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Estudo de caso - Assistência de Enfermagem - Câncer de mama

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O CÂNCER DE MAMA
 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
EXAME FÍSICO:	4
FÁRMACOS:	6
O CÂNCER DE MAMA:	8
TRATAMENTO	9
FATORES DE RISCO	10
CÂNCER DE MAMA RECORRENTE	12
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:	12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	15
INTRODUÇÃO
-Dados pessoais:
M.G.O, 45anos, sexo feminino, cor clara, casada, dois filhos, presbiteriana, e realiza atividades do lar. Natural de Patos de Minas-MG, residente nesta. 
-Dados de internação:
Internada no Hospital Regional Antônio Dias em 07/08/2006 na clínica médica, com o diagnostico de CA de mama esquerdo, necessitando intervenção cirúrgica da mesma. Relata ter submetida a 8 sessões de quimioterapia, sendo estas realizadas a cada 21 dias na cidade de Uberlândia. 
- Queixa principal:
Paciente relata procurar serviço de ginecologia após sentir muita dor na mama esquerda e inchaço da mesma. 
-Historia da doença atual:
Com o relato da paciente de dor forte na mama e inchaço na mesma, levou a um possível diagnostico de mastite, segundo exames físicos realizados pela ginecologista, o que esta encaminha a paciente para um mastologista ,Dr. Flavio, que com o auxilio da biopsia, foi diagnosticado CA de mama inflamatório.
_Historia pregressa:
Paciente relata não ter casos graves de doenças anteriores, não necessitando de internação e nem mesmo intervenção cirúrgica.
_Historia familiar:
Relata que em sua família paterna, tios, houve precedentes familiares que com diagnostico de CA já vieram a óbito, porém ressalta que nunca houve casos de CA de mama.
_Antecedentes pessoais:
Paciente alega doenças como hipertensão, diabetes e outras enfermidades. Relata apenas duas cesarianas como intervenções cirúrgicas e visitas periódicas ao ginecologista, realizando exames preventivos entre eles a mamografia.Dentre seus relatos, foi ressaltado a fato da amamentação apenas por 3 meses para ambos os filhos.
Paciente nega etilismo, tabagismo e não fazer uso diário de nenhum medicamento, e fala de sua boa alimentação, com o consumo de alimentos variados (legumes, frutas, carne). Apresenta eliminações fisiológicas diárias.
EXAME FÍSICO:
08/08/2006 - Paciente apresenta-se no leito em decúbito dorsal, com cabeceira elevada a cerca de30°, acordado, consciente, responsivo a estímulos verbais e táteis, acianótico, hidratada, pele com turgor satisfatório, anictérica, com temperatura= 36,2°C, eupnéico com respiração torácica. Ao exame físico apresenta couro cabeludo íntegro,com cabelos bem curtos, avermelhados,estando em fase de preenchimento de todo couro cabeludo, após processo de raspagem. Apresenta brilho e higienização satisfatória. Fácies alegres, corada +/++++, pupilas isocóricas, fotorreagentes, conjuntivas coradas +/++++, umedecidas, escleróticas anictéricas +/++++; pavilhões auditivos com higienização satisfatória; narinas higienizadas e com permeabilidade preservada; mucosa oral íntegra, com adequada higienização, integridade estrutural dos dentes, lábios hidratados; Região cervical com pele íntegra, sem alterações na coloração e ausência de gânglios palpáveis. Tórax não inspecionado devido ao enfaixamento. No local da incisão, continha um dreno de Portovac, cuja drenava secreção sanguinolenta. Abdômem globoso, normotenso, pele íntegra e ausência de manchas; cicatriz umbilical íntegra, profunda e higienizada; à ausculta presença de RHA em todos os quadrantes e não apresenta dor a palpação. Região genital com pêlos igualmente distribuídos, com ausência de lesões ou secreção; diurese presente, identificada em vaso sanitário na hora do banho, com urina de coloração amarelo claro, odor característico e sem sedimentos, e relata não evacuar há 2 dias. Região dorsal com ausência de manchas e coluna vertebral aparentemente sem deformidades. MMSS apresenta pele íntegra e ressecada e ausência de manchas. Apresenta movimentos e força muscular com perfusão tissular adequada. Unhas bastante enfraquecidas, com higienização satisfatória. Mantém acesso venoso sorolizado no MSD, em região anterior distal do antebraço. MMII com pele íntegra e ressecada sem edema, com unhas também bastantes enfraquecidas.
À ausculta cardíaca os sons foram levemente audíveis, devido a cirurgia local, que estava envolvida por curativo e enfaixamento.
Ao exame psicológico, a paciente se mostrava calma, consciente, contactuando verbalmente. Venho a ressaltar o alto astral em que a paciente se encontrava, estando com fáscie alegre, satisfeita com o sucesso da cirurgia, bastante empenhada em realizar seus auto cuidados ( tomar banho, escovar dentes, ir ao banheiro) e anciosa a espera da alta hospitalar e da nova fase de sua vida (fisioterapia, aparência, limitações..)
Exames laboratoriais:
Hemograma:
Hematócrito: 38,5%
Hemoglobina: 12,2g/dl
Hemácias: 4,39milhões/mm3
Volume corpuscular médio: 87,6u3
Concentração de hemoglobina: 31,6%
Leucometria total: 3200/mm3
Neutrófilos:
Blastos: 0%
Pró mielócitos: 0%
Miélocitos: 0%
Metamielócitos: 0%
Bastões: 0%
Segmentados: 26%
Basófilos: 0%
Eosinófilos: 1%
Linfócitos: 72%
Linfócitos atípicos: 0%
Monócitos: 1%
Exame de urina:
Ausência de crescimento de microorganismos patogênicos.
RX do tórax 
Rx da mama (mamografia)
Diagnostico medico:
CA de mama inflamatório.
Realizou quimioterapia coadjuvante e necessita de intervenção cirúrgica.
Cirurgia:
Mastectomia radical
Terapêutica medicamentosa:
· Dieta livre;
· Cuidados gerais;
· Esvaziar dreno;
· Dipirona gts VO;
· Voltarem 1 amp IM;
· Plasil IM S/N;
FÁRMACOS:
 DIPIRONA
	Analgésico, antitérmico, antiinflamatório.
Contra indicação:
	Hipersensibilidade aos derivados pirazolonicos. Glaucoma de ângulo fechado. Nefrites crônicas. Discrasias sanguíneas. Asmas e infecções respiratórias crônicas.
Efeitos adversos:
*erupções cutâneas
*náusea, vomito, hemorragia GI
*tremor
Cuidados de enfermagem:
1 – a medicação não deve ser usada em crianças menores de 3 meses ou menores de 5kg, nem durante a gestação ou lactação.
2 – nos casos de hipertemia pode ser indicado banhos ou envoltórios até a estabilização da temperatura.
3 – recomende ao paciente que evite consumo de álcool e uso concomitante de outros depressores do sistema nervoso central.
Ranitidina:
Inibe a secreção, basal estimulada, do suco gástrico através da redução do volume da secreção e de seu conteúdo em acido e pepsina.
Efeitos adversos:
*ginecomastia, impotência, perda da libido
*constipação, diarréia, náusea, vomito, dor abdominal
*leucopenia, granulocitopenia, trombocitopenia, pancitopenia
*hepatite
*dor(IM), flebite(IV)
*cefaléia, tontura, sonolência, insônia
Contra indicação:
Hipersensibilidade e lactação
Cuidados de enfermagem:
1 – informe ao paciente as reações adversas mais freqüentemente relacionadas ao uso da medicação e que, diante a ocorrência de qualquer uma delas, principalmente aquelas incomuns ou intoleráveis, o medico deverá ser comunicado imediatamente.
2 – durante a terapia, o paciente deverá receber hidratação adequada.
3 – pode causar tontura ou sonolência. Recomende que o paciente evite dirigir e outras atividades que requerem estado de alerta durante a terapia.
4 – recomende ao paciente que evite o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas ou cafeinados e o uso concomitante de acido acetilsalicílico.
PLASIL
Propriedades:
	É um antieméticoque age deprimindo o centro do vômito na formação reticular do bulbo, acelera o esvaziamento gástrico e duodenal, reduzindo o tempo de transito intestinal. Esse fármaco é rápido e totalmente absorvido, porém o metabolismo hepático de primeira 
passagem reduz sua disponibilidade em até 75%. Possui uma meia vida de 4 a 6 horas, porem em pacientes com insuficiência renal essa meia vida pode chegar em até 24 horas.
Indicação:
	Distúrbio da motilidade gastrintestinal, náuseas e vomito de origem central e periférica, espasmos pilóricos, soluço persistente.
Contra-indicação:
	Indivíduo com epilepsia (aumenta a intensidade e a gravidade das crises). Feodromocitoma (risco de crise hipertensiva). Hemorragia, obstrução mecânica ou pertusão gastrintestinal. Em caso de lactação o medico deve ser informado.
Reações adversas:
	Inquietude, sonolência, fadiga, urticária, distúrbio intestinal, xerostomia, alteração cardiovascular, depressão mental, sintomas extrapiramidais, vertigem, insônia, torpor, cefaléia, erupção da pele, náusea, ginecomastia, galactoreia.
Interação medicamentosa:
Fenotiazina pode potencializar eventuais efeitos extrapiramidais.
Anticolinérgicos reduzem ou inibem o efeito da metoclopramida.
Álcool, anestésicos, hipnóticos, sedativos, narcóticos e tranqüilizantes potencializam o efeito sedativo. Pode ter efeito antagonizado por analgésicos.
Pode reduzir a absorção da cimetidina e digoxina
Pode diminuir a absorção das drogas no estomago e aumentar a absorção das drogas pelo intestino delgado.
O CÂNCER DE MAMA:
O câncer de mama propriamente dito é um tumor maligno. Isso quer dizer que o câncer de mama é originado por uma multiplicação exagerada e desordenada de células, que formam um tumor. O tumor é chamado de maligno quando suas células tem a capacidade de originar metástases, ou seja, invadir outras células sadias à sua volta. Se estas células chamadas malignas caírem na circulação sangüínea, podem chegar a outras partes do corpo, invadindo outras células sadias e originando novos tumores. Já os tumores chamados benignos não possuem essa capacidade. Eles possuem um crescimento mais lento, não ultrapassando um certo tamanho, além de não se espalharem por outros órgãos. Também são comuns na região das mamas. Inclusive, a maioria dos nódulos que aparecem nessa região são tumores benignos, como os cistos e os fibroadenomas, por exemplo. Os cistos são nódulos dolorosos e aumentam antes da menstruação. Os fibroadenomas não se transformam em câncer, e, se necessário, podem ser facilmente retirados através de uma pequena cirurgia, geralmente feita com anestesia local. Os tumores benignos não se transformam em câncer. 
A grande preocupação, portanto, é com os tumores malignos, como o câncer de mama, que crescem rapidamente e sem dor. Devem ser diagnosticados o mais rápido possível para evitar a perda da mama ou mesmo lesões maiores. O melhor meio para se diagnosticar o câncer de mama é a mamografia, que é capaz de detectar o tumor antes mesmo que ele se torne palpável. Quando o diagnóstico é feito dessa forma, ainda no início da formação do tumor, as chances de cura se tornam muito maiores, descartando a necessidade de retirada da mama para o tratamento. Apesar de ser um método eficaz, a mamografia não descarta o auto-exame e o exame feito pelo ginecologista ou mastologista, já que alguns nódulos, apesar de palpáveis, não são detectados pela mamografia. A mamografia é um exame simples, com aparelhos de Raio X especialmente desenvolvidos para isso, onde a mulher coloca os seios entre duas placas de acrílico, que irão comprimir um pouco a mama. A compressão da mama é requisito essencial para o sucesso do exame, portanto, deve-se evitar o período anterior ao da menstruação, quando as mamas ficam um pouco doloridas, o que causará um certo incômodo na hora do exame. Recomenda-se que ele seja feito aproximadamente uma semana após o período menstrual. A título preventivo, esse exame deverá ser feito anualmente a partir dos 50 anos, ou, se houver casos na família, desde os 40 anos de idade. O exame não é prejudicial à saúde, sendo que a radiação recebida é pouco maior do que a de uma radiografia dos pulmões. 
O auto-exame é um método de diagnóstico onde a própria mulher faz um exame visual e de palpação na mama em frente a um espelho. Este exame deve ser feito aproximadamente sete dias após cada menstruação ou, se a mulher não menstrua mais, pelo menos uma vez por mês em qualquer época. 
A cada seis meses, a mulher deve se submeter a um exame de rotina com o ginecologista, que se tiver alguma dúvida ou suspeita, deverá encaminhá-la ao mastologista, que é um médico especializado em doenças das mamas. Qualquer suspeita deverá ser verificada. Se um dos exames anteriores for suspeito, será preciso efetuar uma biópsia para confirmar ou não o diagnóstico. Este exame consiste numa pequena cirurgia destinada a retirar um pedaço do nódulo suspeito, ou mesmo o nódulo inteiro, para que este seja analisado. Conforme o caso, isso pode ser feito através de agulhas. 
TRATAMENTO
A cirurgia para o tratamento do câncer de mama pode ser conservadora ou radical. Será conservadora quando retira apenas uma parte da mama (quadrantectomia), e será radical quando retira toda a mama. O tipo de cirurgia varia de caso para caso. No caso da retirada parcial, a cirurgia deverá ser complementada pela radioterapia.A radioterapia é um tratamento à base de aplicação de radiação direcionada ao tumor ou ao local deste e tem por objetivo, se antes da operação, reduzir o tamanho do tumor, e se após, evitar a volta da doença. A radiação bloqueia o crescimento das células, e deve ser utilizada apenas na área afetada, evitando atingir o tecido normal. As aplicações duram cerca de 15 minutos e devem ser feitas diariamente, variando de 25 a 30 aplicações. O tratamento não apresenta complicações. O local das aplicações adquire uma coloração parecida com a de uma queimadura de sol. 
Outro tratamento utilizado nos casos de câncer é a quimioterapia. A quimioterapia é o uso de medicamentos extremamente potentes no tratamento do câncer. Também é usado para completar a cirurgia, podendo começar antes ou após a operação. Ao contrário da cirurgia e da radioterapia que têm efeito local, a quimioterapia age em todo o corpo, visando evitar a volta do tumor e o aparecimento em outros órgãos. A quimioterapia age sobre as células tem um crescimento e multiplicação acelerados, como as do câncer. Acontece que existem outras células do corpo que possuem estas mesmas características, causando os famosos efeitos colaterais, tais como anemia e diminuição da resistência a infecções causadas pela ação nas células produtoras dos glóbulos sangüíneos vermelhos e brancos, queda de pêlos e cabelos devido à ação nas células do folículo piloso, náuseas, vômitos e diarréia, em decorrência da ação nas células do aparelho digestivo, além da dificuldade de engravidar e parada da menstruação, já que as células do sistema reprodutor também são afetadas. O tratamento normalmente é feito com soro pela via endovenosa. Na maioria das vezes, o tratamento dispensa a internação. Primeiramente, o paciente faz uma consulta médica de rotina e, se estiver tudo normal, recebe o soro durante algumas horas e está liberado para voltar para casa. 
Em alguns casos, outro procedimento que pode ser útil é a hormonioterapia. Durante muitos anos acreditou-se que o surgimento do câncer de mama tivesse íntima relação com os hormônios femininos, em especial os estrogênios. Hoje sabe-se que nem sempre isso ocorre. Por isso é feito um exame para averiguar a utilidade ou não desse tratamento. O exame consiste na medição na dosagem dos receptores de estrogênios das células do tumor. De acordo com o resultado avalia-se a necessidade ou não da hormonioterapia, que consiste na ingestão de um a dois comprimidos por dia durante não menos que dois anos
FATORES DE RISCO
Muitas mulheres que acabam desenvolvendo o câncer de mama não apresenta fatores de risco, porém os estudos científicos mostraram que existem algunsfatores que aumentam a chance de aparecimento da doença (predisponente):
Idade. O risco aumenta conforme a mulher envelhece. A maioria dos tumores de mama aparecem em mulheres acima de 50 anos.
História pessoal ou familiar de câncer de mama. Mulheres que já tiverem câncer de mama têm mais chances de desenvolver câncer no outro seio também. E Mulheres que tenham parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) diagnosticadas com câncer de mama têm o risco aumentado. Este risco se eleva ainda mais se tiver mais de um parente com câncer de mama.
Longa história menstrual. Mulheres que iniciaram a menstruação antes dos 12 anos ou tiveram menopausa após os 55 possuem maior risco.
Não ter engravidado ou ter engravidado tardiamente. Mulheres que engravidaram pela primeira vez após os 35 anos ou que não tiveram nenhuma gestação possuem maior risco. Acredita-se que a gestação obriga as glândulas mamárias a se maturarem, ao se prepararem para produzir leite.
Obesidade. A gordura secreta hormônio feminino, aumentando o risco de aparecimento de câncer de mama.
Mutações genéticas. Algumas mutações genéticas (BRCA1 ou BRCA2) estão associadas com um risco aumentado para câncer de mama. Testes para identificar estas mutações já existem mais não são recomendadas de rotina, somente sendo usadas em casos apropriados.
Doença benigna da mama. A hiperplasia atípica, uma condição anormal, mas não cancerosa é um fator de risco. Os nódulos da hirperplasia mamaria é móvel e são dolorosos à palpação, já so da neoplasia são fixos e endurecidos.
Uso de hormônios exógenos (anticoncepcionais e reposição hormonal). Estudos recentes mostraram que estes hormônios podem estar associados com um aumento de risco significativo para o câncer de mama. Hoje a maioria dos anticoncepcionais estão com taxa hormonal reduzida.
*Amamentação por curto período: Já há bastante tempo sabemos que a amamentação, especialmente quando prolongada contribui para reduzir o risco do câncer de mama nas mulheres.   Em estudo publicado no International Journal of Epidemiology (1999;28:396-402) de Junho de 1999 pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (EUA) demonstraram que a amamentação pode reduzir o risco de desenvolvimento de câncer de mama em até 30%.   
Estágio da doença 
Com informações do tamanho do tumor, comprometimento de linfonodos (avaliado na cirurgia) e metástases à distância, a doença é classificada em:
Estágio 0: É o chamado carcinoma in situ que não se infiltrou pelos dutos ou lóbulos, sendo um câncer não invasivo.
Estágio I: O tumor é pequeno e não se espalhou pelos linfonodos.
Estágio IIa: Qualquer das condições abaixo: 
 O tumor tem menos que 2 centímetros e infiltrou linfonodos axilares. 
 O tumor tem entre 2 e 5 centímetros, mas não atinge linfonodos axilares. 
 Não há evidência de tumor na mama, mas existe câncer nos linfonodos axilares.
Estágio IIb: Qualquer das condições abaixo: 
 O tumor tem de 2 a 5 centímetros e atinge linfonodos axilares. 
 O tumor é maior que 5 centímetros, mas não atinge linfonodos axilares.
Estágio IIIa: Qualquer das condições abaixo: 
 O tumor é menor que 5 centímetros, se espalhou pelos linfonodos axilares que estão aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas. 
 O tumor é maior que 5 centímetros, atinge linfonodos axilares os quais podem ou não estar aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas.
Estágio IIIb: O tumor infiltra a parede torácica ou causa inchaço ou ulceração da mama ou é diagnosticado como câncer de mama inflamatório. Pode ou não ter se espalhado para os linfonodos axilares, mas não atinge outros órgãos do corpo.
Estágio IIIc: Tumor que qualquer tamanho que não se espalhou para partes distantes, mas que atinge linfonodos acima e abaixo da clavícula ou para linfonodos dentro da mama ou abaixo do braço.
Estágio IV: Tumor de qualquer tamanho que tenha se espalhado para outros locais do corpo como ossos, pulmões, fígado ou cérebro.
CÂNCER DE MAMA RECORRENTE
O câncer de mama é denominado recorrente se ele volta após já ter sido diagnosticado e tratado. Ele pode retornar na mama (chamada de recorrência local) na parede torácica ou em qualquer parte do corpo como ossos ou outros linfonodos (chamados de metástases à distância).
Sinais de alerta
Muitos tumores de mama não dão qualquer sintoma. É importante a mulher estar familiarizada com a aparência, sensações, formas e texturas de suas próprias mamas para detectar qualquer alteração. A mulher deve procurar por alterações da coloração, superfície ou textura na pele da mama, ou do mamilo; descarga (saída de secreção) através do mamilo e aparecimento de nódulos novos. Se tiver dor persistente, apresar de não ser um sintoma relacionada ao câncer, ela deve procurar o médico.
Prevenção
Ainda não existem maneiras de prevenir o câncer de mama. Mas o que faz muita diferença na sobrevivência contra a doença é a detecção precoce, através do auto-exame, exame clínico e mamografia. 
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
1-Mobilidade física prejudicada
Estado em que o individuo experimenta uma restrição da capacidade para realizar movimentos físicos intencionais, podendo ser temporária ou permanente, reversível ou irreversível, progressiva ou regressiva. È caracterizado por restrições impostas aos movimentos, relacionadas a dor a movimentação com determinado membro. 
No caso da paciente em questão, a menor mobilidade com o MSE é devido ao processo cirúrgico realizado, que causa dor no local da incisão quando sujeito a grandes movimentações.
Ações de enfermagem:
· Promover mobilidade e movimentação ideal, explicando o problema e o objetivo de cada exercício.
· Se possível, o auxilio de um fisioterapeuta para estar indicando e acompanhando cada exercício.
· Estar atento à circulação do membro afetado.
· Encorajar à paciente a utilização do membro afetado quando possível, como por exemplo para a realização de atividades do auto cuidado e tarefas do lar, a fim de evitar o linfedema e atrofias do tecido.
2- Déficit no auto cuidado:
Estado em que o individuo experimenta uma capacidade prejudicada para realizar ou completar por si mesmo atividades como: tomar banho, limpar partes intimas do corpo, vestir-se, arrumar-se, alimentar ou ate mesmo realizar atividades básicas da vida diária. O caso da patologia em questão (mastectomia), pode estar relacionado ao dolorimento pos cirúrgico, e/ou até mesmo fraqueza muscular.
Venho ressalta que o esforço da paciente para realizar seus próprios cuidados foram bastantes satisfatórios, esforçando ao máximo para conseguir o mais rápido possível sua independência para tais funções.
Ações de enfermagem:
· Avaliar a capacidade do paciente em realizar seu auto cuidado, sem execeder seus limites.
· Promover independência, mas auxiliar quando necessário.
· Promover a auto estima e a auto determinação, oferecendo elogios por realizações independentes.
· Não permitir o uso da incapacidade como instrumento de manipulação.
· Fazer com que o paciente se sinta útil e capaz.
3- Presença de cateter venoso e dreno de Portovac:
Estado que o individuo esta com risco aumentado para ser invadido por microorganismos patogênicos. Pode estar relacionado a procedimentos invasivos como por exemplo cateteres, drenos tubulares...
No caso da paciente esta mantinha punção venosa em MSD, e dreno de portovac em mama esquerda.
 Ações de enfermagem:
· Reduzir a entrada de organismos nos pacientes: em relação ao cateter, dreno e incisão cirúrgica.
· Reduzir a suscetibilidade do paciente à infecção através de dietas balanceadas, do monitoramento da terapia aplicada e minimizando a permanência do indivíduo no hospital;
· Trocar o cateter a cada 72 horas;
· Esvazir dreno sempre que necessário, anotando a quantidade de liquido drenado
· Fazer assepsia dos locais sempre que necessário;
· Lavar sempre as mãos antes e depois de cada administração de medicamentos e curativo, evitando infecção cruzada;
· Usar luvas de procedimentos;
· Fazer rodízios dos locais de punções venosas, prevenindo lesões e possibilitando integridade da pele.· Ensinar o paciente a assepsia da incisão.
· Ensinar o esvaziamento do dreno, sempre anotando a quantidade drenada.
4- Alteração nos padrões de sexualidade:
Estado em que o individuo apresenta preocupação relativa a satisfação de sua sexualidade, relatando preocupações nas mudanças das características sexuais primarias ou secundarias. 
No caso, pode estar relacionado pelo autoconceito da paciente por mudança na aparência após a cirurgia, ou ate mesmo falta de entendimento da situação pelo parceiro, que acaba gerando estresse emocional, solidão, depressão...
Ações de enfermagem:
· Encorajar a paciente a compartilhar suas preocupações.
· Explicar a ela suas limitações, e que a cirurgia nada interfere em seus desejos sexuais.
· Explicar para o companheiro (marido) a situação em que a paciente se encontra, sua modificação física, sua preocupação, para que o mesmo possa entende-lá e apóia-lá.
5- Distúrbio da imagem corporal:
Estado em que o individuo passa a perceber de forma negativa a sua própria imagem corporal. Evita olhar para uma parte do corpo, tocar, esconder, tem mudança no envolvimento social e no estilo de vida por temor a rejeição ou reação dos outros e uma preocupação com dependência alheia. Essas 
características estão relacionadas principalmente com mudanças na aparência física secundaria a cirurgias, quimioterapias, radiação, hospitalização...
Ações de enfermagem:
· Estabelecer confiança entre o enfermeiro e o paciente a fim de que este possa expressar seus sentimentos, suas angustias.
· Promover a interação social, incentivando a procura de grupos de apoio e acompanhamento psicológico.
· Preparar pessoas significativas para as mudanças físicas e emocionais.
· Incentivar a procura de cirurgião plástico para a colocação de uma possível prótese, de acordo com a situação do paciente.
· Encorajar o toque, a visualização 
· Dar apoio e trabalhar imagem corporal, ansiedade, depressão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· AME. Dicionário de Administração de Medicamentos ns Enfermagem. 4ºed.Rio de Janeiro: EPUB Editora de Publicações Biomédicas Ltda, 2004.956p.
· BRUNNER, Sandra M. Nettina. Prática de Enfermagem. 7. ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. v 1.553p.
· CARPENITO, Lynda Juall. Diagnósticos de enfermagem: aplicação à prática clínica.10. ed. São Paulo: ARTMED, 2005. 1024 p.
· Diagnóstico de Enfermagem da NANDA: definições e classificação/2003 – 2004. Organizado por North American Nursing Association; trad. Cristina Correia. Porto Alegre: ARTMED, 2005.300p.

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