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Estrutura do CDC Apresentação que demonstra a estrutura básica do Código de Defesa do Consumidor, levando-se em consideração os temas mais importantes, como conceitos básicos, princípios, objetivos, dentre outros. Estrutura da apresentação: Estruturação do CDC; Normas de pertinentes; 1 – Dos direitos do consumidor; 2 – Das infrações penais; 3 – Da defesa do consumidor em juízo; 4 – Do sistema nacional de defesa do consumidor; 5 – Da convenção coletiva de consumo; 6 – Disposições finais. Estruturação do CDC Título I – Dos direitos do Consumidor – Arts. 1° a 60; Título II – Das infrações penais – Arts. 61 a 80; Título III – Da defesa do consumidor em juízo – Arts. 81 a 104; Título IV – Do sistema nacional de defesa do consumidor – Arts. 105 e 106; Título V – Da convenção coletiva de consumo – Arts. 107 e 108; Título VI – Disposições finais – Arts. 109 a 119. Normas pertinentes CF, art. 5°, inciso XXXII – “O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.” CF, art. 170, inciso V – “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim asseguras a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (...) V – defesa do consumidor;” Art. 48, ADCT: “O Congresso Nacional, dentro de 120 dias da promulgação da Constituição, elaborará Código de Defesa do Consumidor.” Lei n.° 12.291, de 20 de julho de 2010 – torna obrigatória a manutenção de exemplar do CDC nos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços. 1 – Dos direitos do consumidor Nos primeiros artigos (art. 2° e 3°) há a conceituação de consumidor e fornecedor, para reconhecer, posteriormente, a vulnerabilidade do consumidor nas relações de mercado e garante, também, a ação governamental para protege-lo de maneira eficaz; Por isso, pode-se entender que essa parte do CDC sistematiza a defesa dos consumidores, o que possibilita a reparação de danos a eles causados de maneira ágil; Reforça ainda o aspecto de orientação e informação dos consumidores, como forma de preveni-los e protege-los nas relações de consumo; Define os objetivos da política nacional das relações de consumo (art. 4°), no que diz respeito, por exemplo, ao atendimento das necessidades dos consumidores; respeito à dignidade, saúde e segurança; proteção dos interesses econômicos; melhoria da qualidade de vida; transparências nas relações de consumo, dentre outros. Estabelece princípios que norteiam as relações consumeristas, tais como: a vulnerabilidade do consumidor, ação governamental protetora, harmonização dos interesses, educação e informação, incentivo à melhoria da qualidade da produção, distribuição, circulação e disponibilização de produtos e serviços, repressão aos abusos, racionalização dos serviços públicos e de que as relações de consumo são dinâmicas; No art. 6° estabelece os direitos básicos do consumidor, com especial atenção aos incisos IV, V, VI e VIII; Art. 12 a responsabilidade objetiva o fabricante, produtor, construtor nacional ou estrangeiro, importador (atenção aos arts. 12,§1°, 13 e 14,§1°; Oferta (arts. 30 e 34), publicidade (art. 37, §1° e §2° - publicidade enganosa e abusiva), práticas abusivas (art. 39, I, III, IV, V); Direito de arrependimento (art. 49) – considerações (a contagem do prazo inicia-se a partir do dia imediatamente posterior à contratação ou recebimento do produto; a contagem não é interrompida nos finais de semana ou feriados; e, quando não há expediente do fornecedor no dia final do prazo de reflexão, o direito do consumidor se prorrogará para o 1° dia útil subsequente. 2 – Infrações penais Prevê os crimes contra as relações de consumo, instituindo as infrações e tipificando as condutas que atentem contra o mercado consumidor; Desse modo, o legislador achou por bem tipificar as condutas lesivas aos interesses dos consumidores, deixando claro, p. ex., no art. 61 do CDC, que tal diploma não lista todas as condutas entendidas como delituosas em face da relação de consumo entre consumidores e fornecedores, mas deixa muito claro e patente que, além das condutas tipificadas no Código, outras da esfera do Código Penal e leis extravagantes poderão ser importadas para o universo da relação de consumo quando determinada conduta for atentatória a relação de consumo; Enfim, o CDC estende a proteção ao consumidor para a esfera penal, inserindo diversas condutas tipificadas como delituosas quando cometidas pelos fornecedores contra um consumidor específico ou mesmo que venha a causar algum dano, lesão ou ameaça aos interesses coletivos dos consumidores. 3 – Da defesa do consumidor em juízo Acerca das inovações introduzidas pelo CDC neste aspecto, impende destacar: 1 – A possibilidade de determinar a competência pelo domicílio do autor consumidor (art. 101, I); 2 – A vedação da denunciação da lide e um novo tipo de chamamento ao processo (art. 88 e 101. II); 3 – A possibilidade de o consumidor valer-se, na defesa dos seus direitos, de qualquer ação; 4 – A tutela específica em preferência à tutela do equivalente em dinheiro (art. 84); 5 – A extensão subjetiva da coisa julgada em exclusivo benefício das pretensões processuais; 6 – Regras de legitimação (art. 82) e de dispensa de honorários advocatícios (art. 87) específicos para as ações coletivas e aperfeiçoadas em relação aos sistemas anteriores; 7 – Regulamentação da litispendência entre a ação coletiva e a individual (art. 104); 8 – Alteração e ampliação da tutela da LACP, harmonizando-a com o sistema do CDC (arts. 90 do CDC e 21 da LACP). 4 – Do sistema nacional de defesa do consumidor Nos temos do art. 105 do CDC: “Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor.” 5 – Da convenção coletiva de consumo Nos termos do art. 107 do CDC: “As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que tenham por objetivo estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e a características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.” Trata-se, portanto, de ferramenta em que os atores da relação de consumo pode registrar em cartório de títulos e documentos, tornando-se obrigatória aos que dela tomarem parte. 6 – Disposições finais Como preceitua o art. 3° III da Lei Complementar n.º 95/1998, são: “disposições pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.”
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