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Direito Comercial ou Empresarial Aula 5

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Em 24/03/2021 
Direito Comercial ou Empresarial
Conceito de Empresa 
Desde 2002, quando o Direito Comercial passou a ser disciplinado pelo Código Civil, o conceito de empresa passou a significar atividade econômica, negocial, que ocorre de forma organizada voltada para a produção ou circulação de bens ou serviços. 
A partir dessa definição, diferenciou-se o conceito de empresa, de empresário, de sociedade empresária e de estabelecimento empresarial. É comum usarmos empresa para nos referirmos a esses conceitos, mas, legalmente, há importantes diferenças entre eles. 
A pessoa jurídica empresária é cotidianamente denominada empresa e os seus sócios são chamados empresários. Em termos técnicos, empresa é a atividade e não a pessoa que a explora e o empresário não é o sócio da sociedade empresarial, mas a própria sociedade.
Conceito de Empresário 
O art. 966, do Código Civil, considera empresário aquele que pratica atividade empresária. Essa é uma definição material do conceito de empresário, sendo ele o sujeito de direitos e obrigações que exerce a atividade econômica organizada para a circulação de bens ou serviços, exceto a atividade intelectual. 
 Nem todo sócio ou acionista é empresário, só será se possuir cargo de administração e participar de forma efetiva da organização da atividade. Aquele que somente investe, mas não administra a atividade econômica, é considerado investidor, mas não empresário.
Requisitos para ser Empresário 
Dois são os requisitos para que seja possível se inscrever como empresário individual: plena capacidade civil e ausência de impedimentos. Quanto ao requisito da capacidade, o Código Civil determina que para requerer a inscrição como empresário é necessário ter plena capacidade civil; não sendo possível requerer a inscrição por representante ou assistente. Caso uma pessoa registrada como empresário se torne civilmente incapaz, a atividade empresarial poderá ser continuada por meio de um representante ou assistente. Essa incapacidade superveniente poderá ocorrer quando o próprio empresário passa por um processo de interdição e é declarado incapaz ou quando ele falece e seus herdeiros são incapazes. 
O segundo requisito é a ausência de impedimento. Determinadas pessoas, por causa do cargo ou função que ocupam ou em virtude de algumas circunstâncias pessoais, não podem exercer atividade de empresário, mas se o fizer, responderão pelas obrigações contraídas. 
São impedidos de exercer atividade empresarial: 
• Os falidos não reabilitados; 
• Os funcionários públicos; 
• Os devedores do INSS; 
• Os deputados e os senadores, no caso de empresas que tenham firmado contratos com o governo; 
• Os condenados por prática de crime que vede o acesso à atividade empresarial.
Empresário Individual 
Toda e qualquer pessoa física que atenda aos requisitos descritos no item anterior poderá praticar a atividade empresária, criando e organizando o negócio e deverá se inscrever na Junta Comercial. 61 O empresário individual deve fazer sua inscrição na Junta Comercial antes de iniciar sua atividade. A única exceção ocorre no caso de pessoa que desenvolve atividade rural, a qual é dispensada de realizar esse registro.
Ao se registrar na Junta Comercial, o empresário individual não adquire personalidade jurídica; ou seja, essa pessoa responderá com seus bens pessoais em casos de dívidas adquiridas no exercício da atividade. O inverso também poderá acontecer. Se o empresário possuir dívidas particulares e não conseguir quitá-las, isso poderá atingir o patrimônio utilizado pela atividade empresária. De acordo com o Código Civil, o empresário casado não precisa pedir autorização ao cônjuge para se desfazer de bens que integrem o patrimônio da empresa.
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI 
Essa empresa ocorre quando determinada pessoa natural constitui pessoa jurídica para exploração de empresa, sem a necessidade de se juntar a algum sócio. Com a criação da EIRELI, o indivíduo protege seus bens particulares não envolvidos com a exploração da atividade, criando uma pessoa jurídica que assume os direitos e as obrigações relativas à empresa. 
Com a criação da EIRELI em 2011, o empresário individual passou a ter a opção de separar seus bens pessoais dos bens envolvidos com a empresa. Para que seja constituída a EIRELI, deve ser estabelecido um capital do, no mínimo, cem salários mínimos, limitando o direito de constituição e EIRELI aos pequenos negócios.
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte 
As microempresas e as empresas de pequeno porte têm um tratamento diferenciado devido à sua menor capacidade econômica. Essas atividades 62 necessitam de incentivos diferenciados para que possam competir no mercado. 
As inovações referentes ao tratamento diferenciado e favorecido a essas atividades são relacionadas a: 
• apuração e recolhimento de impostos e contribuições; 
• cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias; 
• acesso ao crédito e ao mercado, bem como preferência nas aquisições de bens e serviços pelos poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. Atualmente, os parâmetros para enquadramento como microempresas são os seguintes: 
• ser empresário, pessoa jurídica, ou a ela equiparada; 
• ter, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. Para o enquadramento como empresa de pequeno porte deverá ser: 
• empresário, pessoa jurídica, ou a ela equiparada; 
• ter, em cada ano, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
Elementos Obrigatórios da Atividade Empresária 
Para que a empresa possa ser exercida são necessários dois elementos obrigatórios: estabelecimento empresarial e nome empresarial. 
O primeiro é o elemento objetivo que representa o investimento realizado para a criação do negócio e o segundo é o elemento identificador do sujeito da atividade empresária.
Estabelecimento Empresarial 
É o conjunto de bens reunidos pelo empresário para a exploração de sua atividade econômica. A proteção jurídica do estabelecimento empresarial visa à preservação do investimento realizado na organização da empresa. 
Não há como dar início à exploração de qualquer atividade empresarial, sem a organização de um estabelecimento, pois é o conjunto de bens indispensáveis e úteis que o empresário reúne para explorar a atividade econômica, como: 
• máquinas • mercadorias em estoque • veículos • marca • tecnologia • clientela
Bens Protegidos pela Propriedade intelectual 
Atualmente, o Direito Industrial brasileiro é regulado pela Lei nº 9279/94, Lei da Propriedade Industrial – LPI, que traz quatro bens jurídicos tutelados pela propriedade industrial:
•Invenção: é o ato em que alguém cria um determinado objeto, fórmula ou qualquer outro produto que era desconhecido. É protegido por patente. 
• Modelo de utilidade: é um aperfeiçoamento técnico da invenção. Há um acréscimo na utilidade do bem, pois deve representar um avanço tecnológico, que os técnicos da área reputem como engenhoso. É protegido por patente. 
• Desenho industrial, também chamado de design: é a alteração na forma e nas cores dos objetos, mas com mera finalidade estética, sem que represente nenhum melhoramento. Distingue-se da obra de arte já que vai ter aplicação na indústria. É protegido pelo registro. 
• Marca: sinal distintivo que identifica produtos ou serviços. Também irá receber o registro.
Condições da Patente 
Para se conceder uma patente é preciso que a invenção ou o modelo de utilidade atendam essas quatro condições: 
• Novidade: a invenção tem que ser desconhecida dos cientistas ou pesquisadores especializados. 
• Atividade inventiva: não decorre de modo óbvio. 
•lndustriabilidade: possibilidade de utilização ou produção do invento por qualquer tipo de indústria. 
• Desimpedimento: por razões de ordem pública, a invenção não pode ser patenteada. São três impedimentos atuais: invenções contrárias à moral, produtos resultantes da transformação donúcleo atômico e seres vivos. 
Condições do registro 
Quanto às condições de registro, temos que separar o registro do desenho industrial do registro da marca.
Títulos de Crédito 
Para compreender título de crédito, é preciso entender o conceito de crédito. Crédito é uma palavra tem diferentes significados, mas o que nos interessa aqui está ligado a uma necessidade econômica. 
Em certo momento o homem percebeu que poderia negociar de forma diferente seus bens: ao invés de se fazer a troca de um bem pelo outro momentaneamente, criou-se a possibilidade de uma das partes negociantes cumprir sua obrigação instantaneamente, mas a outra só vir a cumpri-la no futuro. 
Com o desenvolvimento da economia, a forma de ele se utilizar o crédito foi sofrendo alterações: passou-se a fazer operações de crédito com prazos mais longos, com a estipulação de garantias, com a utilização de diversas formas de representação do negócio. Nesse crescimento uma necessidade surgiu: fazer o crédito circular.
Os títulos de crédito surgem com propósito de facilitar a circulação do crédito. É um documento abstrato e autônomo em que se representa um crédito líquido e certo, que será cobrado nas condições estipuladas no documento.
Espécies de Títulos de Crédito 
No Direito Brasileiro, temos as seguintes espécies de títulos de crédito: 
• Letra de câmbio: é o título de crédito em que o sacador declara que o sacado pagará ao tomador ou beneficiário uma quantia certa, em local e data certos. É uma ordem de pagamento. Quem realiza o saque, a emissão do título, inicialmente não é o responsável pelo pagamento. Esse é o título de crédito mais antigo da história, mas atualmente está em desuso. 
• Cheque: representa uma ordem de pagamento. É o título cambiário que resulta da declaração unilateral de vontade do emitente ou sacador, lastreado em prévia e disponível provisão de fundos em poder de banco ou instituição financeira a ele assemelhada por lei – sacado. O sacador dá 67 uma ordem de pagamento contra o banco, uma ordem incondicional de pagamento à vista, nas condições estabelecidas no título. 
• Nota promissória: é o título pelo qual o emitente faz a outra pessoa, o beneficiário, uma promessa de pagamento em seu favor ou à sua ordem, nas condições constantes do título.
• Duplicata: é título cambiário extraído por vendedor ou prestador de serviços, que registra o saque feito sobre o crédito resultante de compra e venda mercantil ou prestação de serviços. Significa uma emissão de fatura a ser paga. 
• Cédulas de crédito: são promessas de pagamento emitidas pelo devedor em razão de financiamento dado pelo credor, em que ficam bens do devedor dados em garantia. Essa garantia é constituída no próprio título, independentemente de qualquer outro instrumento jurídico.

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