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Aula 15_Geração de EE_Parte 01 (2)

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Dra. Juliana Alencar Firmo de Araújo
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Geração de Energia Elétrica – Parte 01
juliana.araujo@unilab.edu.br
VISÃO GERAL
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
• Produtores independentes;
• Autoprodutores;
• Cogeração;
• Termelétricas.
➢ Regulamentação
PRODUTORES INDEPENDENTES
• Instituído pela Lei nº 9 074/1995;
• Regulamentado pelo Decreto nº 2 003/1996;
• Art. 11: Definição de Produtor Independente de Energia Elétrica (PIE) 
“É a pessoa jurídica ou empresas reunidas em consórcio, que receberem
concessão ou autorização do poder concedente para produzir energia elétrica
destinada à comercialização de toda ou parte da energia, por sua conta e risco”.
A que estarão sujeitos os produtores independentes?
Às regras de comercialização regulada ou livre
• Na lei nº 9.074/1995;
• Na legislação em vigor, e;
• No contrato de concessão ou no ato de autorização.
Conforme disposto no § único, do art. 11 deste diploma legal, com nova 
redação dada pela Lei nº 10.848/2004.
Como se dá a outorga de concessão a produtor independente?
Através de licitação, obedecendo ao disposto na Lei nº 8.666, de
21/06/1993 e suas alterações, na Lei nº 8.987, de 13/02/1995 e
no respectivo edital, conforme preceitua o art. 6º do Decreto nº
2003/1996.
Porém, os requisitos para a habilitação ficarão limitados à
comprovação da regularidade jurídico-fiscal e da qualificação
técnica e econômico-financeira dos interessados.
O que estabelece o edital de licitação quando participarem e
forem vencedoras empresas reunidas em consórcio?
A concessão será outorgada de forma compartilhada entre elas, na
proporção da participação de cada uma, ficando a empresa líder do
consórcio responsável perante o poder concedente, pelo
cumprimento do contrato, sem prejuízo da responsabilidade solidária
das demais consorciadas.
O edital poderá prever, alternativamente, que os consorciados
constituam empresa especifica, com a participação proporcional de
cada um deles, que será a responsável pelo cumprimento do contrato
de concessão.
Produtor independente com autorização concedida
Autorização concedida aos empreendimentos correspondentes às
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), na faixa de potência entre
1 000 kW a 30 000 kW.
Critérios de enquadramento PCHs:
• No art. 4º da Lei nº 9.648/1998, e;
• Pela Resolução ANEEL nº 394, de 04.12.1998.
→ Posteriormente revogada pela Resolução ANEEL nº 652, de 09/12/2003,
que estabeleceu os novos critérios de enquadramento.
O que pode proporcionar uma redução dos dispêndios da CCC?
• A implantação de PCH’s e outras fontes renováveis nos
Sistemas Elétricos Isolados (depois de 30/04/2012);
• Eficientização de central termoelétrica;
• Troca de combustível de central já existente.
Para que contribui essa redução dos dispêndios da CCC?
• Para a modicidade das tarifas aos consumidores finais.
Sistema Isolado / Sistema Interligado
Implantação de projetos eficientes
Quem pode utilizar o mecanismo de ressarcimento do custo de
combustíveis instituído na CCC?
De acordo com o art. 26 do Decreto nº 2003/1996:
O produtor independente integrado, ou que opere usinas térmicas em
sistemas isolados, e comercialize energia elétrica nos termos dos incisos
I, IV e V do art. 33, mediante autorização do órgão regulador e
fiscalizador do poder concedente.
• Inciso I
Concessionário ou permissionário de serviço público de energia elétrica.
• Inciso IV
Conjunto de consumidores de energia elétrica, independentemente de tensão e carga,
nas condições previamente ajustadas com o concessionário local de distribuição.
• Inciso V
Qualquer consumidor que demonstre ao poder concedente não ter o concessionário
local lhe assegurado o fornecimento no prazo de até 180 dias, contado da respectiva
solicitação.
Com quem pode comercializar potência e/ou energia elétrica?
De acordo com o art. 11 da Lei nº 9074/1995 e art. 23 do Decreto nº
2003/1996:
• Concessionário ou permissionário de serviço público de energia elétrica;
• Consumidores de energia elétrica nas condições estabelecidas nos artigos
15 e 16 da Lei nº 9.074, de 1995;
• Consumidores de energia elétrica integrantes de complexo industrial ou
comercial, aos quais forneça vapor ou outro insumo oriundo de processo
de cogeração;
• Conjunto de consumidores de energia elétrica, independentemente de
tensão e carga, nas condições previamente ajustadas como
concessionário local de distribuição.
• Qualquer consumidor que demonstre ao poder concedente não ter o
concessionário local lhe assegurado o fornecimento no prazo de até 180
dias, contado da respectiva solicitação.
Acesso aos sistemas de transmissão e distribuição
A legislação assegurou ao produtor independente o livre acesso
aos sistemas de transmissão e de distribuição das concessionárias
e permissionárias de serviço público de energia elétrica, mediante
o ressarcimento dos custos do “encargo de uso do sistema”
envolvido de forma a garantir a comercialização da energia por
eles produzida.
Resolução ANEEL nº 281,16 de 01.10.1999
Contratação do acesso→ Uso e conexão aos sistemas de T-D de EE.
Resoluções ANEEL nº 286, de 01.10.1999 e nº 244, de 28.06.2001
Tarifas de uso dos sistemas de T-D de EE.
Operação energética
A operação energética das centrais geradoras de produtores
independentes poderá ser feita na modalidade integrada ou não
integrada ao sistema elétrico, de acordo com a sua capacidade de
geração e de sua localização, e, quando integrada ao sistema
elétrico, constará do contrato de concessão ou do ato
autorizativo, devendo ser observados os dispositivos contratuais
ou autorizativo, bem como as regras estabelecidas no art. 14 do
Decreto nº 2003/1996 e demais legislações e regras de
funcionamento de mercado e sistema interligado.
Resolução ANEEL nº 371, de 29.12.1999→
Alterada pela Resolução Normativa nº 304, de 04.03.2008
➢ Encargos setoriais
De acordo com o art. 16 do Decreto nº 2003/1996:
O produtor independente estará sujeito aos seguintes encargos financeiros
da exploração de energia elétrica, a partir da entrada em operação da
central geradora de energia elétrica, conforme definido na legislação
específica e no respectivo contrato ou autorização:
a) Compensação Financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União.
→ Pelo aproveitamento de recursos hídricos, para fins de geração de EE.
→ Esse encargo não é aplicável às PCH’s, em virtude da isenção estabelecida
no art. 4º, da Lei nº 9.648/1998.
b) Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica.
→ A ser recolhida nos prazos e valores estabelecidos no edital de licitação e
nos respectivos contratos.
c) Quotas mensais da “Conta de Consumo de Combustíveis - CCC”,
subconta Sul/Sudeste/Centro-Oeste ou subconta Norte/Nordeste.
→ Incidente sobre as parcelas de energia consumida ou comercializada com
consumidor final, nos termos dos incisos II, IV e V do art. 23 do Decreto
nº 2003/1996, por produtor independente que opere na modalidade
integrada no sistema em que estiver conectado.
→ Vigorou até dez 2015, extinto em jan 2016 (art. 11 Lei nº 9648/1998).
d) Quotas mensais da “Conta de Consumo de Combustíveis - CCC”,
subconta Sistemas Isolados.
→ Incidentes sobre as parcelas de energia comercializada com consumidor
final por produtor independente, nos termos dos incisos II, IV e V do art.
23 do Decreto nº 2003/1996.
➢ Vinculação dos bens
Os bens e instalações utilizados na produção de energia elétrica
a partir do aproveitamento de potencial hidráulico e as linhas
de transmissão associadas são vinculados à concessão desde o
início da operação da usina, não podendo ser removidos ou
alienados sem prévia e expressa autorização do órgão
regulador, devendo ser observados os procedimentos
estabelecidos na Resolução ANEEL nº 20, 03/02/1999.
De acordo com o art. 20 do Decreto nº 2003/1996, ao final do
prazo da concessão ou autorização, os bens e instalações
realizados para a geração independente de energia elétrica em
aproveitamento hidráulico passarãoa integrar o patrimônio da
União, mediante indenização dos investimentos ainda não
amortizados.
O que serão considerados na determinação do montante
da indenização a ser paga?
Os valores dos investimentos posteriores, aprovados e
realizados, não previstos no projeto original, e a depreciação
apurada por auditoria do poder concedente.
No caso de usinas termelétricas, não será devida indenização
dos investimentos realizados, assegurando-se, porém, ao
produtor independente, remover as instalações.
➢ Depreciação dos bens
As taxas de depreciação dos bens vinculados ao setor elétrico
serão fixadas pelo Órgão Regulador, e deverão ser adotadas
por todas as concessionárias e permissionárias do serviço
público de energia elétrica e produtores independentes.
Essa determinação entrou em vigor a partir de 01/01/2002. Para
os anos anteriores, não havia uma determinação expressa que
obrigasse os produtores independentes a adotar essas taxas
específicas do setor elétrico.
DÚVIDAS? QUESTIONAMENTOS?

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