ® Efeito dromotrópico negativo: i velocidade de condução ® Efeito inotrópico negativo: i contratilidade do miocárdio atrial ® Efeito lusitrópico negativo: i da velocidade de relaxamento ® desfosforilação da fosfolambam e da troponina 1 ® Deixa a fase 4 mais lenta, aumenta a saída de potássio, mais difícil atingir potencial de membrana, menos ciclos cardíacos, bradicardia (efeito cronotrópico negativo) Em transplantados: evitar fortes emoções – porque a modulação por inervação direta não existe. Caso tenha emoções fortes, como aumenta a frequência – adrenalina e noradrenalina na medula da adrenal é liberada na corrente sanguínea
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