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AEP--art-5-cf-direitos-a-vida

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cursoagoraeupasso.com.br 
 
AGORA EU PASSO! 
1 
 
SUMÁRIO 
DIREITOS FUNDAMENTAIS – DIREITO À VIDA ................................................................................................... 2 
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 2 
2- DIREITOS EM ESPÉCIE ................................................................................................................................ 2 
2.1 – DIREITO À VIDA ................................................................................................................................. 2 
2.1.1 – PENA DE MORTE. ........................................................................................................................... 2 
2.1.2 – ABORTO. ........................................................................................................................................ 2 
2.1.3 – EUTANÁSIA E ORTOTANÁSIA. ........................................................................................................ 3 
2.1.4 – USO DE ALGEMAS. ......................................................................................................................... 3 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4 
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4 
 
 
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AGORA EU PASSO! 
2 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS – DIREITO À VIDA 
1- INTRODUÇÃO 
Inicialmente, cumpre informar que a Constituição de 1988 ampliou significativamente o 
catálogo de direitos individuais: se no documento anterior tínhamos um artigo com trinta e 
seis parágrafos, a atual conta com um rol (art. 5º) de setenta e oito incisos. 
 
Contudo, é um rol meramente exemplificativo (e não taxativo), ou seja, direitos dessa 
espécie podem ser identificados em outras passagens da Constituição. 
 
Nos itens a seguir nos dedicaremos a avaliar e compreender os principais e mais 
relevantes direitos inseridos em nosso documento constitucional, a começar pelo direito à 
vida. 
2- DIREITOS EM ESPÉCIE 
2.1 – DIREITO À VIDA 
A vida humana é o bem jurídico mais importante dentre todos os direitos 
constitucionalmente tutelados, afinal, estar vivo é um pressuposto elementar para se usufruir 
dos demais direitos e liberdades garantidos na Constituição Federal. 
Esse direito costuma ser apresentado doutrinariamente em duas perspectivas: 
O direito de continuar vivo, ou seja, de não ser morto; 
O direito a ter uma vida digna. 
A primeira consiste no direito da pessoa de estar e permanecer viva, garantindo que sua 
existência física não será violada nem pelo Estado nem por outros particulares. No que se 
refere à proteção a vida digna, que expande o conceito de viver para além da simples 
subsistência física, temos uma íntima e indissociável relação com a dignidade da pessoa 
humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1 °, III,CF/88). 
Ressalta-se que, por mais que a vida humana seja o bem jurídico mais importante, não se 
trata de um direito absoluto, ou seja, é possível uma relativização ao bem jurídico em análise. 
Vejamos: 
2.1.1 – PENA DE MORTE. 
Afinal, existe pena de morte no Brasil? 
A resposta para essa pergunta é que em regra a pena de morte é proibida no Brasil, 
como se vê no art. 5º XLVII da CRFB/88. 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte.... 
Todavia, o mesmo dispositivo continua “salvo em caso de guerra declarada". Assim é 
possível concluir que a pena de morte excepcionalmente é permitida no Brasil. Os crimes que 
podem levar a essa punição estão descritos no Código Penal Militar, de 1969. Ele prevê ainda 
que a pena deve ser executada por fuzilamento. 
2.1.2 – ABORTO. 
Já sabemos que a Constituição Federal protegeu amplamente a vida humana, tutelando 
não só a vida extrauterina, mas igualmente a intrauterina. Foi pensando em resguardar esta 
última que o legislador penal vedou a prática do aborto. 
 
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AGORA EU PASSO! 
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Destarte, a interrupção prematura da gravidez, espontânea ou provocada, é conduta 
considerada criminosa na legislação infraconstitucional, já que o Código Penal tipifica como 
infração, nos artigos 124 a 126, a provocação de aborto em si mesma ou a autorização para 
que outrem provoque, bem como o ato de provocar o aborto com ou sem o consentimento da 
gestante. 
No entanto, considerando a caráter não absoluto do bem jurídico, existem exceções. A 
saber: 
a) Aborto necessário (ou terapêutico) 
É aquele realizado quando não há outro meio de salvar a vida da gestante. 
b) Aborto sentimental 
É aquele quando a gravidez resultar de estupro e o aborto for procedido de 
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
c) Feto anencefálico 
Além das duas hipóteses legais anteriores, o STF, em 2012, no julgamento da ADPF nº 
54, identificou uma terceira ao declarar a inconstitucionalidade da interpretação segundo a 
qual a interrupção da gravidez de feto anencefálico seria conduta tipificada no Código Penal. 
2.1.3 – EUTANÁSIA E ORTOTANÁSIA. 
A eutanásia, definida como a ação médica intencional que abrevia a vida de um paciente 
terminal que vivencia extremo sofrimento e se encontra em situação incurável - já que pelos 
padrões médicos em vigor não será capaz de se recuperar e sobreviver. 
Exemplo: Injeção letal que induz a morte de um enfermo terminal. 
A ortotanásia, por seu turno, ocasiona a morte em razão da interrupção dos tratamentos 
médicos que, apesar de manterem o sujeito vivo, não ofertam a ele nenhuma chance de 
recuperação. Essa hipótese, em que a vida se encerra em seu momento natural, sem que haja 
dolorosos (e muitas vezes invasivos) prolongamentos artificias. 
Exemplo: Desligamento dos aparelhos de respiração artificial de um paciente com 
insuficiência grave ou falência cardiorrespiratória. 
O direito brasileiro não empresta consequências distintas para as duas espécies 
narradas: em ambos os casos tem-se, de acordo com a legislação vigente, crime de homicídio 
(ainda que na eutanásia o homicídio seja privilegiado, art. 121, §1º, CP). 
Na eutanásia, o crime é comissivo (praticado por meio de uma ação), enquanto na 
ortotanásia o crime é comissivo por omissão, vez que o médico não empregou todos os meios 
cabíveis para evitar o resultado morte (art. 13, § 2º, CP). 
2.1.4 – USO DE ALGEMAS. 
O uso de algemas em indivíduos presos, configura prática de tortura? 
A CRFB em seu art. 5º, III, dispõe que - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante. Assim desde que devidamente necessária, o emprego 
de algemas em pessoas detidas não irá configurar tortura. Mas como saber se o uso de 
algemas é realmente necessário? 
O Supremo Tribunal Federal editou a súmula vinculante nº 11, a qual dispõe sobre 
quando será permitido o uso de algemas. 
 
Súmula Vinculante 11: Só é lícito o uso de algemas em casos de 
resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade 
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, 
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da 
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se 
refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
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Dessa forma, o uso adequado de algemas não configura tortura e, portanto é uma 
hipótese de relativização do respeito ao bem jurídico em discussão. 
EXERCÍCIOS 
1. Sobre os direitos individuais e coletivos, assinale a alternativa CORRETA. 
Inspirada no princípio da dignidade da pessoahumana, a Constituição Federal de 1988 
não permite, em hipótese alguma, as seguintes penas: de morte, de caráter perpétuo, de 
trabalhos forçados, de banimento, cruéis. 
Certo ( ) Errado ( ) 
2. Sobre o direito à vida, assinale a alternativa correta. 
a) Em tempos de guerra é permitida a pena de morte. 
b) O latrocínio, crime contra a vida, é julgado pelo Tribunal do Júri. 
c) É permitida a extradição de indivíduo condenado à pena de morte. 
d) A proteção do direito à vida inicia-se com o nascimento da pessoa. 
e) A permissão do aborto de feto anencéfalo foi incluída no ordenamento jurídico por 
meio de emenda constitucional. 
GABARITO
1. E 
2. A 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado 23ª Ed.. São Paulo, Saraiva, 
2019; 
 MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4ª Ed. JusPodivm, Salvador, 
2016; 
 MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2006; 
 PAULO, Vicente; Alexandrino, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 17ª 
Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018; 
 
 
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